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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versão impressa ISSN 2182-5173

Rev Port Med Geral Fam vol.32 no.4 Lisboa ago. 2016

 

ARTIGOS BREVES

Prevalência do consumo de risco de álcool no idoso: estudo numa unidade dos cuidados primários da região de Braga

Prevalence of risky alcohol consumption in the elderly: a study from a primary care unit in the Braga region

Albino Martins,1 Joana Parente,1 Joana Araújo,2 Maria José Menezes3

1Médicos Internos de Medicina Geral e Familiar. USF de S. Lourenço, Aces do Cávado I - Braga

2Médica de Medicina Geral e Familiar. USF de S. Lourenço, Aces do Cávado I - Braga

3Médica de Medicina Geral e Familiar. USF de S. Lourenço, Aces do Cávado I - Braga

Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence


 

RESUMO

Introdução: O consumo de álcool está associado a riscos e benefícios dependendo da quantidade ingerida. Perceber os padrões de consumo de uma população torna-se fundamental na prevenção dos riscos associados ao álcool. Os idosos, pelas suas particularidades, representam um grupo de interesse maior, que atualmente está subestudado nesta área. Considerando o papel central dos médicos de família na avaliação global do utente, a sua ação preventiva é fulcral.

Objetivos: Estimar a prevalência do consumo de risco do álcool em idosos numa unidade de cuidados primários e caracterizar a população em estudo.

Métodos: Estudo transversal de uma população de 1.225 indivíduos com 65 ou mais anos de idade. Definiu-se uma amostra aleatória representativa constituída por 210 idosos. A recolha dos dados foi efetuada com recurso à ficha individual do utente. Por consumo de risco definiu-se aquele superior ou igual a 14 unidades padrão de etanol (168g) por semana.

Resultados: Da amostra de 210 idosos, com idade média de 73,7±7,7 anos, 57,6% eram mulheres. A prevalência encontrada para o consumo de álcool foi de 63% (IC95%: 56-69) e de consumo de risco de 32,9% (IC95%: 26-39) - nos homens 56,2% (IC95%: 49-62) e nas mulheres 15,7% (IC95%: 10-20), sendo 36,7% (IC95%: 30-41) da amostra abstinente. Verificou-se associação significativa entre o género masculino e o consumo de risco do álcool. A idade e a escolaridade não apresentaram associação com o consumo de risco.

Discussão: No idoso, o consumo excessivo de álcool pode ter consequências particularmente gravosas. Não obstante, verifica-se uma escassez de estudos que avaliem o padrão de consumo de álcool nesta população. Observou-se que 63,3% dos idosos consome álcool, com predomínio do género masculino, o que não difere dos dados nacionais. De realçar, porém, que a prevalência do consumo de risco, que inclui um terço da amostra, é superior à encontrada noutros estudos similares.

Conclusão: O consumo de risco do álcool é prevalente no idoso, pelo que o médico de família deve estar consciente deste problema.

Palavras-chave: Etanol; Idoso.


 

ABSTRACT

Introduction: Alcohol consumption is associated with risks and benefits depending on the quantity ingested. It is helpful to understand patterns of alcohol consumption in a population in order to decrease risk. The elderly represent a group of special interest, currently under-studied in this area. Family physicians can play a role in the evaluation and prevention of risky alcohol consumption in the elderly.

Objectives: To assess the prevalence of risky alcohol consumption in the elderly in a primary care unit.

Methods: A cross-sectional study of a sample the clinical records of an 1,225 individuals aged 65 or over was conducted. A representative random sample of 210 elderly patients was selected. Risky consumption was defined as 14 or more standard ethanol units (168g) per week.

Results: In this sample of 210 elderly patients, the mean age was 73.7 ± 7.7 years and 57.6 % were women. The prevalence of alcohol consumption was 63% (95% CI 56,69) and risky consumption was found in 32.9% (95% CI 26,39) (56.2% (95% CI 49,62) in men, 15.7% (95% CI 10,20) in women), with 36.7% (95% CI 30,41) of the sample who were abstinent. We found a significant association between male gender and risky alcohol consumption. Age and education were not related to risky consumption.

Discussion: In the elderly, excessive consumption of alcohol can have serious consequences. There is a lack of studies to assess patterns of alcohol consumption in this population. We found that 63.3% of the elderly in this population consume alcohol, with a male predominance, similar to findings in national studies. The prevalence of the risky consumption in this population, which includes a third of the sample, is higher than that found in other similar studies.

Conclusion: Alcohol risk consumption is prevalent in the elderly in this population and family physicians should be aware of this problem.

Keywords: Ethanol; Aged.


 

Introdução

O álcool é uma substância cujo consumo faz parte dos hábitos alimentares da sociedade em geral, integrado tanto na vida quotidiana e familiar como em eventos sociais e cerimónias religiosas.1-2 O seu consumo moderado tem sido associado a benefícios para a saúde a médio e longo prazo.2-3 Todavia, o uso de álcool em quantidades desaconselhadas pode estar relacionado com inúmeras causas de morbimortalidade, que incluem desde acidentes rodoviários a doenças hepáticas, cardiovasculares, psiquiátricas, pulmonares, imunológicas, ósseas e musculares, gastrointestinais, entre muitas outras.2,4 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool figura entre os dez principais fatores de risco de doenças.1

Apesar de o consumo excessivo de álcool estar frequentemente associado a jovens adultos, esta questão é multigeracional.5

Atualmente, os idosos, definidos como aqueles com idade igual ou superior a 65 anos, estão subestudados no que diz respeito aos padrões de consumo de álcool, existindo poucos dados exclusivos relativos a este grupo etário.6 No idoso, a quantidade máxima diária recomendada pelas normativas internacionais é de uma bebida padrão (BP) (cerca de 12g de álcool), independentemente do género.6 A BP é uma unidade de medida que avalia o volume de álcool numa bebida alcoólica, o que permite o cálculo da ingestão diária ou semanal de álcool.7

A falta de estudos sobre este tema tem especial interesse na medida em que, durante o século XX, o número de idosos europeus triplicou e a esperança média de vida aumentou para mais do dobro, estimando-se que em 2028 mais de um quarto da população europeia terá 65 ou mais anos.5

Considerando o envelhecimento populacional, o consumo de álcool nos idosos é um assunto premente que merece mais atenção, bem como o diagnóstico e tratamento dos problemas relacionados com o álcool neste grupo etário. Além disso, os idosos, pelas comorbilidades que geralmente lhes estão associadas e pelo uso comum de medicamentos, constituem um grupo de maior risco.

O abuso do álcool é um conceito global que inclui desde o consumo de risco até à dependência. Por consumo de risco entende-se um padrão de consumo que poderá levar a consequências físicas, mentais ou sociais deletérias para o próprio ou terceiros.7-8 De acordo com a recomendação da entidade norte-americana National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, é considerada uma ingestão de álcool diária de baixo risco no idoso aquela igual ou inferior a uma BP.6 Em concordância com esta recomendação, o consumo de risco do álcool no idoso pode ser definido como aquele igual ou superior a duas BP por dia. Esta definição não é, porém, consensual entre diferentes autores e diferentes países.8

Os profissionais dos cuidados de saúde primários (CSP) usufruem de uma posição privilegiada para a deteção e intervenção precoces em padrões de consumo que vão além do moderado, tendo em conta a avaliação multicêntrica do utente e o seu seguimento longitudinal. De referir ainda o respeito e confiança depositada, por parte do utente, no seu médico de família, o que certamente aumentará o sucesso da intervenção educacional.1,3,5

Neste contexto, e dado o reduzido número de estudos que abordam este tema na população geriátrica, foram objetivos do presente trabalho estimar a prevalência do consumo de risco de álcool numa população de utentes idosos no contexto dos CSP e caracterizar a população em estudo em relação ao consumo crónico de fármacos e variáveis sociodemográficas.

Métodos

Estudo observacional transversal de uma população de utentes com idade superior ou igual a 65 anos de idade, inscritos até 31 de dezembro de 2013 numa USF da região do Minho. De um total de 1.225 idosos definiu-se amostra aleatória de 210 indivíduos, de acordo com a proporção estimada de consumo de risco de 10%, obtida na literatura internacional, e um erro amostral de 5%.9 As variáveis estudadas foram a idade, o género, a escolaridade, o consumo de álcool e a polimedicação. Na obtenção dos dados foram utilizados os registos informatizados do Sistema de Apoio ao Médico (Ficha Individual do Utente). Definiu-se consumo de risco de álcool como um valor médio de ingestão semanal superior ou igual a 168 gramas (14 BP), em ambos os géneros.7-8 Definiu-se por polimedicação o uso simultâneo de cinco ou mais fármacos de uso crónico. Excluíram-se os utentes sem informação sobre o consumo de etanol nos vinte e quatro meses precedentes à recolha dos dados, sendo substituídos de acordo com a ordem de aleatorização previamente estabelecida. A análise estatística foi efetuada com recurso ao Statistical Package for the Social Sciences, versão 21 (IBM®), com um nível de significância estatística de 5% (p<0,05). Foi utilizado o teste de Qui-quadrado para comparação entre variáveis qualitativas. As variáveis contínuas foram comparadas com recurso ao teste t e análise ANOVA. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para avaliar o grau da correlação entre variáveis métricas.

O estudo foi submetido a parecer da Comissão de Ética para a Saúde da Administração Regional de Saúde do Norte, de que resultou a aprovação em reunião de 7 de abril de 2015.

Resultados

Estudaram-se 210 utentes, 57,6 % mulheres, com idade média de 75,3±7,7 anos, com valor mínimo de 65 e máximo de 95 anos. Da amostra inicial foram excluídos 27 idosos (12,9% do total) por ausência de informação sobre o consumo de etanol. Entre os 65 e os 75 anos de idade encontram-se 49,5% dos idosos em estudo. Em média, obtiveram-se 2,4±1,3 registos do consumo de álcool por idoso. O consumo médio, em gramas, foi de 99,5±104g de álcool por semana. A prevalência encontrada para uso de álcool foi de cerca de 63% (IC95%: 56-69). A prevalência encontrada para consumo de risco do álcool foi de 32,9% (IC95%: 26-39) - 56,2% (IC95%: 49-62) nos homens e 15,7% (IC95%: 10-20) nas mulheres. Contudo, 36,7% (IC95%: 30-41) da população revelou-se abstinente para o consumo de álcool. Verificou-se existir uma associação significativa entre género masculino e consumo de risco do álcool (56,2% no género masculino comparativamente com 15,7% no género feminino; p<0,01). Por outro lado, no género feminino encontrou-se uma associação significativa com a abstinência do álcool (p<0,01) sendo que, dos idosos abstinentes, 72,7% eram mulheres. Não se verificou correlação entre a progressão da idade e o consumo de álcool em gramas (p=0,08). Quando avaliados escalões etários com intervalos de 10 anos, também não se verificaram diferenças no consumo médio de álcool (p=0,23). Analisando os idosos com ou sem consumo de risco do álcool verifica-se que aqueles com consumo de risco são, em média, mais jovens (73,8 anos vs. 76,1 anos; p=0,04). Quando comparados os idosos com seis ou mais anos de escolaridade (11,2% do total) com aqueles com menor escolaridade não se verificou diferença na média do consumo de álcool (75,8g vs. 113,5g; p=0,11) ou associação com consumo de risco (22,7% vs. 37,6%; p=0,12). Nos idosos com consumo de risco verificou-se que 50,7% encontra-se polimedicado (56% de polimedicação nos idosos sem consumo de risco).

Discussão

A prevenção das consequências relacionadas com o consumo de álcool apenas é possível com o conhecimento dos padrões de consumo na população.2 No idoso, o consumo excessivo de álcool pode ter consequências particularmente graves, dada a maior suscetibilidade aos seus efeitos e associação com risco acrescido de disfunção cognitiva e demência.8,10 Neste ponto realça-se a importância da intervenção dos cuidados de saúde primários na avaliação e acompanhamento do padrão de consumo e das particularidades específicas desta população.10

A prevalência encontrada para uso de álcool foi de cerca de 63% (IC95%: 56-69). Os estudos nacionais estimam na população idosa uma prevalência para uso de bebidas alcoólicas no último ano de 52%, com predomínio do género masculino.10 Esta diferença pode ser explicada por fatores regionais, dada a prevalência de consumo de álcool na região norte ser superior em todos os grupos etários comparativamente com o restante território continental.11

No que concerne ao consumo de risco de álcool na população estudada, a prevalência estimada foi de 32,9%. O abuso de álcool é um conceito global que inclui desde o consumo de risco até à dependência. São escassos os estudos que avaliam diretamente o consumo de risco do álcool no idoso. Nos Estados Unidos da América, as estatísticas mostram que cerca de 10% da população idosa abusa do álcool ou consome-o de forma problemática.5 Connell e colaboradores estimaram que a prevalência de consumo excessivo nos idosos possa rondar os 17% no homem e 7% na mulher.12 Esta assimetria de género foi também observada na amostra em estudo (52,2% vs. 15,75%), havendo uma associação estatisticamente significativa entre género masculino e consumo de risco. Esta associação foi previamente demonstrada noutras populações idosas e parece estar intimamente ligada com fatores socioculturais.13-14

Não foi feita estratificação da amostra por classe etária ou nível educacional. Contudo, a análise estatística destas variáveis não mostrou associação com consumo de risco. Porém, níveis educacionais baixos estão geralmente associados a maior prevalência de distúrbios relacionados com o álcool.15

Geralmente os idosos consomem menos álcool e têm menos problemas relacionados com o seu consumo que os indivíduos mais jovens.6 Curiosamente, neste trabalho, esta tendência é também observada quando comparado o consumo de risco entre diferentes classes etárias acima dos 65 anos.

Naqueles idosos com consumo de risco, a maioria encontrava-se polimedicada. O uso conjunto do álcool e de vários medicamentos aumenta o risco de toxicidade, pelo que deve ser dada particular atenção a esta circunstância.

De realçar que o consumo de risco do álcool foi prevalente, abrangendo um terço da população estudada. Vários estudos têm demonstrado uma prevalência crescente de problemas relacionados com o álcool no idoso, apesar da menor atenção pública dada à questão. Embora por vezes difícil, a correta quantificação do consumo e avaliação dos problemas de saúde associados com o álcool são fulcrais para evitar e reduzir esta epidemia silenciosa.6,15

Este estudo de caráter local teve por propósito o diagnóstico do consumo de risco de álcool na população idosa e abriu a possibilidade para uma intervenção mais informada neste contexto. É necessária uma avaliação futura mais pormenorizada deste problema na população idosa, idealmente com recurso a estudos de base multicêntrica e mais alargada. A reduzida dimensão amostral, a possível existência de variáveis de confundimento, a fiabilidade dos dados induzida pelo consumo autorreportado e o viés de seleção condicionado pela exclusão dos utentes sem informação sobre consumo do álcool limitam a generalização dos resultados a outras populações. Conclui-se que o consumo de risco do álcool no idoso é prevalente. Deste modo, os autores consideram necessária a promoção de práticas de prevenção do consumo excessivo do álcool nos CSP, em concordância com o preconizado pelo programa de intervenção governamental.16

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence

Albino Martins

Trav. S. André, nº 186, 4795-152 Vila das Aves, Porto

E-mail: albinomartins.uminho@gmail.com

 

Conflitos de interesse

Os autores declaram não ter conflitos de interesse.

Comissão de ética

Estudo realizado após parecer favorável da Comissão de Ética da ARS Norte.

 

Recebido em 24-07-2015

Aceite para publicação em 02-06-2016

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