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Revista Nutrícias

versão On-line ISSN 2182-7230

Nutrícias  no.14 Porto set. 2012

 

ARTIGO ORIGINAL

Efeito do projecto obesidade zero na prática desportiva e actividades sedentárias em crianças de idade escolar

Project obesity zero effect on physical activity and sedentary behaviors on school children

 

Marta Vasconcelos¹; Maria Ana Carvalho¹; Carlos Ramos¹; João Breda¹; Ana Rito¹,²

1Nutricionista, Universidade Atlântica, Oeiras
2Investigadora, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge IP, Lisboa

Endereço para correspondência

 

RESUMO

Introdução: O aumento dos comportamentos sedentários, a diminuição da prática de actividade física assim como as alterações no padrão do sono das crianças parece aumentar o risco para a obesidade infantil.
Objectivos: Avaliar o efeito de um projecto de base comunitária e familiar – Projecto Obesidade Zero (POZ) - no estado nutricional das crianças bem como no número de horas de sono diárias, na prática desportiva e no visionamento televisivo/utilização de computador em crianças de idade escolar.
Metodologia: O POZ foi desenvolvido durante o ano de 2009 em cinco municípios de Portugal (Melgaço, Mealhada, Cascais, Beja e Silves) com articulação entre as cinco câmaras municipais e os respectivos centros de saúde. O estado nutricional das crianças foi classificado com base nas curvas de percentis de Índice de Massa Corporal (IMC) para o sexo e a idade do CDC (2000) e os dados sobre as variáveis em estudo foram retirados do questionário sobre hábitos alimentares, comportamentos e conhecimentos dirigido aos pais das crianças. Foram realizadas estatísticas descritivas e analíticas. O valor de significância estabelecido foi de p<0,05.
Resultados: Das 293 crianças que participaram no POZ, 80,4% diminuíram o seu percentil de IMC/idade (p<0,05). Após a intervenção, as crianças que participavam num clube desportivo dois ou mais dias por semana (88,2%), as que despendiam menos de duas horas por dia durante a semana a ver/utilizar a televisão/computador (70,3%) bem como as que dormiam 10 ou mais horas por dia durante o fim-de-semana (66,3%) registaram as maiores dimuições de percentil de IMC/idade.
Conclusões: Este estudo parece confirmar a eficácia dos projectos de base comunitária e familiar na abordagem da obesidade infantil, enfatizando a importância do aumento da prática desportiva e do número de horas de sono diárias bem como da redução do visionamento televisivo/utilização do computador, na melhoria do estado nutricional das crianças.

Palavras-Chave: Obesidade infantil, Actividade desportiva, Televisão, Computador, Horas de sono, Projecto Obesidade Zero

 


 

ABSTRACT

Introduction: Childhood obesity is considered by World Health Organization as a serious public health concern. Low levels of physical activity, short sleep duration and the increase of sedentary behaviors are associated with childhood obesity.
Objectives: Assess the effect of a community and family based project – Project Obesity Zero (POZ) – in nutritional status of children and sleep duration, physical activity and television viewing/use of computer in school-age children.
Methodology: POZ was developed in 2009 in 5 municipalities of Portugal (Melgaço, Mealhada, Cascais, Beja and Silves) articulated with Healthcare Centres and local governments. Nutritional status of children were classified according to the age and gender specific and Body Mass Index (BMI) 2000 CDC Growth Reference and the information about sleep duration, physical activity and television viewing/use of computer was collected from the questionnaire about food habits, food behaviors and nutrition knowledge directed to parents. Descriptive and analytic statistics were made. A p-value<0,05 level was considered statistically significant.
Results: From the 293 children evaluated, 80,4% decreased their BMI percentile (p<0,05). After intervention, children that participated two or more days per week in a sport club (88,2%), children that spent less than two hours per day during the week watching television or using computer (70,3%) and children who slept ten or more hours per day during the weekand (66,3%) decreased their BMI percentile/age.
Conclusions: This project seems to confirm the efectiveness of community and family based projects in the prevention of childhood obesity, enphatizing the importance of increase sleep duration and exercise and decrease sedentary behaviors like watching television and using the computer in order to improve nutritional status of children.

keywords: Physical activity, Television, Computer, Sleep duration, Project Obesity Zero

 


 

Introdução
É largamente conhecido que a obesidade infantil é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos principais problemas de saúde pública do século XXI (1). Mundialmente, segundo a International Obesity Task Force, uma em cada 10 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos tem excesso de peso, sendo 30-45 milhões obesas (2). Em Portugal, de acordo com os resultados da primeira fase do estudo COSI, a prevalência de excesso de peso em crianças dos 6 aos 8 anos de idade, com base nos critérios do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), foi de 32,2%, sendo 14,6% obesas (3). Uma criança com excesso de peso tem um risco acrescido de se tornar num adulto obeso com co-morbilidades associadas que diminuem a sua qualidade de vida (4). Neste sentido, a abordagem desta doença representa uma prioridade. Uma abordagem que envolve toda a comunidade (5) e contribui para a sensibilização dos indivíduos e consequente educação para um estilo de vida mais saudável, tem potencial para influenciar os determinantes da saúde ao nível social e económico de um modo flexível, sustentável e equitativo (6-8), tal como foi demonstrado nos projectos Be Active Eat Well (7, 8), Shape Up Somerville: Eat Smart, Play Hard (9) e APPLE (10). A abordagem da obesidade infantil deve envolver toda a família, incluir educação alimentar, mudanças comportamentais e promoção da actividade física (5, 11). Nas crianças, o exercício físico, medido através de vários parâmetros como a frequência de actividades desportivas, é particularmente importante, uma vez que melhora a aptidão física e a saúde óssea bem como diminui a gordura corporal e os sintomas de depressão (12, 13). Segundo as recomendações da OMS, as crianças dos 5 aos 17 anos devem praticar pelo menos 60 minutos de actividade física diária e devem restringir os comportamentos sedentários a menos de duas horas por dia (12). Para além disto, a OMS (12) e o CDC (13) sugerem o envolvimento das crianças dos 5 aos 10 anos em actividades fortalecedoras dos músculos 2 a 3 dias por semana. Por outro lado, o aumento dos comportamentos sedentários, como o visionamento televisivo e a utilização de computador bem como a diminuição da prática de actividade física contribui para alterações no padrão do sono das crianças (14). Segundo o CDC, as crianças entre os 5 e os 10 anos de idade devem dormir entre 10 a 11 horas por dia (15). As crianças que dormem menos de 9 horas por dia têm um maior risco de desenvolver obesidade comparativamente com as crianças que dormem mais de 11 horas por dia (16-18).

Objectivos
O presente estudo tem como principal objectivo avaliar o efeito de um programa de base comunitária e familiar – o Projecto Obesidade Zero (POZ) - no estado nutricional bem como no número de horas de sono diárias, na prática de actividades desportivas e visionamento televisivo em crianças de idade escolar.

Metodologia
O presente estudo deriva da análise de variáveis integradas no estudo POZ. O POZ foi desenvolvido em cinco municípios de Portugal (Melgaço, Mealhada, Cascais, Beja e Silves) com articulação entre as cinco câmaras municipais e os respectivos centros de saúde, durante o ano de 2009. Este projecto dirigiu-se a crianças com excesso de peso e obesidade e compreendeu um programa integrado de obesidade infantil ao nível familiar.
Amostra: A selecção das crianças com excesso de peso foi realizada por cada município e foi, na sua maioria (97%), de base escolar (escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico), sendo as restantes crianças (3%) encaminhadas pelos respectivos Centros de Saúde, para o programa POZ. Das 2226 crianças avaliadas em peso e estatura, foram seleccionadas 482 crianças (percentil de IMC>85) contudo, 189 não aceitaram participar no projecto (39,2%).
Desenvolvimento do Projecto: Em cada município foi indicado um Responsável Municipal que em conjunto com a Coordenação Científica do projecto seleccionou e convidou cinco nutricionistas para integrar a equipa do POZ (um nutricionista por cada município). De forma a uniformizar a intervenção dos nutricionistas, a Coordenação Científica do projecto realizou duas sessões de treino em Avaliação Nutricional Infantil e Alimentação Saudável na Infância dirigidas aos cinco nutricionistas. O POZ compreendeu as seguintes fases de desenvolvimento: 1) Aconselhamento alimentar individual ao nível das Consultas de Obesidade Infantil (COI) – cada criança foi convidada a participar em quatro consultas de obesidade infantil, ministradas por nutricionistas. O aconselhamento alimentar foi feito com base na Dieta do Semáforo. Paralelamente foi promovida a prática de actividade física de pelo menos 60 minutos por dia, bem como a redução dos comportamentos sedentários a um máximo de 2 horas por dia. A mudança comportamental como parte integrante da abordagem da obesidade infantil foi preconizada pelos nutricionistas ao longo de toda a intervenção (19); 2) Workshops de Cozinha Saudável – cada criança foi convidada a participar num workshop de cozinha saudável, acompanhada por um ou dois membros da sua família. Os principais objectivos foram promover e aumentar as competências em matéria de culinária saudável, em família. Os workshops foram conduzidos por um Chef de Cozinha, previamente treinado pela coordenação científica do projecto. Destes workshops resultou o Livro de Receitas POZ que foi oferecido posteriormente a cada família; 3) Aconselhamento alimentar em grupo – cada criança foi convidada a participar em duas sessões de aconselhamento alimentar em grupo implementadas em ambiente escolar. O foco da intervenção foi a promoção de hábitos alimentares mais saudáveis, nomeadamente no que concerne à diminuição do consumo de refrigerantes e ao aumento do consumo de hortofrutícolas e de um estilo de vida mais activo; e 4) Sessões de aconselhamento alimentar em grupo dirigidas às famílias – cada família foi convidada a participar numa sessão de grupo, na qual os nutricionistas procuraram sensibilizar as famílias para a importância da adopção de uma alimentação saudável e de um estilo de vida activo na prevenção da obesidade infantil bem como procuraram encorajar e dar suporte às famílias na adopção de uma alimentação mais variada e equilibrada em casa.
Estado Nutricional: O peso e a estatura foram as medidas seleccionadas para avaliar o estado nutricional das crianças. Os instrumentos antropométricos (balança digital SECA® 840 com uma precisão de 0,1kg e estadiómetro SECA® 214 com uma precisão de 0,1cm) foram previamente calibrados e entregues a cada município. Através das medidas de peso e estatura foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC), sendo a estatura utilizada a média das duas estaturas medidas em cada criança. Para a classificação do estado nutricional foram utilizadas as curvas de percentis (p) de IMC para a idade do CDC desenvolvidas para crianças e adolescentes dos 2 aos 20 anos de idade, as mesmas adoptadas pela Direcção-Geral da Saúde e que constam do Boletim de Saúde Infantil e Juvenil (20). As medições antropométricas foram efectuadas nas quatro COI de acordo com as normas estabelecidas no Manual de Consultas de Obesidade Infantil, desenvolvido para o efeito, que seguiu as orientações da publicação de Rito e col (21), as mesmas preconizadas pela OMS.
Horas de sono diárias, actividade desportiva e visionamento televisivo/utilização de computador: Para obter a informação sobre estas variáveis, aplicou-se o questionário sobre hábitos alimentares, comportamentos e conhecimentos dirigido aos pais das crianças. O questionário foi preenchido pelo nutricionista de cada município na primeira e na quarta COI. Para avaliar o efeito do programa sobre as variáveis seleccionadas, foi verificado se do primeiro momento (1.ª COI) para o último momento (4.ª COI) o p calculado de IMC/idade de cada criança aumentou ou diminui. Para avaliar a prática de actividade desportiva foram estudadas duas variáveis: 1) participação das crianças num clube desportivo e 2) número de vezes por semana que as crianças frequentavam esse clube desportivo. No que concerne ao número de horas de sono diárias foi perguntado aos pais, em média, a que hora é que a sua criança se levantava e deitava durante os dias da semana e durante os fins-de-semana.
Análise Estatística: Utilizou-se o programa Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) versão 18.0 para Microsoft Windows® para a construção da base de dados e posterior análise estatística. Foram realizadas estatísticas descritivas como médias e desvio-padrão (DP) para variáveis quantitativas. Para variáveis qualitativas, utilizou-se essencialmente contagens e proporções. Para verificar a existência de associações entre as variáveis em estudo e a alteração de p entre a 1.ª COI e 4.ª COI, utilizaram-se os testes Exacto de Fisher e Qui-Quadrado. O valor médio entre duas amostras emparelhadas foi estudado através do teste de Wilcoxon. Considerou-se existirem diferenças estatisticamente significativas quando p<0,05.

Resultados
Das 293 crianças que aceitaram participar no POZ, 219 concluíram o projecto. As principais razões para o drop-out foram ausência do termo de consentimento informado ou recusa dos pais em participar nas sessões previamente programadas. 152 (52%) eram do sexo feminino, sendo a média de idades de 8,6 anos (±1,4 DP). Relativamente aos resultados gerais do POZ, o p médio calculado de IMC/idade no 1.º momento foi de 93,6 (± 5,9 DP) e no último momento de 91,3 (± 9,2 DP) (Tabela 1), significando que 80,4% das crianças diminuíram o seu p de IMC/idade (p<0,05).

 

 


Prática Desportiva: Verificou-se que 69,9% (n=197) das crianças incluídas neste estudo não estavam inscritas num clube desportivo. No entanto, este número diminuiu para 65,4% (n=134) após a intervenção. No que concerne ao número de dias por semana que as crianças frequentavam o clube desportivo (
Tabela 2), a maioria das crianças frequentava o mesmo dois ou mais dias por semana (85,4% na 1.ª COI e 88,2% na 4.ª COI).

 

 

Após a intervenção, as crianças que frequentavam o clube desportivo dois ou mais dias por semana foram as que diminuíram mais de p de IMC/idade (88,3%), apesar de as diferenças não serem estatisticamente significativas (p>0,05) (
Tabela 2).
Visionamento televisivo/utilização do computador: Observou-se que ao longo do projecto houve uma diminuição do número de crianças que despendiam duas ou mais horas por dia em frente à televisão ou ao computador (35,8% na 1.ª COI e 29,7% na 4.ª COI) (Tabela 3).

 

 

Após a intervenção, as crianças que despendiam menos de duas horas por dia a ver televisão/utilizar o computador durante a semana, foram as que diminuíram mais de p de IMC/idade (83,7%), sendo as diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) (
Tabela 3).
Horas de sono diárias: No que concerne ao número de horas de sono diárias, a maioria das crianças (52,8%) dormia entre nove a dez horas por dia durante a semana, sendo que durante o fim-de-semana observou-se que mais de metade das crianças (65,8%) dormia dez ou mais horas por dia. A maior diminuição de p de IMC/idade (83,1%) ocorreu nas crianças que dormiam dez ou mais horas por dia durante o fim-de-semana, após a intervenção, apesar de as diferenças não serem estatisticamente significativas (p>0,05) (Tabela 4).

 

 



Discussão
O POZ teve resultados positivos em termos de alteração do p de IMC nas crianças, já que 80,4% das crianças diminuíram o seu p de IMC/idade (p<0,05). Estes resultados mostram que as intervenções de base comunitária e familiar são eficazes na abordagem da obesidade infantil, tal como tem sido demonstrado por outros autores (5,9,10,22). A prática de exercício físico é essencial no combate do excesso de peso infantil (5, 7, 9). Cerca de 69,9% das crianças incluídas neste estudo não estavam inscritas num clube desportivo. No entanto, após a intervenção, este número diminuiu para 65,4%, revelando melhorias comportamentais tal como no estudo de Sacher et al. (23). No que concerne aos dias por semana que as crianças frequentavam um clube desportivo, verificou-se um aumento do número de crianças que frequentavam o mesmo dois ou mais dias por semana, o que vai de encontro às recomendações da OMS (12) e do CDC (13). É ainda de salientar que as crianças que participavam num clube desportivo dois ou mais dias por semana foram aquelas em que ocorreu uma maior diminuição de p de IMC, estando estes resultados em concordância com os de Lazaar et al. (24) e Buchan et al. (25). Verificou-se que durante a semana, 64,2% das crianças passava menos de duas horas por dia a utilizar a televisão e/ou o computador o que vai de encontro às recomendações da OMS e do CDC (12,13). Na 4.ª COI, verificou-se que as crianças que despendiam menos de duas horas por dia durante a semana a ver televisão ou a utilizar o computador foram as que diminuíram mais de p de IMC/idade (p<0,05), tal como nos estudos de Davidson et al. (26) e Gentile et al. (27). O número de horas de sono tem sido cada vez mais associado ao excesso de peso infantil (16, 18). Tem-se verificado que quando as crianças dormem poucas horas durante a noite, o risco de se tornarem adolescentes ou até mesmo adultos com excesso de peso é maior (28). Verificou-se que durante a semana a maioria das crianças (52,8 %) dormia entre nove a dez horas por dia, não atingindo as recomendações de 10-11h/dia (15), muito embora o número de horas de sono diárias tenha sido superior durante o fim-de-semana, estando estes resultados de acordo com os obtidos por Wing et al. (29). 83,1% das crianças que dormiam dez ou mais horas por dia durante o fim-de-semana diminuiram de p de IMC, o que vai de encontro às alterações observadas por Rutters et al. (28).
Este estudo apresenta algumas limitações. A maior parte das crianças que não participaram no projecto foram crianças cujas famílias recusaram a participação no mesmo, apesar de ser um projecto totalmente gratuito para as famílias. Ainda a este respeito, salientando-se a escassez de respostas ao questionário dirigido aos pais das crianças relativamente à prática de actividades desportivas, aos comportamentos sedentários e ao número de horas de sono diárias, que poderá estar associado ao facto do questionário ser muito extenso, tornando-o, por vezes cansativo e levando as pessoas a evitar respostas que não fossem de opção de resposta dicotómica. Ao mesmo tempo o drop-out verificado, ainda que pequeno (7,5%) pode ter influenciado os resultados. A abordagem desta questão às famílias carece ainda de uma metodologia melhor definida.

Conclusões
Este estudo sugere que os projectos de base comunitária e familiar são relevantes na abordagem da obesidade infantil, enfatizando a importância do aumento da prática da actividade desportiva e do número de horas de sono diárias bem como da redução dos comportamentos sedentários na melhoria do estado nutricional das crianças.

 

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Endereço para correspondência
Marta Vasconcelos
Rua das Avencas, n.º 436, bloco A, 1.º A, 2275-331 Parede
martavasconcelos89@gmail.com


Recebido a 31 de Dezembro de 2011
Aceite a 10 de Outubro de 2012

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