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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

versão impressa ISSN 1647-2160

Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental  no.9 Porto jun. 2013

 

Editorial

 

Prof. Doutor Carlos Sequeira*

*Presidente da Direção d’ ASPESM

 

Caros (as) colegas,

O número 9 da Revista da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental é editado em Junho de 2013, e, dá início a uma nova etapa, com um processo de revisão editorial e cientifico renovado com a introdução de novos membros e a elaboração de novos procedimentos. Este passo era fundamental para a melhoria da qualidade da nossa revista. Por isso, agradecemos a todos os membros pela disponibilidade para este trabalho.

De um modo geral, os artigos passam a ser também revistos por uma comissão editorial que avalia a adequação dos artigos às normas das revistas, ficando para os referees, apenas as questões relacionadas com o conteúdo do artigo, ou seja, a componente científica.

Por isso, voltamos a alertar todos os potenciais autores para consultarem e seguirem de forma rigorosa, as normas de publicação. A Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental integra na avaliação dos artigos uma revisão Double Blinded, através de dois elementos da comissão científica (Peer Reviewers).

Agradecemos também a todos os autores que nos tem enviado os seus trabalhos. De ano para ano temos recebido um número crescente de artigos.

Esperamos que a partir de Junho de 2013 seja possível a todos os interessados, aceder aos artigos dos números da revista através da plataforma SciELO e através do site da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental – www.aspesm.org

Sabemos que os tempos que se vivem em Portugal são pulverizados com uma elevada dose de incerteza, contudo, esta não deve ser impeditiva de um maior envolvimento de todos nas atividades de cidadania, em prol das pessoas que se encontram numa situação mais vulnerável, como os desempregados, as pessoas carenciadas, as pessoas que por uma razão ou outra se encontram mais frágeis e com maior risco de doença mental.

Pensamos que este é o tempo de repensar as práticas em saúde mental, mais vocacionadas para a prevenção e para a diminuição do impacto negativo associado à doença mental. É necessário recolocar o enfoque da saúde mental na comunidade, com mais apoios formais, para que, quer em termos individuais, quer em termos coletivos, as pessoas e as famílias possam viver melhor, de forma mais integrada e mais satisfatória. É possível fazer mais e melhor. Por isso, nos momentos de crise, as pessoas devem juntar sinergias e potenciar o que de bom se faz e se pode fazer, para consolidar o conhecimento científico através da formação e da qualidade das práticas clinicas. É fundamental melhorar a articulação entre as entidades formativas, os contextos clínicos, e as comunidades. Na área da Saúde Mental é determinante adequar a formação pós-graduada às novas necessidades das pessoas, com novas intervenções psicoterapêuticas, com maior potencial de eficácia, envolvendo os doentes e famílias nos processos de decisão, com mais e melhores critérios na prescrição de intervenções. É necessário repensar a formação dos enfermeiros relacionada com determinados alvos específicos, como a criança e o idoso, de forma a fazer da formação um conjunto articulado de novos saberes, capazes de produzir novas práticas, e não saberes utópicos e descontextualizados. A sociedade, no seu estado atual, coloca-nos perante novos desafios, para os quais devemos estar preparados. No futuro, o aparecimento de "crises" relacionais, familiares, contextuais será mais frequente, mas também mais efémera. As dificuldades no lidar com as adversidades tenderão a aumentar devido à complexidade da "rede" com a qual cada um interage. Daí a necessidade de uma maior investimento na formação científica dos profissionais de saúde.  

Foi publicado em 18 de maio de 2013 a nova edição do Manual de Diagnóstico relativo aos transtornos mentais, o DSM-V. Este tem sofrido diversas críticas, pela introdução de novos quadros patológicos, considerados normais para uns, patológicos para outros, e que, a partir de agora, poderão ser alvo de prescrições farmacológicas desnecessárias ou até prejudicais. No entanto, ainda não conhecemos o suficiente para podermos elaborar uma opinião fundamentada sobre o mesmo.

O presente responsabilizar-se-á por inscrever na história algo sobre o qual o futuro nos ajudará a compreender.

Estou certo que num próximo editorial voltaremos a este tópico, até pela importância global que esta publicação representa.

Brevemente iremos disponibilizar no nosso site uma discussão sobre esta temática.

Neste número 9 da revista d’ ASPESM, privilegiamos artigos de investigação que abordam: i) Ansiedade e relacionamento conjugal em mulheres com infertilidade: impacto da terapia de grupo; ii) Efetividade de um programa de estimulação cognitiva em idosos com défice cognitivo ligeiro iii) Qualidade de vida e saúde mental em consumidores de drogas - que relação?;  iv) A conceção dos profissionais de saúde acerca da reabilitação psicossocial nos eixos: morar, rede social e trabalho dos usuários de substâncias psicoativas; v) Saúde Mental em grupos étnicos minoritários: representações sobre saúde mental em adultos e crianças de comunidades ciganas residentes na região centro de portugal; vi) Treino de competências sociais – uma estratégia em saúde mental: técnicas e procedimentos para a intervenção; vii) Transtornos mentais orgânicos em um ambulatório de saúde mental brasileiro e um artigo de boas práticas/reflexão intitulado: i) Uso de crack: é possível o (re) encantamento?

Como se pode constatar, os artigos são muito variados, de forma a divulgarmos diferentes temáticas pelos profissionais de saúde, essencialmente aos enfermeiros.

Reiteramos a todos os potenciais autores que continuamos muito interessados em publicar artigos sobre a aferição cultural de instrumentos para a população portuguesa, sobre resultados da efetividades de intervenções de enfermagem, sobre indicadores epidemiológicos e de resultado em saúde mental, quer seja em Portugal, quer seja no estrangeiro.

Deixamos ainda a informação que a 10 e 11 de Outubro de 2013 iremos realizar o nosso congresso, no Pólo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, este ano dedicado aos Padrões de Qualidade em Enfermagem de Saúde Mental, com destaque para as seguintes temáticas:

·         Padrões de Qualidade em Saúde Mental

·         Diagnósticos, intervenções e indicadores em saúde mental

·         Ansiedade, Depressão e Suicídio

·         Bem-estar e felicidade

·         Psicoeducação

·         Aconselhamento e relação de ajuda

·         Entrevista motivacional

·         Reestruturação cognitiva

·         Hipnose clínica

·         Promoção da Saúde Mental

·         Guidelines de boas práticas em Saúde Mental

·         Investigação em Saúde Mental

Envio de propostas para Comunicação Livre/Poster, até 10 de setembro de 2013.

As comunicações podem ser publicadas em e-book, sob a forma de artigo. Será editado um número especial da Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, com os artigos que cumpram os critérios editorias e científicos da revista.

Poderá consultar mais informações no final da Revista.

Brevemente, confirme no nosso site o programa e outros detalhes relacionados com o mesmo.

 

Porto, 29 de Maio de 2013