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GOT, Revista de Geografia e Ordenamento do Território

versão On-line ISSN 2182-1267

GOT  no.11 Porto jun. 2017

 

EDITORIAL

 

Editorial

 

Fernandes, José1

1CEGOT | Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto; Via Panorâmica s/n, 4150-564 Porto, Portugal; jariofernandes@gmail.com

 

 

Uma revista é simultaneamente um facto e um processo.

Como facto, aí está, no seu número 11, composto de artigos de autores de várias origens, que tratam temas diversos, privilegiando diferentes escalas, considerando a dimensão geográfica e a relevância do ordenamento do território.

Este facto pode ser analisado a partir de números:

  • Tem 15 artigos, dos quais 11 em português, 2 em espanhol, um em francês e outro em inglês;
  • Conta com a participação de 32 autores, sendo 8 afiliados em instituições de Lisboa, 4 de Barcelona, 3 do Porto, 3 do Rio Janeiro, 2 de Fez, 2 de Juiz de Fora e um de cada uma das seguintes cidades: Aracaju, Belo Horizonte, Braga, Coimbra, Foz do Iguaçu, Nova Iorque, Ouro Preto, Rabat, Santiago de Compostela e São Paulo;
  • Pela origem dos textos, independentemente do número de autores, verificamos que 6 têm origem em Portugal, 4 no Brasil, 2 em Espanha, um em Marrocos, outro nos Estados Unidos e ainda um que inclui autores brasileiros e portugueses.

Pode-se também sublinhar aspetos de natureza qualitativa, como a escala de abordagem. Porque, ainda que a generalidade dos textos contem com uma dimensão teórica e outra empírica, é evidente que alguns privilegiam visões gerais do mundo, outros estão focados numa dimensão nacional e há um grande número que trata âmbitos mais restritos, associados a contextos urbanos ou a acidentes naturais específicos, como rios e montanhas.

É igualmente importante sublinhar que a GOT acolhe, mais uma vez, textos que tratam temas muito diversos. Nalguns casos, pode-se considerar que sobressaem aspectos de natureza técnica e metodológica e é mais evidente a preocupação com o ordenamento do território, como é o caso de “Contributos para uma estrutura de ordenamento da cidade-ilha de Mindelo-S. Vicente”, “Estimativas de alcance visual humano aplicado à preservação de ambientes cênicos”, “Considerações sobre a redução / ampliação da dimensão de áreas de preservação permanente de faixa marginal de curso d’água em três áreas no Rio Paraíba do Sul – RJ, Brasil”, “Apport de la télédedétection et du SIG au suivi de la dynamique spatiotemporelle des fôrets dans le massif numidien de Jbel Outka (Rif central, Maroc)” e “Nuevas fórmulas para un desarrollo local sustenible. Los ecomuseus de Apulia (Italia)”.

Há textos que abordam a questão das condições climáticas: “Aspectos climáticos da bacia hidrográfica do Rio Preto – MG/RJ, Brasil: influência dos factores geográficos na formação de clima regional” e “Os estuários e as alterações climáticas: impactes da subida do nível médio das águas do mar em Vila Franca de Xira”. Outros analisam aspectos ligados à agricultura - “La agricultura social en Cataluña: una alternativa de desarrollo local sostenible frente à la crisis económica y social” e “Padrões territoriais da agricultura urbana na cidade do Porto” - e há também um sobre pesca: “Keeping afloat – fishing in the Tagus estuary”. Dois textos, muito diversos, tratam aspetos ligados a mobilidade, à escala do Brasil (“Quem são os migrantes das metrópoles? Uma análise comparativa das pessoas que entraram e saíram das regiões metropolitanas do Brasil”) e à escala intraurbana (“Teleféricos na paisagem da “favela” latino-americana: mobilidades e colonialidades”). Quase todos fazem uma ligação da Geografia a disciplinas científicas diversas. Deixamos para o fim a referência a um texto que pretende promover uma reflexão mais filosófica (“Espacialidades e ressonâncias do patrimônio cultural: reflexões sobre identidade e pertencimento”) e dois outros onde é dada uma especial relevância a aspectos de natureza económica -  “Globalização e o seu impacto no mercado residencial” e “A bolha imobiliária de 2008: uma análise acerca da evolução do valor dos imóveis em Portugal”.

 

Como processo, a GOT é marcada por continuidades e mudanças.

É desde o primeiro número uma revista de Geografia e Ordenamento do Território propriedade do CEGOT (Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território), unidade que reúne investigadores ligados aos departamentos de Geografia das universidades de Coimbra, Minho e Porto; garante a revisão cega com dupla arbitragem de todos os textos que lhe são submetidos e está disponível à leitura de todos, sem custos, com novas edições pontualmente acessíveis a partir de 30 de Junho e 30 de Dezembro.

Na sua evolução, importa salientar a aceitação por uma quantidade muito significativa de leitores (medida no acesso ao sítio electrónico e visita de textos) e o reconhecimento que tem obtido em plataformas de avaliação internacional, merecendo destaque o facto de, neste último semestre, ter melhorado a sua classificação no Qualis, ao ser registada agora como A2 em Arquitetura, Urbanismo e Design e como B1 em Geografia, em Administração Pública e de Empresas, Ciência Contábeis e Turismo, em Sociologia e em Planejamento Urbano e Regional/Demografia.

Relativamente a aspetos de natureza organizativa, peço para notar-se que na ficha técnica, além de constarem os membros da Comissão Científica, o conjunto de revisores a quem agradecemos a avaliação dos textos deste número e o editor e adjunto do editor, faz-se referência a um coletivo editorial que assumiu responsabilidades de apoio ao editor e que é constituído por António Bento Gonçalves (UM), João Ferrão (UL), Lúcio Cunha (UC), Márcio Moraes Valença (URN), Maria Encarnação Beltrão Sposito (UNESP), Ruben Lois (USC), Teresa Pinto Correia (UE) e Teresa Sá Marques (UP).

Haverá mais novidades em breve.

Para já fica a promessa, sempre renovada, da revista procurar a eficiência na rendibilização do esforço de todas os que a ela se dedicam, de tentar melhorar o serviço prestado a leitores e autores, sejam investigadores, docentes ou não, e, naturalmente, de perseguir a excelência, numa busca continuada pelo que julgamos ser o melhor para a GOT, que o mesmo é dizer, para atuais e futuros leitores, autores, revisores e todos os que de uma ou outra forma fazem e farão a revista.

Resta-me, em nome da Geografia e Ordenamento do Território, cumprimentar todos os que ajudaram a concretizar este número e fazer votos de boas leituras, agradecendo o interesse que tenham em submeter um texto e assegurar a divulgação da revista.

 

O editor

José Alberto Rio Fernandes.

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