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versão impressa ISSN 1646-107X

Motri. vol.13 no.1 Ribeira de Pena mar. 2017

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Hipotensão e variabilidade da frequência cardíaca pós-exercício de força executado de forma máxima e submáxima

 

Hypotension and heart rate variability after resistance exercise performed maximal and submaximal order

 

 

Victor Gonçalves Corrêa Neto1,2,*; Claudio Melibeu Bentes1,3; Geraldo de Albuquerque Maranhão Neto4; Humberto Miranda1,3

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
2 Faculdade Gama e Souza, Rio de Janeiro, Brasil.
3 Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil.
4 Universidade Salgado de Oliveira, Rio de Janeiro, Brasil.

 

 


RESUMO

O objetivo do presente estudo foi observar as respostas da pressão arterial e da modulação autonômica cardíaca depois da execução do exercício de força de forma máxima e submáxima. Três grupos foram formados, um que realizou o exercício de forma máxima (idade: 20.5 ± 0.6 anos, massa corporal: 63.7 ± 14.8 quilos, estatura: 1.70 ± 0.10 metro, índice de massa corporal: 22.8 ± 4.5 quilograma por metro quadrado [kg/m²]), outro de forma submáxima (idade: 25 ± 4.1 anos, massa corporal: 69.1 ± 12.8 quilos, estatura: 1.80 ± 0.10 metro, índice de massa corporal: 22.2 ± 1.7 kg/m²) e ainda, um controle (idade: 23.7 ± 3.8 anos, massa corporal: 64.2 ± 15 quilos, estatura: 1.70 ± 0.10 metro, índice de massa corporal: 21.8 ± 1.9 kg/m²). A pressão arterial e os intervalos R-R da freqüência cardíaca foram registrados antes do exercício e durante uma hora com cortes de dez minutos após o exercício. A análise de variância não ilustrou diferenças significativas entre os protocolos experimentais para pressão arterial (p > 0.05), porém o tamanho do efeito foi capaz de mostrar que o treino mais intenso provocou redução na pressão arterial sistólica em mais momentos. Em relação à resposta autonômica cardíaca, o grupo que se exercitou de forma submáxima exibiu um aumento significativo na razão LF/HF (p = 0,022) no momento 20 minutos pós-esforço. O protocolo mais intenso provocou reduções na pressão arterial em mais momentos, e foi mais seguro em relação à modulação autonômica cardíaca, visto que não provocou aumento na atividade simpática durante a recuperação. 

Palavras chave: Treinamento de resistência, exercício, pressão arterial, fisiologia cardiovascular, hipertensão.


ABSTRACT

The aim of the study was verified the blood pressure responses and the cardiac autonomic modulation after the strength exercise in two different conditions (maximal and submaximal). The subjects were divided in three groups, such as: maximal repetitions (age: 20.5 ± 0.6 years, weight: 63.7 ± 14.8, height: 1.7 ± 0.1, body mass index: 22.8 ± 4.5 Kilogram per square meter (kg/m²)), submaximal repetitions (age: 25 ± 4.1 years, weight: 69.1 ± 12.8, height: 1.8 ± 0.1, body mass index: 22.2 ± 1.7 (kg/m²))  and a control group (age: 23.7 ± 3.8 years, weight: 64.2 ± 15, height: 1.7 ± 0.1, body mass index: 21.8 ± 1.9 (kg/m²)). The blood pressure and the Heart Rate R-R intervals were measured before and during one hour after the session, with 10-minutes intervals length between measurements. The analyze of variance did not showed significant differences between experimental protocols to blood pressure (p > 0.05). However, the effect size was able to show that the most intense training caused a reduction in systolic blood pressure at times. Regarding cardiac autonomic response, the group that exercised the submaximal form exhibited a significant increase in LF / HF (p = 0.022) when 20 minutes’ post-exercise. There was a not significant difference in cardiac autonomic modulation between protocols. The high intensity protocol has caused blood pressure reductions in more moments and it was over safer in relation to cardiac autonomic modulation, since it did not cause increased sympathetic activity during recovery.

Keywords: Resistance training, exercise, hypotension, cardiovascular physiology, hypertension.


 

 

INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), caracterizada pela manutenção crônica das cifras pressóricas elevadas tem sido considerada relevante fator de risco para injúrias de ordem cardiovascular. Sua relevante prevalência em todas as faixas etárias (Corrêa Neto, Sperandei, Silva, Maranhão Neto, & Palma, 2014; Mendes & Barata, 2008), retratada por valores quantitativos expressivos em nível populacional, faz denotar preocupação de âmbito mundial (Chobanian et al., 2003).

Diante do presente contexto, estratégias não farmacológicas vêm sendo defendidas como métodos alternativos no tratamento da HAS. Corroborando o impacto de tais métodos, organizações de relevância mundial emitem seus pareceres discursando sobre a importância desses tratamentos. Dentro de tal cenário, o exercício físico parece ocupar local de destaque (American College of Sports Medicine [ACSM], 2004; Brook et al., 2013).

A hipotensão pós-exercício é o termo empregado para conceituar a queda da pressão arterial (PA) nos momentos que sucedem o término do esforço (Figueiredo et al., 2014; Hamer, 2006). O treinamento de força já se mostrou eficiente na ação sob tal fenômeno mesmo quando investigado em volumes, intensidades e distintos métodos de treinamento (Simão, Fleck, Polito, Monteiro, & Farinatti, 2005). O impacto da queda pressórica pós-exercício possui importante relevância clínica reduzindo o risco para eventos de ordem cardiocirculatória ao longo do dia (ACSM, 2004). No entanto, em se tratando do treinamento de força, os modelos metodológicos empregados nas investigações sobre a hipotensão pós-exercício são baseados em repetições máximas ou submáximas baseadas em percentual muito reduzido da força máxima (Simão et al., 2005), não retratando o quadro real da aplicabilidade prática com que o treino de força costumeiramente é executado cotidianamente, onde repetições submáximas são realizadas não baseadas em percentuais de uma repetição máxima (1 RM), mas sim encerrando a sequência de repetições antes da falha voluntária de um número predeterminado de repetições.

Na prescrição do treinamento, mais do que se pensar no efeito hipotensivo, a segurança durante a execução também deve ser considerada. A falha voluntária diz respeito ao momento em que o exercício de força cessa por incapacidade de sustentar a realização do movimento, embora especulativo, esse momento é muitas vezes associado à eficiência de treinos voltados para hipertrofia muscular (Nóbrega & Libardi, 2016). Porém, no âmbito das respostas cardiovasculares, sabe-se que a PA tende a reagir durante o treino de força de forma a alcançar seu pico no final da execução de uma série até o esforço máximo (MacDougall, Tuxen, Sale, Moroz & Sutton, 1985). Dessa forma, se torna evidente que esforços que cessem antes da falha voluntária, tendem a possuir um efeito menos agressivo e mais seguro com relação ao aumento da PA, principalmente se levarmos em conta a sua execução por sujeitos hipertensos (Souza et al., 2014). Com isso, a investigação da hipotensão pós-exercício no treinamento de força realizado de forma a ser interrompido antes da falha voluntária parece ser uma interessante lacuna literária, tendo em vista a relação segurança de execução – benefícios pós-esforço.

Ainda, advoga a literatura, que a modulação vagal cardíaca, refletida pela atividade simpática e parassimpática, pode em algumas situações estar associada a um maior risco de mortalidade. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) parece um interessante método para avaliação da modulação vagal cardíaca (Bigger et al., 1996). Sua mensuração de natureza não invasiva torna extremamente interessante sua aplicabilidade tanto em momentos de esforço quanto em momentos de repouso. Dados sobre o efeito da intensidade do exercício de força na VFC são escassos e contraditórios, evidenciando assim um objeto pontual a ser discutido e investigado. Rezk, Marrache, Tinucci, Mion, e Forjaz (2006) analisaram a modulação autonômica cardíaca em dois protocolos de treinamento de força com intensidades diferentes e verificaram que tanto a sessão de baixa intensidade quanto a de alta intensidade provocaram um aumento significativo na atividade simpática em detrimento a uma redução da atividade parassimpática. Já Ricci-Vitor et al. (2013) observaram o efeito do treinamento de força em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e encontraram como resultado uma melhora na modulação autonômica cardíaca a favor do aumento do componente parassimpático. Ainda, Figueiredo et al. (2015) após submeterem sua amostra a três protocolos de treinamento de força com intensidades diferentes, não observaram diferença significativa no comportamento da VFC nos momentos seguintes a execução dos protocolos.

Sendo assim, o objetivo do presente estudo é analisar as respostas agudas da PA, bem como a resposta da modulação autonômica cardíaca proporcionadas pelo treinamento de força realizado de forma máxima e submáxima. Como hipótese para a presente investigação, espera-se que ambas as intensidades de esforço sejam capazes de reduzir a PA pós-exercício bem como aumentar a VFC.

 

MÉTODO

Amostra

A amostra foi composta por 24 jovens de ambos os sexos, 13 homens e 11 mulheres, normotensos e fisicamente ativos, que foram divididos em três grupos: grupo força máxima (idade: 20.5 ± 0.6 anos, massa corporal: 63.7 ± 14.8 quilos, estatura: 1.71 ± 0.04 metro, índice de massa corporal: 22.8 ± 4.5 quilograma por metro quadrado [kg/m²]) grupo força submáxima (idade: 25 ± 4.1 anos, massa corporal: 69.1 ± 12.8 quilos, estatura: 1.80 ± 0.09 metro, índice de massa corporal: 22.2 ± 1.7 kg/m²) e grupo controle (idade: 23.7 ± 3.8 anos, massa corporal: 64.2 ± 15 quilos, estatura: 1.71 ± 0.14 metro, índice de massa corporal: 21.8 ± 1.9 kg/m²). O índice de massa corporal (IMC) foi calculado através da razão entre a massa corporal pela estatura ao quadrado. Os critérios de inclusão foram: 1) Questionário de Prontidão para Atividades Físicas (PAR-Q) negativo, 2) não estar fazendo uso de nenhum medicamento que pudesse ter impacto sobre os valores pressóricos, tais como anabolizantes, estimulantes e diuréticos, 3) Não possuir nenhuma limitação osteomioarticular que pudesse comprometer a execução dos movimentos propostos. Como critérios de exclusão, foram adotados: 1) o sujeito possuir alguma doença crônica, tal como diabetes, insuficiência renal, etc., 2) o índice de massa corporal (IMC) caracterizar o sujeito acima do peso normal (IMC ≥ 25). Todos os participantes foram esclarecidos sobre os procedimentos experimentais e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, de acordo com as recomendações da convenção de Helsinque e da Resolução n.º 466/12 do Conselho Nacional de Saúde para pesquisas em seres humanos. O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob o protocolo de número 11176113.0.0000.5257.

Instrumentos

O exercício de força utilizado foi o supino reto na barra livre por ser um exercício de comum execução em rotinas de treinamento de força, bem como um exercício sugerido para testar força máxima e predizer força relativa (American College of Sports Medicine [ACSM], 2010). A PA foi aferida através do monitor ambulatorial de pressão arterial (MAPA) (CONTEC PM50 NIBP/Spo2, USA), os intervalos R-R da freqüência cardíaca foram monitorados pelo frequencímetro da marca Polar, modelo RS 800 (Polar®, Finlândia).

Procedimentos

Teste de repetições máximas

Os indivíduos compareceram ao local de testagem em três dias não consecutivos. No primeiro e segundo dia, foram executados teste e reteste de 12 repetições máximas (RM) (Polito & Farinatti, 2009) no supino reto. O indivíduo era instruído a não realizar esforços físicos nas 48 horas antecedentes a cada teste de força, bem como um intervalo também de 48 horas foi respeitado entre o teste e o reteste. Foi realizado um máximo de cinco tentativas no mesmo dia com intervalo de 5 minutos entre cada uma delas. Com objetivo de reduzir as possibilidades de erro da medida alguns procedimentos foram adotados: a) o avaliado tinha explicações de toda rotina de testes tornando-se ciente de todo procedimento que seria realizado; b) a técnica de realização do movimento era explicada minuciosamente; c) os avaliadores acompanharam atentamente a realização dos movimentos minimizando dessa forma a execução de qualquer movimento fora dor padrões pré-estabelecidos o que poderia comprometer os resultados; d) estímulos verbais forma realizados a fim de manter a motivação durante a execução dos testes; e) os pesos utilizados como implementos no estudo foram aferidos em uma balança previamente calibrada (Simão et al., 2006). 

Foi considerada a carga para 12 RM, aquela com que o sujeito conseguisse realizar 12 repetições com perfeita execução da técnica falhando voluntariamente antes de completar a décima terceira repetição. Dois avaliadores experientes acompanharam todas as execuções.

O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) foi 0.97, retratando uma reprodutibilidade excelente entre o teste e o reteste de carga.

Protocolos experimentais

Para execução dos protocolos experimentais, três grupos foram formados, grupo força máxima (GFM), grupo força submáxima (GFSM) e grupo controle (CONT), que participaram dos seguintes procedimentos experimentais:

GFM – Após um aquecimento de 15 repetições com 50% da carga encontrada no teste de 12 RM, os participantes executaram quatro séries com carga para 12 repetições máximas com intervalo de 3 minutos entre as séries, até a falha voluntária.

GFSM – Após um aquecimento de 15 repetições com 50% da carga encontrada no teste de 12 RM, os participantes executaram quatro séries de oito repetições com 3 minutos de intervalo entre as séries com a carga para 12 repetições máximas.

CONT – Os participantes foram mantidos em repouso servindo de controle para o estudo.

A ordem de entrada dos sujeitos em cada grupo foi feita de forma aleatória.

Pressão arterial e variabilidade da frequência cardíaca

Após a chegada ao local das testagens, os indivíduos foram conduzidos a um ambiente tranquilo, onde permaneceram sentados por 15 minutos em repouso absoluto, quando tiveram sua PA aferida pela primeira vez, e foram encaminhados para a sessão de treino. Após executarem o protocolo de exercício programado para o seu grupo, foram novamente postos sentados em repouso absoluto, e enfim, tiveram sua PA aferida durante 60 minutos, em ciclos de 10 minutos (Figueiredo et al., 2015). A PA foi aferida sempre no braço direito, com o manguito posicionado 2 centímetros acima da fossa antecubital, com o indivíduo sentado, costas apoiadas, braços e pernas descruzados.

Para avaliação da VFC foi utilizado um frequencímetro da marca Polar, modelo RS800. Os dados foram registrados após 15 minutos de repouso absoluto durante dez e sessenta minutos pré e pós-exercício respectivamente estando o indivíduo sentado, com pontos de corte de 10 em 10 minutos para efeito de análise (Figueiredo et al., 2015). Uma rotina previamente elaborada no software Matlab (version 6.0, Mathworks, Massachusetts, USA) foi utilizada para análise dos dados no domínio da freqüência. Para realizar a análise espectral no domínio da freqüência foi utilizado o algoritmo transformante de Fourier. A integração dos valores dos módulos espectrais das faixas sucessivas de 0,004Hz a 1Hz foi utilizada para calcular a variabilidade espectral do espectro inteiro. A razão entre baixa frequência (LF) e alta frequência (HF) foi calculada. Ela fornece informações sobre o balanço entre os sistemas simpático e parassimpático, sendo o índice simpatovagal da variabilidade do nodo sinusal.

O CONT passou pelo mesmo procedimento em relação às medidas de PA e freqüência cardíaca, porém, sem realizar qualquer protocolo de exercício.

Os sujeitos receberam instruções para que mantivessem seus padrões alimentares cotidianos, bem como não executassem esforços físicos nas 24 horas antecedentes a cada sessão experimental.

Análise estatística

Para testar a normalidade dos dados foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk, bem como o coeficiente de correlação intraclasse (CCI) para avaliar as medidas de reprodutibilidade do teste e reteste de 12 RM. Para comparação das médias intragrupos se fez uso da análise de variância (ANOVA) one way. Adicionalmente, cálculos de tamanho do efeito (effect size: diferença entre os escores do pré-teste e pós-teste dividido pelo desvio padrão do pré-teste) foram realizados para determinar a magnitude das diferenças, foi utilizada a escala proposta por Rhea (2004) para classificar a magnitude dos tamanhos do efeito que segue a seguinte classificação:  0-0.35 = trivial; 0.35-0.85 = pequeno; 0.85-1.5 = moderado; >1.5 = grande. Foi aceito um nível de significância de 5% para todo o tratamento inferencial (p < 0.05). Os procedimentos estatísticos foram realizados no Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0.

 

RESULTADOS

As características descritivas do grupo amostral estão ilustradas na tabela 1. A ANOVA não encontrou diferença significativa para tais variáveis entre os grupos (p > 0.05), caracterizando assim a homogeneidade do grupo amostral.

 

tabela 2

 

Nos resultados da ANOVA às respostas da pressão arterial sistólica (PAS), não foram encontradas diferenças entre o repouso e as medidas na linha do tempo para nenhum dos grupos (p > 0.05).

Nos resultados referentes às respostas da pressão arterial diastólica (PAD) não foram encontradas diferenças entre o repouso e as medidas na linha do tempo para nenhum dos grupos (p > 0.05).

Com relação às respostas da pressão arterial média (PAM) não foram encontradas diferenças entre o repouso e as medidas na linha do tempo para nenhum dos grupos (p > 0.05).

As análises do tamanho do efeito ilustraram reduções tanto na PAS quanto na PAD, no GFM, e no GFSM, porém no GFM as reduções ocorreram em mais momentos do que no GFSM para PAS (tabela 3).

Nos resultados referentes ao LF, não foram encontradas diferenças significativas entre o repouso e as medidas na linha do tempo para nenhum dos grupos (p > 0.05).

Já nos resultados referentes ao HF também não foram encontradas diferenças significativas entre o repouso e as medidas na linha do tempo para nenhum dos grupos (p > 0.05).

Com relação ao LF/HF não foram encontradas diferenças significativas entre o repouso e as medidas na linha do tempo pra os grupos CONT e GFM (p > 0.05). Contudo, foi observada diferença significativa no grupo GFSM no momento 20 minutos do término da sessão (p > 0.05) (tabela 4) com um tamanho do efeito de 1,43 considerado moderado (tabela 5).

 

DISCUSSÃO

Os principais objetivos do presente estudo foram avaliar as respostas da PA e da VFC após a execução do treinamento de força de forma máxima e submáxima e teve como principal achado baseado nos cálculos do tamanho do efeito que o GFM e o GFSM ilustraram reduções nas cifras pressóricas sistólica e diastólica, tendo o GFM exercido efeito de redução na PAS em mais momentos que o GFSM.  Em relação à VFC o GFSM exibiu um aumento significativo da razão LF/HF aos 20 minutos pós-exercício, esse aumento retrata uma maior atividade simpática refletindo uma reduzida VFC proporcionada pelo exercício submáximo. Que se tenha conhecimento, este é o primeiro estudo até o momento que procurou observar diferenças nas respostas hipotensivas e autonômicas comparando o exercício de força executado até a falha voluntária e o exercício de força interrompido antes da falha voluntária. A maioria dos estudos que investiga diferentes intensidades faz isso baseado em percentual de 1 RM e conduz a execução até a falha nos percentuais estabelecidos. O presente estudo determinou a categorização submáxima pela determinação de um número de repetições que ocorreria antes da falha voluntária, ou seja, o grupo submáximo realizou oito repetições com a carga que seria capaz de executar 12 repetições segundo o teste de carga prévio. Tal modelo de exercício submáximo além de se aproximar mais da aplicabilidade prática observada nas academias e centros de treinamento aonde muitos praticantes não chegam até a falha voluntária, elimina o viés de se utilizar a carga de 1 RM para prescrição. A utilização da carga de 1 RM para prescrição cria discrepância no número de repetições para o mesmo percentual de 1 RM quando grupos musculares de tamanhos distintos são solicitados ou ainda sujeitos com diferentes níveis de treinamento realizam o exercício no mesmo percentual (Hoeger, Hopkins, Barette, & Hale, 1990).

De fato, quando o método de treinamento é o mesmo, a intensidade do exercício pode ter impacto direto nas reações pressóricas pós-esforço. Duncan, Birch, e Oxford (2014) compararam o efeito de duas intensidades no treinamento de força em relação à hipotensão pós-exercício e puderam verificar que o grupo que se exercitou nos percentuais mais altos de carga ilustraram maiores reduções na PA, no momento pós-esforço. Tais resultados vêm corroborar os nossos, tendo em vista que no GFM os efeitos sobre a redução pressórica, apontados pelo tamanho de efeito foram ilustrados em mais momentos na PAS do que no GFSM.

O fato do presente estudo não ter ilustrado diferenças significativas, e sim tendências baseadas nos valores do tamanho de efeito pode ser atribuído ao pequeno volume de treinamento. Polito e Farinatti (2009) ao compararem diferentes volumes de treinamento de força em relação às respostas hipotensivas constataram que o grupo que executou um maior volume de trabalho, foi o que se beneficiou dos efeitos hipotensivos do exercício. Mohebbi, Rahmaninia, Vatani, e Faraji (2009) discursam não terem observado em sua amostra diferenças na hipotensão pós-exercício em relação ao volume de treinamento, porém, os autores empregaram três ou seis séries em cinco exercícios de força diferentes. Ou seja, mesmo no grupo de menor volume, em comparação com o presente estudo, o volume continuou sendo bem maior, pois na presente investigação foi aplicado apenas um exercício.

No entanto, a busca por menores volumes capazes de propiciar benefícios pressóricos deve ser estimulada, tendo em vista que tal fato auxiliaria na adesão ao treinamento, bem como contextualizaria um cenário mais seguro no que diz respeito às respostas da PA durante a execução da sessão de treinamento (Polito & Farinatti, 2003; Polito, Simão, Nóbrega, & Farinatti, 2004). Também não se deve desprezar que a inexistência da queda pressórica pós-esforço pode muitas vezes estar associada a uma característica amostral, tendo em vista que uma significativa parte da população não tem sensibilidade aos efeitos hipotensivos do exercício físico (Hamer, 2006). Geneticamente diferentes polimorfismos da enzima conversora da angiotensina podem implicar na capacidade em responder ao esforço com redução nos valores de PA nos momentos subsequentes (Fernandes, Azevedo, Dolabella, & Pardono, 2015)

Dois aspectos referentes aos resultados do presente estudo em relação a PA merecem ser pontuados: o primeiro diz respeito à magnitude da queda pressórica. Mesmo que a redução dos valores pressóricos não tenha sido estatisticamente significativa, pequenas reduções como as retratadas pelo tamanho do efeito podem ser relevantes no que diz respeito à redução no risco para eventos cardiovasculares (ACSM, 2004). O segundo aspecto é referente aos breves momentos em que essas quedas foram exibidas que por sua brevidade poderiam ser negligenciáveis, porém, se pensarmos em tais efeitos ocorrendo em momentos do dia onde a PA pode estar naturalmente mais elevada, essas ligeiras reduções podem ter importantes implicações clínicas (ACSM, 2004). Deve-se ainda considerar que o grupo amostral foi composto por normotensos, e já é bem caracterizado pela literatura que quedas da pressão arterial pós-esforço em grupos hipertensos, são mais significativas (Queiroz, Gagliardi, Forjaz, & Rezk, 2009). Portanto, pequenos volumes de treinamento não devem ser desprezados, e sim investigados em outras populações para que se possa ter conhecimento, se as tendências aqui descritas, em grupos hipertensos tomariam maior robustez.

Em relação aos achados referentes à VFC, o grupo GFSM mostrou um aumento da atividade simpática retratada por maiores valores da razão LF/HF mesmo com um pequeno volume de treinamento nos momentos pós-esforço. A VFC já foi investigada sob condições de treinamento de força de maior volume, e a razão LF/HF também apresentou valores maiores durante o período de recuperação caracterizando uma resposta simpatovagal de crescente influência simpática independentemente da intensidade (Rezk, Marrache, Tinucci, Mion, & Forjaz, 2006). Curiosamente, nessa investigação, o grupo experimental que realizou o exercício de forma submáxima foi o que mostrou uma redução significativa na VFC pós-esforço. Hipotetiza-se para tal achado que uma menor intensidade não foi capaz de promover um achatamento das respostas simpáticas pós-exercício. A maior intensidade embora não tenha aumentado significativamente os efeitos da modulação parassimpática, também não provocou um aumento da predominância simpática. Durante o exercício existe uma predominância simpática em relação à modulação autonômica cardíaca que pode ser compensada por uma redução dessa atividade nos momentos pós-esforço (MacDonald, 2002), talvez intensidades mais baixas no treinamento de força não sejam suficientes para promover essa redução, fazendo perdurar a predominância simpática nos momentos que sucedem o exercício.

Pensando na aplicabilidade prática e nas repostas da modulação autonômica cardíaca, podemos sugerir segundo os achados aqui descritos que o exercício submáximo proporciona um aumento na atividade simpática durante a recuperação, possivelmente causado pela inexistência de uma redução compensatória dessa atividade aumentada que acomete a realização do exercício (MacDonald, 2002), sendo assim exercícios de força realizados de forma máxima retratam momentos de recuperação mais seguros no que diz respeito ao equilíbrio simpatovagal. Figueiredo et al. (2014) também analisaram as respostas da modulação autonômica cardíaca em três intensidades diferentes durante a execução do treinamento de força, 60, 70 e 80 % de 1 RM, os autores não observaram qualquer alteração em relação a VFC no entanto a principal diferença entre os estudos se deve ao fato da forma como a carga submáxima foi manipulada. No presente estudo não foi aplicado percentuais de 1 RM e sim a execução padronizada de um número de repetições (oito repetições) com uma carga onde seria possível a execução de um maior número (12 repetições). Talvez a execução de oito repetições tenha tornado o esforço aquém das possibilidades de provocar uma resposta compensatória de redução na atividade simpática. Sendo assim, parece interessante a realização de estudos que utilizem o mesmo método para caracterização do exercício submáximo, porém com repetições mais próximas das máximas possíveis, por exemplo, 10 repetições com a carga que possibilitaria a realização de 12 repetições. Além da intensidade, outras variáveis manipuláveis como, por exemplo, a ordem dos exercícios parece influenciar distintos comportamentos da VFC pós-esforço em detrimento da intensidade do estímulo e também devem ser levadas em consideração (Figueiredo, Menezes, Kattenbraker, Polito, Reis, & Simão, 2013) embora a presente investigação não tenha declinado seus esforços nesse sentido.

Vale destacar que embora os três grupos não tenham denotado significância estatística em relação à hipotensão pós-exercício, o tamanho do efeito indicou reduções nos valores da PAS e da PAD em ambos os grupos, sendo que no GFM as reduções da PAS ocorreram em mais momentos. Embora a hipótese que tentava se levantar no presente estudo fosse de que exercícios submáximos teriam efeitos semelhantes aos máximos no que diz respeito às reduções da PA pós-esforço, se levarmos em consideração os valores do tamanho do efeito não foi isso que ocorreu. Sendo assim, sugere-se que na aplicabilidade prática exercícios de força conduzidos até a falha voluntária podem ser mais eficientes na indução da redução da PA pós-exercício de força. Vale destacar que mesmo sem significância estatística a redução da PA no GFM pode denotar importante caráter clínico, se levado em consideração que mesmo pequenas reduções nas cifras pressóricas podem incidir em relevante redução do risco para eventos cardiocirculatórios (ACSM, 2004).

Em relação à VFC esperava-se que os protocolos experimentais fossem capazes de apontar um aumento na citada variável durante a recuperação em comparação ao momento pré-exercício refletindo uma redução da atividade simpática em detrimento de uma maior atuação do sistema nervoso parassimpático. Isso não ocorreu no grupo GFM, além de no grupo GFSM a VFC ter sido reduzida o que caracteriza uma maior atividade simpática. Sendo assim, mesmo sem benefícios no sentido de aumento da VFC, o protocolo experimental máximo se mostrou seguro no que diz respeito à atividade simpatovagal, sugerindo que o treinamento de força com pequenos volumes e intensidades altas não provoca redução da VFC nos momentos que sucedem o esforço.

As principais limitações do presente estudo dizem respeito à formação de dois grupos para execução do treinamento, da composição do grupo por ambos os gêneros e do pequeno volume de treinamento. Porém, os grupos apresentaram características homogêneas no pré-treinamento. Ainda a diferença de sexo no que diz respeito ao comportamento cardiovascular pós-esforço parece refletir mais em mecanismos de atuação do que na duração e magnitude dessas respostas, ou seja, quando o objetivo do estudo se limita a observação da duração e da magnitude dos fenômenos sem se preocupar com seus mecanismos, como é o caso da presente investigação, a mistura de gêneros não se mostra como uma característica que pudesse gerar respostas diferentes em tais comportamentos e com isso minimizar a credibilidade da extrapolação dos resultados para homens e mulheres. (Queiroz et al., 2013). Em relação ao volume, mesmo com a literatura ilustrando melhores respostas hipotensivas com maiores volumes de treinamento, a busca por estratégias que pudessem reduzir o volume de treinamento, e ainda assim proporcionar queda pressórica não deveria cessar, tendo em vista que essa situação caracteriza uma maior segurança de execução, principalmente se pensarmos no treinamento de grupos especiais como hipertensos e cardiopatas.

 

CONCLUSÕES

Segundo os resultados do presente estudo, o volume de treinamento efetuado não foi capaz de mostrar quedas estatisticamente significativas para ambos os grupos independentemente da intensidade na PA. Porém, o tamanho do efeito foi capaz de ilustrar algumas tendências de reduções pressóricas pós-esforço, caracterizando reduções tanto na PAS quanto na PAD em ambos os grupos experimentais, com mais momentos de queda na PAS para o GFM. Quanto à VFC, o GFSM mostrou uma maior atividade simpática pós-esforço. Sendo assim o treinamento de força executado de forma máxima foi mais efetivo e seguro nos momentos pós-esforço levando-se em consideração valores de PA e a VFC respectivamente, pois o GFM foi capaz de retratar quedas na PA sem um concomitante aumento da atuação da atividade simpática na modulação autonômica cardíaca.

 

REFERÊNCIAS

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Agradecimentos:
Ao projeto PET – Saúde em Vigilância Sanitária (PET – VS). À Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo á Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ pelas bolsas “Jovem Cientista do Nosso Estado” de Humberto Miranda e Geraldo de Albuquerque Maranhão Neto (no. E-26/203.237/2016.
Conflito de Interesses:

Nada a declarar.
Financiamento:

Nada a declarar

Artigo recebido a 27.01.2015; Aceite a 01.11.2016

 

 

* Autor correspondente: Avenida Carlos Chagas Filho, 540, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: victorgcn@hotmail.com

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