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Revista :Estúdio

versão impressa ISSN 1647-6158

Estúdio vol.7 no.13 Lisboa mar. 2016

 

ARTIGOS ORIGINAIS

ORIGINAL ARTICLES

Artista Viajante: alguns casos na Amazônia

Traveler Artist: some cases in the Amazon

 

Orlando Franco Maneschy*

*Brasil, artista visual, curador independente e professor pesquisador. Membro do Conselho Editorial. Bacharelado em Comunicação Social – Jornalismo; Publicidade. Mestre em Comunicação e Semiótica (Artes). Doutor em Comunicação e Semiótica.

AFILIAÇÃO: Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Arte. Av. Presidente Vargas, S/N, Praça da República – Belém – Pará, CEP: 66017-060, Brasil.

 

Endereço para correspondência

 

RESUMO:

Partiremos de uma compreensão da ideia de artista viajante na região Amazônica, no Norte do Brasil, para pensarmos alguns processos empreendidos que culminaram na produção de obras e de experimentação estética, forjando certa "identidade" para a região. Assim, começamos falando dos artistas e cientistas-viajantes, que entre os séculos XVI e XIX inscreveram, ao seu modo, a paisagem, os modos de um Brasil que se delineava, corroborando para a construção de uma imagem e de uma identidade brasileira. O objetivo deste artigo é abordar, por meio de algumas obras de artistas viajantes, de outrora e de hoje, esse processo de construção identitário.

Palavras chave: artista viajante, Amazônia, identidade.

 

ABSTRACT:

We start from an understanding of the idea of a traveling artist in the Amazon region in northern Brazil, to think undertaken some processes that culminated in the production of works and aesthetic experimentation, forging certain identity for the region. So we started talking about the artists and scientists-travellers, that among the XVI and XIX centuries inscribed, on their own way, the landscape, the manners of a Brazil that was emerging, confirming to build an image and a Brazilian identity. The purpose of this article is to address, through some works of traveling artists of yore and today, this process of identity construction.

Keywords: traveling artist, Amazonia, identity.

 

Introdução

Neste artigo buscamos compreender processos empreendidos por alguns artistas viajantes contemporâneos na região norte do Brasil. Para tanto, começamos refletindo acerca de artistas e cientistas-viajantes, que entre os séculos XVI e XIX tomaram parte de empreitadas na região, colaborando para a constituição de um entendimento acerca de uma região que necessitava ser apreendida, não só em suas características naturais, sua fauna e flora, mas em múltiplos aspectos culturais, contribuindo para a elaboração de imagens e de um imaginário de Brasil, o que ainda hoje ocorre com novas expedições, executadas por artistas viajantes contemporâneos que tem olhado e pensado processos que vem ocorrendo no país.

A imagem detém um poder imenso na construção da cultura. É por meio dela que conhecimentos são transmitidos, percepções constituídas e ideias difundidas. Assim, podemos atestar que a uma determinada identidade é constituída, também, pelas imagens que foram geradas sobre aquela comunidade. Dessa forma, ao pensarmos o artista viajante contemporâneo na Amazônia, vamos buscar olhar para o artista que se deparou com aquela imensidão séculos atrás, para pensarmos aproximações, diferenças e elaborações construtivas. Podemos assim, citar, Antônio Guiseppe Landi (1713-1791), este um dos primeiros a desenhar a flora da Amazônia; Charles Marie La Condamine (1701-1774), que desceu o Amazonas até Belém em viagem patrocinada pelo governo francês; Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815), chefe da expedição Viagem Philosophica; William John Burchell (1781-1863); François-Auguste Biard, (1798-1882), que viajou também pela região norte, chegando a explorar as margens do Rio Negro e Madeira; Joaquim Cândido Guillobel (1787-1859); Georg Heinrich von Langsdorff (1774-1852), que também passou pelo Amazonas e Pará; Joseph Leone Righini, (1830-1884), que atuou muito no Pará; Bernard Wiegandt, (1851-1918), que esteve no Brasil entre 1875 e 1888, ficando no Pará por algum tempo e produzindo imagens ali, dentre outros exploradores, como o fotógrafo português Felipe Augusto Fidanza (1847-1903), que atua fortemente na região para poder dar a ver a diversidade e a riqueza do que se produziu acerca deste território.

O que aproximava esses viajantes, alguns cientistas, outros artistas, vindos de lugares diferentes e detentores de percursos singulares é a maneira com a qual se dedicam a registrar as peculiaridades de uma terra nova, repleta de mistérios. La Condamine publicou em 1745 Relation Abrégée d'an Voyage Feit dan L'interieur de l'Amerique Meridionale... no qual continha um mapa do rio Amazonas, o primeiro baseado em medições astronômicas; Rodrigues Ferreira constituiu importante acervo de textos descritivos, desenhos e objetos recolhidos; Langsdorff publica diversos compêndios sobre suas viagens ao Brasil e irá enlouquecer no Amazonas no final de viagem de 1829, vítima de febre tropical; Righini pintou inúmeras paisagens na região norte do Brasil, em especial no Pará, incluindo uma vista panorâmica da cidade de Belém extremamente detalhada, presente no acervo do Museu da Universidade Federal do Pará; Wiegandt capturará diversas vistas pelo país, incluindo o Pará, tendo realizado, também, a ilustração do cartaz comemorativo da fundação da cidade de Belém. Estes viajantes contribuíram sobremaneira para o entendimento desse território e de suas espécimes naturais, bem como das relações estabelecidas por seus habitantes entre si e com o ambiente. Fidanza, além de fotógrafo era pintor, o principal fotógrafo a atuar no Pará na segunda metade do século XIX e início do XX, realizando fotos de estúdio e registrando as profundas transformações urbanísticas ocorridas na cidade em decorrência da opulência proporcionada pelo ciclo da borracha, sendo, ainda, um dos pioneiros do cartão-postal fotográfico no Brasil. Olhar para essas experiências nos faz pensar em como se dá, no contemporâneo, viagens de conhecimento e pesquisa empreendida por artistas viajantes.

Nesse contexto, buscamos apreender como os artistas viajantes envolveram-se com o lugar e constituíram um legado visual que forma um ideário amazônida e, a partir dessas imagens, olhar para o hoje e como alguns artistas vem encarando a região, atravessando-a. Logo, temos Luciana Magno, nascida no Pará, que vem percorrendo a Amazônia e discutindo o corpo em relação a paisagem, em processos de enfrentamento e de busca de mimeses com o ambiente, e que termina por ativar relações nem sempre fáceis. Assim é em sua série de vídeos (e fotografias) Orgânicos, em que procura modos de imersão nos ambientes, e em outro projeto de trânsito pelo país, Telefone sem Fio, com o qual cruza as cinco regiões brasileiras em um estúdio móvel, por aproximadamente 6.037km, do Oiapoque, ao extremo norte do país, percorrendo cidades entre os estados do Amapá, Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, findando sua rota na cidade Chuí, ao extremo sul brasileiro.

Contemplada com o Edital Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais (10a edição), em 2013, Magno desenvolveu Telefone sem Fio como uma expedição a atravessar o Brasil, objetivando "a pesquisa como proposta de discussão e documentação dos possíveis imaginários e identidades culturais nas regiões do Brasil", como revela a artista no texto original do projeto submetido a Fundação Nacional de Arte – Funarte:

Consiste num programa de trabalho, viagem e experimentações nas rodovias, estradas e BRs que cortam o Brasil num plano vertical, empreendendo 33 cidades e comunidades que se formam na borda do transito contínuo, propondo a discussão de questões de identidade cultural através do contato realizado por embate via comunicação telefônica entre pessoas que vivem nestas cidades.
A obra acontece durante o deslocamento e as cidades são a bases fixas do projeto móvel, as ligações telefônicas tornam-se o lugar do encontro desses rastros delírios, testemunhos com o real. Através da fotografia, do vídeo e da voz, a prova do acontecido se faz presente, documentada. Esses fragmentos (depoimentos, fotos, vídeos) tentam, em sua relação intrínseca, propor a criação de um não-espaço, um encontro entre o ficcional, a memória e o real: contrastar imaginários, identidades e diversidades dos vários "Brasis". (Magno, 2013: 02)

Neste fluxo, a artista realiza diversas experimentações ao longo de cidades que se desenvolveram ao longo de rodovias e estradas, buscando estabelecer um intercâmbio, mesmo que provisório entre habitantes e personagens que atravessam estes lugares, bem como lança seu olhar para a questão da emigração e imigração, estimulando reflexão sobre os processos históricos desses lugares. Para Magno: "é a oportunidade de registrar processos iniciados em um ocorrido recente de expansão da habitação e exploração territorial no Brasil, em especial na região Amazônica" (Magno, 2013: 03). Tentar encontrar pontos de ligação entre essas cidades, conectá-las por um fio invisível, em uma comunicação telefônica que deflagrasse a reflexão sobre os processos territoriais era uma dado de forte importância para a artista. "É aguçar a curiosidade para além dos noticiários sobre o que se passa em um país que possui uma área de 8.514.876 Km2 (o quinto maior do mundo)" (Magno, 2013: 03), complementa.

Ordenar esse arquivo, com áudio, vídeos, fotografias e textos atravessando um mapa, compõe uma delicada cartografia, com a qual a artista pretende dar a ver uma visão multifacetada do imaginário do brasileiro acerca do seu lugar e do outro, daquele próximo e do mais distante. Assim, o percurso é registrado e apresentado em site, www.lucianamagno.com/telefonesemfio/# e em livro que traz documentário em DVD. Essa jornada de Luciana Magno busca, tal qual os antigos viajantes, perceber os pormenores, as sutilezas e conexões existentes entre lugares e habitantes, bem como o imaginário que estes têm acerca de um país continental, buscando propiciar conectividade e apreensões acerca do outro, do diferente.

Anterior a Telefone sem Fio, a série denominada Orgânicos é o resultado do projeto contemplado pelo Edital de Bolsas 2013 do Instituto de Artes do Pará, sendo fruto de um mergulho da artista em uma experiência que interrelaciona performance, video, biologia, agronomia e geologia. Magno executou ações nas regiões de Bragança, Ajuruteua, Fordlândia, Belterra, Santarém, Alter do Chão, Carajás, Serra Pelada, Marabá, Altamira, Xingu e ilhas do Combu. Essas localidades foram selecionadas devido as transformações sofridas na paisagem, dentre elas, as ocasionadas pelas obras da Usina Hidroelétrica de Belo Monte.

Nos vídeos a artista relaciona-se com o meio-ambiente, por vezes em performance mínimas, nas quais "quase" é absorvida por este, por meio da busca de mimeses, em outras o corpo da artista aparece em embate com situações específicas do lugar. Além das viagens e realizações de performances orientadas ao vídeo, o projeto constituiu uma instalação no Instituto de Artes do Pará – IAP. "Desde o início da bolsa, venho plantando algumas mudas, junto com a equipe do IAP, tentando manter uma área mais natural, sem grandes interferências do paisagismo. Os vídeos vão ser exibidos no jardim, porque todo o processo veio da natureza, queria que a mostra comungasse disso também", esclareceu a artista em matéria difundida na página G1 PA da Globo.com.

Estas performances orientadas para o video, que começam em Orgânicos serão desdobradas ao longo do trajeto de viagem no projeto Telefone sem Fio (Figura 1, Figura 2), em que as diversas experiências da artista-viajante-pesquisadora se fundem, aflorando por meio de performances (somando para a série Orgânicos)(Figura 3) e de outras documentações em video, áudio, fotografias e textos, que compõem Telefone sem Fio. É no fluxo do trajeto de sua exploração que Luciana Magno vai estabelecendo quais os mecanismos de resposta àquilo que vive na viagem, na coleta de dados, na troca informações com os moradores e prova em seu corpo as particularidades do lugar. Contemporânea, sua excursão coleciona um conjunto de aspectos, que desdobram-se na pagina do projeto na internet, na publicação e no documentário, formando um rico documento do processo empreendido pela artista ao cruzar o Brasil. Longe de desejar constituir uma compreensão totalizante do país, Magno revela nas frestas – em sua roadtrip, acompanhada pelo companheiro, o artista e filósofo Solón Ribeiro -, fragmentos de nossa disjunção, em uma colagem de ideias, sensações e atravessamentos.

 

 

 

 

 

 

Outra artista da Amazônia, a também paraense Keyla Sobral, perfaz todos os nove estados que compõem a Amazônia Legal em um projeto de arte a convite do Serviço Social do Comércio – SESC, realizando exposições e ministrando oficinas. Neste percurso, aproveita para mapear a situação da produção artística nos lugares, dialogando com artistas e produtores culturais, realizando uma cartografia que deflagra sua dissertação de mestrado Fluxo Norte: Sobre Diários de Bordo e Cartografia Poética de Determinada Produção de Artes Visuais na Amazônia (PPGARTES – UFPA) e que revela uma cena artística e isolada, pungente e atual, fazendo uma análise, por meio das interlocuções e diários de bordo, colocando-se, ainda, também na condição de uma artista em uma cidade periférica do país. Aqui, nos debruçaremos a realizar uma leitura do projeto, a partir de sua dissertação de mestrado, bem como de um dos seus diários de bordo, livro de artista, que Sobral entrega a sua banca de defesa em formato fac-simile (Figura 4, Figura 5, Figura 6).

 

 

 

 

 

 

Sua pesquisa buscou instaurar uma cartografia poética e analítica de um conjunto de artistas visuais que vivem na Amazônia Legal, a partir do contato estabelecido por meio de viagens realizadas por Sobral nesse território entre 2013 e 2014. Trabalhando com o conceito de Contemporâneo, desenvolvido por Giorgio Agamben, para observar como os artistas com os quais travou contato em suas viagens atuam e pensam a região. Além disto, ancora-se no conceito de Cartografia utilizado por Virginia Kastrup, para constituir uma cartografia subjetiva da região, registrada em cadernos de artista, além de reportar-se, também a ideia de diário, encontrados em Mário de Andrade, Maria Gabriela Llansol e Maurice Blanchot, "com a intenção de (re) descobrir a região através da escrita, compreendendo esta como parte do percurso de entendimento sobre a Amazônia", como aponta no resumo de sua dissertação.

Algo que aproxima essas viajantes contemporâneas é a clareza de que seus percursos não são totalizantes, são frutos de experimentos que lidam com a incompletude, com o fragmento, com a subjetividade, como aponta Sobral logo na introdução da dissertação.

Atravessar a Amazônia em várias noites luzidias em busca da construção de mapas, em busca de um pertencimento da região que sempre foi meu. Fluxo Norte é lançar-se a experiência dos encontros, de conhecer parte de uma região tão vasta quanto a Amazônia e fazer um recorte pessoal sobre as artes visuais baseadas nas experiências vividas, misturando relatos e experiências plásticas em seu conteúdo.
No entanto, o trabalho não tem pretensão de ser um retrato definitivo da produção de arte na região norte, e, sim, um resultado de uma experiência pessoal de pesquisa e viagens. Trata-se de uma travessia, atravessamento, sobre uma investigação de uma estética amazônica. (Sobral, 2015: 13)

Ao longo de sua travessia, Sobral encontra artistas, realiza trocas, faz anotações em seus diários de bordo, tal qual os antigos viajantes. A artista adota a escrita como princípio de deslocamento.

O presente trabalho emergiu a partir de viagens realizadas por mim, enquanto artista-pesquisadora, nas seguintes cidades que compõe a Amazônia Legal: Porto Velho, Boa Vista, São Luis, Palmas e Cuiabá, durante o ano de 2013, onde foram realizadas, por mim, oficinas e exposições dentro do projeto "Amazônia das Artes" do Sesc Pará. Logo depois, em 2014, outras cidades como Manaus, Macapá e Rio Branco, foram incluídas para a finalização do projeto, bem como a cidade de Belém, onde resido e atuo como artista visual. Viagens estas que oportunizaram o re-conhecimento de parte de uma região, e para o contato com outros artistas atuantes naqueles territórios e que vieram integrar esta espécie de cartografia de encontros que fiz (...) (Sobral, 2015: 19)

Sobral irá em seu percurso constituir aproximações interessantes, deparar-se com grandes fragilidades em determinadas cidades, cujos circuitos de arte não encontram-se fortalecidos, mas também irá deparar-se com forças que emergem na adversidade e a levam a refletir sobre seu próprio papel enquanto sujeito artista em uma região à margem dos grandes centros. O processo não foi simples ou confortável, "Escrever uma narrativa de viagem, desenhar um percurso da existência é uma operação plástica e conceitual" ( … ) (Sobral, 2015: 56). Para a artista, é inviável separa seu papel de pesquisadora da artista, como afirma: Impossível seria atravessar os rios, cruzar fronteiras, pensar a região, sem manifestar aquilo que sou" (Sobral, 2015: 56), e nesse caso, ela é enfática em afirmar-se como artista.

Olhar para esses artistas, ontem e hoje, nos leva a perceber a força do desejo de ir mais além, de mergulhar no desconhecido e colocar-se em relação ao outro, ao diferente, e ver como estes percebem um dado imaginário, compreendem as manifestações identitárias do povo. Buscar enxergar de olhos bem abertos para um campo repleto de enigmas e se deixar ser afetado por este, como revela Keyla Sobral na conclusão de sua dissertação, acerca de suas viagens pelo Norte do Brasil:

De supetão senti um friúme por dentro, fiquei trêmula, muito comovida... Com o livro, palerma, olhando pra mim; Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus! ... Aqui bem pertinho e muito longe de mim..., na escuridão ativa da noite que caiu, um artista de cabelo escorrendo nos olhos, depois de fazer uma obra com a borracha do dia, faz pouco se deitou, está dormindo. Esse artista é brasileiro, do norte, que nem eu! (Sobral, 2015: 132)

Talvez, um pouco desse choque, do tremular do corpo relatado pela artista nas últimas linhas de seu relato, consiga aproximar um pouco essas diversas experiências, de atravessamentos que distinguiram e ainda marcam artistas viajantes. Febre, tremor, narrativas, loucura, calor, humidade... Há um "quê" de tropicalidade que assola e aguça os sentidos, presentes em vários desses processos artísticos, entre a descoberta de um país e encontrar-se ali, um outro em si mesmo.

 

Referências

Duarte, Oriana (2013). Nós, Errantes: escritos de existência + falas de uma artista. [Consult. 2015-09-01] Acesso: http://noserrantes.com/escritos        [ Links ]

G1 PA. Luciana Magno abre instalação 'Orgânicos', em Belém. [Consult. 2015-01-09] Acesso: http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2014/01/luciana-magno-abre-instalacao-organicos-em-belem.html        [ Links ]

Magno, Luciana. (2013). Telefone sem Fio. Projeto submetido e contemplado no Edital Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais (10a edição). Vol. 1: 3.Belém, 2013.         [ Links ]

Sobral, Keyla Cristina Tikka (2015) Fluxo Norte: sobre diários de bordo e cartografia poética de determinada produção de artes visuais na Amazônia. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Arte, Programa de Pós-Graduação em Artes, Belém,         [ Links ]

 

Artigo completo recebido a 3 de setembro de 2015 e aprovado a 23 de setembro de 2015.

 

Endereço para correspondência

 

Correio eletrónico: orlandomaneschy@gmail.com (Orlando Maneschy)

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