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Motricidade

versão impressa ISSN 1646-107X

Motri. v.4 n.2 Santa Maria da Feira jun. 2008

 

Onde está o lúdico?

 

Nos tempos que correm, as AEC’s (Actividades Extra-Curriculares) não são mais que prolongamentos das actividades lectivas com o intuito de manter os meninos e meninas com ocupação temporal até os pais os irem buscar.

Por outras palavras, levantar o “material” no armazém em que se tornaram as escolas e os ATL’s.

É neste contexto que muitos pais se questionam e relatam situações que reflectem o que se passa nos Infantários, nomeadamente no ritmo louco de actividades extra-curriculares.

Nós questionamos: quando é que as crianças brincam?

Quando é que têm uma verdadeira pausa para poderem respirar?

Nas idades em que estar em movimento é essencial e fulcral para o crescimento e desenvolvimento harmonioso de todas as capacidades físicas e intelectuais, onde é que entra a parte lúdica?

A redução de actividades lúdicas contribui para uma clara degradação do processo formativo da personalidade infantil.

Paralelamente, os Pais utilizam um procedimento no regresso a casa, tentando disciplinar ainda mais as crianças com práticas pedagógicas de eficácia extremamente duvidosa:

não faças isso, não faças aquilo, vai tomar banho, vai jantar, não faças barulho, e um rol de negações e imposições.

Precisamos de nos questionar a todos se é este o caminho que queremos para os nossos filhos, jovens e homens de amanhã.

Pensamos nós que uma prática educativa não deve ser perspectivada apenas a partir da aquisição de conhecimentos e conceitos, com infra-estruturas concentradas e modeladas, mas requer a compreensão da organização complexa do comportamento humano em condições situacionais diversificadas, de forma a enriquecer o ser humano.

A Educação de hoje sofre de uma grande alteração e modificação de linhas orientadoras, seguindo passos que outros já trilharam, mas com resultados duvidosos. Modelos copiados nunca foram uma grande aposta, dinâmicas de sucesso numa sociedade, não têm que ser iguais em outra sociedade.

Está na hora de nos juntarmos e dar um contributo para a clarificação do caminho que devemos todos juntos trilhar no sentido de os homens de amanhã terem um futuro melhor.

Ruben Gonçalves Pereira

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