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Laboreal

versão On-line ISSN 1646-5237

Laboreal vol.12 no.2 Porto dez. 2016

https://doi.org/10.15667/laborealxii0216robpt 

TEXTOS HISTÓRICOS

 

O trabalho: uma conduta

El trabajo: una conducta

Le travail: une conduite

The work: a conduct

 

 

Régis Ouvrier-Bonnaz & Annie Weill-Fassina

Groupe de Recherches sur l'Histoire du Travail et de l'Orientation (GRESHTO) Centre d'Études sur le travail et le développement (CRTD) Centre National des Arts et Métiers (CNAM) 41 Rue Gay-Lussac, 75020 Paris France

regis.ouvrier_bonnaz@cnam.fr

weill.fassina@orange.fr

 

 

A tradução deste texto para português foi realizada por João Viana Jorge.

 

1. Ignace Meyerson nasceu em Varsóvia em 1888. Após a “insurreição russo-polaca de 1905emigra para França onde se junta a seu tio, o filósofo e historiador das ciências, Émile Meyerson (1859-1933). Licenciado em filosofia, médico, interno dos hospitais psiquiátricos de Paris, consagra-se antes do mais à investigação em fisiologia. Nos anos 30 (do séc. XX) é reconhecido pelos seus trabalhos com Paul Guillaume sobre a utilização de instrumentos pelos macacos. Por instigação de Pierre Janet (1881-1947) é nomeado secretário e depois diretor, em 1938, do « Journal de Psychologie normal et pathologique», a qual com «L´année psychologique», então dirigida por Henri Piéron (1881-1964), delimita a paisagem da psicologia francesa da primeira parte do séc. XX. Meyerson e Henri Piéron têm uma conceção diferente da psicologia: por um lado uma conceção histórico-cultural baseada na observação e objetivação das variações e produções humanas em meio natural e das suas evoluções no decurso do tempo, e por outro uma conceção experimental e positivista baseada no estudo de funções de natureza biológica (que eram) supostas responderem a leis imutáveis. Em 1953 criou, no seio da VIª secção da Ecole Pratique des Hautes Études, o Centre de Recherches de Psychologie comparative. Meyerson foi considerado como o fundador da psicologia histórica, objetiva e comparada, desenvolvida por Philippe Malrieu em França e Jerome Bruner nos países anglo-saxónicos [1].

 

2. O texto aqui apresentado insere-se num momento particular da história de Meyerson. Proibido de ensinar a 19 de dezembro de 1940 devido às leis raciais em vigor durante a segunda guerra, depois expulso da Cátedra de psicologia que ocupava na Faculdade de letras de Toulouse onde se tinha refugiado, funda a Société d´Études Psychologiques em maio de 1941 a fim « de tentar abranger o melhor possível a plenitude das condutas, especialmente dos atos, das tarefas e das obras complexas do homem e a partir daí compreender o homem total » (1948, p. 7). Afirma assim a sua proximidade com o sociólogo Marcel Mauss (1872-1950) quando este, dirigindo-se aos psicólogos em 1924 na altura da sua eleição para a presidência da Société Française de Psychologie, determina que é sempre o homem completo que temos de ter em conta.

Neste período difícil envolve-se numa pesquisa sobre o que pressiona o homem a agir, a partir da sua experiência pessoal, para compreender o que ele designa de «homem-ação». A criação da Société d´Études psychologiques permite-lhe retomar contacto com a ação intelectual e científica. Pouco tempo depois compromete-se com a Resistência contra o nazismo. Com Meyerson, como especifica Jean-Pierre Vernant, aluno seu que se inspirará na psicologia histórica para elaborar uma antropologia da Grécia antiga, estas duas formas de compromissoconstituem um todo que lhe proporciona a oportunidade de prosseguir a sua reflexão sobre a possibilidade de estudar uma «história da vontade» e em particular melhor compreender o lugar do outro na «recuperação e no acréscimo das forças pessoais de um indivíduo». Vernant, depois de ter estudado dois documentos inéditos deste período resume a interrogação de Meyerson: « Que significa esta necessária presença do outro na consolidação da firmeza própria e do seu querer? Em quê, o ato positivo, o dom, o que recebemos do outro ou lhe oferecemos, pode constituir uma dimensão maior de uma genética da vontade? » (1996, p. 48).

 

3. Le travai: une conduite, datado de 1941 e publicado em 1948 é o prefácio de uma publicação, Le Travail et les Techniques, que agrupa as comunicações apresentadas por ocasião da Journée de Psychologie et d´Histoire du Travail et des Techniques, organizada por Meyerson a 23 de Junho de 1941, em Toulouse, no quadro da sua “Societé” [2]. Este texto encontrará o seu prolongamento no pós guerra, em dois outros textos com os quais estabeleceremos a ligação.

3.1. O prefácio é constituído por duas partes.

3.1.1 Uma primeira parte (p. 7-11) retrata a génese da jornada de 23 de Junho. Aí Meyerson determina que essa Jornada se inscreve plenamente no programa da Sociedade: « O esforço científico em psicologia abre hoje um largo espaço às pesquisas comparadas. O estudo das condutas, dos sentimentos, do pensamento, apoia-se cada vez mais no concreto. Aplica-se na análise dos produtos da atividade, do pensamento humano, da história natural e social do homem e também da dos animais, vistas através de um número tão grande quanto possível de manifestações. Estas pesquisas, cujos resultados se consideram importantes implicam a convergência de técnicas diversas: o psicólogo deve apelar ao contributo dos antropólogos, dos etnólogos, dos geógrafos; dos linguistas e dos filólogos; dos historiadores e dos historiadores das letras, das artes, das religiões; dos juristas tanto quanto à de, mais antecipadamente adquirida, dos filósofos, dos biólogos, dos físicos (1948, p. 8). Para Meyerson a compreensão da historicidade das categorias mentais e das funções psicológicas releva necessariamente de uma abordagem pluridisciplinar. Na peugada do psicólogo Henri Wallon (1879-1962) e dos fundadores dos Annales d´histoire économique et sociale em 1929, dos historiadores Marc Bloch (1886-1944) e Lucien Febvre, introduz o ponto de vista histórico em psicologia, consequentemente com a necessidade do trabalho interdisciplinar. Para Roger Chartier é « esta historicidade essencial dos objetos da psicologia que autoriza a defini-la como uma antropologia histórica» (1996, p. 232) o que permite opor à ideia de uma percepção imediata, existencial, fenomenológica, das categorias mentais e psicológicas, defendida na mesma época pelo filósofo Jean-Paul Sartre, o seu conhecimento a partir de formas simbólicas e de factos históricos nos quais são objetivadas. Por ocasião de um colóquio mantido em 1960, Problèmes de la personne (1973), Meyerson pormenoriza o que coloca na base desta perspetiva de pesquisa: « a história que aqui tentámos é uma antropologia histórica, qualquer coisa como a história do homem interior correspondente à história do homem exterior, do homem social, à história das civilizações e dos factos da civilização; há correspondência entre as duas, elas não são paralelas. As funções psicológicas têm uma história e tomaram formas diversas através dessa história. O tempo, a memória, têm uma história. O espaço tem uma história. A pessoa tem uma história » (1973, p. 474).

3.1.2 Na segunda parte (p. 12-16) do preâmbulo, Meyerson esforça-se por mostrar que esta postura epistemológica se aplica ao trabalho. Ali resume a exposição introdutória produzida nas duas sessões de estudo que precederam a Jornada de 23 de Junho de 1941. Para ele «há uma história, uma carreira psicológica da ideia de trabalho» (1948, p. 15). O estudo do trabalho que permitirá escrever essa história é ainda « fragmentário e disperso» e «a história das primeiras formas da técnica é muito mal conhecida», de onde a necessidade de continuar a constituí-la. Meyerson lembra o papel que os fisiologistas desempenharam no estudo do esforço muscular e da fadiga mas também, globalmente do motor humano para pensar nas variações individuais na realização das tarefas e refletir nas condições de exercício dos ofícios.

Aqueles últimos e os psicólogos puderam assim « mostrar que o sistema Taylor e seus derivados analisaram e compreenderam mal o trabalho. O homem no trabalho não é apenas a soma de movimentos e de tempos parcelares e o homem não é apenas o homem no trabalho. O que escapa ao cronómetro, no todo ou em parte não é menos importante do que o que é medido » (idem, p. 12-13). Para Meyerson é necessário interessarmo-nos pelo «homem total», o que a psicotécnica tentou em parte fazer interessando-se mais pelo fator humano (idem, p. 14). Em conclusão, ele apresenta uma primeira definição: o trabalho não é encarado sob o ângulo da técnica mas como uma conduta da qual é preciso procurar as componentes e as camadas de significação. «É ao mesmo tempo uma atividade forçada, uma ação organizada e contínua, um esforço produtivo, uma atividade criativa de objetos e de valores possuindo uma utilidade para um (dado) grupo, uma conduta cuja motivação pode ser pessoal (…) mas cujo efeito diz respeito aos outros homens» (idem, p. 16). Encontra-se no caracter constrangedor da atividade de trabalho a abordagem de Wallon quando precisa, desde 1930, que «o trabalho é uma atividade forçada … O seu objeto mantém-se estranho às nossas necessidades, mais ou menos imediatas, e consiste no cumprimento de tarefas que não estão necessariamente de acordo com o jogo espontâneo das funções físicas e mentais» (1930, p. 11).

 

4. O trabalho: uma conduta, é, como dito, o primeiro de uma série de três textos onde Meyerson desenvolve a sua reflexão sobre o trabalho em coerência com a sua tese apresentada em 1947, e publicada em 1948, Les fonctions psychologiques et les oeuvres.

4.1. No segundo texto desta série – Comportement, travail, expérience, obra – publicada em 1951 em L´année psychologique, foi discutida a ideia de que o trabalho é o próprio comportamento humano – a análise do efeito da ação humana sobre o mundo permitindo compreender o homem. Mais precisamente, é através das realizações concretas e das relações tecidas entre os homens para levar a cabo essas realizações que o homem se forma e se transforma; de onde esta definição do trabalho como atividade cumprida, incarnada no produto dessa atividade (a obra) e o que foi investido em força física e psíquica para aí chegar. A obra é, tudo em simultâneo, o produto da conduta, do trabalho e da experiência, « o comportamento não pode compreender-se sem a obra e em consequência o exame das obras, longe de se desvelar apenas ao historiador, deve constituir a matéria principal da pesquisa do psicólogo » (1951/1987, p. 69). Neste artigo Meyerson afina a sua definição de trabalho como « ação sistematizada, organizada com vista a (obter) um efeito produtivo, produzida em comum pelos homens e destinada a criar objetos e valores com utilidade para um (dado) grupo (…) é além disso uma atividade disciplinada submetida aos constrangimentos da matéria e do meio humano » (idem, p. 67).

4.2. No terceiro texto, Le travail, fonction psychologique, publicado em 1955 no Journal de psychologie normal et pathologique, Meyerson retoma, para a completar, a definição de trabalho exposta nos dois textos precedentes insistindo sobre o seu carácter sempre dirigido, « o trabalho é uma atividade que tem por finalidade transformar a matéria e produzir, criar objetos ou valores úteis para um grupo humano ou desejados por esse grupo; que pode ter motivações variáveis e complexas: lucro, ambição, gosto, prazer, diversão, dever, constrangimento; mas cujo efeito diz sempre respeito diretamente a outros homens e é sentido como tal por aquele que produz e por aqueles que consumirão o produto » (1955-1987, p. 252). Para assentar a sua definição e esclarecer o seu próprio ponto de vista retoma a história da noção de trabalho esboçada no texto de 1941 e apoia-se nas contribuições de Alexandre de Laborde, Saint-Simon, Fourier, Proudhon, Marx: « Vejamos a história técnica do trabalho … Contrapartida das transformações da civilização material, segue a história das invenções, dos instrumentos, das máquinas, das indústrias, está ligada ao ritmo das invenções e das suas aplicações … : qualquer técnica nova tem como fonte e como acompanhamento uma novidade mental e qualquer invenção pouco importante reage por sua vez sobre o homem, sobre o espírito » (idem, p. 253). Nesta história retém uma conclusão de pesadas consequências para a psicologia referente ao que designa «o humanismo trabalhista» de Proudhon (1858): «Se o trabalho é a atividade primária, as outras atividades do homem derivam daí. E acrescenta, « é preciso dizer não apenas que o pensamento provém da ação mas: todo o conhecimento provém do trabalho» (idem, p. 258).

Meyerson assinala, tendo em vista a evolução das formas de produção do trabalho, que « para que o trabalho possa aparecer como uma função una e independente… foi preciso que o homem tenha sido, em grande parte, dela desligado. … Quando a máquina substituiu o homem em muito grande parte, quando fazia o que ele fazia e até mais, quando a viu funcionar quase só, o homem olhou e viu o trabalho, pôde objetivá-lo, aperceber-se do aspeto sistematizado e diferenciado, pensá-lo como tal » (idem, p. 261). No final desta evolução, «o trabalho entrou na pessoa e tende a lá ocupar um grande lugar» (idem, p. 262).

5. Para Meyerson, nota-se nestes três textos, o trabalho é historicamente constituído. O trabalho estudado durante um período longo permite constituí-lo como um facto social no sentido que Durkheim (1895) atribui a esse termo, « apresenta-se-nos como uma das principais atividades das sociedades humanas, talvez como a principal, como a base da sociedade» (idem, p. 252).

Como muito bem mostrou Yves Clot (1999), o trabalho tal como o apreendeu Meyerson é e tem uma função psicológica, é criado pelo homem e em retorno age sobre ele. A função do trabalho tem assim uma dupla vida:

- O trabalho é uma função psicológica enquanto produtor de objetos, de serviços à disposição da sociedade e produtor de intercâmbios sociais que lhes atribuem o seu valor nessa sociedade. Cumpre-se por e para a sociedade;

- O trabalho tem uma função psicológica que pode ser um recurso para a atividade e o desenvolvimento dos sujeitos ou, pelo contrário, ser um constrangimento improdutivo para a sua atividade, até um constrangimento deletério se os sujeitos não são colocados em situação de dele se apropriar para o tornar um recurso.

É importante discernir bem esta dupla função do trabalho. Encarada sob este duplo aspeto permite, com efeito, colocar a questão da subjetividade nas atividades de trabalho: os atos humanos passando em geral por uma procura de significados pondo em jogo a experiência dos sujeitos. O homem transforma e é transformado pela experiência.

No texto Le travail: une conduite, Meyerson defende a ideia da possível existência de uma psicologia histórica em ligação com a história do trabalho. Para ele, como o indica desde o prefácio do seu livro, As funções psicológicas e as obras, «os atos do homem finalizam em instituições e em obras. …O espírito do homem reside nas obras… A ação, o pensamento humano exprimem-se pela sua obra. O espírito não se exerce no vazio; não é e não se reconhece senão no seu trabalho, nas suas manifestações dirigidas, expressas, conservadas » (1948, pp. 9-10). O uso que Meyerson faz da obra reenvia amplamente para toda a realização humana, todo o resultado de um trabalho. Para Françoise Parot (1996, p. 2) trata-se de construir um saber relativo ao psiquismo humano que seja « um saber fundado no estudo minucioso das suas produções, de todas as suas produções aqui e agora mas também aqui e além». É ao estudar o efeito da ação humana sobre o mundo que se podem compreender as funções psicológicas constitutivas da pessoa e do seu desenvolvimento. A ideia de construção predomina, «por todas as suas condutas o homem é construtor» (1948, p. 28). Nas condutas humanas, os atos são sistemáticos, são submetidos a convenções e normas, têm uma forma, um significado» (idem, p. 16). A noção de atividade desenvolvida na ergonomia francófona e em psicologia do trabalho encontra uma das suas fontes nesta ideia de conduta.

6. A conclusão do texto, Le travail: une conduite, lembra-nos insistentemente: a psicologia do trabalho muda com o próprio trabalho, de onde a importância de adotar um ponto de vista histórico para compreender o modo como o trabalho aparece como « função psicológica que se forma num dado momento e que se transforma divergindo a seguir» (1948, p. 16). «A contribuição do histórico para o estudo do humano» permite afastar « a pressuposição de categorias eternas, ao mesmo tempo que coloca a tónica nos problemas do encaminhamento das mutações e dos progressos (ou eventualmente dos recuos)» colocando à distância «a explicação redutora pelo mais elementar, pelo mais simples » (1954, p. 9). Desde então, incumbe aos investigadores e aos profissionais estarem atentos às evoluções do mundo do trabalho para manter a ligação com as realidades do seu tempo. Num período em que a modificação das relações sociais de produção guiadas pela procura exclusiva do lucro em detrimento da iniciativa individual e coletiva ameaça cada vez mais para o homem a compreensão do sentido dos seus atos e do seu alcance, os textos de Meyerson deveriam constituir para isso uma ajuda.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bruner, J. (1996). L'éducation, entrée dans la culture. Paris : Retz.         [ Links ]

Chartier, R. (1996). Lire Meyerson aujourd'hui. Dans Pour une psychologie historique. Ecrits en hommage à Ignace Meyerson (pp. 232-235). Paris : PUF.         [ Links ]

Clot, Y. (1999). La fonction psychologique du travail (Préface de la troisième édition). Paris: PUF.         [ Links ]

Durkheim, E. (1895). Les règles de la méthode sociologique. Revue philosophique. Edition 2009.Paris : Payot.         [ Links ]

Meyerson, I. (1948/1955). Les fonctions psychologiques et les œuvres. Paris : Librairie philosophique J. Vrin. Republié en 1955. Paris : Albin Michel.         [ Links ]

Meyerson, I. (1951). Comportement, travail, expérience, œuvre. L'Année psychologique, 77-82. Repris dans Ecrits. 1920-1983. Pour une psychologie historique, 66-70.         [ Links ]

Meyerson, I. (1954). Thèmes nouveaux de psychologie objective : l'histoire, la construction, la structure. Journal de psychologie normale et pathologique, 1-2, 3-19.         [ Links ]

Meyerson, I. (1955). Le travail, fonction psychologique. Journal de Psychologie, LII, 3-17. Repris dans Ecrits. 1920-1983. Pour une psychologie historique, 253-263.         [ Links ]

Meyerson, I. (1973). La personne et son histoire. I Problèmes de la personne (pp. 473-482). Paris-La Haye : Mouton & Co.         [ Links ]

Parot, F. (1996). Présentation. In Pour une psychologie historique. Ecrits en hommage à Ignace Meyerson (pp. 1-5). Paris : PUF.         [ Links ]

Proudhon (1858/1932). Travail. In De la Justice dans la Révolution et dans l'Eglise. Œuvres complètes, VIII, 3. Paris : Ed. Bouglé-Moysset.

Vernant, J.-P. (1996). Deux inédits retrouvés dans les archives : « Il doit y avoir une histoire de la volonté ». In Pour une psychologie historique. Ecrits en hommage à Ignace Meyerson (pp. 47-59). Paris : PUF.         [ Links ]

Wallon, H. (1930). Principes de psychologie appliquée. Paris : Armand Colin.         [ Links ]

 

Manuscrito recebido em: maio/2016

Aceite após peritagem: setembro/2016

 

COMO REFERENCIAR ESTE ARTIGO?

Ouvrier-Bonnaz, R., & Weill-Fassina, A.(2016). O trabalho: uma conduta. Laboreal, 12 (2), 113-117. http://dx.doi.org/10.15667/laborealxii0216robpt

 

NOTAS

[1] Ver, no que respeita a Jerome Bruner, L´éducation, entrée dans la culture: «Negligenciaram-se durante demasiado tempo as vantagens da externalização em obra das realizações concretas de qualquer atividade cultural, não apenas das obras oficialmente reconhecidas mas (também) das obras coletivas que simultaneamente criam e mantêm a solidariedade de grupo» (1996, p. 39).

[2] A obra «Le Travail et les Techniques» foi publicada pela editora Presses Universitaires de France (PUF) em 1948, sete anos após o decurso da jornada de 23 de Junho de 1941. Pode admitir-se razoavelmente a hipótese de que Meyerson introduziu na sua apresentação escrita elementos mais de acordo com a evolução das suas pesquisas – elementos que não figuravam na sua apresentação oral de 1941. Esta obra foi também apresentada por Catherine Teiger num artigo incluído na Laboreal, Vol. XI, 2 (2015): L´alliance théorie/pratique dans l´ouvrage du sociologue du travail Georges Friedmann (1922-1977).

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