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Media & Jornalismo

versão impressa ISSN 1645-5681versão On-line ISSN 2183-5462

Media & Jornalismo vol.18 no.32 Lisboa abr. 2018

 

APRESENTAÇÃO

 

Apresentação

 

 

O número que agora apresentamos resulta da conferência que o CIC Digital organizou em outubro de 2017 na NOVA/FCSH, destinada a debater os desafios contemporâneos da ética jornalística. O propósito que nos anima na organização desta revista é o mesmo que nos levou a juntar especialistas, profissionais, académicos e estudantes para discutir e revitalizar uma visão ética e humanista do jornalismo imerso em ambientes digitais e partilhado por comunidades globalmente conectadas. Agradecemos a todos os participantes nesse evento, alguns dos quais escrevem também nesta edição, alargada entretanto a colaborações de outros investigadores portugueses e brasileiros.

Abrimos este número com o texto da conferência inaugural de Stephen Ward, antigo jornalista e académico canadiano, um dos mais estimulantes críticos mundiais das questões éticas, que propõe uma “ética radical” para enfrentar as profundas transformações que afetam a produção e receção do jornalismo. Segue-se um conjunto de textos centrados nas formas de regulação da atividade jornalística e dos direitos e deveres dos jornalistas, da autoria de Carlos Camponez, João Miranda, Rogério Christofoletti e Otília Leitão. O texto assinado por Marisa Torres da Silva e Pedro Coelho discute o valor social e económico do jornalismo investigativo, perspetivando como uma das soluções para salvar um jornalismo de qualidade e eticamente responsável. Carla Baptista prolonga este debate com a análise de uma reportagem de investigação em televisão, cujos modos de produção e exibição revelam a diluição de fronteiras entre ambientes públicos e privados e entre plataformas. O texto de Marco Gomes enquadra o conceito de objetividade na obra de um dos mais relevantes pensadores dos media, Umberto Eco, relacionando-o com as apropriações culturais feitas por diversas culturas jornalísticas.

Seguem-se três textos centrados sobre práticas jornalísticas de grande atualidade, designadamente os resultados das ações judiciais contra jornalistas brasileiros por danos morais, da autoria de Caetano Machado, uma análise da campanha do jornal Globo contra as notícias falsas, assinado por Vivian Augustin Eichler, Janaína Kalsing e Ana Cláudia Gruszynski, e Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca de cliques, de Caroline Urzedo Delmazo e Jonas C.L.Valente.

Os restantes textos, da autoria de Francisco Rui Cádima, Bruno Viana e Paulo Quadros analisam mudanças fundamentais no jornalismo, relacionadas com os ambientes digitais e tecnológicos da modernidade, designadamente a influência dos algoritmos, da web semântica, e o conceito de pós-verdade.

Renovamos os agradecimentos a todos os colaboradores deste número pela partilha de saberes e aos leitores desejamos boas leituras, orientadas pelo desejo que nos une: preservar os valores éticos do jornalismo, numa perspetiva evolutiva, cultural e disponível para a inovação das linguagens, dos suportes tecnológicos, das práticas profissionais e dos formatos narrativos.

Os Organizadores
Carla Baptista
Alberto Arons de Carvalho

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