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Media & Jornalismo

versão impressa ISSN 1645-5681versão On-line ISSN 2183-5462

Media & Jornalismo vol.16 no.28 Lisboa jun. 2016

 

EXPERIÊNCIAS/MCS INTERNOS

 

Experiências/MCS Internos

 

 

A ampla oferta formativa na área do jornalismo e comunicação vai apresentando marcas distintivas, impondo-se, também, através delas. Ao longo dos anos tem existido especial preocupação dos cursos na criação de canais de interligação com a comunidade que, constituindo experiências académicas que afirmam a dimensão e a vocação laboratorial do ensino do jornalismo, conferem, igualmente, visibilidade aos cursos e aos trabalhos produzidos pelos alunos, docentes e investigadores. Algumas dessas experiências foram iniciadas, ainda, no século passado. A forma como se impuseram permitiu-lhes deixar uma marca. A primeira experiência data dos anos 90.

 

1) ComUM Online

Sê Comum, pensa diferente

O ComUM Online é um projeto académico de cariz jornalístico da total responsabilidade dos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. Desenrola-se, por isso, à margem da atividade letiva do curso, apesar de ser um importante espaço de formação e desenvolvimento de potenciais jornalistas.

Fundado ainda na década de 1990, o ComUM começou por ser revista, depois jornal, tendo chegado à sua versão online a 12 de dezembro de 2005. Quando comparado com os demais jornais existentes na academia minhota, este assume-se como uma plataforma informativa online vincadamente independente de estruturas e entidades.

Apesar da permanente renovação da equipa a cada ano letivo, o ComUM assegura a perpetuação da sua essência pela transmissão de valores dos alunos mais experientes para os mais novos. Procura manter-se assim fiel aos pilares da sua fundação: um organismo independente de instituições terceiras e preocupado com questões negligenciadas, conferindo o direito a ser informado à comunidade. O jornal adota assim os preceitos éticos e deontológicos da prática jornalística profissional.

O ComUM tem como objetivo ser, acima de tudo, uma oficina de aprendizagem prática e real, colocando os estudantes num panorama que procura transcender a esfera escolar.

Sendo um projeto impulsionado na academia minhota, o jornal destaca assim temas de proximidade, não descurando, porém, todos os assuntos de potencial interesse para o seu público, maioritariamente constituído também por alunos desta universidade.

Rui Barros - Diretor

http://www.comumonline.com/

 

2) Dezasseis anos de webjornalismo na Beira Interior

O Urbi@Orbi é o decano dos jornais universitários digitais em Portugal, tendo nascido em Fevereiro de 2000. O jornal foi concebido como um laboratório de iniciação ao jornalismo para os alunos do curso de Ciências da Comunicação da UBI, e como veículo de comunicação e divulgação de notícias junto da comunidade académica e da comunidade regional.

Os redatores do Urbi foram desde o início os alunos do curso de Ciências da Comunicação, em especial os finalistas que frequentavam a disciplina de Atelier de Jornalismo, e mais tarde também Webjornalismo. Sob supervisão do chefe de redação e dos docentes de atelier, os estudantes produzem semanalmente os conteúdos que dão vida ao jornal.

O atelier tenta reproduzir os processos e rotinas que ocorrem num órgão de comunicação social médio, aspeto refletido na conceção do seu estatuto editorial que o define como um jornal digital de informação geral com o objetivo de dar expressão ao direito de informar e ser informado, promover o intercâmbio de ideias, favorecer o exercício da liberdade crítica, regendo-se pelos princípios de independência, autonomia e pluralismo informativo, e respeitando os valores universalmente reconhecidos da ética e deontologia profissionais.

A vertente experimental relacionada com o meio é contemplada com a consagração no estatuto editorial do compromisso de “explorar o seu novo medium, tirando partido, de forma criativa e inovadora, das potencialidades técnicas, de inovação formal e de metamorfose dos conteúdos que este oferece”.

O jornal conheceu vários layouts, com upgrades na área do conteúdo que acompanharam esta evolução estética. Até 2006 os conteúdos tinham clara afinidade com a imprensa tradicional: texto e imagem fotográfica. Em 2006, o jornal passa a correr sobre base de dados e a testar novas ferramentas de publicação. Em 2007, abraça a linguagem multimédia, integrando vídeo e áudio nas notícias, bem como novos formatos, nomeadamente infografia multimédia. Em 2008, o jornal lança a sua versão mobile, e em 2009 é lançada a versão para iPhone, a primeira aplicação nativa portuguesa para leitura de jornais.

Ao longo de mais de uma década e meia, o Urbi explorou as novas linguagens multimédia, e aproveitou os recursos de interatividade e multimedialidade do meio, tornando-se uma plataforma indispensável na formação dos alunos de Comunicação e num meio que deu a universidade a conhecer a si própria e aos outros.

Anabela Gradim

Universidade da Beira Interior

 

3) ESEPJornal

Um Laboratório de Experiências Jornalísticas

O ESEPJornal é um site jornalístico do curso de Jornalismo e Comunicação do Instituto Politécnico de Portalegre, criado em maio de 2002. Após 13 anos de existência, assume-se atualmente como uma plataforma transversal às várias unidades curriculares de jornalismo do curso, combinando vídeo, áudio, fotografia e texto, além de fazer uso de outras ferramentas online que caracterizam o ciberjornalismo. Com a criação do mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura no IPP, há cinco anos, o ESEPJornal passou a integrar também alguns dos trabalhos realizados pelos mestrandos.

O ESEPJornal pretende recriar um ambiente de redação na sala de aula. A “redação” está dividida por secções temáticas (Ambiente, Local, Ensino, Sociedade, Cultura e Desporto) cada uma coordenada por um aluno. A coordenação final e revisão dos trabalhos está a cargo, como é natural, dos professores de jornalismo. Embora a realização de trabalhos jornalísticos não esteja vedada a qualquer área, são privilegiadas temáticas locais que os alunos possam realizar com a sua presença no terreno. Os conteúdos do ESEPJornal são partilhados nas redes sociais (Twitter e Facebook) e noutras plataformas digitais (Podomatic, You Tube, AudioBoo e Slideshare).

Os temas que são alvo de cobertura noticiosa resultam da escolha individual dos próprios alunos, que propõem trabalhos aos docentes de jornalismo e os comunicam aos editores das respectivas secções em reuniões próprias para o efeito. Como se trata de um site alimentado com os trabalhos práticos realizados pelos alunos nas Unidades Curriculares do curso, o ESEPJornal é atualizado regularmente durante as aulas. Contudo, fora dos períodos letivos, a publicação de conteúdos é muito reduzida.

O ESEPJornal pretende, assim, constituir-se como um espaço para a publicação de trabalhos jornalísticos realizados no curso seguindo um caminho de convergência de linguagens e motivando a experiência de elaboração dos vários géneros jornalísticos: notícia, reportagem, entrevista, entre outros.

Luís Bonixe e Sónia Lamy

IPPortalegre

 

4) JORNALISMO PORTO NET

Novas Formas de Fazer Jornalismo

O JornalismoPortoNet (JPN) foi criado a 22 de Março de 2004, é o ciberjornal do curso de Ciências da Comunicação: jornalismo, assessoria, multimédia da Universidade do Porto. O JPN surge no âmbito das disciplinas práticas de Jornalismo e Multimédia e teve por base um conjunto de objetivos:

  1. aprofundar as competências teórico-práticas dos alunos, desenvolvidas ao longo do curso;
  2. proporcionar um local em que os estudantes possam iniciar as práticas jornalísticas e tomar contacto com as rotinas produtivas;
  3. dar visibilidade aos trabalhos produzidos no curso de forma a que os estudantes constituam um portfólio;
  4. proporcionar um lugar de estágio para os estudantes finalistas, enquanto aguardam o estágio curricular num órgão de comunicação;
  5. ser um laboratório em que se experimentam e ensaiam novas formas de fazer jornalismo.

O JPN funciona todo o ano e tem uma estrutura semiprofissional: dois editores (antigos alunos) a tempo inteiro e com carteira profissional de jornalista; um editor multimédia que faz parte da equipa dos Laboratórios de Audiovisual; registo na ERC; os coordenadores de área são professores das UC laboratoriais, a maioria com carteira profissional.

No início do primeiro semestre, o JPN acolhe estudantes que queiram colaborar extracurricularmente e são publicados os trabalhos produzidos no âmbito das aulas práticas. No segundo semestre, o JPN acolhe os finalistas que, obrigatoriamente, cumprem ali um período do estágio curricular. Nessa altura, a redação é dividida em dois turnos e funciona como uma redação profissional, com chefes de redação e secretários de redação.

Nos meses de estágio são convidados jornalistas profissionais para serem ‘Editores por um dia' que chefiam a redação durante todo um dia. Alguns deles são antigos alunos que ali efetuaram o seu estágio e que regressam ‘a casa' por um dia.

O JPN produz hardnews e também dossiês especiais que exigem uma maior planificação.

Ana Isabel Reis

Universidade do Porto

 

5) UTAD TV

Mais do que uma escola de jornalismo televisivo

A UTAD TV é a Web-TV da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Conta com emissões semanais, das quais constam: um telejornal emitido em direto e programas de informação e entretenimento, em várias áreas, tais como: Emprego e Empreendedorismo, Saúde, Cultura, Reportagem, entre outros.

Recuando no tempo, a UTAD TV nasce em abril de 2007, tendo como parceiro a Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD) e como objetivo principal divulgar as atividades recreativas, culturais e desportivas da academia. Em 2008, a Reitoria da UTAD decide abraçar o projeto e estendê-lo à divulgação da informação Institucional da UTAD. O projeto ganha uma nova dimensão com a transmissão, em direto, de diversas cerimónias, congressos, palestras, conferências, workshops e outros eventos.

Atualmente, a UTAD TV é o resultado de um trabalho de equipa que envolve:

  1. Os alunos do curso de Ciências da Comunicação (1.º e 2.º ciclo), coordenados por docentes deste curso.
  2. O Serviço de Audiovisuais da universidade, que assegura um apoio técnico constante à realização dos programas, em todas as suas fases.
  3. O Conselho Editorial, que integra um elemento da reitoria, um professor representante de cada Escola, um técnico do gabinete de Comunicação e Imagem e o Diretor de Informação.
  4. Serviços Informáticos que asseguram a transmissão da UTAD TV em: http://www.utadtv.utad.pt/.

Por norma, as emissões são feitas em direto a partir do estúdio da UTAD TV, equipado com tecnologia profissional moderna e de grande qualidade. Além disso, ao longo do ano letivo, há muitas emissões que se realizam em direto de escolas secundárias de vários concelhos do norte do país. Estas visitas às escolas visam uma aproximação às mesmas e à comunidade. Ao mesmo tempo, fornecem-se aos estudantes novas noções básicas de jornalismo televisivo.

Inês Aroso

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

 

6) UALMEDIA

Uma Redação/Laboratório de Convergência Digital

O UALMedia é uma plataforma multimédia dos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma de Lisboa. A plataforma assume-se como um ambiente de newsroom nas vertentes de televisão, rádio e online que permite desenvolver competências de trabalho, em redação, de convergência multimédia. As áreas de publicidade e marketing são também asseguradas pelos estudantes.

O UALMedia tem cinco anos de existência e a sua equipa é composta por alunos voluntários (dos quais dois são alunos-editores) que diariamente alimentam o site com conteúdos diversos, com o apoio de um conjunto de docentes e profissionais da área. Numa reunião semanal é distribuída a agenda, que privilegia o trabalho de campo e o desenvolvimento de produtos de convergência. O breaking news é conjugado com a distribuição integrada nas redes sociais.

A aprendizagem e autonomia dos alunos é resultado de um trabalho de proximidade com os profissionais que dão apoio à plataforma, resultando num processo de trabalho contínuo e integrado. Os alunos passam por todas as secções e áreas técnicas da plataforma. A estrutura da redação estimula a aprendizagem prática em ambiente de trabalho real, possibilitando aos alunos adquirir experiência e rotinas profissionais.

O trabalho começa logo depois das aulas. E todos os dias, inclusive fora dos períodos letivos (o que inclui férias, Dia de Natal, Ano Novo, etc.), são publicados conteúdos no site e nas redes sociais. A edição é partilhada entre profissionais e alunos-editores. O trabalho é igual ao de uma redação “convencional”: do take da Lusa à conferência de imprensa, passando pela reportagem e a edição técnica (áudio, vídeo ou multimédia), a cobertura de eventos em quase tempo real ou em direto, e a atualização e gestão das redes sociais.

O UALMedia é essencialmente uma redação de convergência digital e um espaço de laboratório que, para além de funcionar como uma excelente ponte para o mercado de trabalho, dá também aos alunos a oportunidade de experimentar diferentes áreas da Comunicação e de criar o seu próprio portefólio. A integração na estrutura curricular dos cursos de Licenciatura em Ciências da Comunicação e Mestrado em Comunicação Aplicada é também uma aposta que permite que os estudantes produzam conteúdos noticiosos em diferentes registos e os distribuam na rede através desta plataforma.

Inês Amaral

UAutónomaLisboa/ISMiguel Torga

 

7) LOC – Lusófona Online: Conteúdos

Apostar no saber fazer jornalismo sem sair da universidade

Em 2009, a Universidade Lusófona lançou o LOC – Lusófona Online: Conteúdos. Um portal criado de raiz com uma redação autónoma, constituída por estudantes de jornalismo, que produzem peças escritas e vídeo sob supervisão de uma equipa de docentes do Departamento de Ciências da Comunicação da ECATI, a Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação. Para além da cobertura do dia a dia da universidade, traduzida essencialmente em notícias, os estudantes desenvolvem outros géneros jornalísticos, como perfis, entrevistas e reportagens. Os trabalhos são assinados, o que permite aos estudantes irem construindo um portfólio diferenciador e variado.

As reuniões de redação, a obediência a um Livro de Estilo, a edição e fecho das peças, tudo contribui para uma experiência que enriquece o percurso curricular e prepara para o mercado de trabalho. O LOC encontra-se agora em processo de integração no portal da universidade. O projeto vai passar a chamar-se Notícias Lusófona e continuará a contar com uma redação de estudantes de jornalismo ativa. Paralelamente, a Lusófona tem há vários anos uma parceria com o Parlamento Global. Neste âmbito, a equipa do LOC têm realizado regularmente peças de fundo para este portal do Grupo Impresa.

O trabalho desenvolvido pelos estudantes de jornalismo na Lusófona encontra ainda outros espaços de visibilidade. O mais antigo é o blog Jornalismo na Lusófona, alimentado desde 2007 por pequenas notícias redigidas ao longo de cada ano letivo, enquadradas na avaliação de disciplinas como Jornalismo Digital e Géneros Jornalísticos. A licenciatura em Comunicação e Jornalismo lançou em 2014 a sua página oficial no Facebook, apostando num elemento diferenciador: um pequeno núcleo de estudantes que colaboram na redação dos posts e na gestão de conteúdos nesta rede social. Em julho de 2015, renasceu o Medialogias, o jornal em papel do Departamento de Ciências da Comunicação.

São duas as opções de formação que o Lusófona oferece em jornalismo. A mais antiga integra-se na licenciatura em Ciências da Comunicação e da Cultura, na qual os alunos têm esta área de especialização como opção no último ano. Em 2007, surgiu a licenciatura em Comunicação e Jornalismo que prepara os alunos para serem jornalistas desde o primeiro ano.

Carla Rodrigues Cardoso

Universidade Lusófona

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