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Comunicação e Sociedade

versão impressa ISSN 1645-2089versão On-line ISSN 2183-3575

Comunicação e Sociedade vol.33  Braga jun. 2018

https://doi.org/10.17231/comsoc.33(2018).2927 

LEITURAS

Antoine, F. (Ed.) (2016). Analyser la radio. Méthodes et mises en pratique. Louvain-la-Neuve: De Boeck Supérieur.

 

Antoine, F. (Ed.) (2016). Analyser la radio. Méthodes et mises en pratique. Louvain-la-Neuve: De Boeck Supérieur.

 

 

Madalena Oliveira*

*Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho, Portugal.

madalena.oliveira@ics.uminho.pt

 

 

Para o artista – o pintor, o escultor ou o escritor –, o ponto de vista é o ponto a partir do qual o objeto real é observado, examinado, contemplado e compreendido. É o ponto de distância a que a realidade se oferece ao olhar e ao sentir. De acordo com as definições correntes, o ponto de vista corresponde, assim, a um modo de ver ou julgar, por tudo o que ver implica de ajuizar, avaliar e conceber. Numa aceção puramente visual do conceito, Teresa Mendes Flores lembra que “o ponto de vista expressa a relação que se estabelece entre o objeto representado e a posição de onde ele é visto ou visualizado pelo seu produtor ou espectador” (Flores, s.d.). É o lugar, físico e/ou simbólico, de onde o artista constrói a noção de perspetiva, traça o enquadramento e apreende a composição de conjunto. É, enfim, no limite, a posição de onde se exerce uma espécie de Weltanschauung, uma visão do mundo orientada por valores culturais e por uma certa cartografia de conhecimentos prévios que determinam a cada momento o que os olhos levam à imagem do objeto.

Tal como a arte, também a ciência é uma forma de assinalar pontos de vista. Para o cientista, como para o artista, é à distância de um ponto de observação que o objeto ganha forma e é cognoscível. Todo o trabalho científico é, por isso, um trabalho de eleição não apenas de um objeto de estudo mas também de um ponto de vista. Por isso, todo o trabalho de investigação pressupõe considerar um tema ou uma matéria no seu contexto, ou seja, nas suas circunstâncias de existência, para então se decidir por que vias lhe aceder ou por que métodos fazer o caminho de aproximação e delimitação. No campo científico, a noção de ponto de vista é, por isso, um equivalente da relativização da experiência, a consciência de que o objeto não é nunca apreensível como um todo, sendo, pelo contrário, tomado sempre a partir de um ângulo construído.

Analyser la radio. Méthodes et mises en pratique é, antes de mais, um livro sobre pontos de vista, as perspetivas que o olhar do cientista social pode, no quadro das Ciências da Comunicação, desenhar quando se fixa na rádio como meio de produção e difusão de conteúdos. Admitindo que “os estudos sobre a rádio conhecem atualmente uma renovação de interesse tanto no mundo académico como entre os estudantes e profissionais do setor” (p. 14), Frédéric Antoine, que editou esta obra coletiva, inscreve a publicação na categoria dos manuais ou livros instrumentais. “A sua intenção”, explica, “não é apresentar resultados de investigação, mas dizer como se conduz uma investigação sobre rádio” (p. 13). Pensado como uma resposta a uma lacuna global – “a inexistência, pelo menos em língua francesa, de um manual metodológico específico ao estudo da rádio” (p. 15), este livro apresenta-se assim como uma “descoberta dos horizontes da investigação próprios do mundo da rádio e dos seus modos de apropriação no quadro de um procedimento científico” (p. 18).

Organizados em oito capítulos, os vários contributos dos 16 autores que responderam ao desafio de sistematizar temas e métodos de abordagem científica ao espaço radiofónico constituem um testemunho da diversidade de interesses de que se pode investir o meio rádio. Sem equivalente exato, porque “não entra em redundância com nenhuma outra obra académica” como sugere Jean-Jacques Cheval no prefácio (p. 7), este livro representa não apenas um exercício de reflexão epistemológica sobre o estatuto científico da rádio como também um inventário da paleta de cores e das espessuras de traços a partir dos quais o investigador pode retratar o setor radiofónico.

Embora demasiadas vezes tomada como meio desconhecido (Fau Belau, 1981), esquecido (Pease & Dennis, 1995) e negligenciado, motivação para uma espécie de “secreto prazer” e simultaneamente para uma tímida atenção pública (Lewis, 2000), a rádio de que se fala neste livro não é um objeto de investigação recente. Como assinalam nas páginas introdutórias Jean-Jacques Cheval, Christophe Deleu e Albino Pedroia, “à semelhança de todos os outros média, a radiodifusão é um domínio, um objeto, em que todas as problemáticas dos estudos mediáticos, comunicacionais e mais vastamente das Ciências Sociais e Humanas, se podem colocar e encontrar de maneira pertinente e produtiva” (p. 29). Para além disso, ainda que relegada para um segundo plano, primeiro graças à emergência da televisão e depois ao fascínio da internet, a rádio tem sido, segundo Frédéric Antoine e Laurent Gago, “um meio que não perdeu o seu vigor (as audiências o testemunham) e que soube adaptar-se às evoluções técnicas”, razão pela qual “pode/deve hoje ser estudada (…) com criatividade científica” (p. 31).

É certo que o estudo de uma das principais dimensões da rádio se reveste de uma particularidade ímpar no campo da comunicação – o facto de a matéria que dá corpo à expressão deste meio se definir por uma intangibilidade e consequente impossibilidade de “suspensão” no tempo. Por isso, “por dificuldades até de arquivo e de manipulação, o som oferecia pouca atratividade como objeto de investigação”, o que fazia da rádio “um suporte frágil para incursões empíricas” (Oliveira, 2013, p. 84). Para os autores de Analyser la radio. Méthodes et mises en pratique, no entanto, os métodos empíricos prototípicos mais frequentes nas Ciências da Informação e da Comunicação têm sido úteis para a análise da rádio, deles se socorrendo as diversas disciplinas das Ciências Sociais e Humanas em que se têm alistado os estudos neste domínio. Com enfoque na história, na dimensão tecnológica, nas abordagens socioeconómicas e sociopolíticas, na relação com a noção de espaço público, na associação com os princípios experimentais da psicologia, na articulação com os interesses da sociolinguística, da pragmática e da perspetiva conversacional, assim como na exploração artística e cultural, na vertente educativa e na perspetiva da comunicação para o desenvolvimento, o estudo da rádio inscreve-se, no prisma deste livro, “logicamente no coração das Ciências do Homem” (p. 35).

Sem a pretensão de lembrar sistematicamente as abordagens específicas de cada uma destas disciplinas, os capítulos e subcapítulos deste manual constituem sobretudo uma proposta de identificação de modos de olhar a rádio para lá do discurso enamorado de profissionais e académicos seduzidos pelo seu caráter emotivo. Com uma estrutura mais ou menos comum, as secções alinham-se em três pontos principais: o objeto de estudo, as disciplinas e métodos e as aplicações sugeridas a partir de cada eixo de análise. Aí se exprime o caráter assumidamente didático do livro que se estende pela opção por uma linguagem explicativa que não se dispensa de considerar as interrogações próprias de todo o processo de investigação. Como delimitar o objeto? Que métodos serão mais apropriados para o analisar? Que questões de investigação formular?

O primeiro capítulo responde a estas interrogações sob o prisma dos atores da rádio. Se no caso dos atores estruturais – que reúnem os operadores – se sugere uma abordagem pluridisciplinar, que vai desde os aspetos tecnológicos às questões de regulação do setor, no quadro dos chamados atores internos em que se agrupam especialmente os animadores, sonoplastas e jornalistas recomenda-se o recurso à sociologia das profissões, aconselhando-se inclusive obras da área da sociologia do trabalho, na medida em que discutem as relações entre grupos profissionais, bem como as suas condições de trabalho.

A oferta radiofónica é, de acordo com este manual, outro vetor temático em torno do qual se podem organizar trabalhos de investigação especialmente dedicados aos suportes de difusão e escuta, à tipologia das rádios e às grelhas de programação. Ao considerar a estruturação jurídica das emissoras, o seu modelo económico e de governação ou a estruturação dos programas, este capítulo examina o potencial do método tipológico, sugerindo que a produção de conhecimento científico também se apoia em classificações e categorias, técnicas utilizadas como modo de apreensão do real. Para Étienne Damome, que assina esta secção específica, “a tipologia apresenta um duplo interesse”, porque “os seus critérios de discriminação permitem insistir nas tensões inerentes ao campo estudado” e porque, por outro lado, “as classificações permitem identificar a proximidade ou o distanciamento entre os diferentes elementos e, portanto, delinear uma carta de diferentes casos em presença” (p. 74). É também na classificação e categorização que insiste o editor da obra, considerando-as etapas importantes para a comparação entre diversas estações e para a problematização das suas estratégias de programação.

Outra forma de estudar a rádio é através da análise dos dispositivos de produção. Assente num procedimento etnográfico do trabalho radiofónico, esta abordagem beneficia de métodos como a entrevista, a análise de documentos, a análise conversacional e a captura de imagens, fotográficas ou videográficas. Não obstante o caráter invisual da produção radiofónica – que se define pelo facto de o meio não providenciar imagens visuais das coisas a que se refere, como lembram Guy Starkey e Andrew Crisell (2009, p. 102) – é na observação como método, inclusive na hipótese de observação participante, que se fundamenta a proposta desta espécie de etnografia da elaboração e realização de programas. Já para a análise da interação discursiva sugere-se uma abordagem mais psicológica e sociológica, que possa recorrer a inquéritos, questionários e testes comparativos.

No capítulo quatro, mais longo do que os anteriores, os autores inventariam o material radiofónico, isto é, os elementos de que se compõe a diversidade sonora na rádio, como a música e a voz. Focando então na produção radiofónica do sentido, sugerem que “se trata de apreender o discurso radiofónico não somente como discurso verbal, mas”, em conformidade com a proposta de uma abordagem sociossemiótica, “como um conjunto de mensagens, de mediações, de objetos, de situações, de significações, cuja compreensão não pode ser dissociada das suas condições de produção e de receção” (pp. 99-100). Reconhecido como “um meio particularmente adaptado para contar histórias” (p. 105), a rádio presta-se também a análises de narratologia, centradas nos géneros – ficcional, dramático e informativo –, na estrutura, marcada por uma temporalidade e por uma espacialidade, e nas personagens. “Narrar radiofonicamente”, anota-se a este propósito, “também é uma questão de estilo” (p. 108). É por isso que a rádio também é uma ferramenta para analisar a evolução da língua, até porque “as rádios são elos do modelo de circulação de neologismos” (p. 115). Considerando, por outro lado, que “a voz está carregada de sentido expressivo” (p. 117), a secção dedicada a este instrumento privilegiado de comunicação radiofónica sugere a valorização das qualidades vocais, como a entoação, a intensidade e o ritmo, tanto do ponto de vista da produção como da receção, com vista à descrição da identidade de uma estação emissora. Mas é à semiótica que os autores regressam para tratar a materialidade do som e do seu sentido. Sem contrariar a dimensão técnica do som, Christophe Deleu e Hervé Glevarec lembram que o som pode ser também apreendido na sua dimensão imaginária, porque “o ouvinte de rádio está numa situação acusmática, isto é, não vê aquilo que está a produzir o som”, está mergulhado numa espécie de alucinação auditiva, ou “fantasma sensorial” no dizer de Michel Chion (1994).

O capítulo quinto propõe dividir as emissões radiofónicas em termos de género, de condições de produção e de conteúdos difundidos. Num retorno à categorização como ferramenta do trabalho científico, nesta secção admite-se que “analisar as emissões em termos de géneros exige uma metodologia rigorosa” (p. 136). Classificar segundo certos critérios é, no entanto, uma tarefa que “releva de decisões humanas” e que “comporta uma parte de arbitrariedade”, até porque “a pertença a um género não é de ordem biológica”. Ora, na base desta constatação, reafirmando a vocação pedagógica do livro, avisa-se o leitor de que

o investigador deve fazer prova de uma certa prudência e de uma certa distância para definir um género e classificar as emissões em tal ou tal categoria, mesmo nas situações em que o consenso, tanto em termos de condições de produção como de receção, parece impor-se. (p. 136)

Relativamente às condições de produção, o contributo de Analyser la radio. Méthodes et mises en pratique apresenta-se na forma de questões (ex. em que estação o programa é difundido? Quem é visado? Que constrangimentos económicos?...), sugerindo-se o recurso à observação no terreno e a técnicas de inquérito (entrevistas diretivas, semidiretivas…) com os profissionais. Se esta proposta parece relativamente vaga ou insuficientemente esclarecedora para um investigador júnior, em matéria de conteúdos as indicações metodológicas estão favorecidas por práticas relativamente bem estabelecidas no domínio das Ciências Sociais e Humanas. Aqui Étienne Damome e Séverine Equoy Hutin privilegiam a análise de conteúdo, considerada um “método eficaz para analisar documentos sonoros” tanto em termos quantitativos como em termos qualitativos (p. 147), e a análise de discurso, que “tem por objetivo estudar um documento na sua articulação ao contexto e às condições socio-históricas em que é produzido” (p. 148).

Num desvio à matriz exclusivamente acústica da rádio, o capítulo seis sugere analisar os conteúdos visuais e audiovisuais associados à rádio. Embora o livro seja praticamente omisso à questão do design sonoro, num capítulo dedicado à expressão da rádio na internet, Laurent Fauré e Laurent Gago falam de web design e notam que “filmar a rádio constitui uma das inovações introduzidas com recursos da web” (p. 162). Ainda que um estudo realizado entre 2012 e 2015 sobre a acomodação das rádios portuguesas na internet tenha concluído que, ao contrário do expectável, a rádio é pouco sonora na web (Oliveira, 2016), para os autores deste subcapítulo, o estudo da mise en scène da rádio na internet, a que a sociologia das inovações pode dar um contributo, permite conhecer novas modalidades mediáticas. Num artigo publicado em 2011, na revista Comunicação e Sociedade, Juan José Perona mencionava o conceito de sonosfera digital (Perona Paez, 2011), para falar da adaptação da rádio a dispositivos móveis. Referia-se, no entanto, quase exclusivamente ao território de escuta. Fauré e Gago, por seu lado, expandem o interesse na web também para outras formas de interação, em que a rádio experimenta, por exemplo, a linguagem das redes sociais.

Focado no conceito de audiência, o penúltimo capítulo deste manual assinado por investigadores do Group de Recherche et d'Études sur la Radio não descuida uma análise dos públicos e dos usos da rádio. Do ponto de vista quantitativo, repete a fórmula metodológica já clássica neste domínio: a dos inquéritos por questionário. As entrevistas e observações da escuta e dos dispositivos de escuta, assim como a análise de dados são propostas para uma análise qualitativa, centrada na pergunta “Porque se escuta?”. Estudada desde as primeiras décadas do século XX, a influência da rádio na opinião pública compagina-se com uma abordagem na perspetiva dos efeitos que encontra na psicologia enquadramento para metodologias experimentais que põem em prática protocolos de observação.

Se os capítulos descritos até este ponto correspondem a propostas de construção de um discurso científico sobre a rádio, o capítulo final de Analyser la radio. Méthodes et mises en pratique fixa-se no interesse de um estudo metadiscursivo, uma espécie de categoria crítica tão útil para conhecer as representações que outros média produzem sobre a rádio como o metajornalismo para refletir sobre a prática jornalística (Oliveira, 2004). Com suporte na metodologia da análise de conteúdo, este tipo de investigação, que toma a rádio como sujeito de outras produções culturais mediáticas como a imprensa, a televisão, o cinema, a banda desenhada ou a literatura, bem como das suas próprias produções, sugere, em última linha, que o meio rádio continua a despertar o interesse das indústrias criativas. E reforçando o argumento central de todo o livro, neste ponto de chegada, também esta derradeira sugestão de análise sustenta a ideia de que “a pesquisa sobre a rádio é, em todo o caso, promessa de um belo futuro” (p. 207).

 

Referências bibliográficas

Chion, M. (1994). Audio-vision: sound on screen. Nova Iorque: Columbia University Press.         [ Links ]

Fau Belau, Á. (1981). Radio. Introducción al estudio de un medio desconocido. Madrid: Editora Latina.         [ Links ]

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Lewis, P. M. (2000). Private passion, public neglect. The cultural status of radio. International Journal of Cultural Studies, 3(2), 160-167.         [ Links ]

Oliveira, M. (2004). Metajornalismo – o ofício que nasceu na sombra da modernidade. Comunicação e Sociedade, 5, 75-83.         [ Links ]

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Perona Paez, J. J. (2011). A rádio no contexto da sonosfera digital: perspectivas sobre um novo cenário de recepção sonora. Comunicação e Sociedade, 20, 63-75.         [ Links ]

Starkey, G. & Crisell, A. (2009). Radio Journalism. Londres: Sage.         [ Links ]

 

 

Nota biográfica

Madalena Oliveira é Professora Associada do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e membro do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. Ensina Semiótica, Comunicação e Linguagens e Jornalismo e Som. É vice-presidente da Sopcom – Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação. É chair da secção de Estudos de Rádio da ECREA. Integra o Fórum Ibero-americano de Pós-Graduação, uma comissão de assessoramento da Confibercom – Confederação Ibero-americana das Associações Científicas e Académicas de Comunicação e coordena com Helena Sousa o Observatório de Políticas Públicas para a Comunicação do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade.

E-mail: madalena.oliveira@ics.uminho.pt

Morada: Instituto de Ciências Sociais, 4710-057-Braga, Portugal

* Submetido: 30.11.2017

* Aceite: 15.03.2018

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