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Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa

versão impressa ISSN 1646-5830

Acta Obstet Ginecol Port vol.12 no.2 Coimbra jun. 2018

 

CARTA AO EDITOR/LETTER TO THE EDITOR

Carcinoma do endométrio e estadiamento cirúrgico: ressonância magnética ou estudo extemporâneo?

José Carlos Gallego*

*Complexo Hospitalario Universitario de Ferrol

Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence


 

Caro Editor

No artigo «Carcinoma do endométrio e estadiamento cirúrgico: ressonância magnética ou estudo extemporâneo?»1 publicado no último número da Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa as autoras acham ser superior o exame histológico intra-operatório à ressonância Magnética para determinar a profundidade de invasão miometrial. Porém, na comparação que elas fazem, os estudos de ressonância realizados às doentes não incluem sequências ponderadas em difusão. A meu ver, é isso o que explica o achado de ser o estudo extemporâneo nitidamente superior.

Os resultados da ressonância realizada só com sequências morfológicas ficam muito longe dos da avaliação intra-operatória2, tal como se pode ver neste mesmo artigo (sensibilidade 86%, especificidade 80% vs. sensibilidade 91%, especificidade 93%). Contudo, acrescentar as sequências de difusão, vai melhorar os resultados3 até atingir níveis similares aos do exame intra-operatório (sensibilidade 90,2%, especificidade 89,5%).

Os estudos de ressonância magnética ponderados em difusão deveriam estar presentes em todos os protocolos de estadiamento do carcinoma de endométrio ao terem demonstrado maior acuidade para a avaliação da profundidade de invasão miometrial4.

O facto das ressonâncias terem sido realizadas em vários centros pode explicar a inexistência de um protocolo homogéneo que incluísse sequências ponderadas em difusão.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Santos F, Pires R, Henriques I Águas F. Carcinoma do endométrio e estadiamento cirúrgico: ressonância magnética ou estudo extemporâneo? Acta Obstet Ginecol Port 2018; 12:20-25.         [ Links ]

2. Tanaka T, Terai Y, Ono YJ, et al. Preoperative MRI and intraoperative frozen section diagnosis of myometrial invasion in patients with endometrial cancer. Int J Gynecol Cancer 2015; 25:879-883.         [ Links ]

3. Gallego JC, Porta A, Pardo MC, Fernández C. Evaluation of myometrial invasion in endometrial cancer: comparison of diffusion-weighted magnetic resonance and intraoperative frozen sections. Abdominal Imaging 2014; 39:1021-1026.         [ Links ]

4. Horta M, Cunha TM. Estratificação pré-terapêutica do carcinoma do endométrio por ressonância magnética - Papel do estudo dinâmico após administração de contraste endovenoso e do estudo ponderado em difusão. Acta Radiol Port 2015; 27:31-40.         [ Links ]

 

Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence

José Carlos Gallego

Complexo Hospitalario Universitario de Ferrol

Ferrol, Spain

E-Mail: josecarlos.gallego.ojea@sergas.es

 

Recebido em: 23/04/2018

Aceite para publicação: 01/05/2018

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