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Revista :Estúdio

versão impressa ISSN 1647-6158

Estúdio vol.7 no.15 Lisboa set. 2016

 

ARTIGOS ORIGINAIS

ORIGINAL ARTICLES

Uma Colagem sobre Portugal: o Fado Lusitano de Abi Feijó

A Collage about Portugal: o Fado Lusitano by Abi Feijó

 

Eliane Muniz Gordeeff*

*Brasil, pesquisadora, animadora, designer, professora. Bacharelado em Desenho Industrial / Programação Visual, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Belas Artes (EBA-UFRJ). Mestrado em Artes Visuais, EBA-UFRJ.

AFILIAÇÃO: Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes (FBAUL), Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes (CIEBA). Largo da Academia Nacional de Belas Artes 1249-058, Lisboa, Portugal.

 

Endereço para correspondência

 

RESUMO:

Este artigo reflete como a imagem animada pode agregar contextos diversos através de caraterísticas consideradas pós-modernas. A obra em questão é o curta-metragem Fado Lusitano (1995), do animador Abi Feijó, que apresenta a colagem como principal caraterística. Através da técnica de recorte e de apropriações variadas, agrega diversos contextos, criando uma representação da história de Portugal.

Palavras chave: Animação, Colagem, Pós-modernismo na animação, Técnica de recorte, Animação portuguesa, Abi Feijó.

 

ABSTRACT:

This paper reflects how the animated image can aggregate different contexts through considered postmodern characteristics. The work analyzed is the short Fado Lusitano (1995), by animator Abi Feijó, that shows the 'collage' as main characteristic. Through cutout technique and many appropriations, it puts together various contexts that result in a representation of Portugal history.

Keywords: Animation, Collage, Postmodernism in animation, Cutout technique, Portuguese animation, Abi Feijó.

 

Introdução

O objetivo deste artigo é refletir sobre como a imagem animada pode agregar contextos históricos, sociais, políticos através de caraterísticas consideradas pós-modernas, através do estudo de Fado Lusitano (1995), do animador Abi Feijó.

Álvaro Graça de Castro Feijó nasceu em Braga, em 1956, e é um dos mais importantes animadores portugueses. Licenciou-se em Artes Gráficas, pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, e foi no Festival Internacional de Animação de Espinho, o Cinanima de 1977, que despertou para a Arte Animada. Em 1984 participa de um estágio no National Film Board of Canada sob orientação de Pierre Hébert (n. 1944) e, três anos depois, funda no Porto a Filmógrafo, com o objetivo de trabalhar a animação de forma autoral e artesanal (Ciclope, 2015). Realiza e produz, entre outros, Os Salteadores (1993), em desenho a grafite, baseado no conto homónimo de Jorge Sena; Fado Lusitano, em recorte; e Clandestino (2000), em animação de areia, e tendo como estagiários animadores, hoje consagrados, entre eles, José Miguel Ribeiro (n. 1966) e Regina Pessoa (n. 1969).

Em 2000, fundou no Porto a Casa da Animação, um centro cultural dedicado à arte, que presidiu até 2004; participou da administração da Association Internationale du Film d'Animation (ASIFA), de 1995 a 2002, sendo seu presidente nos últimos dois anos; ainda em 2002 fundou a Ciclope Filmes e produziu, entre outros, História Trágica com Final Feliz (Regina Pessoa, 2005), o filme português mais premiado de sempre; e ainda é professor universitário desde 1999. Ao longo de sua vida Feijó recebeu mais de 40 premiações internacionais entre elas, o Prémio Especial do Júri do Cartoon d'Or (1994), para Os Salteadores; o Prémio SACD, para projeto (1989) e a Menção Honrosa (1995), ambos em Annecy, na França, também para Os Salteadores (Ciclope, 2015).

Mas Fado Lusitano é o seu filme "mais português". Utilizando a estética do recorte, este encontra sintonia com a característica pós-moderna (Lyotard, 1993; Jameson, 1998; Featherstone, 2007) mais presente na obra: a colagem (pastiche/bricolagem). A relação com o Pós-modernismo é aqui apresentada considerando-se as questões da construção das imagens e de contexto histórico-social, tendo como referência principalmente os trabalhos de Sébastien Denis e William Moritz, que estudam a imagem animada; e de Fredric Jameson e Mike Featherstone, sobre o Pós-modernismo.

A animação que completou 20 anos, recebeu diversos prémios, entre eles, o Prémio Alves Costa, no Cinanima (1995), em Portugal; o 1º Prémio e da Crítica, no Festival de Larissa (1996), na Grécia; o Tatu de Prata (melhor montagem) no Festival da Bahia (1996), no Brasil; e 1º Prémio de Curtas Metragens do Festival Internacional de Cinema do Uruguai (1997).

 

1. Uma Saga Portuguesa

Fado Lusitano inicialmente foi uma encomenda feita por John Halas (1912-1995), que faleceu antes do término do projeto. O objetivo era criar um auto-retrato dos países então componentes da União Europeia, através de curtas-metragens de cinco minutos, visando o mercado televisivo. A obra foi finalizada de forma independente, e utilizando elementos importantes para a História e Arte portuguesas, "aqueles através dos quais uma pessoa se reconhece" (Feijó, em entrevista à autora, 16 de nov. 2015). Devido à diversidade de representações, a técnica de recorte em papel apresentou-se como a solução mais viável pois, estes elementos "deveriam ser respeitados de alguma maneira" (Feijó, em entrevista à autora, 16 de nov. 2015).

A narrativa que acompanha as imagens, a contextualiza e várias vezes se relaciona de forma cómica – "o texto ancora as imagens", segundo Barthes (2009:21) – e, juntamente com banda sonora de Manuel Tentúgal (n. 1956), mantém a unidade da obra.

Com elementos muitas vezes estilizados, mas esteticamente datados, e com a visualidade da Banda Desenhada, a história de Portugal inicia-se com sua individualização: "Portugal sente-se um pequeno país na cauda da Europa. Parece-se com Espanha... mas não é! Reparem nas fronteiras que cavámos... ao longo de 800 anos. Através dos tempos, refugiados de toda a Europa vieram para este estreito pedaço de terra". Essa necessidade decorre do fato de Portugal já ter sido governado pela Espanha, além de observar que o território foi povoado por quem procurava um lugar para si, sendo delimitado graças ao idioma, facto representado por cabeças, cujas línguas estão atadas em nó.

Surgem então as caravelas e o navegador que marcam a saga portuguesa – que resultou nos descobrimentos e na criação de um império –, aventura ilustrada por um oceano repleto de monstros. Ao dividir o Novo Mundo com a Espanha, há uma ironia, verbal e visual, entre os dois processos de colonização: "enquanto os espanhóis demonstravam ser 'hombres de cojones' nós entretínhamo-nos a demonstrar como se usam os 'cojones de 1'hombre'". A narração é acompanhada de imagens animadas e o resultado da colonização portuguesa foi a criação de uma grande família – que Feijó representa através da união de etnias variadas (Figura 1) – é a "aldeia global" (Page, 2015).

 

 

Mas com a morte do rei D. Sebastião (1554-1578), na Batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, o país passa a ser governado por Felipe II (1527-1598), da Espanha. Nasce então o mito de retorno do rei que livrará o povo de todas as suas mazelas. Tal situação é representada como a viragem da postura portuguesa – antes corajosos e destemidos, então passivos e lamuriosos – com o suspirante Zé Povinho – personagem de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905), que "confunde-se com o povo português amplificando todos os seus defeitos e virtudes" (Ensina RTP, 2014) –, e em silhueta, caindo da cadeira, António de Oliveira Salazar (1889-1970), ditador que governou o país por 41 anos. É uma paródia, pois há a crença de que este morreu ao cair de uma cadeira; e uma ironia, com o "seu lema" em som de fundo, "orgulhosamente sós". Como resultado dessa situação, ocorre a diáspora, quando Zé Povinho sai à procura de melhores condições de vida – facto representado por cartões postais de conhecidas metrópoles mundiais.

"Mas há sempre uma voz que chama": é a saudade – outro elemento imaterial da cultura portuguesa –, representado pelo canto do Fado (Figura 2). É o clímax da obra, quando em travelling passam-se: o naufrágio, o surgimento da guitarra portuguesa – que nasce dessa perda (e como Vénus) das ondas do mar –, as mulheres dos navegantes e seus filhos que choram no litoral – "representadas por figuras dos quadros do pintor português Augusto Gomes" (Feijó, 2015) (Figura 3 e Figura 4) – e a religiosidade portuguesa, através de uma procissão.

 

 

 

 

 

 

O som de uma buzina e a narração, pontuam uma outra época: "Se ontem, destemidos, partimos à descoberta do mundo, se ontem, resignados, partimos à procura da vida, hoje, confiantes e sem dúvidas, partimos para a nova aventura europeia". A entrada de Portugal na União Europeia é representada por Aníbal Cavaco Silva (n. 1939) – Primeiro Ministro, entre 1985 e 1995 –, de olhos vendados dirigindo um carro, que bate em cada curva, dispersando vários produtos portugueses – é uma crítica à situação económica de então (Feijó, 2015). Ao final, percebe-se que é um jogo eletrónico, em cujo mostrador aparecem os diversos programas de apoio europeu, mas com uma mensagem final premonitória: "Game over, insert your coin".

 

2. O Pós-modernismo e a Animação

Há inúmeros debates sobre o Pós-modernismo, o que não é pertinente nesse trabalho, mas algumas afirmações são consideradas: "O pós-modernismo é de interesse para uma ampla gama das práticas artísticas e ciências sociais e disciplinas humanas porque dirige nossa atenção às mudanças que ocorrem na cultura contemporânea" (Featherstone, 2007:11); "considera-se 'pós-moderna' a incredulidade em relação aos meta-relatos" (Lyotard, 2009:XV-XVI); e o pós-modernismo expressa a verdade interior da ordem social recém-emergente do capitalismo tardio, mas duas de suas características importantes, o pastiche e a esquizofrenia, dão a chance de sentir a especificidade da experiência pós-moderna de espaço e tempo, respectivamente (Jameson, 1998:3). Onde o termo pastiche refere-se a uma paródia, sem a presença de comédia (1998:4), ou mesmo a um plágio (1998:9); e a esquizofrenia (baseada na teoria Lacaniana), como sendo uma "experiência de isolados, desconectados, descontínuos materiais significantes que não conseguem ligar-se em uma sequência coerente" (Jameson, 1982:7). Isso resume a total liberdade em criar uma obra sem respeito às origens temporais dos elementos, numa mistura de passado e futuro que resultam em algo novo. São "apropriações" (Barret, 1997:25) – paródia, colagem/bricolagem/pastiche, nostalgia – de elementos, formas de construção, linguagens, icones outros que aglutinados, remodelados, híbridos em um outro contexto, servem ao que se propõem.

A Animação nasce como arte, no final do século XIX, período Modernista, mas apresenta uma série de características pós-modernas – Alan Cholodenko (2007) afirma que é pós-moderna, e como Lyotard entendia a Pós-modernidade como um momento de indeterminação dentro da Modernidade, Cholodenko acredita que a Animação a antecipa e vem depois da Modernidade do Cinema (Lamarre 2008). Pois, a Animação: é híbrida por base – é formada por uma expressão artística (o desenho), a Física (a Ótica), e o novo meio (a Fotografia); é fragmentada (o movimento fragmentado em imagens, que expostas ao logo do tempo permitem a ilusão, simulam o movimento); é simulação e ironia (o personagem parece vivo); é collage/bricolage (pode utilizar objetos, recorte, areia, criando uma imagem mista); é paródia ou pastiche, ao se apropriar de situações e recriá-las em um novo contexto com ou sem humor. Um exemplo é a série televisiva The Simpsons (1993): no episódio em que aparece o ator Leonard Nimoy (1931-2015) – conhecido devido a outra série, mas de vida-real dos anos 1960, Star Trek (Roddenberry, 1966-69) –, Homer canta a música de abertura de The Flintstones (Hanna & Barbera, 1960-66), outra série da época (Denis, 2010:196). A animação também pode ser pastiche, quando se apropria de algo (pode ser o estilo), como em The Three Caballeros (Ferguson, 1944), que adota o estilo dos musicais dos anos 1930/40 de Hollywood, mesclado com imagem filmada.

William Moritz (1997:107) bem resume as caraterísticas pós-modernas na animação, ao referir-se ao animador Norman McLaren (1914-1987):

alguém que não rejeita o modernismo, em vez disso o reconhece como um estilo entre muitos, mas rejeita as ideias de progresso e singularidade do novo que o modernismo considera; alguém que ama a ironia e a dupla codificação, rejeita o estatuto privilegiado de grande arte em oposição à arte popular, e sente-se livre para misturar elementos do passado e do presente, abstrato e de representação, apropriado e inventado, tudo redefinido e revelado para um novo público.

Conclusão

A utilização em diversos momentos da linguagem da Banda Desenhada, acontece não somente pelo vínculo visual e histórico existente entre os dois meios, mas também por esta facilitar um resumo visual de uma história de 800 anos, em cinco minutos. Essa mistura de linguagens é favorecida pela própria técnica de recorte, o que possibilitou a criação de imagens uniformes, apesar do grande intervalo temporal e de variação estética dos elementos apresentados, sejam representações do século XVI ou XX. Por consequência, conclui-se que, Fado Lusitano é uma obra pós-moderna, resultando numa grande colagem visual, através de apropriações diversas: as lendas dos monstros marinhos, política e cultura (paródia); a linguagem da Banda Desenhada, da Animação e a estética de Augusto Gomes (pastiche / bricolage); a mesclagem de momentos históricos criando um outro momento (esquizofrenia / nostalgia); de pintura e fado (High and Low Art), além da presença da ironia na própria narrativa (verbal-visual).

As obras de Feijó sempre apresentam um caráter político, crítico, sobre as histórias que contam. Isso o coloca ao lado da corrente Marxista, não da "Arte engajada" da Revolução Russa, mas da Arte que não é "Arte pela Arte" – um lema do Modernismo (Encyclopædia Britannica, 2015) – mas que auxilia na reflexão da condição do homem, seja ela política, histórica ou social. Como observa o próprio Feijó (2015),

as obras não são neutras, tem sempre uma posição política, as pessoas podem querer esqueceer ou assumi-las mais claramente, mas em qualquer momento é sempre uma posição política, mesmo o Disney é uma posição política. [ … ] As preocupações políticas fazem parte da minha formação. Nunca [ … ] me identifiquei com a vida partidária, mas com uma visão política da questão, uma visão humanista, [ … ] sempre foi algo que faz parte das minhas preocupações e isso se espelha nas minha opções e nas minhas escolhas.

Observa-se também que nas décadas de 1980 e 1990, foi um período em que muito se discutiu sobre o Pós-modernismo. Assim, enquanto obra audiovisual, Fado Lusitano se apresenta como um relato e uma representanção de um momento histórico, social e cultural de Portugal, além de reflexo do próprio continente europeu.

 

Agradecimentos:

O presente trabalho foi realizado com apoio do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Brasil

 

Referências

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Artigo completo recebido a 30 de dezembro de 2015 e aprovado a 10 de janeiro de 2016

 

Endereço para correspondência

 

Correio eletrónico: eliane.gordeeff@campus.ul.pt (Eliane Muniz Gordeeff)

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