SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.4 número1Exercício físico, IgA salivar e estados emocionais da pessoa idosaPerfil da resistência cardiorespiratória em mulheres idosas com sobrepeso do programa de atividade física no SESC de Nova Friburgo /RJ/ Brasil índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Motricidade

versão impressa ISSN 1646-107X

Motri. v.4 n.1 Santa Maria da Feira mar. 2008

 

Consumo máximo de oxigênio e estágio de maturação sexual de crianças e adolescentes

 

Roberto Jerônimo dos Santos Silva 1

Édio Luiz Petroski 2

 

1 - Grupo de Estudos e Pesquisa em Atividade Física relacionada à Saúde - GEPAFIS/UNIT, Universidade Tiradentes – Aracaju (SE)

2 - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Núcleo de Pesquisa em Cineantropometria e Desempenho Humano – NUCIDH/UFSC

 

 

RESUMO

Este estudo teve como objetivo analisar o consumo máximo de oxigênio de crianças e adolescentes durante a puberdade. Participaram do estudo 779 crianças e adolescentes da região do Cotinguiba, SE, sendo 404 do sexo feminino e 379 do sexo masculino. Foram mensurados valores de peso, estatura e dobras cutâneas. Foram estimados o percentual de gordura e a massa corporal magra. Os estágios de maturação sexual foram estabelecidos por auto-avaliação, pela ocorrência de pêlos pubianos. O VO2máx foi estimado através do teste Vai-e-vem de 20 metros. Para a análise de dados, foi utilizada a estatística descritiva, a correlação de Pearson e análise de variância (p≤ 0,05). Os resultados sugerem aumento progressivo para o VO2máx absoluto (l/min), em ambos os sexos, com o avanço maturacional. Diferenças significativas entre os sexos são observadas a partir do estágio maturacional P3. As correlações entre o VO2máx absoluto (l/min) e os estágios maturacionais foram significativas para ambos os sexos (p<0,05); e entre VO2máx (relativo ao peso corporal e a massa corporal magra), foram negativas para o sexo feminino (p<0,05). As análises sugerem que durante a puberdade ocorre um aumento gradativo do VO2máx absoluto em ambos os sexos; uma estabilidade do VO2máx relativo à massa corporal, e a massa magra, no sexo masculino; e um declínio no sexo feminino, com o avanço da maturação sexual.

Palavras-chave: Adolescência, Puberdade, Composição corporal.

 

 

Maximum oxygen uptake and sexual maturity of children and adolescents

ABSTRACT

The objective of this study was to analyze the maximum oxygen uptake of children and adolescents during puberty. The study enrolled 779 children and adolescents of both sexes from Cotinguiba, SE, Brazil, 404 of whom were female and 379 of whom were male. Measurements were taken of weight, height and skin folds. Body fat percentage and lean body mass. Sexual maturity stages were established by self-assessment, based on appearance of pubic hair. The children’s VO2max was estimated from the results of a 20 meter shuttle-run test. Data analysis employed descriptive statistics, Pearson’s correlation coefficient and analysis of variance (p ≤ 0.05). The results suggest that absolute VO2max (l/min) increases progressively in both sexes as maturity advances. Significant differences between sexes are observed from maturity stage P3 onwards. Correlations between absolute VO2max (l/min) and maturity stages were significant for both sexes (p<0.05); while correlations between VO2max (relative to body weight and lean body mass), were negative for females (p<0.05). Analyses suggest that during puberty absolute VO2max increases gradually for both sexes, that VO2max is stable with relation to body mass, and that lean mass in males and decreases in females as sexual maturity advances.

Keywords: Adolescence, Puberty, Body composition.

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS

[1]. Barbosa KBF, Franceschini SCC, Priore SE (2006). Influência dos estágios de maturação sexual no estado nutricional, antropometria e composição corporal de adolescentes. Rev Bras Saúde Matern Infant 6(4):375-382.        [ Links ]

[2]. McCabe MP, Ricciardelli LA, Finemore J (2003). The role of puberty, media and popularity with peers on strategies to increase weight, decrease weight and increase muscle tone among adolescent boys and girls. J Psychosom Res52:145-153.

[3]. Basset DR, Howley ET (2000). Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance performance. Med Sci Sports Exerc 32(1):70-84

[4]. WHO - World Health Organization (2002). The World Health report: 2002: reducing risk, promoting health life. WHO Library Cataloguing in Publication Data.

[5]. Brasil. Ministério da Saúde (2007). Estimativas sobre freqüência e distribuição sócio-demográfica de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no distrito Federal. www.saude.gov.br/bvs

[6]. Blair SN, Horton E, Leon AS, Lee I-MIN, Dromkwater BL, Doshman RK, Mackey M Kienholz M. Physical activity, nutrition, and chronic disease. Med Sci Sports Exerc. 1996;28(3):335-349.

[7]. Lee CD, Blair SN (2002). Cardiorespiratory fitness and smoking-related and total cancer mortality in men. Med Sci Sports Exerc 34(5):735-739.

[8].  Léger L (1996). Aerobic performance. In: Docherty D (Editor). Measurement in pediatric exercise science. Brithsh Columbia (Ca): Human Kinetics, 183-223.

[9]. Malina RM, Bouchard C (1991). Growth, maturation and physical activity. Champaign (Il): Human Kinetics.

[10]. Janz KF, Mahoney LT (1997). Three-year follow-up of changes in aerobic fitness during puberty: The Muscatine Study. Res Q for Exerc Sport 68(1):1-9.

[11]. Rodrigues, NA, Perez AJ, Carletti L, Bissoli NS, Abreu GR (2006). Valores de consumo máximo de oxigênio determinados pelo teste cardiopulmonar em adolescentes: uma proposta de classificação. J Pediatr (Rio J) 82(6):426-30:

[12]. Alvarez BR, Pavan AL (2003). Alturas e comprimentos. In: Petroski EL (Editor). Antropometria: Técnicas e padronizações. Porto Alegre: Palotti, 31-45.

[13]. Benedetti TRB, Pinho RA, Ramos VM (2003). Dobras cutâneas. In: Petroski EL (Editor). Antropometria: Técnicas e padronizações. Porto Alegre: Palotti, 47-58.

[14]. Lohman TG (1987). The use of skinfolds to estimate body fatness on children and youth. JOPERD 58(9):98-102.

[15]. Pires-Neto CS, Petroski EL. (1993) Preposições de constantes para o uso em equações preditivas da gordura corporal para crianças e jovens. Anais da III Bienal de Ciência do Esporte. Poços de Caldas, MG. p. 27.

[16]. Saito MI (1984). Maturação sexual: auto avaliação do adolescente. Pediat 6:111-115.

[17]. Guimarães JP, Passos ADC (1997). Análise de concordância entre informações referidas e observadas acerca do estadiamento pubertário entre escolares do sexo feminino. Rev Saúde Pública 31(3):263-71.

[1 8]. Baxter-Jones ADG, Eisenmann JC, Sherar LB (2005). Controlling for maturation in pediatric exercise science. Pediatr Exerc Sci 17:18-30.

[19]. Léger L, Mercier D, Gadoury C, Lambert J (1988). The multistage 20 metre shutle run test for aerobic fitness. J Sports Sci 6(2):93-101.

[20]. Tourinho Filho H, Tourinho LSPR (1998). Crianças, adolescentes e atividade física: aspectos maturacionais e funcionais. Rev Paul Educ Fís 12(1): 71-84.

[21]. Malina RM (1974). Adolescent changes in size, build, composition and performance. Hum Biol 46:117-31.

[22]. Oliveira CS, Veiga GV (2005). Estado nutricional e maturação sexual de adolescentes de uma escola pública e de uma escola privada do Município do Rio de Janeiro. Rev Nutr 18(2):183-191

[23]. Van Loan MD (1996). Total body composition: birth to old age. In: Roche AF, Heymsfield  SB, Lohman TG (Eds). Human body composition. Champaign (Il): Human Kinetics, 205-215.

[24]. Prado RL, Freitas AV, Silva RJS (2004). Analise do comportamento do VO2 máximo de acordo com o estadiamento maturacional de escolares de 08 a 18 anos. Rev Bras Ativ Fís Saúde 9(2);39-47.

[25]. Beunen G, Malina RM (1996). Growth and biological maturation: relevance to athletic performance. In: Oded Bar-Or (Editor). The child and adolescent athlete. Osney Mead (Ox): Blackwell Science, 3-24.

[26]. McMurray RG, Harrel JS, Bradley CB, Deng S, Bangdiwaba SI (2002). Predicted maximal aerobic power in youth is related to age, gender, and ethnicity. Med Sci Sports Exerc 34(1):145-151.

[27]. Eisenmann JC, Pivarnik JM, Malina RM (2001). Scaling peak VO2 to body mass in young male and female distance runners. J Appl Physiol 90: 2172-2180.

 

 

Data de submissão: Julho 2007

Data de Aceite: Outubro 2007

 

Endereço

Édio Luiz Petroski

Universidade Federal de Santa Catarina

Campus Universitário – Trindade – Caixa Postal 476

Centro de Desportos

88.040-900 – Florianópolis, SC

E-mail: petroski@cds.ufsc.br

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons