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Angiologia e Cirurgia Vascular

versão impressa ISSN 1646-706X

Angiol Cir Vasc vol.14 no.4 Lisboa dez. 2018

 

CARTA AO EDITOR

Carta ao editor de José Daniel Menezes


 

Antes de iniciar a minha “HISTÓRIA e MENSAGEM” acompanhem-me na evocação da memória do Prof. Doutor António Braga, nosso primeiro Presidente a quem a SPACV tanto deve, que ontem nos deixou após prolongada doença.

A sua experiência de vida, as invulgares características humanas, profissionais, académicas e associativas, tornaram-no um Médico e um Homem excepcionais, que o conduziram a protagonizar nestas e noutras áreas, as mais altas funções, e assim dar um notabilíssimo contributo à Especialidade. Deu-nos ainda, na fase que sabia ser final da sua vida, um exemplo, ao demonstrar ser capaz de manter durante a adversidade da doença, um sentido de vida racional e ao mesmo tempo optimista. João Cid dos Santos considerava o optimismo uma condição/princípio (se assim lhe podemos chamar), que conjuntamente com a força moral, honestidade intelectual, capacidade de trabalho e autoconfiança, seriam pedras essenciais na vida profissional e quotidiana. Era o caso.

Far-nos-á muita falta e hoje a mim mais, por razões compreensíveis

À sua mulher Dra. Fernanda Viana e a toda a família, quero em meu nome e da SPACV, apresentar as mais sentidas condolências e a certeza que a sua memória se perpetuará em todos nós e na SPACV. Que descanse em Paz.

Com o seria seguramente seu desejo, o nosso Congresso continuará de acordo com o Programa como forma de o Homenagear.

Prezados colegas e consócios

Inicio esta História e Mensagem dirigindo-me, especialmente mas não só, aos mais novos de entre nós, lembrando-lhes que a Especialidade que abraçamos tem 45 anos de prática em Portugal e 23 de reconhecimento pela Ordem dos Médicos. Sendo ainda nova, fez no País e na Europa um caminho difícil de afirmação, no sentido da autonomização completa, a qual uma vez atingida “de jure”, em 1984 a nível nacional e em 2005 na UE, terá de ser permanentemente reforçada, através de uma prática cada vez mais diferenciada e na permanente defesa do que é “ NOSSO”.

Podemos, e devemos, partilhar o conhecimento em sede multidisciplinar, mas não a identidade e consegui-lo-emos mais eficazmente se nos mantivermos unidos ou tão unidos quanto possível.

Portugal deu contributos enormes à Especialidade a nível mundial, pela mão de várias personalidades médicas de excepção, sendo as mais relevantes as de Reinaldo e João Cid dos Santos, o qual herdando do pai o génio, foi para além dele ladeado de competentes, fiéis e dedicados colaboradores, dois deles nossos Eméritos; Luiz Teixeira Diniz e João Salvador Marques. Pai e filho, nos Hospital de Arroios e de Sta. Marta (Hospital Escolar), realizaram pela 1ª vez no Mundo, o 1º uma Aortoarteriografia translombar e o 2º, a Flebografia ascendente e a endarterectomia, respectivamente nos anos de 1929, 1936, 1946, abrindo assim a porta da então chamada Cirurgia Vascular Moderna. Esta Escola passou no início dos anos 50 para a Clinica Cirúrgica do Hospital de Sta. Maria, vindo em 1986 a dar origem ao Serviço de Cirurgia Vascular. Contemporâneos de Cid dos Santos, pela importância do trabalho que desenvolveram para a especialidade, devo lembrar Hernâni Monteiro, Álvaro Rodrigues e Sousa Pereira, todos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Portugal foi pioneiro a nível Europeu no aparecimento de Serviços Hospitalares dedicados ao diagnóstico e tratamento das doenças vasculares, chamados de Cirurgia Vascular ou de Angiologia e Cirurgia Vascular, os primeiros em 1972/1973, na cidade do Porto no Hospital de Santo António (HGSA) e em Lisboa no Hospital de Sta. Marta e já no fim da década também no Hospital de S. João no Porto. Já na década de 80, foi a vez do Hospital de Santa Maria em Lisboa e o dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Mais tarde vieram os outros que hoje conhecemos.

A especialidade nasceu a partir de Cirurgiões Gerais que à Angiologia (a Ciência) e à Cirurgia Vascular (a Terapêutica), dedicaram parte da sua vida e obra. De entre eles, e por já não estarem entre nós, relembro Moreira da Costa, Caetano Pereira, António Trindade, Cavadinha Gomes, Vilar Queirós, Mendes Fagundes, Armando Farrajota Rui Rangel Mesquita (meu Mestre) e Alexandre Moreira, pelo muito que fizeram por esta especialidade. Muitos outros felizmente vivos e nossos sócios continuaram o seu trabalho.

Uma palavra especial nesta altura para Luiz Teixeira Diniz e João Salvador Marques, pioneiros já anteriormente nomeados, tendo o segundo descrito e desenvolvido a técnica Estero Flebográfica, que representou a primeira visão bidimensional de uma imagem angiográfica. Foi detentor de um acervo flebográfico único a nível mundial, existido pequeno parte dele no Serviço de Cirurgia Vascular do CHLN no Hospital Santa Maria). Ambos estão com a SPACV desde o primeiro minuto e, se não com a presença neste Congresso, dado o esforço que a distância lhes exigiria, sempre com exemplo e conselho, como aquele de que adiante vos darei conta, inserido numa amável carta que Luiz Teixeira Diniz me dirigiu, respondendo - e foi o único a fazê-lo - a um repto que lancei a todos vós, inserido na Página do Presidente da última Revista ACV, por todos recebida. Verão como apesar da idade, se mantem atento à Sociedade e ao seu caminho, disponível em contribuir para o seu fortalecimento. É o “exemplo” de que falava!

Em 1984 é criado o Colégio da Especialidade, cujo 1º Presidente - e não por coincidência - foi António Braga, por todas as razões a que já aludi e muitas outras. Nele se titulavam como Especialistas, inicialmente em exame independente do realizado no final de internato, aqueles que desejavam obter o título de Especialista o qual abria as portas ao exercício profissional privado para diversas entidades. Fui dos primeiros a passar por esta titulação e estávamos em 1988.

Na Europa, o caminho da autonomização da Especialidade não foi fácil. Podemos dizer que a criação em 1987 da European Society for Vascular Surgery (ESVS) foi marco essencial. Dela foi Presidente em 1996 José Fernandes e Fernandes, fundador e um dos principais mentores e motores desta Sociedade, para a qual tanto contribuiu com trabalho, representação nacional e internacional. É dela hoje Emérito e foi seu Presidente (2006-08), e Editor da Revista durante os primeiros 10 anos (2000-2010). Passou recentemente por um período muito difícil, injusto e imerecido, felizmente já ultrapassado e quero aqui agradecer tudo o que fez pela SPACV e, antecipadamente, o que estou certo por ela fará.

Muito relevante também neste percurso foi uma acção que se iniciou em 1991 no Valle de Aosta em Itália, onde Domenico Palombo reuniu alguns cirurgiões vasculares europeus oriundos das Sociedades Nacionais num grupo que intitulou “Council of Vascular Surgeons in the EU”, do qual fez parte como Vice-presidente, Joaquim Barbosa fundador e dinamizador da SPACV, hoje dela Emérito, 1º Secretário Geral (2000-04), e Presidente (2008 e 2010), a quem todos muito devemos. A sua capacidade e energia posta ao serviço de convicções e causas, o seu “espírito associativo”, que representa a capacidade que tem de se por ao serviço dos outros (vem de longe), aliados à profunda cultura da amizade que a leva, se necessário, a reconhecer e corrigir actos que a possam beliscar, fazem dele um líder, um bom colega e um bom amigo. O Grupo de Aosta, produziu alguns textos reunidos em monografias, onde se definiam princípios e metas a atingir para uma Especialidade que se pretendia autónoma, da definição do seu âmbito, à construção da uniformização de treino dos especialistas a nível europeu à sua avaliação .

Com acesso privilegiado à ESVS, em conjunto com esta pela mão de Roger Greenhalgh, ao tempo Presidente da Secção de Cirurgia da UEMS, conseguiram influenciar decididamente, a criação em 1995 dentro deste importante organismo europeu da Divisão e Board de Cirurgia Vascular (na Secção de Cirurgia Geral), o qual em 2005 foi elevado à categoria de Section and Board. A Cirurgia Vascular estava a partir de então na Europa, ao lado de 43 outras especialidades, entre as quais, só para citar duas, das Cirurgia Geral e Cardíaca. “Um Pai pode e deve orgulhar-se no emancipar de um filho, porque lhe reconhece capacidade para com autonomia seguir o seu caminho”.

Passemos, de forma breve, em revista a origem e evolução das Sociedades Cientificas Mundiais representativas da Especialidade.

Estas têm seguido de modo geral o caminho da evolução da ciência e da diferenciação da especialidade e profissional. Em 1947 nos EUA aparece a Society for Vascular Surgery (SVS), cujo órgão oficial o “Journal of Vascular Surgery” (JVS), ainda hoje é expoente máximo da divulgação científica vascular. Só nos últimos anos encontrou o seu mais directo concorrente no “ European Journal of Vascular and Endovascular Surgery” (órgão da ESVS).

Vou ler-lhes a definição da Especialidade para SVS, tal como consta no respetivo sítio da internet ”Vascular surgery encompasses the diagnosis and comprehensive, longitudinal management of disorders of the arterial, venous, and lymphatic systems, exclusive of the intracranial and coronary arteries. Diplomates in vascular surgery should have significant experience with all aspects of treating patients with all types of vascular disease, including diagnosis, medical treatment, and reconstructive vascular surgical and endovascular techniques”.

Ainda nos EUA, em 1951, nasce a Sociedade Internacional de Angiologia, onde pontificava Haimovici, e em 1952 do outro lado do Atlântico a importantíssima Sociedade Europeia de Cirurgia Cárdio-Vascular (SECCV) de René-Leriche, na qual Reinaldo dos Santos, João Cid dos Santos, Celestino da Costa e Machado Macedo tiveram merecido papel de relevo. Estas duas sociedades uniram-se formando a Sociedade Internacional de Cirurgia Cardio Vascular (SICCV), com muita influência na Europa até 1987 quando aparece a ESVS.

O tempo começava a mudar na Europa!

Em Portugal em 1985 constitui-se a Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cárdio Torácica e Vascular (SPCCTV) a qual e nas palavras de Luiz Teixeira Diniz “justificava-se na altura devido ao reduzido número de sócios de cada uma das especialidades envolvidas, à necessidade de congregar o maior número possível de individualidades com nível profissional reconhecido com capacidade de atracção de mais especialistas e também como grupo, poder ter visibilidade internacional”. Estávamos todos de acordo!

Ela foi até ao ano 2000, em que surge a SPACV, a única representante de todos os Cirurgiões Cardíacos, Torácicos e Vasculares, embora os primeiros de início encontrassem os seus parceiros preferenciais nos Cardiologistas e na sua Sociedade. Dela foram figuras maiores entre outros nos primeiros anos, Jaime Celestino da Costa, Manuel Machado Macedo, António Braga, Luís Noronha, Diniz da Gama, principal responsável pela sua perpetuação tal qual nasceu e mais recentemente seus “Presidentes Vasculares”, Luís Mota Capitão (Sócio da SPACV desde o início), Roncon de Albuquerque, elemento muito influente no Núcleo Promotor da SPACV e durante os seus primeiros 10 anos tendo sido dela Presidente da Mesa da Assembleia Geral (2002-04) e Vice-Presidente (2004-06). Deixou-nos de “jure” há 3 anos, na prática há mais… e disse-nos porquê, e atualmente José Teixeira, até há 5 anos nosso sócio, tendo feito parte da MAG (2004-06). Deixou-nos em 2013, acompanhando Roncon de Albuquerque, vindo a assumir funções diretivas na SPCCTV. As opções respeitáveis destes 2 colegas causam-me grande tristeza, não só pela amizade que lhes tenho que não está beliscada, mas principalmente porque na minha opinião, não estão no “lado certo”. Gostaria que repensassem. Para amenizar e para aqueles que seguem o fenómeno futebolístico nacional na atualidade, sendo Sportinguista diria: “Quem me dera ser Sousa Cintra e conseguir repescar bons jogadores para a equipa”.

A propósito deste assunto, cito algumas partes de um artigo que Machado Macedo publicou em 1997, no livro comemorativo dos 25 anos do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Santo António, evento no qual tive a honra de participar.

Sobre o assunto o autor escreve;

“Há tempo passou-se por um período em que alguns Cirurgiões Vasculares se queriam separar… todas estas formas são possíveis e defensáveis, cada Sociedade deve escolher os assuntos que deseja tratar e dos quais tem experiência mais importante… e continua… O que interessa a todos nós é lutar pelo progresso que leva o médico a ser mais eficiente e mais útil ao doente… A dispersão é certamente prejudicial, mas a colaboração e entreajuda desinteressada trazem benefícios indiscutíveis”.

… Ou ainda, Celestino da Costa, fundador e indefetível defensor da SPCCTV, por convicção e como maneira de honrar o notável passado que Cirurgiões Portugueses tiveram na SECCV, termina o seu discurso como primeiro Presidente da SPCCTV proferindo:

“É com abertura de espírito que devemos encarar o futuro: praticando corretamente a ciência de hoje mas preparados para mudar amanhã”.

Prezados Colegas, Consócios e Família Vascular

O tempo que passamos é totalmente distinto do de há 30, 20 ou mesmo 10 anos atrás, e as pessoas também… Restam-nos os princípios…e é por isso que hoje vos quero deixar a Mensagem em estilo “slogan”, a qual deveríamos concretizar num futuro tão breve quanto possível.

“UMA ESPECIALIDADE, UM COLÉGIO, UMA SOCIEDADE”

Analogia com o desejo manifestado por Francisco Sá Carneiro no pós 25 Abril “ Uma Maioria, Um Governo e um Presidente” a qual só foi concretizada mais tarde e da qual não disfrutou. Medidas as devidas distâncias nos protagonistas, gostaria que á concretização do “meu” slogan possa assistir!

Creio que seria mais fácil influenciar o futuro da especialidade que todos abraçamos.

Cito a este propósito Diniz da Gama na carta que me dirigiu, e aos restantes Directores de Serviço em 29/11/1999, quando teve conhecimento da existência de um “Núcleo Promotor” da SPACV.

Dizia ele “…A Cirurgia Vascular Portuguesa é pertença de um colectivo constituído por todos os médicos titulares da Especialidade e inscritos no respectivo Colégio. É um colectivo que tem identidade, organização, vida própria e reconhecimento nacional e internacional… tem a especialidade um património histórico inigualável e que o País se orgulha. Só esse colectivo tem legitimidade para discutir e aprovar a constituição de uma SPACV, sendo inaceitável que o mesmo seja feito à revelia da generalidade dos Cirurgiões Vasculares. Ninguém é “dono” ou proprietário da Cirurgia Vascular Portuguesa e usá-la ao serviço de convicções pessoais…”

E continuava…..

1.A criação de uma SPACV é um desígnio nacional que deve interessar mobilizar todos os angiologistas e Cirurgiões Vasculares

2.Deve reunir-se uma Assembleia Geral para aprovar a mesma e aprovar uma Comissão constituinte para elaborar estatutos

3.Nova Assembleia para os aprovar

4.Apresentação de listas candidatas aos corpos gerentes e sua eleição

Estou totalmente de acordo com estes princípios, os quais aliás, no essencial, foram por nós, Núcleo Promotor seguidos, como o atestam diversos documentos existentes.

Eu próprio, enquanto membro do mesmo, contactei-o no seu Serviço no Hospital de Santa Maria, convidando-o a estar presente na primeira Assembleia Geral Constituinte da futura SPACV, a qual iria ser realizada na sede da OM em Lisboa a 5/2/2000, e lá exprimir as suas opiniões, dando assim o seu contributo. Não compareceu e tive pena!

Muitos colegas incluindo todos (ou quase) os Directores de Serviço, na altura mais ou menos críticos lá estiveram e expressaram as suas opiniões, confrontaram-nas com as de outros e assim se foi construindo a Sociedade à qual vieram todos vieram a aderir de Corpo e creio que de Alma também.

Não existem processos exemplares, e muito menos os que o reclamam (vide a “Descolonização” que foi tudo menos “Exemplar” como foi apelidada pelos que a fizeram)… e os meios podem não justificar os fins….MAS NÃO FOI O CASO DA FUNDAÇÃO DA SPACV! O nosso “pecadilho” foi ousar a iniciativa do mesmo. O NP foi assim como que um “up grade” dos “Capitães de Abril” pois era constituído por capitães, majores, coronéis e até generais…mas sem CEMFA!Os nossos Estatutos, que devemos a Mergulhão Mendonça, personalidade de seriedade incontestável, são o garante da democraticidade interna e estão ao serviço dos sócios, sendo a MAG o seu guardião. Utilizem-nos a bem da Angiologia e Cirurgia Vascular Portuguesa.

Luiz Teixeira Diniz em carta que me dirigiu em 28/6/2018 acerca deste assunto das Sociedades e após enaltecer o trabalho da SPACV diz a propósito da SPCCTV:

“…Aos poucos constatou-se certa clivagem, que me pareceu natural, entre a CV e a CCT que tem maiores afinidades com a Cardiologia, cuja Sociedade já então era uma instituição “volumosa” e credibilizada cientificamente… Assim nada mais natural que a emergência da SPACV autónoma. Mas, temos de reconhecer que este facto não teve aceitação geral e no meu ponto de vista lamentavelmente esta discordância não foi explicitada como penso teria sido útil… E também devido a certos personalismos, criaram-se ressentimentos escusados…. Faço votos que discretas animosidades que porventura ainda existam, se desvaneçam permitindo que o bom senso influa as decisões organizativas oficiais.”

Vamos todos contribuir e lutar por isso e que se esgrimam as diferenças de opinião e de método(s), mas dentro da SPACV.

Não cremos contribuir para alimentar guerras, mas sim, determinados em tudo fazer para cumprir o “slogan”.

Num balanço final de mandato, creio que cumprimos a grande maioria dos objectivos a que nos propusemos. A vós compete julgar.

Demos o nosso melhor com trabalho e grande honra no vosso voto de confiança, e no poder ter servido a Sociedade e por seu intermédio, a Especialidade.

Lembro todos os que me antecederam no cargo bem como os elementos das suas Direções, Corpos Sociais, Editores e Núcleos, os quais foram construindo a Sociedade que hoje somos. Permitam-me que dentre todos saliente António Albuquerque de Matos, nosso 2º Presidente, o qual passou e está a passar por um período muito difícil de doença, razão pela qual hoje aqui não pode estar. Apetece-me dizer em meu e vosso nome “Rápidas melhoras, Precisamos de ti.

Agradeço aos que me acompanharam no caminho e permitam-me que destaque o Frederico Bastos Gonçalves, o meu braço direito e (nosso) Secretário-geral, o qual “personifica” pessoal e profissionalmente, o que gostaria de ter sido quando tinha a idade dele (24 anos atrás…) e gostava de ter sido quando ele chegar á minha.… Mas, sou o que sou e como sou. Tento colmatar a saudável insatisfação e limitações, com honestidade profissional e pessoal, mantendo-me atento ao que me rodeia, aprofundando conhecimentos, e fruindo outros prazeres da vida. Basta-me!

Para os restantes membros da Direcção a que presidi, um fraterno e amigo abraço, e dizer-lhes como lhes estou grato pelo que fizeram e como sempre me trataram. Este agradecimento é extensivo aos elementos dos Corpos Sociais e Editores.

Para o Armando Mansilha, meu Vice-Presidente e futuro Presidente, um grande obrigado, não só pelo caminho que em conjunto construímos para a Sociedade numa óptica de continuidade, a qual quanto a mim sairá reforçada, dadas as excepcionais qualidades que tem postas ao serviço do desempenho do cargo, mas também pelas inúmeras manifestações de amizade e disponibilidade para comigo e com os meus.

Fui fundador da SPACV, Tesoureiro de 2000 a 2002, Vice presidente de 2014/16 e enquanto Secretário-Geral de 2004 a 2008, organizei o VII Congresso nesta cidade de Guimarães, berço da Nação. Regresso 11 anos depois, como Presidente de uma SPACV bem melhor sob todos os pontos de vista, tantos quantos a enorme diferenciação da Especialidade, repleta de uma juventude que me orgulha e é o garante do futuro.

Fecho hoje, como outros o fizeram antes, o meu “círculo” associativo na SPACV, com uma ponta de orgulho, confesso…

A todos aqui presentes, e aos que não puderam estar um “Até sempre” ou um “Até já” porque “vou andar por aí “ pedindo-lhes que não esqueçam, levem e divulguem a “MENSAGEM”

“UMA ESPECIALIDADE, UM COLÉGIO, UMA SOCIEDADE”

Bem Hajam!

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