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Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

versão impressa ISSN 1646-2122

Rev. Port. Ortop. Traum. vol.21 no.3 Lisboa set. 2013

 

EDITORIAL

 

Editorial

 

Paulo Lourenço

Editor

 

O que procura um revisor?

A oportunidade da pergunta surge no atual contexto da constituição de um quadro alargado de revisores como garantia da qualidade científica numa época de crescente interesse em publicar na RPOT muito devido ao facto da necessidade de valorização curricular. Se este interesse em publicar conduz os autores, por um lado, a uma análise cuidadosa das normas de publicação, por outro é legítimo que questionem “o que procura um revisor?” quando pretendem elaborar manuscritos adequados ao perfil editorial. Sem pretender esgotar a curiosidade ou as apreciações que todo o revisor deve ter ou fazer quando analisa um artigo, enquanto Editor também me compete enquadrar a ação dos revisores face aos autores. O revisor procura a originalidade, a atualidade, a integridade, o rigor, a precisão, a minucia e a honestidade nos trabalhos que contenham um valor acrescentado ao conhecimento científico. Procura ser um crítico construtivo, isento de julgamentos de valor que desrespeitem a independência intelectual dos autores. Procede a uma autoavaliação das suas capacidades de apreciação. É sensível ao conflito de interesses em todas as perspetivas, ao plágio, cópia e à pirataria. É respeitador da confidencialidade e da não divulgação de conteúdos sem permissão. Responde no tempo adequado e sem demora. Procura a indicação clara dos objetivos e a argumentação convincente que defina a estrutura da pesquisa nas áreas mais adequadas. Examina a metodologia numa postura que permita ao leitor um julgamento do mérito científico do desenho do estudo com a possibilidade de o replicar se desejar. De igual forma assinala a conformidade com as normas internacionais: consentimento informado, autorizações das comissões de ética, investigação em humanos, animais, células, etc (p.ex. Declaração de Helsínquia). Avalia a adequação da estatística descritiva e inferencial, identifica possíveis erros de cálculo ou indícios de enviesamento. Analisa as ilustrações, gráficos, quadros e outros meios e o seu impacto e informação adicionais. Verifica se as conclusões são suportadas por resultados adequados, convenientemente discutidas e se há originalidade na interpretação da informação. Procura falhas nas citações dos trabalhos mais relevantes publicados por outros autores e garante o cumprimento das normas de referenciação bibliográfica. Esta procura termina num poder de síntese concluindo a aceitação formal, recusa ou a sugestão de melhorias em maior ou menor número. Este processo de revisão é hoje reconhecido como o principal mecanismo de garantia de qualidade da investigação científica.

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