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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versão impressa ISSN 2182-5173

Rev Port Med Geral Fam vol.32 no.6 Lisboa dez. 2016

 

ARTIGOS BREVES

Função sexual e qualidade de vida de mulheres: um estudo observacional

Sexual function and quality of life in women: a cross sectional study

Larissa Santana Correia,1 Cristina Brasil,2 Marianne Dantas da Silva,1 Daiane Fernandes da Cunha Silva,1 Hortênsia Oliveira Amorim,1 Patrícia Lordêlo3

1Fisioterapeuta pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Centro de Atenção ao Assoalho Pélvico da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

2Fisioterapeuta, Mestranda em Medicina e Saúde Humana pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Centro de Atenção ao Assoalho Pélvico da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

3Fisioterapeuta, Pós- doutora em Ginecologia pela UNIFESP, Doutora em Medicina e Saúde Humana, Docente dos programas de Pós-graduação de Medicina e Saúde Humana e Tecnologia em Saúde da EBMSP

Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence


 

RESUMO

Objetivo: Apresentar a prevalência de disfunção sexual e comparar a relação entre função sexual e qualidade de vida em mulheres matriculadas em ginásios.

Tipo de estudo: Observacional transversal.

Local: Bahia - Brasil.

População: Mulheres matriculadas em ginásios.

Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado em ginásios. Foram incluídas mulheres com idade entre 18 e 60 anos, sexualmente ativas e não grávidas. Foi utilizado um questionário com informações sociodemográficas e clínicas, além do Female Sexual Function Index que avaliou a função sexual, sendo considerados valores do score ≤26 como disfunção sexual, enquanto a qualidade de vida foi avaliada pelo questionário SF-36. Na comparação dos valores médios encontrados nos scores do SF-36 entre as mulheres com disfunção sexual e adequada função sexual foi utilizado o teste t de Student.

Resultados: A amostra foi constituída por 375 mulheres que praticam atividade física, com média de idade de 34,6±10,0 d.p. A frequência de disfunção sexual (DS) foi de 21% e, em todos os domínios do SF-36, as mulheres com DS tinham scores inferiores (p<=0,01 para os aspectos emocionais e p<0,01 para os outros domínios. Observaram-se diferenças mais expressivas nos domínios: saúde mental, aspectos físicos, aspectos emocionais e aspectos sociais, com média ± desvio-padrão, respetivamente, 59,6±18,7, 72,6±33,1, 67,1±38,7 e 69,2±22,8 para mulheres com DS e médias de 72,1±16,8, 85,1±26,6, 78,6±34,4 e 80,7±21,9 para mulheres com AFS (p<0,01 em todos).

Conclusão: A disfunção sexual nesta população tem impacto negativo na qualidade de vida.

Palavras-chave: Disfunção Sexual; Qualidade de Vida; Mulheres.


 

ABSTRACT

Objective: To compare the relationship between sexual function and quality of life (QOL) in women.

Type of study: Cross-sectional study.

Setting: Bahia, Brazil

Participants: High school educated women who were members of a fitness club.

Methods: Sexually active non-pregnant women between 18 and 60 years of age were invited to participate in this study. A questionnaire on sociodemographic and clinical information was administered along with the Female Sexual Function Index. Quality of life was evaluated using the SF-36 questionnaire. SF-36 scores of women with and without sexual were compared using the independent t test.

Results: The sample included 375 physically active women with a mean age of 34.6±10.0 years. Sexual dysfunction was found in 21.1%. In all domains of the SF-36 women with dysfunction had lower mean scores (p≤0.01 for emotional aspects and p<0.01 for other domains). We observed differences in mean scores in mental health, physical, emotional aspects and social aspects respectively, (59.6±18.7), (72.6±33.1), (67.1±38.7) and (69.2±22.8) for women with sexual dysfunction and in the median scores (72.1±16.8), (85.1±26.6), (78.6±34.4) and (80.7±21.9) for women with adequate sexual function (p<0,01for all).

Conclusion: Sexual Dysfunction had a negative impact on QOL in women in this population.

Keywords: Sexual Dysfunction; Quality of Life; Women; Physical Activity.


 

Introdução

O ciclo de resposta sexual divide-se em quatro frases: desejo, excitação, orgasmo e resolução. Cada fase apresenta uma característica e qualquer comprometimento em um dos estágios é definido como disfunção sexual (DS),1 considerando-se toda a situação em que a relação sexual não seja concretizada ou que esta seja insatisfatória para a mulher e para o parceiro.2

No Estudo do Comportamento Sexual foi detectado que 30% das mulheres referiam algum tipo de disfunção sexual.3 Num estudo realizado em mulheres portuguesas, 77% apresentavam disfunção sexual embora quase metade não a considerasse um problema.2 Outra pesquisa também descobriu que as mulheres com disfunção sexual apresentaram mais ansiedade e que a depressão está intimamente associada a disfunção sexual, com aumento do risco para o desenvolvimento da mesma.4

Embora frequente, muitas mulheres privam-se de tratamentos adequados por vergonha ou frustração5 ou por acharem que a disfunção sexual é intrínseca ao envelhecimento. A sexualidade da mulher com o avanço da idade é carregada de preconceito, neste período ainda existe o tabu da mulher assexuada.6 Apesar da alta prevalência de disfunção sexual, poucos centros no mundo realizam investigação abrangente e multidisciplinar e tratamento da disfunção sexual ou encaminhamento adequado visando a recuperação de uma adequada função sexual (AFS). As mulheres que praticam atividade física buscam procedimento cirúrgico devido a insatisfação com a região genital, por exemplo, como o uso de roupas justas que demarcam a vulva além do incómodo ocasionado pelo atrito e esta insatisfação pode estar relacionada com disfunções sexuais.7-8

A literatura brasileira ainda se mostra escassa na avaliação do real impacto que as disfunções sexuais podem provocar na qualidade de vida (QV) da mulher e com a utilização de instrumentos de avaliação validados para realizar tal análise.9 Estudos de incidência e prevalência mostram-se deficientes quanto a metodologia e tamanho da amostra.10 Além disso, verifica--se escassez na análise da influência na qualidade de vida em mulheres que praticam atividade física. Tendo em vista os transtornos que as disfunções sexuais podem causar e os benefícios que poderá proporcionar o melhor entendimento da relação da DS com a QV no público feminino, o objetivo deste estudo é descrever a frequência e comparar a relação entre função sexual e qualidade de vida em mulheres praticantes de atividade física.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, tendo a colheita de dados sido realizada no período entre Fevereiro e Junho de 2014, entre as mulheres matriculadas em três grandes ginásios, localizados na cidade de Salvador e Lauro de Freitas-BA. Foram incluídas mulheres na faixa etária entre 18 e 60 anos, sexualmente ativas nas últimas quatro semanas e não grávidas, matriculadas em ginásios. Foram excluídas da análise aquelas que não preencheram os instrumentos de avaliação propostos na íntegra.

As mulheres foram convidadas pelas pesquisadoras a participar no estudo, pessoalmente, nos ginásios. As que manifestaram interesse foram direcionadas para preencher os questionários autoaplicáveis num local reservado - informações sociodemográficas como: idade, grau de escolaridade, estado civil, rendimento; além de dados clínicos: IMC, história obstétrica e ginecológica, uso de medicamentos e número de cirurgias pélvicas/perineais integravam os questionários.

A função sexual foi avaliada por meio do FSFI (Female Sexual Function Index), um questionário traduzido e validado para a língua portuguesa.8 Constituído por 19 questões e seis domínios (desejo, excitação sexual, lubrificação vaginal, orgasmo, satisfação sexual e dor), com uma pontuação total que pode variar de 2 a 36 pontos, onde valores ≤26 indicam disfunção sexual.

Foi utilizado o questionário multidimensional SF-36 (Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey) para avaliar a qualidade de vida. Composto por 36 itens, reunidos em duas componentes: física e mental que avaliam a capacidade funcional (desempenho das atividades diárias, como capacidade de cuidar de si, vestir-se, tomar banho e subir escadas); aspectos físicos (impacto da saúde física no desempenho das atividades diárias e/ou profissionais); dor (nível de dor e o impacto no desempenho das atividades diárias e ou profissionais); estado geral de saúde (percepção do estado geral de saúde); vitalidade (percepção do estado de saúde); aspectos sociais (reflexo da condição de saúde física nas atividades sociais); aspectos emocionais (reflexo das condições emocionais no desempenho das atividades diárias e/ou profissionais); e saúde mental (escala de humor e bem-estar). A pontuação final de cada domínio varia de 0 a 100, não existindo um ponto de corte definido: valores de scores maiores indicam um melhor estado de saúde.9

O cálculo amostral foi realizado pela calculadora Winpepi (http://www.brixtonhealth.com/pepi4windows.html) para uma estimativa de proporção, usando como desfecho principal a função sexual. Foi utilizada uma proporção de 30%, que representa a prevalência de mulheres com disfunção sexual no Brasil,11 com uma diferença aceitável de ±5, nível de confiança de 95%, totalizando 323 participantes; acrescido 10% para possíveis perdas, seriam então necessárias 355 mulheres.

Para elaboração do banco de dados, análise descritiva e análise estatística foi utilizado o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 14.0 para Windows. A normalidade das variáveis numéricas foi verificada através da estatística descritiva, análise gráfica e do teste Kolmogorov Sminorv. Os dados categóricos (estado civil, escolaridade, renda, IMC, tipo de parto, uso de medicamentos, menopausa, cirurgia pélvica/perineal e scores do FSFI) foram apresentados em frequência absoluta, enquanto os dados numéricos (idade, scores dos domínios do SF-36) foram apresentados em termos de média e desvio-padrão. Para a comparação das médias dos scores do SF-36 das mulheres com disfunção sexual e das mulheres com adequada função sexual foi utilizado o teste t de Student, pressupondo uma distribuição normal. Como referido, para a comparação das variáveis numéricas com a disfunção sexual foi utilizado o teste t de Student e, para a comparação das variáveis categóricas com a disfunção sexual, o qui-quadrado.

Este estudo faz parte de um projeto que  foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), CAAE n.o 14425813.9.0000.5544, conforme rege a resolução n.o 466/12 do Conselho Nacional de saúde. Todas as participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).

Resultados

Das 385 mulheres investigadas, 10 foram excluídas da análise pelo preenchimento incompleto dos instrumentos de avaliação, resultando numa amostra de 375 mulheres. No Quadro I constata-se uma predominância de mulheres jovens, com menos de 40 anos, com idade mínima de 18 e máxima de 57 anos. A maioria das mulheres eram casadas (49,3%), apresentaram o ensino superior completo (73,6%). Quanto às características clínicas, a maioria das mulheres apresentaram IMC eutrófico (69,2%), não tiveram nenhum parto (55,9%), faziam uso de anticoncepcional oral (71,9%), estavam em idade fértil (89%) e não realizaram cirurgia ginecológica (84,5%).

 

 

Na comparação dos dados sociodemográficos e clínicos entre as mulheres com adequada função sexual (AFS) e as com disfunção sexual (DS) pode-se perceber uma maior presença de mulheres obesas (10 (13,5)) no grupo de mulheres com DF quando comparadas com 12 (4,2) mulheres com AFS (p=0,025). Outra diferença encontrada foi a presença de uma maior proporção de mulheres na idade fértil no grupo com AFS (261 (91,3)) quando comparado com 62 (80,5) no grupo com DS (p=0,008) (Quadro I).

Foi observada uma frequência de 21,1% de mulheres com DS, o que representa 79 mulheres. No Quadro II foram comparadas as médias dos domínios do questionário de qualidade de vida SF-36 nas mulheres com AFS e com DS, sendo verificado que as médias das pontuações das mulheres com DS se apresentaram menores em todos os domínios analisados, com significância estatística.

 

 

Discussão

O presente estudo avaliou a frequência de disfunção sexual e a relação com a qualidade de vida em mulheres matriculadas em ginásios e demonstrou uma frequência de 21% de DS, com uma associação com menores valores em todos os domínios de qualidade de vida. Foi comparada a qualidade de vida entre as mulheres com disfunção sexual e com adequada função sexual e os achados se mostraram semelhantes aos encontrados na literatura.11-12 Este resultado se deu principalmente pela utilização de questionários validados para a língua portuguesa, amplamente utilizados na literatura e designados especificamente para a análise da função sexual e da qualidade de vida.

Na avaliação da qualidade de vida em todos os domínios do SF-36, as mulheres com DS apresentaram pontuações em média inferiores, principalmente nos  domínios de saúde mental, aspectos físicos, aspectos emocionais e aspectos sociais. Estes dados sugerem que mulheres com DS apresentam um maior comprometimento da qualidade de vida nestes quatro aspectos avaliados. Esses domínios estão relacionados com questões físicas e mentais, ressaltando o comprometimento em ambos os quesitos. Este achado corrobora os resultados de um estudo realizado com mulheres americanas, onde foi destacado que mulheres com disfunção sexual apresentam insatisfação física e emocional, com sentimentos de infelicidade.11 O resultado do presente estudo ratifica a literatura existente, uma vez que o bem-estar geral está associado a uma saúde sexual satisfatória,13 sendo um fator importante na qualidade de vida e considerada fundamental, mesmo em mulheres praticantes de atividade física.14

A frequência de disfunção sexual neste estudo com mulheres praticantes de atividade física é semelhante a alguns estudos realizados no Brasil sobre a disfunção sexual em mulheres;3,15 semelhante ao percentual de DS (21,9%) encontrado por Prado e seus colaboradores (2010) ao analisarem mulheres, com a idade compreendida entre os 18 e os 45 anos, com diferentes níveis sociais socioeconômicos.15 A equivalência na frequência pode ser explicada pela semelhança das idades das populações estudadas, uma vez que num estudo com mulheres de meia idade (40 a 65 anos), na cidade de Natal, foi referido 67% de DS.

No entanto, a prevalência de disfunção sexual ainda se mostra divergente quanto a literatura no âmbito mundial. Estudos mostram uma variação de prevalência entre 22% e 87% em diferentes populações femininas.2,11,16-18 A grande variação é, em parte, devida à dimensão e características de amostras, tipos de testes realizados e tipos de questionários utilizados, que podem carecer de uma precisão das respostas.11 West e seus colaboradores afirmaram que  a dificuldade de resultados precisos sobre a DS parece ser pela falta de dados sobre a população em geral, uma vez que encontrar uma grande amostra representativa é desafiador e caro,19 além das questões culturais9 e religiosas e da falta de conhecimento do próprio corpo e de uma ou mais fases do ciclo da resposta sexual, que podem interferir na função sexual e, consequentemente, na frequência encontrada.20

Na amostra estudada houve um predomínio de mulheres jovens, com menos de 40 anos e que estavam em idade fértil e este é um fator a ser considerado quanto à frequência de DS encontrada, pois mulheres mais jovens tendem a ter menos comprometimentos sexuais. A literatura mostra que, na menopausa, o corpo da mulher sofre modificações pela queda do estrogênio, o que favorece o surgimento de alterações nas fases da resposta sexual. A diminuição do desejo sexual, assim como diminuição da lubrificação vaginal e dispareunia são frequentemente relatados por essas mulheres.7 Um estudo com brasileiras mostrou que, a partir dos 50 anos de idade, a disfunção sexual aumenta quando comparada com as mulheres com menos de 50 anos de idade.21 Dennerstein, num estudo com mulheres australianas, conseguiu demonstrar que a função sexual declina com a menopausa e que o estradiol tem uma relação significativa com este declínio.22

Outra importante consideração quanto à frequência encontrada é o fato da população analisada ser representada por mulheres que praticam atividade física, uma vez que a literatura tem demonstrado um efeito indireto, porém positivo, da prática de atividade física sobre a função sexual através da produção de hormonas. Um estudo com brasileiras demonstrou, a partir do FSFI, uma maior prevalência de disfunção sexual em mulheres menos ativas ou sedentárias quando comparadas a outras que praticavam atividade física regular, demonstrando que mulheres que praticam atividade física apresentam uma melhor função sexual.16

Um ponto limitante deste estudo é a impossibilidade de comparar os dados com a população feminina em geral, uma vez que o presente estudo avaliou apenas mulheres que praticam atividade física. Independentemente disso, concluiu-se que mulheres praticantes de atividade física têm uma frequência de 21% de disfunção sexual e verificou-se associação desta com scores na qualidade de vida (SF-36) inferiores, principalmente nos aspectos físicos, emocionais e sociais, interferindo no bem-estar. Contudo, a validade da associação entre disfunção sexual e qualidade de vida deve ser lida com precaução, dada a natureza observacional do estudo à eventual presença de viés de confundimento.

Este trabalho alerta para a importância da adequada função sexual na qualidade de vida global das mulheres, mesmo aquelas que são fisicamente ativas. Pesquisas demonstram a importância de considerar as diferenças individuais ao falar sobre as disfunções sexuais, que vão além da componente física e hormonal. O sentimento de satisfação com a vida sexual está intrinsecamente relacionado com as experiências sexuais passadas do indivíduo, expectativas atuais e aspirações futuras,23 sendo também presente uma alta associação entre a disfunção sexual com experiências e relações pessoais insatisfatórias.3 Considerando a importância da saúde sexual para o bem-estar completo, a investigação futura dever-se-á focar em avaliar a associação da DS com a QV na população feminina em geral. Além disso, serão necessários estudos longitudinais que avaliem a relação bidirecional da função sexual e da qualidade de vida em mulheres.

 

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Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence

Patrícia Lordêlo

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Av. Dom João VI, n 275, Brotas, Salvador - Bahia , CEP 40290-00

E-mail: pvslordelo@hotmail.com

 

Conflito de interesses

As autoras declaram não ter conflitos de interesses.

Comissão de ética

Estudo realizado após parecer favorável do Comité de Ética em Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/Brasil.

 

Recebido em 29-07-2015

Aceite para publicação em 01-11-2016

Artigo redigido em Português do Brasil.

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