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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

versão impressa ISSN 1647-2160

Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental  no.spe1 Porto abr. 2014

 

A saúde mental na parentalidade de filhos gémeos – revisão da literatura*

 

La salud mental en paternidad de hijos gemelos - revisión de la literatura

 

Mental health in parenting of twins - literature review

 

Luísa Andrade**, Maria Manuela Martins***, Margareth Angelo****, & Júlia Martinho*****

*Artigo inserido no projeto “Luzes e sombras em famílias de gémeos”, do Doutoramento em Ciências de Enfermagem – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar-Universidade do Porto

**Doutoranda em Ciências de Enfermagem no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto; Professora Adjunta na Escola Superior de Enfermagem do Porto – Unidade Científico-Pedagógica “Enfermagem, Disciplina e Profissão”, Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 4200-072 Porto, Portugal. E-mail: luisaandrade@esenf.pt

***Doutora em Ciências de Enfermagem pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto; Investigadora no grupo “NurID: Inovation & Development in Nursing” – CINTESIS-FMUP; Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem do Porto – Unidade Científico-Pedagógica “Enfermagem, Disciplina e Profissão”. E-mail: mmartins@esenf.pt

****Doutora em Psicologia Escolar; Professora Titular da Universidade de S. Paulo – Escola de Enfermagem – Departamento de Enfermagem Materno-Infantil; Coordenadora do Grupo de Estudos em Enfermagem da Família na Universidade de São Paulo – Escola de Enfermagem, 05403-000, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: angelm@usp.br

*****Doutora em Ciências de Enfermagem; Investigadora do grupo “NurID: Inovation & Development in Nursing” – CINTESIS-FMUP; Professora Adjunta na Escola Superior Enfermagem do Porto – Unidade Científico-Pedagógica “Enfermagem, Disciplina e Profissão”, 4200-072 Porto, Portugal. E-mail: julia@esenf.pt

 

RESUMO

A saúde mental é condicionada por múltiplos fatores: pessoais, familiares e sociais. Sabendo nós que o exercício do papel parental é dos mais exigentes, acreditamos que este pode condicionar a qualidade de vida. Quando este papel é exercido com filhos gémeos há reconhecidamente maior exigência podendo por si só comprometer a saúde mental de quem o exerce.

OBJETIVOS: Conhecer os riscos para saúde mental dos pais na gemelaridade. Identificar os fatores psicossociais que influenciam a experiência parental na gemelaridade.

METODOLOGIA: Revisão sistemática de estudos primários publicados entre 2000-2012 em bases de dados referenciais: ISI Web of Science e Scopus database.

RESULTADOS: Foram identificados 483 artigos (Scopus-274 artigos, Web of Science-275 sendo 66 destes comuns às duas bases de dados referenciais). Procedeu-se à leitura dos resumos após o qual selecionamos 15 artigos tendo em consideração os critérios de inclusão (disponibilidade dos artigos nas bases consultadas; a temática da vivência da parentalidade na gemelaridade ser central aos estudos). Os estudos em análise procuram identificar variáveis que influenciam a qualidade de vida nos pais focando-se em particular na saúde mental, no bem-estar psicossocial e no stresse parental. Níveis de stresse, ansiedade no apego materno, adaptação conjugal, paridade e tempo de gestação foram preditores da saúde mental nas mães.

CONCLUSÕES: A experiência da parentalidade de gémeos é mais exigente e complexa. A compreensão desta problemática torna-se fundamental porque permite estabelecer intervenções facilitadoras ao seu desempenho e que por isso são promotoras de uma melhor saúde mental.

Palavras-Chave: Pais; Gémeos; Saúde mental

 

RESUMEN

La salud mental está condicionada por múltiples factores: personales, familiares y sociales. Sabiendo que el ejercicio de paternidad es exigente, creemos que este puede afectar la calidad de vida. Cuando esta función se ejerce con gemelos ciertamente que esta exigencia puede poner en peligro la salud mental de quien lo ejerce.

OBJETIVOS: Conocer los riesgos para la salud mental de los padres en el embarazo gemelar. Identificar factores psicosociales que influyen en la experiencia de los padres con gemelos.

METODOLOGÍA: revisión sistemática de estudios primarios publicados entre 2000-2012 en las bases de datos: ISI Web of Science y Scopus.

RESULTADOS: se identificaron 483 artículos (274 artículos, Scopus, 275 Web of Science -  66 comunes a ambas bases de datos). Se procedió a la lectura de los resúmenes, se seleccionaron 15 artículos atendiendo a los criterios de inclusión (la centralidad de los estudios, disponibilidad de artículos en las bases de datos consultadas). Los estudios revisados ​​apuntan las variables que influyen en la calidad de vida de los padres, centradas sobre todo en la salud mental. La maternidad es el foco central de la investigación. Los niveles de estrés, la ansiedad en el apego materno, el ajuste marital, la paridad y la edad gestacional fueron predictores de la salud mental en las madres.

CONCLUSIONES: La experiencia de tener hijos gemelos es diferente, en general, más exigente y compleja. La comprensión de este tema establece intervenciones facilitadoras y promotoras de una mejor salud mental.

Descriptores: Padres; Gemelos; Salud mental

 

ABSTRACT

Mental health is constrained by multiple factors: personal, family and social. Knowing that we exercise the parental role is the most demanding, we believe this may affect the quality of life. When this role is exercised with twins there is admittedly higher requirement may itself compromise the mental health of those who exercise it.

OBJECTIVES: Knowing the risks to mental health of parents in twin pregnancy. Identifying psychosocial factors that influence parental experience in twinning.

METHODOLOGY: A systematic review of primary studies published between 2000-2012 in reference databases: ISI Web of Science and Scopus database.

RESULTS: 483 articles (Scopus: 274 and Web of science: 275, with 66 common to both of these reference databases) were identified. We proceeded to read the summaries after which we selected 15 articles, taking into account the inclusion criteria (availability of articles in the databases consulted, centrality of the studies in the experience of parenthood in twin pregnancy). The reviewed studies aim to identify variables that influence the quality of life in parents, focusing in particular on mental health, psychosocial well-being and parental stress. Motherhood is the central focus of research. The best mental health in mothers, one year after the birth of the twins, was associated with lower levels of stress, anxiety in maternal attachment, marital adjustment, being a first time mom and full-term twins.

CONCLUSIONS: The experience of parenting twins is more demanding and complex. Understanding this issue becomes critical as it establishes facilitative interventions to their performance and therefore are promoting better mental health.

Keywords: Parents; Twins; Mental health

 

Introdução

A família é uma unidade basilar na organização da sociedade e tem duas funções fundamentais uma é a criação de um sentimento de pertença e a outra é possibilitar que os seus elementos se desenvolvam e construam a sua individualidade (Relvas e Lourenço, 2006)

Neste processo complexo e único, são vividas transições que acomodam processos vitais, contínuos e descontínuos, do ser humano. A transição para a parentalidade tem sido um dos grandes desafios colocados à família e às pessoas que a constituem.

Alguns dos estudos centrados na vivência da transição, para e na parentalidade sugerem que esta é vivida de modo diferente pelo homem e pela mulher, tem implicações na conjugalidade e revela-se mais difícil do que o esperado, mostrando-se como um elemento fundamental na saúde da família (Allborg & Strandmark, 2001) apontando para a importância do casal ter conhecimento sobre as mudanças que podem ocorrer na transição para a parentalidade.

A complexidade desta transição pode rodear-se ainda de circunstâncias que a tornam mais diversa e exigente, tais como a parentalidade na gemelaridade.

Neste sentido centramos a nossa atenção na questão “Que repercussões tem na saúde mental dos pais o nascimento de gémeos?”

Procurando dar resposta a esta nossa inquietação desenvolvemos uma pesquisa com o intuito de conhecer os riscos para saúde mental dos pais na gemelaridade e analisar os fatores psicossociais que influenciam a experiência parental na gemelaridade.

 

Metodologia

Para a concretização dos nossos objetivos, procedemos a uma revisão sistemática com considerando a formulação da pergunta; localização e seleção dos estudos; avaliação crítica dos estudos considerando os participantes nesse estudo, o problema de saúde em análise e resultados.

Para identificar os estudos relevantes utilizamos as bases de dados referenciais:

ISI Web of Science - Science Citation Index Expanded (SCI-EXPANDED); Social Sciences Citation Index (SSCI); Arts & Humanities Citation Index (A&HCI); Conference Proceedings Citation Index - Science (CPCI-S); Conference Proceedings Citation Index- Social Science & Humanities (CPCI-SSH); Scopus database – Subject Areas: Life Sciences; Health Sciences (100% cobertura Medline); Physical Sciences; Social Sciences and Humanities.

Como descritores da pesquisa, definimos os seguintes tópicos: parenting, twins, multiple birth, stress, mental health e depression. Considerando as características específicas das bases de dados selecionadas na base de dados SCOPUS, utilizamos os termos "parenting" AND "twins" OR “multiple birth” AND “stress” OR “mental health” OR “depression” no KEYWORD+TITLE+ABSTRACT; na base de dados WEB OF SCIENCE consideramos como tópicos de pesquisa "parenting" AND "twins" OR “multiple birth” AND “stress” OR “mental health” OR “depression” em artigos, considerando a categoria geral - Ciências Sociais.

Como critérios de inclusão neste estudo consideramos:

a)    Estudos primários publicados entre 2000 e 2012;

b)     Que os artigos estivessem disponíveis nas bases de dados consultadas;

c)    Que os participantes fossem famílias com filhos gémeos ou trigémeos biológicos (não adotados);

d)     Que a centralidade dos estudos se situe na vivência da parentalidade pela família em situação de gemelaridade.

Consideramos, ainda, essencial que os estudos tenham confiabilidade e relevância, pelo que a sua avaliação crítica foi suportada no MAStARI critical apraisal tools (The Joanna Briggs Institute, 2011).

 

Resultados e Discussão

Foram identificados 483 artigos (Scopus - 274 artigos, Web of Science-275 sendo 66 destes comuns às duas bases de dados referenciais), tendo-se procedido à leitura dos respetivos resumos. Na etapa do processo de identificação dos estudos, excluímos 16 artigos, porque não cumpriam o 1º critério de inclusão, isto é, serem estudos primários; 51 artigos porque não cumpriam o 3º critério de inclusão, ou seja, os participantes não são famílias com filhos gémeos e, por último, 393 artigos não centram a problemática do estudo na vivência da parentalidade na gemelaridade, focando os estudos nas práticas parentais, na experiência e vivência de ser irmão gémeo e na influência da genética e do meio nas pessoas, utilizando como população irmãos gémeos. Selecionamos assim 23 artigos, sendo que eliminamos oito deles porque não tivemos acesso ao texto integral (2º critério de exclusão) redundando em 15 artigos. No que se reporta à qualidade metodológica e face aos resultados obtidos (moderado e alto) ponderamos pela inclusão da totalidade dos artigos. A apresentação é feita por ordem cronológica da sua publicação (Quadro 1).

Partindo dos resultados acima mencionados propomo-nos fazer uma síntese e análise dos dados que, em nosso entender, mais contribuíram para a compreensão da problemática assim como a natureza dos estudos que a sustentaram. Deste modo, procuramos avaliar até que ponto as variáveis dos estudos constituem fatores de proteção e/ou de risco da parentalidade, com vista à conceptualização de medidas dirigidas à implementação do bem-estar dos pais.

O bem – estar subjetivo resulta de um sentimento positivo de felicidade face à avaliação pessoal da qualidade de vida (medindo a perceção individual das suas experiências, atendendo às suas características e traços pessoais. Trata-se, pois, de um conceito amplo que usa como critérios a perceção pessoal de sentimentos agradáveis e de um baixo nível de emoções negativas, que conduzem a um balanço positivo de satisfação com a vida (Diener, 2002, cit. in Borges, 2010).

Segundo Borges (2010), o conceito de bem-estar procura transpor a qualidade da relação do indivíduo com o contexto relacional, sendo um indicador do funcionamento psicológico.

A multidimensionalidade do conceito tem sido objeto de estudo, salientando-se duas dimensões: a afetiva e a cognitiva. A dimensão afetiva envolve a perspetiva positiva e negativa experienciada, sendo a primeira associada a emoções agradáveis (alegria, êxtase, entusiasmo, otimismo, felicidade) e a segunda a emoções negativas (vergonha, culpa, tristeza, pessimismo) enquanto a dimensão cognitiva alude aos processos de avaliação das experiências de vida (Simões, et al., 2000, cit. in Borges, 2010).

Se os contextos forem favoráveis ao exercício da parentalidade, a função parental poderá incrementar o sentido geracional, favorecendo não só os sentimentos de bem-estar pessoal, mas também o bem-estar da geração futura.

As variáveis identificadas nos estudos focam-se em particular (Figura 1):

 

 

O bem-estar pessoal e o suporte do cônjuge no período pré-natal foram fatores preditores do stresse parental nas mães de gémeos (Colpin, et al., 2000). A melhor saúde mental nas mães, um ano após o nascimento dos gémeos, esteve associada a baixos níveis de stresse, ansiedade no apego materno, adaptação conjugal, ser mãe primeira vez e de gémeos de termo. (Olivennes, et al., 2005) O suporte funcional (Lutz, et al., 2012), o suporte social e a atividade profissional foram as variáveis com mais significado na experiência do stresse materno (Baor & Soskolne, 2012).

O stresse parental foi sugerido como uma das principais causas de depressão nestas mulheres (Choi, et al., 2009) e níveis clínicos de stresse materno foram identificados em 41% da amostra de mães de gémeos (Baor & Soskolne, 2012), neste sentido estudos insinuam que as mães de gémeos referem maior stresse (Ellison & Hall, 2003; Glazebrook, et al., 2004; Olivennes, et al., 2005; Golombok, et al., 2007; Lutz, et al., 2012) contudo os valores totais que avaliam o stresse parental foram considerados anormalmente elevados em todas as mulheres (Glazebrook, et al., 2004). As mães de gémeos apresentam ainda níveis significativamente mais elevados de sintomas de depressão. (Ellison & Hall, 2003; Ellison, et al., 2005; Olivennes, et al., 2005; Sheard, et al., 2007; Vilska, et al., 2009; Choi, et al., 2009).

Da análise comparativa utilizada em algumas das pesquisas foi considerada a diferença entre grupos tendo em consideração: os diferentes tipos de conceções, o número de nascimentos por gravidez e o tempo de gestação.

As mães de gémeos falam, mais frequentemente, de experiências difíceis (Olivennes, et al., 2005; Sheard, et al., 2007) questionando-se sobre a parentalidade e sobre as dúvidas que vão surgindo (Sheard, et al., 2007). Sentem-se cansadas, revelando que as suas expetativas, relativamente à maternidade eram diferentes, apresentando-se esta, como um trabalho mais duro e com mais dificuldades do que imaginavam. Em consequência, experienciaram sentimentos de stresse e/ou depressão, referindo também menos sentimentos de prazer com os gémeos e menor desejo de ter mais filhos do que as mães de não gémeos (Olivennes, et al., 2005). A qualidade de vida das mulheres diminui com o nascimento de filhos múltiplos (Ellison, et al, 2005).

Quanto ao temperamento dos filhos as mulheres mães de gémeos têm a perceção que estes têm um temperamento mais difícil do que as mulheres mães de não gémeos (Taubman-Ben-Ari, et al., 2008) potenciando um aumento da vulnerabilidade emocional materna (Sheard, et al., 2007).

Relativamente ao stresse parental, o bem-estar pessoal e o suporte do cônjuge, percebido pelas mulheres, no último trimestre da gravidez de gémeos, são preditores do menor stresse parental por elas experienciado, um ano após o nascimento destes (Colpin, et al., 2000).

Ao nível da gestão diária, a sobrecarga de trabalho na realização repetitiva de rotinas familiares e a consequente privação de horas de sono, são alguns dos fatores stressores identificados. Outro fator que pode funcionar como stressor é a existência anterior de outros filhos, pelo acréscimo e diversidade de necessidades familiares que esse fato representa (Ellison & Hall, 2003).

A percentagem de mulheres de famílias de gémeos com trabalho remunerado é inferior comparativamente a outras mulheres que foram mães. Muitas mulheres têm que desistir da sua profissão e carreira e se algumas mães percebem esta opção como uma oportunidade, outras sentem que, ao abdicaram da sua profissão e carreira, perdem parte da sua identidade e independência, (Ellison & Hall, 2003) podendo este facto influenciar a saúde mental da mulher (Glazebrook, et al., 2004).

 

Conclusão

De acordo com Colpin, et al. (2000) os casais que esperam gémeos necessitam de informação específica e de suporte, no sentido de os preparar para o cuidar de gémeos, sugerindo aconselhamento e orientação pré-natal. Dão enfase, ainda, à importância das mães de gémeos poderem dispor da possibilidade de discutir as suas experiências pessoais e sentimentos com os profissionais. Ter consciência das dificuldades vividas por estes pais, assim como as estratégias a adotar, é determinante para a eficácia dos cuidados.

 

Implicações para a Prática Clínica

O conhecimento nesta área possibilita oferecer suporte adequado e direccionado às necessidades identificadas nestas famílias sustentando uma prática fundamentada em conhecimento científico.

 

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Recebido em 30 de novembro de 2013

Aceite para publicação em 2 de março de 2014