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Cadernos do Arquivo Municipal

versão On-line ISSN 2183-3176

Cadernos do Arquivo Municipal vol.ser2 no.13 Lisboa jun. 2020

 

DOSSIER TEMÁTICO

 

Patrimônio, indústria e cerveja: olhares sobre a antiga Cervejaria Antarctica em Joinville/SC, Brasil

Heritage, industry and beer: looks at the old Antarctic Brewery in Joinville/SC, Brazil

 

Tiago Castaño Moraes*

*Tiago Castaño Moraes, UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina, Av. Me. Benvenuta, 2007 – Itacorubi, Florianópolis – SC, Brasil. tiagocastano1@gmail.com

 

 

RESUMO

O presente artigo realiza um levantamento histórico sobre a antiga fábrica de cerveja na cidade de Joinville, Santa Catarina, Brasil. A história de sua criação remete ao fim do século XIX e envolve um processo de imigração que ocorreu no Sul do Brasil a partir de 1850. O artigo dialoga com o contexto de industrialização nacional e traz dados econômicos e sociais referentes à produção da cerveja e aos movimentos trabalhistas em Joinville. Apesar de a fábrica ter funcionado até a data de 1998, a pesquisa explorou o período entre sua criação
(no final da década de 1880); sua aquisição, em 1948 pela Cervejaria Antarctica sediada em São Paulo (uma das mais antigas cervejarias do país); e seu processo de patrimonialização iniciado em 2007.

 

PALAVRAS-CHAVE

Patrimônio Industrial / Indústria Neotécnica / Arquitetura Industrial / Memória Operária / Cervejaria

 

ABSTRACT

This article performs a historical survey of an old beer factory in the city of Joinville, Santa Catarina, Brazil. The history of its creation goes back to the end of the 19th century and involves an immigration process that took place in southern Brazil after 1850. The article dialogues with the context of national industrialization and brings economic and social data regarding the production of beer and labor movements in Joinville. Despite the fact that the factory operated until 1998, the research explored the period between its creation (in the late 1880s); its acquisition in 1948 by the Antarctica brewery based in São Paulo (one of the oldest breweries in the country); and its patrimonialization process started in 2007.

 

KEYWORDS

Industrial Heritage / Neotechnical industry / Industrial Architecture / Working Memory / Brewery

 

INTRODUÇÃO

O assunto tratado aqui faz parte de uma dissertação de mestrado que integra a linha de pesquisa “Políticas de Memória e Narrativas Históricas”, por esse motivo o artigo tentou atingir debates relativos às maneiras como o passado é percebido nas políticas de preservação do patrimônio cultural, uma vez que a fábrica objeto da pesquisa é tombada como Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Paisagístico municipal. Da mesma maneira que Deolinda Folgado destaca, nos seus estudos sobre a industrialização em Lisboa, a contribuição dos campos da arqueologia industrial e do patrimônio industrial “para a compreensão do fenômeno industrial” 1, as categorias que remetem a esse tipo de Patrimônio, como, por exemplo, a memória do trabalho fabril, o maquinário, a arquitetura industrial, também são destacados neste ensaio. Saliento que, dentro do possível, houve a disposição em se utilizar referências portuguesas ligadas às políticas de preservação da memória industrial no país. E como forma de enriquecer o estudo, procurei criar conexões entre os diferentes processos industriais pelos quais passaram Brasil e Portugal.

Os percursos das investigações partem do fomento da industrialização no Brasil em meados do século XIX, atravessando o contexto econômico e social da época e a política de imigração. Traço esse caminho justamente porque o criador da Cervejaria, Alfred Tiede, era um imigrante vindo da Prússia para Joinville em 1881.
O cervejeiro iniciou sua fabricação junto com sua esposa nos fundos de sua residência e deu início a fabriqueta que seria mais tarde ampliada e se tornou uma das maiores produtoras de cerveja da região sul brasileira. Conhecida como Cerveja A. Tiede até meados da década de 1920, após 1925 os rótulos da cerveja já traziam impresso o nome Cervejaria Catharinense. Assim, a trajetória da cervejaria se desdobra temporalmente e acompanha, junto com outros eventos, as transformações urbanas pelas quais a cidade de Joinville passou desde o movimento de imigração e ocupação da região até o seu processo de industrialização e crescimento populacional.

 

INTRODUÇÃOUMA CERVEJARIA NO FIN DE SIèCLE: INDUSTRIALIZAÇÃO E MIGRAÇÃO NO SUL DO BRASIL

O debate em torno da substituição do trabalho escravo pela mão de obra livre e remunerada representou um dos principais assuntos na política brasileira a partir da segunda metade do século XIX e é no decorrer deste período que outras transformações nas estruturas econômicas e sociais do país vão atingir e abalar a monarquia brasileira2. Apesar de não refletir mudanças significativas no sistema de propriedades fundiárias, a abolição da escravidão, a imigração, o crescimento do setor assalariado e, com ele, a ampliação de um mercado interno, refletem um conjunto de novas circunstâncias que interferiram no processo de industrialização e urbanização em fins do século XIX, nas principais cidades do país3.

Dentro deste contexto ocorre a ocupação da região que corresponde atualmente à cidade de Joinville no Estado de Santa Catarina, com a criação da chamada Colônia Dona Francisca4 e a chegada de milhares de imigrantes entre 1851 e a última década do século XIX. As características migratórias que marcaram a instalação desses colonos foram pequenas propriedades voltadas para a “produção doméstica” atendendo ao “autoconsumo e ao pequeno comércio, solidificando um caráter independente entre os colonos”5.

Nascido na cidade de Thorn, na região prussiana de Rogowo, Alfred Tiede se casou na Colônia, em 1881 com a também imigrante, Karoline Mathilde Brand, natural de Ruhr. O casal estabeleceu sua moradia na Rua 15 de Novembro, na época denominada mittelweg (caminho do meio), iniciando a produção de cerveja nos fundos de sua casa6. O registro mais antigo que se tem notícia sobre a cervejaria está no jornal joinvilense Reform, onde aparecem, a partir de 1889, as primeiras propagandas da cerveja, vendidas na época por 2$000 réis a dúzia. A colônia já contava com outros estabelecimentos fabris e, de acordo com o panorama econômico e industrial registrado no relatório da direção em 1879, havia uma “usina de açúcar, 8 fábricas para o beneficiamento de erva-mate”, uma “fábrica de beneficiar arroz”, uma “fábrica de móveis com máquina a vapor”, uma “fábrica de carros” (carroças), além “de pequenas indústrias, serrarias, moinhos movidos à água ou tração animal”7.

Entre 1880 e 1914, a industrialização passa a impactar mais na economia das principais cidades do Estado de Santa Catarina, influenciada tanto pela experiência e conhecimento industrial trazido por muitos imigrantes, quanto pelo “aprimoramento do sistema de transporte”, o crescimento da população urbana e das trocas comerciais8. Uma articulação econômica regional foi possível após a abertura da Estrada Dona Francisca (que ligou o Litoral ao Planalto), entre 1855 e 1873, e a criação da ferrovia entre a ilha de São Francisco do Sul e Joinville em 1906, chegando ao Planalto Catarinense em fins da década de 1910 (ver Figura 1). Dessa forma, as pré-condições para o desenvolvimento industrial e econômico da cidade estiveram relacionadas: à produção de alimentos e tecidos; ao beneficiamento da madeira e erva-mate vindas do Planalto; à criação de “casas bancárias e dos mecanismos de crédito”, a partir de 1908; à instalação de companhias produtoras de energia elétrica, entre 1909 e 1915; e aos investimentos em vias de transportes9.

 

 

 

 

O surto industrial acompanhou um movimento de mudanças urbanas que se acentuava, na medida em que o desenvolvimento das redes de transporte e a ascensão da mão de obra assalariada expandia o mercado interno e promovia a urbanização10. E a fabriqueta de cerveja criada por Alfred Tiede se insere neste panorama, entre 1885 e 1895, de incipiente industrialização em algumas regiões do país, marcado pela multiplicação de “pequenas fábricas de quintal” e “oficinas”, que funcionavam com modesto maquinário e poucos funcionários trabalhando “lado a lado” com os patrões; essas circunstâncias eram comuns “tanto no ramo mecânico” como na produção alimentícia de “cervejas e refrigerantes, macarrão, massas alimentícias”, se estendendo às “olarias, cerâmicas, pedreiras e marmorarias”11.

Através da construção de ferrovias, estradas e do navio a vapor, o aperfeiçoamento dos meios de transporte permitiu, em parte, a substituição do transporte de mercadorias que antes era realizado por tração animal (lombo de burro e carros de bois), sendo fator considerável na conexão de populações isoladas e no escoamento de produtos. Entre outras coisas, o desenvolvimento dos meios de transporte favoreceu também a ampliação do “mercado consumidor de cerveja”, assim como o aumento da população urbana promoveu a formação de “uma demanda sem precedentes por bens de consumo não duráveis, entre eles a cerveja”12.

Em várias regiões brasileiras, exposições e feiras eram formas de fomento para a indústria nacional e na 2ª Exposição Estadual de Agricultura, Indústria e Artes, realizada em 1905, a Cerveja de A. Tiede foi premiada com a medalha de 2ª Classe “pelas cervejas porter, kumbacher e a dita clara”13. Apesar da marca e da premiação fazer referência a Alfred Tiede, o imigrante já havia falecido em 1904, vítima de câncer14. Seu filho adotivo, de mesmo nome, e sua esposa Karoline assumiram a produção da cerveja e, por um tempo, os rótulos da cerveja trazia a inscrição Vª. de A. Tiede. Alguns anúncios da Viúva foram encontrados em jornais de 1918, divulgando vagas de emprego na cervejaria, para jovens “de 15 e 16 anos”15.

 

 

 

 

Oposto ao que acontecia em grande parte da Europa, a produção cervejeira no Brasil era principalmente doméstica e não em escala industrial. Na Europa, sua fabricação seria atingida pelos progressos tecnológicos, passando a incorporar maquinário e instalações industriais em contraposição à produção artesanal. E nos últimos 50 anos do século XIX, as novas técnicas de engarrafamento, armazenamento e vedações das garrafas permitiram maior durabilidade das cervejas, o que facilitou sua comercialização para regiões distantes das produtoras16. Para se ter uma ideia do montante comercializado pela Inglaterra, o número de cervejas inglesas exportadas entre 1865 e 1866 alcançou mais de 525 mil barris, para um mercado consumidor que se estendia da América à China17. A lógica industrial de produção na Europa fez com que o conhecimento familiar de se fazer a cerveja, passado tradicionalmente de geração em geração, fosse deslocado para a função do cervejeiro que no interior da fábrica, com a divisão de tarefas, se tornou “o responsável pelas etapas de produção e pelos trabalhadores”18.

Um exemplo dessas transformações industriais na produção cervejeira é relatado no jornal A Regeneração, de 1886, que traz a informação sobre a origem da denominação “cavalo-vapor” e revela uma experiência desenvolvida pelo próprio James Watt, na cervejaria londrina de Whitbread, usando máquina a vapor como mecanismo de sublevação da água, mecanismo que até então era acionado pela tração animal. Segundo este artigo, o cervejeiro sugeriu a Watt o uso do cavalo por oito horas seguidas como forma de comparação com o resultado da máquina a vapor. Dessa maneira, “o cervejeiro pegou seu melhor cavalo – sabe-se que os cavalos dos cervejeiros de Londres são de uma força extraordinária – e sem poupar chicotadas, fê-lo trabalhar durante oito horas”; nesse espaço de tempo o cavalo levantou, à altura de 1 metro, 2.120.000 kgs de água, o equivalente a aproximadamente 75 kgs por segundo. De fato, a unidade valor equivalente ao cavalo-vapor é convertida em 75 kgf·m/s (quilograma força por metro por segundo), mas, apesar do jornal não indicar o ano da referida experiência, ele alegou que neste momento Watt estava utilizando pela primeira vez sua máquina a vapor.

Outra fonte indica que no ano de 1785 foi introduzido o motor a vapor de Boulton e Watt na Cervejaria Whitbread19. Isso corresponde a 8 anos após os primeiros usos da máquina a vapor de Watt na região de Cornwall, nas indústrias de mineração de cobre e estanho20.

A força hidráulica que marcou a primeira fonte de energia nas manufaturas têxteis no Brasil criadas a partir de 1840 por ser mais barata e acessível, passou a ser substituída pelas turbinas a vapor movidas a carvão ou lenha nos últimos 20 anos do século XIX. O uso do vapor em área fabril aconteceria pela primeira vez em 1869 “na província de São Paulo, no ramo têxtil”21. Em Portugal, no ramo têxtil, existem registros do uso do vapor a partir de 1840, na Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense e em estações elevatórias (da Praia e dos Barbadinhos) para abastecimento de água, depois de 186822.

Em Joinville, dados de 1880 mostram que cinco dos oito engenhos de erva-mate na cidade já faziam uso de máquinas a vapor, enquanto outros estabelecimentos mantiveram a força hidráulica23. A importação de máquinas a vapor para uso em serrarias da região também são mencionadas em reportagem de 187824. A criação em 1865 de um engenho de açúcar na Fazenda Pirabeiraba (terras pertencentes ao Duque d'Aumale, irmão do Príncipe francês François Ferdinand), marca o início de empreendimentos no “Domínio Dona Francisca”. Uma matéria sobre o engenho em 1880 demonstra uma organização já em termos de divisão de setores produtivos e de tarefas no interior do engenho a partir da descrição dos maquinários lá presente:

amplas edificações e dependências, construídas em face das límpidas águas do Cubatão, a elevada chaminé despedindo immensos rolos de espesso fumo, o grande reservatório d'agua, os cilindros compressores da cana, os incandescentes geradores do vapor multitubulares, as três potentes machinas da total de 32 cavallos, dando movimento a innumeravel quantidade de rodas e correias, o inimaginavel tecido de tubos e canos condutores de água, de vapor, de garapa, de calada, massa cristalizada, aguardente e vinhaça, as bombas a vapor, as machinas de quebrar, lavar e forno de carbonizar o carvão, as dornas para fermentação, o alambique, os tanques, os filtros, os notáveis aparelhos de cozer e cristalizar a calda, as turbinas em seu rápido gyro, as oficinas de carpintaria e ferraria para reparo dos estragos, e finalmente [...] mestres e operários25.

Em relação a cervejaria de Alfred Tiede, não há detalhes sobre o maquinário antes de 1925. Pode-se supor, entretanto, que, no início de sua produção, tivesse utilizado tanto a força hidráulica, visto que a cervejaria se localizava próxima de nascentes, ou ainda a força animal, normalmente utilizada para trituração de grãos e maceração. O número de propagandas da dita cervejaria em diferentes jornais do Estado de Santa Catarina nas primeiras décadas do século XX reforça a ideia de que já havia uma produção auxiliada pelo vapor.

Quando, na última década do século XIX, o Brasil havia abolido a escravidão, países como os EUA, França e Alemanha já experimentavam os impactos da chamada Segunda Revolução Industrial, “pautada na indústria química, no aço, na eletricidade, na produção em larga escala, na grande concentração de capital e no capital financeiro”26.

Sobre o uso da energia elétrica em Joinville houve, em 1897, uma tentativa de construir uma pequena usina hidrelétrica “a partir da contratação de um engenheiro alemão” representante da firma alemã Siemens&Halscke com a formação da “Sociedade por ações de Luz e Força”, mas a sociedade não se efetivou27. Quase uma década depois, em 1905, foi solicitado à Companhia de Eletricidade de Berlim parecer sobre a viabilização da instalação elétrica a partir da queda d'água do Rio Piraí28. A concessão da empresa iniciou em 1907, sendo neste mesmo ano vendida aos “comerciantes de erva-mate, que fundaram a ‘Empresa Joinvilense de Eletricidade'” em parceria com a firma Allgemeine Elletricitaits - Geselhschaft (AEG), que forneceu tecnologia alemã. Somente em 1909 foi inaugurada a instalação de energia pública. O uso da energia elétrica em indústrias na cidade ocorre em meados da década de 1910, após ampliação das estruturas de produção e distribuição, entretanto sem substituir as máquinas a vapor, que estiveram em uso até a década de 1960 em algumas fábricas locais29.

Segundo o levantamento industrial ocorrido em 1906, havia em Joinville três cervejarias que empregavam 20 operários, em um total de 42 estabelecimentos industriais: “cinco de fiação e tecelagem, três de fundição e obras sobre metais, quatro de erva-mate, três de móveis e decoração, seis de preparos de couro, três de sabão e velas, três de moagem de cereais, quatro de barricas, três de cal e cimento”, empregando 459 operários30. O panorama nacional da “indústria fabril” realizado em 1907 contabilizou 3.258 estabelecimentos industriais, com aproximadamente 151.841 operários31. E em uma de suas tabelas, onde relacionava os valores da produção nacional com os valores gastos com produtos importados, a cerveja aparecia como o terceiro produto alimentício que mais gerava renda. A expansão da produção de cerveja em Joinville seguiu um movimento nacional e, entre fins do século XIX e o início da 1ª Guerra Mundial (momento em que a obtenção de matéria prima importada, principalmente lúpulo e cevada, enfrentou dificuldade de abastecimento), houve um aumento da produção de cervejarias nacionais32. O desenvolvimento de outras áreas também pode ter beneficiado o setor cervejeiro, como os progressos da indústria nacional de vidros e garrafas, que diminuiu a dependência do fornecimento estrangeiro de garrafas de vidro33.

As avaliações desses números demonstram o aumento da capacidade produtiva industrial do país na primeira década do século XX e principalmente após 1906, momento em que, segundo Maria Versiani, a política tarifária “contribuiu positivamente para que o crescimento do setor manufatureiro” entre 1906 e 1912 se desdobrasse em maiores investimentos na indústria nacional. De acordo com a autora, são esses investimentos em setores preexistentes à 1ª Guerra Mundial que permitiram, em certa medida, “o crescimento da produção industrial” entre os anos de 1915 e 191834. Na visão de Wilson Suzigan, o período entre 1901 e 1929 apresentou um incremento industrial brasileiro restrito a uma produção tradicional “de bens de consumo e alguns insumos menos sofisticados”. Ao mesmo tempo que o regime fiscal favorecia a indústria emergente, predominavam dentro da política protecionista os interesses do modelo agroexportador, cujos representantes eram parte significativa do governo. Dessa forma, o autor sustenta que esse surto industrial esteve relacionado à prosperidade “da agricultura de exportação”, que permitiu uma acumulação de capital e a formação de um mercado consumidor35.

A evolução econômica em Joinville e o fomento industrial a partir de um excedente estão calcados no “complexo formado pelo comércio export-import e o sistema colônia-venda”, controlado pelos imigrantes; primeiramente por comerciantes de origem germânica e em seguida por empresários lusos-brasileiros36. É a partir da 1ª Guerra Mundial, com a necessidade de substituir importações, que se inicia em Joinville uma especialização no setor metalomecânico.

Inserida em um movimento de industrialização e urbanização da cidade, a cervejaria assumiu, depois da década de 1920, uma posição de destaque entre as indústrias catarinenses; as propagandas e notícias de jornais da época evidenciam seu desenvolvimento. Um artigo de 1925 mostrou que a Cervejaria Tiede, Seyboth&Cia (posteriormente chamada Catharinense) empregava naquele momento trinta operários na fabricação da cerveja, além de funcionários administrativos e técnicos. Com uma produção de 20 mil garrafas semanais, a descrição do maquinário da fábrica incluía: motores elétricos; máquina frigorífica (1925) e “11 tinas de fermentação e 75 tonéis” com capacidade de produção até “7 mil litros e 500 garrafas”. O trabalho manual no processo de pasteurização já havia sido substituído por “machinas para lavagem e enchimento das garrafas”37.

Em outro jornal, a reportagem sobre a “inauguração”, em outubro de 1926, da Cervejaria Catharinense destacou “seu crescente desenvolvimento” e importância para a indústria catarinense. O status da edificação fabril ganhou na reportagem o título de “estabelecimento modelar, sem rival”. Novas máquinas importadas da firma Phoenix, Holstein&Kapper , de Dortmund, na Alemanha, eram capazes de engarrafar e arrolhar 3 mil garrafas por hora. A produção diária era de 150 hectolitros (aproximadamente 22 mil garrafas) de uma cerveja que “além do seu bom gosto, têm uma muito boa espuma”38. Em 1939, a cervejaria somava nove marcas de cervejas (Catarinense, Ouro Pilsen, Ouro e Bock, Clarinha, Favorita, Optima, Sem Rival, Maltana, Porter Nacional) e também suco natural de laranja, guaraná, gasosa, água tônica, e xaropes para refresco. A ampliação da cervejaria no início da década de 40 demonstra que, com o início da 2ª Guerra Mundial, as medidas tomadas para suspender a importação de bebidas beneficiaram a produção nacional de cerveja39. Em 1942, trabalhavam na fábrica aproximadamente 60 operários, com uma produção anual de “três milhões de garrafas”. O lúpulo vinha dos EUA, enquanto a cevada era praticamente abastecida pelo mercado nacional40.

O fomento ao “progresso” e a industrialização da cidade era recorrente nas próprias propagandas da cervejaria realizadas em jornais; ora invocando sua tradição: “uma das mais antigas indústrias de Joinville” erguida “de uma fabricazinha minúscula”; ora sua situação competitiva: deixando para trás os concorrentes, “tomou proporções gigantescas” e “vai trilhando a estrada do progresso, sem importar-se com seus inimigos”41; ora sua posição industrial: “é um dos maiores estabelecimentos fabris. Única cervejaria de baixa fermentação do estado”42. A fábrica teve uma primeira ampliação na década de 1920 e outra em 1940, quando inaugurou uma nova ala “para o cozimento da cerveja”; e de acordo com o artigo “o desejo de progresso [...], sempre foi uma das características da importante empresa industrial”43. Outra reportagem deixou testemunhos de uma visita ao interior da fábrica, com uma descrição detalhada das áreas:

É constituída de grandes tachos automáticos para lavagem, cozimento e fermentação de cevada e lúpulo. (...) Primeiro a cevada e o lúpulo são conduzidos em guindastes para o quarto andar do edifício onde está instalado o depósito com capacidade de 500 toneladas. Nesta seção acham-se também instaladas as turbinas para limpeza e seleção de produto que dali é enviado, já completamente seco, para o maquinário de moagem. Depois o lúpulo e a cevada percorrem automaticamente outra seção, penetrando em seguida na grande casamata para o respectivo cozimento. Do cozimento vai à filtragem, escorrendo então o líquido loiro e fervente (...). A seção onde estão instalados os quatro tachos (...) apresentam (...) rigorosas condições de higiene. Paredes de assoalhos são cobertos de azulejos. Cada tacho possui o seu motor próprio. (...) prosseguindo o processo (...) a cerveja (...) vai para a fermentação e maturação, cujos aparelhos têm a capacidade de 600 hectolitros por 24 horas. Realizada a fermentação e procedidas a dosagem e o exame químico, o líquido prossegue para a sessão de engarrafamento, onde as garrafas são automaticamente lavadas (...). verifica-se depois o enchimento das garrafas (...) e por último a rotulagem, a selagem, o encaixotamento e a expedição44.

 

 

 

 

Uma visita dos membros do Rotary Club de Joinville ao interior da cervejaria, em 1936, revelou o funcionamento e as dependências da fábrica e demonstrou, de certa forma, a relação entre a projeção da arquitetura industrial e sua função. Os testemunhos dessa visita revelaram uma construção voltada para a “organização fabril modelo” e a “higiene do local”:

Secções de limpeza e lavação do vasilhame, controle das garrafas, enchimento automático, tanques de pasteurização, frigoríficos, com suas extensas adegas de fermentação, [...] produção de salmora e esfriamento da cerveja, casa das máquinas, [...] moinho de cevada, depósitos de matérias primas, [...] repichamentos de barris [...] numa produção anual de 200 barris45.

Após a 2ª Guerra Mundial, a proposta do governo brasileiro era expandir o processo de industrialização, iniciado na década de 1930, com investimentos em infraestruturas para industrialização, como a criação de hidrelétricas, estradas e siderúrgicas. A partir de 1951, sob o governo nacionalista de Getúlio Vargas, houve incentivo à expansão da produção de bens de consumo, através da criação de estatais (Petrobras, Eletrobras e a Mineradora Vale do Rio Doce), do alargamento do mercado interno e da elevação da renda nacional46. Entretanto, durante o governo de Juscelino Kubitscheck (1956-1961), o plano econômico foi marcado pela implantação de empresas multinacionais no país, num período que gerou grande impulso à industrialização. Mas, apesar de um desenvolvimento voltado para infra-estruturas urbano-industriais, grande parte da população brasileira ficou às margens dos benefícios econômicos ocorridos nesse período47. O Estado de Santa Catarina manteve, assim como no plano nacional, um forte fomento ao setor industrial com investimentos em portos, estradas, construção de usinas hidrelétricas e siderúrgicas. Programas de empréstimos federais auxiliaram a criação de novas indústrias na cidade, voltadas para os setores metalomecânico, químico e plástico, que conseguiram ganhar tanto mercados internos quanto externos.

 

 

 

 

A Companhia Antarctica Paulista, com intenções de ampliar sua produção e aproveitar um bom momento da economia, entre 1950 e 1970, comprou e criou diversas cervejarias subsidiárias nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina48. Foi neste movimento que a fábrica da Cervejaria Catharinense foi absorvida, em 1948, pela Companhia Antarctica. É importante salientar que o maquinário da antiga fábrica permaneceu, não havendo grandes transformações ou substituições de maquinaria. E talvez por essa razão o sabor e a qualidade da cerveja se destacaram ao longo dos anos. O cervejeiro Curtz Zastrow, que trabalhou por 37 anos na empresa, explicou em entrevista que, pelo fato dos equipamentos da fábrica serem da década de 1920 e 1940, a cerveja produzida ali se diferenciava de outras filiais: “O maquinário era diferente. A Antarctica joinvilense era mais escura, mais encorpada e tinha características de um processo quase artesanal de produção”49. O depoimento de Zastrow demonstra bem a profundidade das categorias intangíveis que modelam e compõem o patrimônio industrial e se aproxima daquilo que José Amado Mendes chamou de “valor intrínseco”, que remete, entre outras coisas, à “qualidade do produto ou do serviço” de uma determinada fábrica e acaba por influenciar seu “significado histórico-cultural”50.

No ano de 1998, outro contexto marcou o fechamento da Cervejaria Antarctica em Joinville. E é explicado como um movimento que antecedeu a maior fusão de empresas de bebidas no mundo, com a criação em 1999 do grupo AMBEV. Inicialmente uniu os dois maiores conglomerados de bebidas brasileiros: a Companhia Antarctica Paulista e a Companhia Cervejaria Brahma, do Rio de Janeiro; mas, no início dos anos 2000, várias outras marcas foram sendo assimiladas à AMBEV. A concentração de atividades em polos estratégicos e a monopolização do mercado de bebidas possibilitou uma amplificação dos lucros de R$ 470 milhões em 2000 para R$ 11,3 bilhões em 201851. O fechamento da Cervejaria Antarctica em Joinville colocou fim a uma fábrica com mais de 100 anos de existência. Mas seu prédio, apesar de abandonado nessas duas últimas décadas, persiste na paisagem de um bairro central da cidade como um símbolo de um tempo passado marcado por chaminés, agora silenciosas.

 

O INCIPIENTE MOVIMENTO OPERÁRIO E AS MUDANÇAS URBANAS

Diferente do que alguns estudos apontam, a formação da classe operária brasileira não acontece apenas como uma consequência direta de um processo de industrialização. Isto porque, apesar da grande presença de imigrantes no trabalho fabril nas regiões sudeste e sul do país, a principal força de trabalho nas fábricas até a última década do século XIX era formada por um perfil variado, composto por homens livres pobres e até escravos52. Assim, a constituição de uma identidade operária se deu lentamente, na medida em que as demandas coletivas e o entendimento de uma experiência semelhante entre diferentes trabalhadores tornavam-se evidentes53.

Em Joinville, um caso curioso acontece com os trabalhadores fabris que se encontravam divididos em dois grupos, um formado por imigrantes germânicos (teuto-brasileiros) e outro pelos luso-brasileiros. As diferenças culturais dos dois grupos acabavam por dificultar a organização sindical e a consciência de classe operária, ainda incipiente na cidade54.

O desenvolvimento econômico após a criação da estrada que ligava o planalto catarinense ao litoral enriqueceu uma classe de empresários envolvidos em atividades de beneficiamento da erva-mate e da madeira. Do porto do Bucarein, em Joinville, os produtos seguiam em embarcações para a Ilha de São Francisco do Sul, sendo posteriormente exportados55. Havia na localização de Joinville uma vantagem, que favoreceu investimentos e atraiu capitais de outras regiões como da cidade de Curitiba (capital do Estado do Paraná) e sul do Paraná; regiões ligadas a atividade ervateira, um dos principais produtos da atividade extrativista no planalto paranaense.
É provável que, por esse motivo, já em 1880, Joinville se tenha tornado um importante entreposto comercial até à década de 192056, quando a produção de erva-mate entra em declínio, sendo substituída pelo beneficiamento da madeira. Entre as décadas de 1920 e 1940, a cidade foi uma das maiores exportadoras de madeira da região sul do país.

A região próxima ao porto do Bucarein era uma importante via de acesso fluvial à cidade naquela época e assumiu um papel central na sua economia, fomentando uma aglomeração cada vez maior de indústrias e população. Grandes empresas como as fábricas de bebidas Mayerle Boonekamp e Linhas e Carretéis Corrente S.A. (1892), fábrica de fósforos (1893), Moinho Joinville (1913) e o Mercado Municipal (1907) se estabeleceram na região. Diversas melhorias para infraestrutura urbana como água encanada, novas ruas e agência de correios seguiram o impulso industrial.

Em várias cidades brasileiras, as melhorias urbanas acompanharam as expectativas de desenvolvimento após a proclamação da República (1889). Na capital do país, Rio de Janeiro, as medidas sanitaristas e as reformas urbanísticas ocorridas nas primeiras décadas do século XX revelaram as tentativas de se “implementar novos hábitos e costumes (considerados pelas elites como mais civilizados) inspirados nos padrões europeus”; num momento em que a população beirava um milhão de pessoas, as epidemias eram rotineiras e a maioria das moradias possuíam condições insalubres57. Nas principais cidades do Brasil, o espaço urbano em transformação, impactado pela crescente população, pelas grandes avenidas, pelo “surgimento de grandes centros de compras”, pela “boemia”, pela “iluminação elétrica das ruas”, pelas grandes fábricas e pelo surgimento de uma nova classe operária, indicava um novo ritmo de vida58.

Generalizado nos primeiros anos do século XX, o consumo da cerveja chegou a ser relatado como “uma necessidade”, por um importante jornal carioca, que dizia: “o uso da cerveja entrou nos nossos hábitos, e nada mais difícil que renunciar a um costume contraído”. O jornal defendia naquele momento a manutenção do preço popular da cerveja, em virtude da iminente fusão das “principais fábricas de cerveja do Rio de Janeiro e São Paulo”59.

Nesta mesma época, havia em Lisboa diversas cervejarias e a tradicional Cervejaria Jansen, criada em 1870, foi uma das que teve papel importante em encontros relativos “à vida da Arte Nacional”, organizados em 1918 pelo compositor e artista Rui Coelho60. Mas a vida artística e boêmia portuguesa possuía uma conexão ainda mais antiga, como demonstra a exposição de inauguração da Cervejaria Leão d'Ouro em 1885, com uma enorme instalação de obras de arte encomendadas a vários artistas portugueses. No testemunho de Monteiro Ramalho, a cervejaria era “uma espécie de interessante museu livre, faustosamente forrado com pinturas opulentas”61. Os novos ares seriam sentidos durante as primeiras décadas do século XX, quando Lisboa passou por “inúmeras obras de arquitectura e urbanização, motivadas pela necessidade de crescimento e de modernização da cidade, em virtude do aumento populacional causado pelo desenvolvimento da indústria e do comércio”62. As metamorfoses pelo espaço urbano envolviam os habitantes em uma nova “vivência cotidiana” com variadas diversões: teatros, clubs, jogos, cervejarias e cafés63. Diferentes comportamentos coincidem com o fomento industrial ocorrido entre 1870 e 1913, quando um “aparecimento de focos de actividade fabril em localizações urbanas” impactam e alteram a experiência citadina em Portugal64. E assim como na Europa, nas principais cidades brasileiras o consumo de informação, com a circulação cada vez maior de jornais e periódicos, marcou o hábito de leitura da restrita população alfabetizada urbana65. O cotidiano da cidade passa a ser percebido de maneira diferente e além de informações sobre acontecimentos, os jornais ofereciam também produtos e serviços.

Como ferramenta de luta, uma diversificada imprensa operária, desde 1890, conseguiu mobilizar o “operariado industrial e urbano” através de reivindicações de melhores condições de trabalho e remuneração66. Jornais como o paulista A Plebe (editado entre 1917 e 1951) ou o carioca A voz do trabalhador (que circulou entre 1909 e 1915) são exemplos de uma imprensa anarquista, muito influente no país entre as primeiras duas décadas do século XX. Uma historiografia clássica concede aos operários imigrantes a inserção do movimento socialista e anarquista no Brasil67, mas alguns estudos demonstram que muitos imigrantes europeus vindos de áreas rurais não possuíam experiência fabril, abrindo novos questionamentos sobre a posição dos imigrantes nos movimentos trabalhistas no país68.

Na capital de Santa Catarina, Florianópolis, o Jornal Operário, fundado em 1900, trazia em seu primeiro número a intenção de “despertar o interesse pela instrução profissional e fortalecer o espírito de mútua proteção no seio dessa numerosa classe, em verdade desprestigiada”69. Em Joinville não havia uma imprensa ligada diretamente à causa operária, mas é possível encontrar em algumas notícias a consciência do papel do operariado e a necessidade da criação de uma regulamentação trabalhista. Uma matéria de 1909 no jornal Gazeta de Joinville fala sobre a criação da Liga Operária e a falta de adesão do operariado joinvilense, “por não ter [...] compreendido, a necessidade da coesão para [...] tornar-se forte e resistente ante as necessidades atuais”; um dos objetivos da Liga era “suplantar a tendência exploradora e preparar melhores condições de existência”70. O mesmo jornal tece críticas aos patrões no artigo em comemoração ao dia 1º de Maio de 1909 e deixa o alerta: “a hora das reivindicações já soou no relógio do tempo”71.

Durante toda a década de 1910, os salários do operariado estavam abaixo de outras classes de trabalhadores e, mesmo que, no decorrer da 1ª Guerra Mundial, tivesse havido um aumento da demanda de trabalho, os gêneros alimentícios encareceram. A alta do custo de vida se refletiu em vários movimentos sociais e grevistas nas principais cidades brasileiras em meados de 1917. Em Joinville, o movimento grevista chegou com grande força, atingindo categorias diversas, como “ferroviários, mecânicos, pedreiros, carpinteiros, cervejeiros, operários de fábrica de fósforos, costureiras e padeiros”; e entre as reivindicações destacavam-se o “aumento de 1$000, diários” e a jornada de 8 horas72. Embora parte da elite percebesse o problema do operariado, havia grande temor com a radicalização do movimento e o papel da polícia era relatado nessa matéria do Kolonie Zeitung: “as autoridades [...] estavam firmemente decididas a reprimir todo e qualquer excesso com toda energia, para este fim estavam distribuídos postos de sentinela com homens armados com 30 munições pesadas”73. A greve de 1917 mostrou a intensidade que o movimento operário na cidade podia alcançar, tendo grande repercussão na imprensa da época. O movimento serviu também para expor “à sociedade como viviam os operários e quais eram suas aspirações”74.

 

 

 

 

Entre as décadas de 30 e 40 acontece uma ampliação do processo de industrialização em Joinville e, com intuito de formar um ambiente disciplinado para o desenvolvimento industrial, uma atenção maior foi voltada para a organização da vida urbana, através da criação de mecanismos de preservação da ordem e enaltecimento do trabalho75. As investigações de Iara Costa confluem com a ideia do “uso econômico do tempo”, que, em fins do século XIX, já dominava os discursos dentro das sociedades capitalistas; daí a propaganda contra a “não- -produtividade” e o “lazer das massas” presentes em cidades inglesas, além dos esforços para disciplinar  uma mão de obra “‘comprometida' com o modo de vida industrial”76.

Somente durante o governo de Getúlio Vargas (1930-1945), com a criação, em novembro de 1930, do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que se intensificou uma agenda governamental voltada para regulamentações trabalhistas, interferindo “no conflito entre capital e trabalho”. E por mais que o apoio do ministério às organizações sindicais procurasse “atender algumas reivindicações históricas do proletariado”, ele minava a independência sindical, na medida em que submetia a luta trabalhista, através dos sindicatos, à órbita do governo. Entre 1930 e 1935, os esforços se dirigiram para a “regulamentação da jornada de trabalho na indústria e no comércio, bem como do trabalho das mulheres e dos menores de idade”. As principais atuações neste período promoveram: a criação da “carteira profissional”; a “extensão das Caixas de Aposentadoria e Pensões”, o que significou a instituição de uma política previdenciária no país; “o seguro em caso de acidente de trabalho”; e as devidas “indenizações em caso de demissão sem justa causa no comércio e na indústria”77.

A luta operária e as reivindicações das classes trabalhadoras eram focos centrais do jornal carioca O radical; criado em 1932, foi o principal porta voz das notícias trabalhistas e sindicais, dando “ampla cobertura às greves e convocações de assembléias, à atuação dos sindicatos e às condições de trabalho e de vida dos operários”78. E, em 1938, esse jornal escreveu uma matéria sobre a situação dos operários na Cervejaria Catharinense, com o título Bons patrões, vendendo boa cerveja, fabricada por operários bem tratados. Os industriais são referidos na matéria como “estudiosos das questões sociais”, fazendo mais do que as leis trabalhistas exigiam, promovendo verdadeira assistência aos aproximadamente 80 funcionários; isso porque a empresa mantinha um seguro contra acidentes, auxiliava na “aquisição da casa própria” e aplicava reajustes salariais. Havia também a distribuição de gratificações de acordo com os lucros da empresa. A matéria informa a existência de empregados menores de idade, “mas perfeitamente enquadrados na legislação em vigor”; a legislação da época permitia o trabalho infantil em determinadas funções. Segundo o jornal, a produção alcançava 18 mil hectolitros de cerveja e possuía um maquinário avaliado em quase 2 mil contos de réis79.

Numa época ainda sem televisores, as campanhas publicitárias utilizavam outras estratégias para aproximar o público das marcas. Uma delas eram os Concursos, uma estratégia publicitária que a cervejaria recorreu em 1932 para a escolha popular de um nome para sua nova marca de cerveja; o prêmio oferecido ao ganhador eram “50 litros de chopp e 12 garrafas de licores finos sortidos”80. Com seu nome escolhido em concurso popular, a Cerveja Favorita, teve sua estreia durante o carnaval de 1935. Para a data de lançamento, a cerveja ganhou até uma marchinha de carnaval, com música e letra composta por Guilherme Varella81:

Nos três dias de folia,

no reino do carnaval,

beber só a Favorita,

é o supremo ideal

Até à década de 50, havia uma distribuição equitativa de habitantes entre áreas urbana e rural em Joinville, um equilíbrio que se desfez a partir da década de 60, quando a população predominantemente urbana supera a da área rural. Situação decorrente do fomento industrial, que com a oferta de empregos gerou um aumento populacional pelo grande afluxo de migrantes vindos principalmente do Estado do Paraná. A necessidade de mão de obra fez com que as próprias empresas requisitassem trabalhadores de outros estados brasileiros entre as décadas de 1960 e 197082. A expansão urbana contou com a criação de novos bairros e a implantação de uma significativa malha viária, que se mostraram ineficientes ao longo dos anos. O número de habitantes que, na década de 1940, era de pouco mais de 30 mil saltou para 235 mil em 198083. O rápido aumento populacional e os baixos salários pagos para os migrantes na indústria não garantiu moradia decente a esses trabalhadores. Assim, a falta de habitação que gerou a invasão de áreas de mangue e a ocupação de áreas irregulares se configurou num dos grandes problemas urbanos e sociais enfrentado pela cidade, durante os anos de 198084. Alguns projetos de urbanização foram propostos para essas áreas ao longo da década, permanecendo, entretanto, a segregação socioespacial.

Se, por um lado, a industrialização significou um rompimento com formas de vida tradicionais, trazendo transformações no cotidiano das cidades e das pessoas, por outro, manifestou a evolução da técnica e da engenhosidade humana; deixou um legado de pelo menos três séculos nos mais variados ramos da ciência, das telecomunicações, dos transportes. Os elementos fabris não são apenas vestígios de um novo modo de produção aberto com a Revolução Industrial, mas interagem e representam toda uma sociedade que foi culturalmente impactada por essas mudanças, dos investimentos econômicos às organizações do trabalho e às formas de consumo.

 

A INDÚSTRIA COMO PATRIMÔNIO: REFLEXÕES SOBRE PRESERVAÇÃO DE ELEMENTOS FABRIS

Se em meados do século XX, com o desenvolvimento da Arqueologia Industrial, os espaços industriais passam a ganhar maior visibilidade, principalmente em razão da destruição de material ocorrida durante a 2ª Guerra Mundial e, anos depois, pelo movimento de desindustrialização, fruto de uma nova fase do capitalismo na Europa, é durante a década de 1970 que se fortalece, com a abertura de diferentes temas de interesse historiográficos, “uma ‘nova' representação patrimonial” de valorização à cultura técnico-industrial e à memória operária. Exemplo disso foi a realização do Primeiro Congresso Internacional para conservação de monumentos industriais em 1973 (First Internacional Congress on the conservation of industrial monuments - FICCIM), evento que posteriormente incentivou a criação do Comitê Internacional para a Conservação do Patrimônio Industrial (TICCIH)85.

Como campo emergente de conhecimento no Brasil, os sítios industriais ainda não são tratados dentro de políticas sérias de preservação, permanecendo uma dificuldade em reconhecer seus valores. Embora em Portugal a sugestão de uma “arqueologia da indústria” já tivesse sido mencionada por Francisco Viterbo em 189686 como campo patrimonial, a chamada “museologia industrial” ou “museologia dos fenômenos industriais” surge a partir dos anos 80, num momento em que muitos vestígios fabris eram demolidos ou assumiam novas funções de uso no tecido urbano87.

O estreito vínculo entre industrialização, urbanização e o crescimento das cidades fez do complexo industrial um elemento incorporado ao patrimônio urbano e da mesma maneira entendido como “monumento coletivo”88. Dessa forma, a representatividade dos complexos industriais sobre a paisagem dos conjuntos urbanos assumiu novos atributos culturais e seguiu um movimento de expansão de sentidos e de valores dos patrimônios culturais, indo além das “técnicas construtivas”, da “filiação estética”, da “ancianidade”, da “monumentalidade” e da “excepcionalidade”. Ao mesmo tempo, a visão nostálgica ou inerte do passado passou a ser confrontado pela ideia de um passado fragmentado, formado por subjetividades89.

Um novo despertar de valores estéticos das edificações industriais pode ser interpretado como uma “peça fundamental” para seu reconhecimento como patrimônio cultural, pela capacidade de estimular sentimentos, “emoções” e “interesses”. Como exemplo dessas manifestações, Soto e Ganges apontam para o grande número de representações artísticas que envolvem “componentes fabris” (“máquina”, “repetição de janelas”, “padrões modulares”) e “paisagens industriais” (chaminés, construções, telhados, vilas operárias)90. Não apenas pinturas, mas, também, as criações literárias sobre o tema industrial, como o poema O cavalo a vapor de Adelbert von Chamisso, que, escrito em 1830, teve seus versos citados por Koselleck91, são a demonstração de uma experiência acelerada do tempo, ocorrida após os avanços tecnológicos da Revolução industrial. Também, o poema português Ode Triunfal escrito em 1914 por Álvaro Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, reverberou em sua voz uma veneração à máquina92.

Em muitas cidades, a proteção às antigas chaminés representa não apenas uma menção à Revolução Industrial, mas, também, à sua grande potência visual; seu impacto vertical sobre a paisagem como marco de uma arquitetura simbólica93. A “forma clara” das chaminés se identifica com o conceito de “marco” de Kevin Lynch, constituindo uma interferência física sobre a paisagem da cidade, servindo aos observadores como referências externas, por suas “singularidades” e a fácil identificação94. No caso específico da chaminé da cervejaria, outros atributos citados pelo autor podem ser observados, como a possibilidade de ser vista dentro de uma localidade e o contraste entre sua estrutura e o “plano de fundo” formado por cobertura vegetal.

Bairros operários, bairros industriais, o formato das ruas e suas conexões na formação das paisagens urbanas são exemplos de alicerces identitários que marcam a vivência de seus habitantes. Como parte de artefatos ligados ao patrimônio industrial, estes elementos simbolizam também uma “experiência quase sensorial”95 e ganham cada vez mais espaço nas políticas de preservação. Para Ricoeur, o “espaço habitado”, o “espaço vivido”, como “suporte material”, tem a capacidade de interferir tanto na construção de uma “memória íntima” como na de uma “memória compartilhada”, que, posteriormente, pode tornar-se “memória coletiva”. Assim, de lembranças individuais às lembranças compartilhadas de um “lugar”, de uma região, refletem “um sistema de sítios para as interações mais importantes da vida”96.

Foi diante desses paradigmas preservacionistas e seguindo diretrizes internacionais de salvaguarda do patrimônio industrial, que o órgão de preservação municipal, Coordenação do Patrimônio Cultural - CPC (ligado à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Joinville), admitindo a relevância industrial e econômica da cervejaria para a cidade, decidiu abrir o processo de tombamento da fábrica em 2007, que se concretizou em 2010 com o reconhecimento da cervejaria como Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Paisagístico da cidade. Declararam assim o interesse em “assegurar e conservar este equipamento para as futuras gerações”, como forma de engrandecer “a memória e a autoestima da comunidade de Joinville”97. A ligação cultural com a produção cervejeira, que remete ao início de sua colonização, também foi mencionada como um dos motivos para a patrimonialização da fábrica, destacando-se: o fato da Cervejaria Catharinense, adquirida pela Antarctica em 1948, se ter originado em 1889 com o imigrante Alfred Tiede; o fato de uma das primeiras cervejarias do Estado de Santa Catarina e do Brasil ter sido criada em Joinville, em 1852, pelo também imigrante Albrecht Gabriel Schmalz98; e o fato da cerveja produzida pela fábrica Antarctica de Joinville ter sido considerada a melhor do Brasil durante os anos 199099.

 

 

 

 

O tombamento destacou o valor estético do conjunto arquitetônico da fábrica, embora no momento de sua construção, em meados da década de 1910, a arquitetura priorizasse apenas “respostas técnicas à implantação industrial”100. A questão de uma edificação que responde a uma determinada necessidade é identificada por Maurice Damas como uma das singularidades da arquitetura industrial. Uma vez que sua intenção é atender demandas de fabricação de produtos, de prestação de serviços técnicos ou obras públicas (trens, canais, estações elétricas e de gás, por exemplo), essas construções se inserem em “modelos de pensamento e práxis, derivados de paradigmas da era mecânica”101. Como formas de preservação das áreas industriais, Miguel Areces, um dos membros do TICCIH espanhol, defende uma reabilitação da edificação que considere a conservação de componentes entendidos como “valores essenciais” do patrimônio industrial, como: “elementos estruturais e singulares”; “materiais e sistemas construtivos”, “manutenção do espaço industrial”, e a “imagem global da construção”102.

Mas o entusiasmo de patrimonialização da cervejaria apresentou uma postura comum de investir à categoria arquitetônica um peso maior no reconhecimento do patrimônio industrial, deixando ausente outros componentes. A Carta de Nizhny Tagil estipulou alguns atributos industriais que vão além da edificação, como a “maquinaria”, a “paisagem industrial” e a “documentação”, encarados como valores “constitutivos” e “intrínsecos” do patrimônio industrial103. Esses elementos, incluindo ferramentas e parte dos mobiliários que integram a história da fábrica e seus modos de produção, ainda presentes dentro da Cervejaria Antarctica sob ação de saques e deterioração, não foram incorporados nos discursos de preservação da proposta de tombamento, o que demonstra, além dos limites do tombamento como ferramenta para preservação de bens culturais, certa dificuldade em reconhecer os valores específicos do patrimônio industrial. Outra problemática na tentativa de conservação foi a incapacidade (até o momento) de promover o reuso do espaço e, nesse sentido, problemas complexos envolvendo investimentos e entusiasmo de setores públicos e privados acabaram por rejeitar parte da história industrial e social da cidade de Joinville.

De qualquer forma, a percepção de valor sobre o passado fabril, no sentido de preservá-lo, seja para estudos ligados à história da industrialização, do trabalho ou da tecnologia, aparece como uma ferramenta pedagógica envolvendo a pesquisa histórica, a conservação de componentes fabris e até sua possível musealização. Sem dúvida esse tipo de pensamento que alia preservação e conhecimento, já tão comum em Portugal (como o Museu das Comunicações, o dos Lanifícios, o Ferroviário), no Brasil ainda se mostra incipiente.

 

PONDERAÇÕES FINAIS

A história industrial e operária, assim como outros domínios historiográficos, ampliou durante a década de 1960 “tanto seu campo de ação quanto seu método”; com essa expressão, Hobsbawm alertava não apenas a ultrapassagem de uma história “de ordem política, ideológica, ou mesmo econômica, para uma história social em seu sentido mais amplo”, mas também a “necessidade de se explorar fontes inteiramente novas” e métodos inovadores104. E uma possibilidade de novos olhares sobre o tema pode ser construída a partir de estudos que considerem a perspectiva das políticas e ações de preservação dos bens industriais. Pesquisas relativas ao patrimônio cultural mostram de que maneira determinada sociedade estabelece uma relação com seu passado. A escolha entre o que preservar e o que não preservar evidencia uma disputa sobre que tipo de narrativa relativa ao passado é possível construir, a partir de determinados bens culturais. Enquanto Hartog considera que as ações de patrimonialização “impõem uma relação explícita com o tempo”, entre passado e presente105, Poulot argumenta que um conjunto de bens considerados patrimônio “pode questionar a própria evidência patrimonial”, visto que a ideia de transmissão peculiarmente conferida ao patrimônio passa por um processo de construção imaginária e institucional106.

Se, por um lado, a pretensão deste pequeno artigo foi mostrar a possibilidade de ampliar as pesquisas históricas a partir da dimensão aberta pelo patrimônio industrial e pelo valor da sua preservação estética e memorial no interior do conjunto urbano, por outro lado, a pesquisa buscou estabelecer uma interação entre os dados históricos relativos à cervejaria e o contexto de formação da cidade em 1851, abordando assim os principais estímulos e a configuração do desenvolvimento industrial em Joinville, iniciados nas últimas décadas do século XIX. Com uso diversificado de fontes e um esforço interdisciplinar procurou-se, dentro do possível, identificar também contextos políticos e lutas sociais dos trabalhadores operários. E, em um momento marcado pela flexibilização das leis trabalhistas, o que tem levado aos trabalhadores brasileiros perdas de direitos históricos conquistados ao longo do tempo, a memória das lutas trabalhistas por melhores condições de vida não pode ser esquecida.

 

 

RREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FONTES

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Livro de Rótulos Typographia Otto Boehm, Rótulos da Cerveja Alfred Tiede.

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Fotografia de Fritz Hofmann, Prédio da Cervejaria, 1940.

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Submissão/submission: 18/02/2020

Aceitação/approval: 08/04/2020

 

 

NOTAS

* Mestrando, sob a orientação da Profª. Drª. Janice Gonçalves, no Programa de Pós-graduação em História do Tempo Presente do Centro de Ciências Humanas e da Educação, na Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Florianópolis, Brasil.

Bolsita pelo Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina UNIEDU/Pós-graduação.

1 FOLGADO, Deolinda – A nova ordem industrial: da fábrica ao território de Lisboa: 1933-1968. Lisboa: [s.n.], 2010. Tese de doutoramento em História (Arte, Património e Restauro) apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. p. 11.

2 CARVALHO, José Murilo de – A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p. 23.

3 COSTA, Emília Viotti da – Da Monarquia à República. São Paulo: UNESP, 1999. p. 251-252.

4 O chamado “Domínio Dona Francisca” abrangia 25 léguas quadradas de terras demarcadas em 1846 ao norte da Província de Santa Catarina como dote de casamento da Princesa Francisca Carolina ao Príncipe François d'Orleans Philipe. Enquanto outras 8 léguas foram vendidas para a Sociedade Colonizadora de Hamburgo em 1849, para iniciar o empreendimento Colonial, com a criação da Colônia Dona Francisca. Havia desse modo duas administrações paralelas. PAVESI, Maria Judite – Fundo Domínio Dona Francisca: apontamentos sobre a constituição e o arranjo de um acervo. Santa Maria: [s.n.], 2013. Monografia apresentada na pós graduação em Gestão de Arquivos à Universidade Federal de Santa Maria. p. 37.

5 ALENCASTRO, Luiz Felipe de; RENAUX, Maria Luiza – Caras e modos dos migrantes e imigrantes. In ALENCASTRO, Luiz Felipe de, org. – História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. vol. 2, p. 293 e 320.

6DIAS, Maria Cristina – Pausa para um gole. Suplemento Literário HEKADEMEIA 4. Joinville: Academia Joinvilense de Letras. V. 2 Nº 2 (fev. 2017), p. 13-14.

7 TERNES, Apolinário – História econômica de Joinville. Joinville, SC: Meyer, 1986. p. 35-36.

8 CUNHA, Dilney – Suíços em Joinville: o duplo desterro. Joinville, SC: Letra d'agua, 2003. p. 76 e 115.

9 GOULARTI FILHO, Alcides – Padrões de crescimento e diferenciação econômica em Santa Catarina. Campinas, SP: [s.n.], 2001. Tese de doutoramento em Economia apresentada ao Instituto de Economia da Universidade de Campinas, UNICAMP. p. 30-31.

10 COSTA, Emília Viotti da – Da Monarquia à República. São Paulo: UNESP, 1999. p. 251-252 e 267.

11 LEONARDI, Victor; HARDMAN, Francisco Foot – História da indústria e do trabalho no Brasil. São Paulo: Global. 1982. p. 38.

12 ALTEMEYER, Alexander, 2009, apud SANTOS, Rafael – As microcervejarias catarinenses: da gênese à dinâmica atual. Florianópolis: [s.n.], 2013. Dissertação de mestrado em Geografia apresentada à Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, UFSC. p. 47.

13 Gazeta de Joinville. Joinville, SC. Ano 1 Nº 16 (22 jun. 1905), p. 3.

14 DIAS, Maria Cristina – Pausa para um gole. Suplemento Literário HEKADEMEIA 4. Joinville: Academia Joinvilense de Letras. V. 2 Nº 2 (fev. 2017), p. 13.

15 Actualidade [Em linha]. Joinville SC. Ano 1 Nº 79 (10 out. 1918), p.4. [Consult. 15/01/2020]. Disponível na Internet: http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/jornais/aactualidadejoin/ACTU1918079.pdf.

16 SANTOS, Paulo Alexandre da Graça – Mensagens nas garrafas: o prático e o simbólico no consumo de bebidas em Porto Alegre (1875-1930). Porto Alegre, RS: [s.n.], 2009. Tese de doutoramento em História apresentada à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. p. 75-76.

17 A União [Em linha]. Desterro, SC. Ano 1 Nº 13 (1 jul. 1868), p. 4. [Consult. 07/01/2020]. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=884316&pasta=ano%20186&pesq.

18 MARQUES, Teresa Cristina de Novaes, 2003, apud SANTOS, Paulo Alexandre da Graça – Op. cit., p. 77.

19 Whitbread's Brewery: founded 1742 [Em linha]. [London]: House of Whitbread, [19-]. [Consult. 30/03/2020]. Disponível na Internet: https://www.gla.ac.uk/media/Media_399719_smxx.pdf,

20 TAVARES, Luiz Alberto – James Watt: a trajetória que levou ao desenvolvimento da máquina a vapor vista por seus biógrafos e homens de ciências. São Paulo: [s.n.], 2008. Dissertação de mestrado em História da Ciência apresentada à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. p. 26.

21 LEONARDI, Victor; HARDMAN, Francisco Foot – Op. cit., p. 27.

22 FOLGADO, Deolinda; CUSTÓDIO, Jorge – Caminho do Oriente: guia do património industrial. Lisboa: Livros Horizonte, 1999. p. 23 e 89; data de 1826 a referência mais antiga à introdução da máquina a vapor em Portugal e em Lisboa, por iniciativa de Francisco António Ferreira, na sua fábrica do Bom Sucesso. SANTANA, Francisco – A introdução da máquina a vapor em Portugal. Arqueologia e História. Lisboa: Associação de Arqueólogos Portugueses. Série 10 V. I/II (1) (1984/88), p. 203-210.

23 FICKER, Carlos – História de Joinville: subsídios para a crônica: Colônia Dona Francisca. Joinville: Ipiranga, 1965.

24 Jornal Gazeta de Joinville: orgam dos interesses agricolas, mercantis e industriaes. Joinville, SC. Ano 1 Nº 48 (27 ago. 1878), p. 1.

25 Jornal Gazeta de Joinville. Joinville, SC. Ano 4 Nº 08 (24 nov. 1880), p. 1.

26 GOULARTI FILHO, Alcides – Op. cit., p. 26.

27 ROCHA, Isa de Oliveira – Industrialização de Joinville (SC): da gênese às exportações [Em linha]. Florianópolis SC: [s.n.], 1994. Dissertação de mestrado em Geografia apresentada à Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Geociências. [Consult. 30/03/2020]. Disponível na Internet: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/76154/PGCN0042D.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

28 Gazeta de Joinville [Em linha]. Joinville, SC. Ano 1 Nº 28 (14 out. 1905), p. 3. [Consult. 27/03/2020]. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=711608&pesq=Companhia%20de%20Eletricidade%20de%20Berlim.

29 ROCHA, Isa de Oliveira – Op. cit., p. 32.

30 DIEGUES JÚNIOR, Manuel – Imigração, urbanização e industrialização. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1964. p. 220-221.

31 FUNDAÇÃO IBGE – Censo industrial do Brasil-1907-o Brasil-suas riquezas naturaes, suas industrias. Série Histórica [Em linha]. Rio de Janeiro: FIBGE.
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39 DE MARCHI, Victorio – De duas uma: a fusão na mesa. São Paulo: Bella Editora, 2018.

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42 Cervejaria Catharinense. Jornal A Notícia. Joinville SC. Ano 14 Nº 2182 (25 dez. 1935), p. 5.

43 Inauguração de novas instalações na Cervejaria Catharinense. Jornal A Notícia. Joinville SC. Ano 19 Nº 3319 (20 out. 1940), p. 3.

44 Jornal A Notícia. Joinville SC. Ano 19 Nº 3320 (23 out. 1940), p. 3.

45 Uma grande indústria joinvilense. A Notícia. Joinville SC. Ano 15 Nº 2196 (15 jan. 1936), p. 6.

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63 LUDOVICE, Nuno – Op. cit., p. 162.

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68 BATALHA, Cláudio – Op. cit., p. 156-157.

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70 Jornal Gazeta de Joinville [Em linha]. Joinville, SC. Ano 4 Nº 206 (27 mar. 1909), p. 1. [Consult. 07/01/2020]. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=767085.

71 Idem, [Em linha]. Ano 4 Nº 211 (1 mai. 1909), p. 1. [Consult. 07/01/2020]. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=767085.

72 COSTA, Iara Andrade – Op. cit., p. 148-149.

73 Jornal Kolonie Zeitung. Joinville, SC. Ano 54 (2 ago. 1917), p. 2.

74 ALMEIDA, Rufino Porfírio – O movimento operário em Santa Catarina: a greve de 1917 em Joinville. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Florianópolis: IHGSC. Nº 4 (1982/83).

75 COSTA, Iara Andrade – Op. cit. p. 12.

76 THOMPSON, E. P. – Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 298 e 300.

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