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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

versão impressa ISSN 1647-2160

Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental  no.6 Porto dez. 2011

 

Editorial

 

Prof. Doutor Carlos Sequeira*

*Presidente da Direcção da SPESM

 

Caros (as) colegas,

O número 6 da revista da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental é editado em Dezembro de 2011, coincidindo com o início de um novo ano que se espera positivo, apesar das nuvens que pairam no imaginário colectivo relativamente ao futuro do país, essencialmente nas políticas sociais, na qualidade de vida e bem-estar psicológico, alicerçado na segurança e estabilidade (financeira) necessária à realização de múltiplos projectos.

O nosso compromisso para 2012 é continuar a trabalhar, com determinação e responsabilidade, à semelhança do efectuado em 2011, com o contributo, empenho de todos (sócios e não sócios) e o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Neste número incluímos artigos de investigação e artigos de pesquisa bibliográfica. As temáticas foram seleccionadas a partir de um total de 25 artigos submetidos, o que significa uma taxa de recusa superior a 60%. Alertamos os potenciais autores para a necessidade de cumprir os critérios da revista, de forma a aumentarem as possibilidades de edição. Durante este ano, iremos tentar colocar todos os artigos on-line e estamos a estudar a possibilidade de edição da revista apenas on-line, como forma de diminuir os custos de edição e divulgação.

A edição deste número surge após a realização da III Congresso da SPESM, dedicado à informação e Saúde Mental, realizada a 10 e 11 de Novembro, de 2011, no instituto Piaget, Campus Académico de Silves.

Este congresso incluiu quatro painéis de Conferências e dois Workshops, totalizando mais de 20 palestrantes convidados. Foram avaliadas 54 propostas para apresentação de posters e 30 para comunicações livres. Destas foram aceites ao Congresso 40 posters (taxa de recusa de 26%) e 24 comunicações livres (taxa de recusa de 20%).

Neste evento, o programa científico, foi alicerçado na problemática da informação em Saúde Mental e das questões que lhe estão associadas. O programa reflectiu a preocupação da SPESM em acompanhar o desenvolvimento científico do uso da comunicação e da informação, enquanto meios terapêuticos, bem como o desenvolvimento de ferramentas de gestão da informação, produzida pela prestação de cuidados de Enfermagem em Saúde Mental. Também foi dada ênfase à importância da informação sobre saúde mental e o papel que ela representa nos mídia nacionais e internacionais.

Com este evento pretendemos consciencializar as pessoas que, a informação em saúde mental é extremamente importante, porque permite adquirir um conjunto de competências de aprendizagem e pensamento crítico em relação à doença. Ou seja, pessoas com competências de literacia estão melhor preparadas para lidar com a sua doença, com capacidade para tomar decisões e assumir responsabilidades e com mais probabilidades de viverem com maior qualidade de vida. Por outro lado, baixos níveis de literacia em saúde mental são um factor determinante para a ausência de comportamentos de procura de ajuda, afectando o desenvolvimento psicossocial e educacional do doente, aumentando o risco de recorrências.

Existem lacunas na informação e no reconhecimento das doenças mentais, o que diminui a capacidade para reconhecer a ajuda profissional e o tratamento adequado. Apontamos como potencial problema presente na sociedade o estigma relacionado com a doença mental, que provém do medo do desconhecido, dum conjunto de falsas crenças que origina a falta de conhecimento, e por conseguinte a dificuldade na aceitação da doença mental.

Neste editorial, queremos também sensibilizar os leitores para o nosso próximo evento: III CONGRESSO INTERNACIONAL, que se realiza nos dias 10, 11 e 12 de Outubro de 2012, no Auditório da Universidade Católica, Porto, Campus Foz, Portugal. Este evento será dedicado à Investigação em Saúde Mental e sua Relação com a Prática Clínica, porque considerarmos que se trata de uma área da maior importância na promoção de saúde, prevenção da doença e no tratamento/reinserção da pessoa com problemática mental. Desde já agradecemos à Universidade Católica pela amabilidade demonstrada no acolhimento desta iniciativa da SPESM. É fundamental que a prática seja nutrida pela investigação e que a investigação ofereça respostas seguras para a prática clínica. As pessoas com doença mental fruto de alterações cognitivas, afectivas, relacionais e comportamentais,..., devem ter o direito de ser alvo de intervenções sustentadas pela investigação, ou seja, que tenham possibilidades efectivas de contribuir para a melhoria do seu estado de saúde.

Iremos preparar um programa científico com potencialidade para acrescentar conhecimento aos actores em saúde mental, com o intuito de estes serem os veículos da sua disseminação na prática e por isso, enviem-nos sugestões dos vossos trabalhos, experiências que considerem mais- valias e, claro, participem.

Vejam mais informações no site da SPESM, em: www.spesm.org.

Cumprimentos e votos de um bom 2012 a todos os "SPESMIENSES" e COLABORADORES.

 

Porto, 28 de Dezembro de 2011