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Media & Jornalismo

versão impressa ISSN 1645-5681versão On-line ISSN 2183-5462

Media & Jornalismo vol.16 no.28 Lisboa jun. 2016

https://doi.org/10.14195/2183-5462_28_4 

ARTIGO

 

iNOVA Media Lab: do “choque de futuro” a um ecossistema de inovação digital

 

iNova Media Lab: from a “future shock” to an innovation digital ecosystem

 

 

Paulo Nuno VicenteI

I UNL /FCSH|CIC Digital| iNOVA Media Lab. E-mail: pnvicente@gmail.com

 

 


RESUMO

Partindo de sinais que evidenciam um “choque de futuro” no ensino superior dos media e do jornalismo em Portugal, este artigo identifica o problema de uma intermediação quebrada entre a sala de aula, as unidades de investigação, as comunidades locais e a indústria. Assume-se o lugar e a cultura experimental do laboratório, aqui representado pelo iNOVA Media Lab, como uma zona de troca que opera objectos de fronteira. Propõe-se que este tipo organizacional híbrido está, assim, vocacionado para práticas de “translação” e atribui-se à Universidade um renovado papel social: o de corporizar uma intermediação de confiança.

Palavras-chave: Empreendedorismo; inovação; laboratório experimental; media digitais; translação


ABSTRACT

Following signs of a "future shock" in media and journalism higher education in Portugal, this article identifies the problem of a “broken middle” between the classroom, research units, local communities and the industry. As a place and as a culture, the experimental laboratory, here represented by iNOVA Media Lab, is portrayed as a “trading zone” operating “boundary objects”. It is proposed that this hybrid organizational type is thus geared to translation practices. A renewed social role is assigned to the University: to embody a trusted intermediary.

Keywords: Entrepreneurship; innovation; experimental lab; digital media; translation


 

 

Introdução

Este texto parte do reconhecimento da emergência de um “choque de futuro” no ensino dos media em Portugal e propõe a criação de um ecossistema de laboratórios experimentais e interuniversitários vocacionados para a prototipagem de soluções úteis (“protolabs”), integrando start-ups de raiz científica, como locais de acção na (re)construção de práticas inovadoras que respondam aos desafios das sociedades contemporâneas.

Uma proposta deste género implica a admissão de actuais insuficiências, apesar de substanciais desenvolvimentos nas últimas décadas: a persistência de uma cultura de antinomia entre o teórico e o prático, o ensino e a investigação, a universidade e o politécnico, a ciência e a técnica, a cultura e a economia. Num esforço de convergência de cérebros de confiança, trata-se de, com a nossa proposta, (re) encontrar fórmulas que permitam à Educação renovar a sua relevância no mundo de hoje e de amanhã.

Retoma-se aqui uma ideia com mais de quarenta anos: a de que “um choque de futuro ocorre quando somos confrontados pelo facto de o mundo no qual fomos educados para acreditar não existe mais. As nossas imagens da realidade são aparições que desaparecem no momento do contacto” (Postman & Weingartner, 1969).

Em Portugal, o ensino superior dos media e do jornalismo responde ainda, maioritariamente, à visão de um mundo social e tecnológico que não existe mais; reporta a um passado e a nostálgicas idades de ouro. Por outro lado, a indústria está sobretudo preocupada em reduzir custos e sobreviver, fechada no imediatismo. Entre utopia e distopia, quem cuida assim de conceber e concretizar um futuro que salvaguarde a relevância de uma mediação cívica nas sociedades democráticas?

Se “as burocracias são os repositórios das assunções convencionais e das práticas estandardizadas – dois dos grande aceleradores da entropia”, é de admitir que o ensino precisa tornar-se numa actividade subversiva, “servindo como um tipo de burocracia anti-burocracia” (p. 12).

Quais os verbos predominantes no ensino superior no campo dos media? Precisamos olhar e aprender com o que acontece dentro das nossas salas de aula: a replicação de uma dramaturgia de autoridade (a do professor, a do coordenador, a do diretor, a da secretaria académica) e a ênfase na mnemónica (a memorização de informação). Os estudantes são fundamentalmente treinados no ato de sentar, ouvir e repetir. Diriam Postman e Weingartner, são treinados para a entropia – e não para a criação activa de soluções.

A Agenda Digital para a Europa (UE) projeta horizontes para 2020. No domínio da investigação e da inovação, encontram-se contempladas áreas como as tecnologias emergentes, as infraestruturas digitais, e o ideal de uma ciência aberta – um “choque de futuro” para os nossos estudantes? Em Portugal, a iniciativa “Laboratórios de Participação Pública”, lançada em janeiro deste ano pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anuncia “o objetivo de estimular o envolvimento público na construção de agendas de investigação e inovação e no debate de políticas públicas para a ciência e tecnologia e a difusão do conhecimento” (Ministério da Ciência, 2016). Vislumbramos a urgência em (re)ligar cidadãos e centros de produção de conhecimento? Do que precisamos para tal?

 

A intermediação quebrada e a necessidade de media de “translação”

Um dos debates contemporâneos no domínio das políticas de saúde e da bioeconomia lida com uma pergunta que aqui nos é útil evocar: como transformar o conhecimento produzido em laboratório em valor real com impacto na vida dos pacientes? Trata-se de saber como tornar mais fluída e mais universalmente aplicável a cadeia de valor possibilitada pelo conhecimento científico.

A pertinência de uma pergunta fundou um campo de trabalho, a “Medicina de Translação”, centrada no estudo e desenvolvimento de soluções dentro das organizações. Façamos uma “translação” interrogativa para o domínio do ensino dos media digitais:

  1. Como transferir o conhecimento gerado por investigadores integrados em centros de investigação para o contexto da sala de aula? Em Portugal, ainda que a tendência na estruturação das carreiras universitárias seja essa, nem todos os investigadores desenvolvem actividade docente – e vice-versa. E, em ambas as esferas, muitos são os que o fazem em condições sócio-económicas precárias (ex. falsos recibos verdes);
  2. Como permitir que os currículos dialoguem com zonas de fronteira no conhecimento? No campo dos media digitais, não apenas essas zonas limítrofes se movem velozmente, desafiando a agilidade dos docentes e dos centros de investigação, como se desenvolvem em “nichos” experimentais em que não estão estabilizadas internacionalmente formas reguladas de actuação. Estes factores podem condicionar a estabilidade da aprendizagem e o cumprimento de objectivos de avaliação pedagógica (ex. jornalismo de sensores, jornalismo com recurso a drones, documentário imersivo, realidade virtual aplicada à não-ficção);
  3. Como situar o ensino superior na busca de soluções efectivas para a comunidade na era da economia digital? Em Portugal, é manifesto o problema do abandono escolar, do desemprego jovem e ciclicamente sublinhada a necessidade de criação de novos locais de trabalho, novos negócios, novas oportunidades profissionais;
  4. Como tornar acessível às comunidades locais as agendas, os processos e os resultados da investigação universitária? Num país extremamente litoralizado, são imprescindíveis dinâmicas de investigação-acção que, planeadas a médio e a longo prazo, conciliem os desafios globais com respostas locais;

Um dos pontos de partida para a proposta que desenvolvemos é, pois, uma evidente ausência de pólos de intermediação entre a sala de aula, o centro de investigação, a comunidade local, e a indústria: um problema de avaria histórica na troca de conhecimento e na gestão da inovação, uma intermediação quebrada (“the broken middle”) entre a universidade, como lugar de investigação e de ensino, e os contextos de aplicação desse conhecimento.

Esta capacidade de estabelecer uma intermediação interna e externa não é contudo uma competência automática na universidade e na indústria: protagonistas nos dois tabuleiros reclamam da falta de tempo para procurar possíveis caminhos e estruturas de colaboração, acabando dependentes da pré-existência de relações pessoais, de contactos, de projetos a necessitar de financiamento e de um conhecimento sobre quem contactar e como contactar. Por outro lado, um dos fatores que mais leva as empresas a não iniciar ou a desistir de parcerias de pesquisa e desenvolvimento é a percepção de uma pesada burocracia na tomada de decisões na universidade (Makimattila, Junell, & Rantala, 2015).

Em complemento ao ensino, investigação e transferência de conhecimento, a Universidade confronta-se, assim, com a emergência de um renovado papel na sociedade: a de corporizar uma intermediação de confiança (“trusted intermediary”) na criação de centros de inovação abertos (Striukova & Rayna, 2015), avaliados pela tomada de iniciativas mensuráveis na articulação de pólos frequentemente tidos por antagónicos.

A nossa proposta do laboratório experimental (“protolab”) como tipo organizacional híbrido, sede de práticas colaborativas com potencial de construção de futuros partilhados, baseia-se nesta capacidade de construção de parcerias, de alargar e aprofundar redes de cooperação interuniversitária, e de diálogo claro e eficaz com entidades orgânicas e externas. Numa expressão, trata-se de assumir o lugar e a cultura experimental de laboratório como uma zona de troca que opera com objetos de fronteira na interseção de mundos ocupacionais distintos e onde “diferentes grupos com diferentes identidades, tipos de especialidade, ou antecedentes ocupacionais podem encontrar-se em torno de objectos particulares para comunicarem e colaborarem” (Lewis & Usher, 2016).

Não é, contudo, suficiente escrevê-lo. São conhecidas as implicações práticas em processos que procuram melhorar o contributo das universidades noutros objetos de fronteira – que não são necessariamente materiais – a exemplo, os processos de desenvolvimento urbano baseados em conhecimento (“knowledge-based urban development”): as próprias universidades necessitam de reformular um conjunto de procedimentos de forma a garantir que, além de alargarem o leque de potenciais parceiros, se efetivam melhorias ao nível do ensino e da investigação (Benneworth & Cunha, 2015). Por outras palavras, os processos de inovação envolvendo a Universidade devem servir, eles próprios, para que a Universidade, enquanto instituição social, se desafie a ser e a fazer melhor.

No contexto dos estudos sobre inovação, este debate gira em torno da capacidade de absorção das organizações e há evidências que sugerem que o acesso e estabelecimento de compromissos entre universidades e empresas, ao nível da investigação, resulta numa busca qualitativamente superior por invenções – além dos benefícios em termos de otimização dos recursos existentes e do desenvolvimento mútuo de vantagens competitivas (Fabrizio, 2009).

No domínio do futuro dos media e das notícias – outro objeto de fronteira imaterial – é hoje crucial a criação intencional de zonas de troca (laboratórios experimentais), programadas para a colaboração em rede e executivamente coordenadas para a translação.

Para tal, ao nível da conceção-operacionalização, afiguram-se cruciais grupos de universitários de fusão apostados na institucionalização dessas iniciativas de translação – um tipo de burocracia anti-burocracia – baseadas em modelos de convergência e de busca pela inovação e no abandono de quadros institucionais centrados no estabelecimento de fronteiras entre unidades orgânicas, departamentos e disciplinas científicas.

 

A “antidisciplinaridade” e a busca do erro informado

Na Europa, em particular na última década, o elogio ao potencial económico dos sectores culturais e criativos tornou-se, simultaneamente, lugar comum no discurso e omissão contínua na acção política. O efetivo papel destes dois setores é ainda largamente ignorado: em 2003, o volume de negócios gerado pelos sectores das artes visuais, artes performativas, património, cinema e audiovisual, televisão e rádio, videojogos, música, edição livreira, design, arquitetura e publicidade era o dobro do gerado pela indústria europeia de construção automóvel (“The Economy of Culture in Europe,” 2006).

Uma parte significativa dos resultados destas atividades é composta por protótipos, evidenciando um potencial, frequentemente desperdiçado, para registo de patentes e de direitos de autor. Apesar disso, os setores têm recebido dos governos europeus um investimento marginal, fruto da perceção de que as artes e a cultura residem no domínio do entretenimento e não no epicentro europeu de impactos económicos diretos e indiretos, por exemplo, em termos de emprego altamente qualificado.

A cultura é, assim, um domínio-chave para a era pós-industrial (Van de Borg & Russo, 2005) e as universidades surgem naturalmente como potenciais catalisadores da economia baseada nas transferências de conhecimento e na produção cultural. Os mais bem sucedidos casos de criação de ecossistemas sustentáveis orientados para a inovação acumulam traços bem identificados: (1) a presença de elementos de ligação à sociedade, (2) a existência de organismos e projetos coordenados, e(3) a perspectiva de melhorar a interdisciplinaridade como objectivo estratégico, entre outros (Ferrer-Balas et al., 2008).

Na Europa, as universidades são progressivamente induzidas à captação de financiamento competitivo junto de parceiros estratégicos, com os governos nacionais sem capacidade ou sem vontade política de suportar financeiramente o investimento na inovação. Mas, além dessa intermediação externa, há hoje condições no campo dos media para que se assuma que as próprias instituições de ensino superior se estabeleçam como proponentes de soluções (produtos e serviços) – e não apenas como emissores de diagnósticos.

No campo do jornalismo, já em 2009, no contexto dos E.U.A, se propunha que as universidades “devem ser laboratórios para a inovação digital”, em particular, “tornar-se fontes contínuas sobre assuntos especializados, locais e estatais, e integrar reportagens em torno da prestação de contas [“accountability”] nas suas missões educativas. Devem operar as suas próprias organizações noticiosas, alojar plataformas para outras organizações não-lucrativas e dedicadas ao jornalismo de investigação” (Downie Jr & Schudson, 2009).

Presença consistente no topo dos rankings internacionais de ensino superior, o Media Lab do Massachussets Institute of Technology (MIT Media Lab) estimula uma “cultura antidisciplinar”, procurando ir além de fronteiras e de disciplinas e “encorajando a mistura menos convencional de áreas de investigação aparentemente díspares”. Da lista de projetos do MIT Media Lab fazem parte tópicos como o autismo, a informação cívica, a biónica, a aprendizagem móvel, a eletrónica de consumo, o urbanismo, o futuro das notícias e da narrativa, a visualização de dados, os media visuais, entre outros.

O estabelecimento de princípios claramente vocacionados para a inovação não apenas permitem ao MIT Media Lab, ao nível metodológico, o desenvolvimento do paradigma “DUI” (Doing, Using, Interacting), baseado em projetos desenvolvidos por grupos autónomos e centrados no utilizador, como, num nível organizacional, o afirmam como uma instituição aberta ao erro informado – uma organização que aprende (“learning organization”), facilitando a sua permanente transformação (Senge, 2006).

 

 

Pensemos em exemplos familiares: o dos antibióticos (ex. penicilina), o da radiação eletromagnética, ou de uma longa exposição fotográfica. Conseguimos compreender como a diferença entre um erro fatal e uma descoberta revolucionária é, frequentemente, uma questão de quantidade e de perspetiva? Nas denominadas “ciências exatas”, nada disto é novo: o laboratório, acumulando tentativa e erro, foi desde cedo uma instituição e uma cultura e, através dele, a afirmação de um modo de conhecer. Mas, no ensino e na investigação dos media e do jornalismo – e mesmo perante a sua imaterialização por via do ADN digital – é persistente uma indisponibilidade para acomodar o incerto, o imprevisível, o mutável.

Trata-se de assumir um ensino por experiência e por procedimento, capaz de levar a teste teorias e conceitos e de, assim, gerar um saber e um fazer orientados à iteração. Na indústria, BBC News Lab, New York Times Labs, The Guardian Labs, SAPO Labs exemplificam esta abertura experimental e também a universidade se abre já à convergência, com cursos superiores em campos como o jornalismo e as ciências da computação (Columbia University), jornalismo de dados (Stanford University), ou jornalismo computacional (Cardiff University).

 

iNOVA Media Lab: rumo a um ecossistema da investigação-acção

O iNOVA Media Lab nasce na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/NOVA como um espaço experimental dedicado à investigação, desenvolvimento e produção no campo da narrativa digital, da tecnologia e da inovação, envolvendo professores, investigadores e alunos em projetos pedagógicos, científicos e empreendedores.

O laboratório procura, assim, trabalhar na interseção entre as ciências sociais e o desenvolvimento tecnológico digital para os media, juntando trabalho em sala de aula, investigação experimental laboratorial e comunidades locais, trazendo à mesma mesa peritos nacionais e internacionais da academia e da indústria, numa perspetiva de transferência de conhecimento e inovação.

Nesta visão são fundacionais as práticas laboratoriais de experimentação (uma procura do erro informado) e de prototipagem (o ensaio de respostas) como representações de um lugar de intermediação entre a Universidade e a economia criativa: a realização de parcerias com entidades públicas e privadas em projetos comuns, o estímulo ao rejuvenescimento dos recursos humanos, a coordenação de acções de inovação de base científica em áreas de grande potencial económico, social ou cultural, a incubação de start-ups, estancando a “fuga de cérebros” e fomentando a investigação-acção como um compromisso baseado na cooperação interdisciplinar.

O iNOVA Media Lab abraça o desafio da criação de um “ecossistema” de inovação digital e não de um “microcosmo”: propõe-se à adoção de uma política de incentivo a relações de interdependência criativa, baseadas na diversidade genética da interdisciplinaridade, situada em redes nacionais e internacionais e estimulando o desenvolvimento de clusters transuniversitários.

 

 

Referências

Benneworth, P., & Cunha, J. (2015). Universities' contributions to social innovation: reflections in theory & practice. European Journal of Innovation Management, 18(4), 508-527.         [ Links ]

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