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Motricidade

versión impresa ISSN 1646-107X

Motri. v.3 n.2 Santa Maria da Feira abr. 2007

 

Alteração da capacidade funcional dos músculos da região abdominal: Programa de treino “convencional” versus Programa combinado de treino “convencional” e electroestimulação

 

Luísa Vieira1, Carlos Carvalho1, Alberto Carvalho1, Rui Garganta2.

 

1 - Instituto Superior da Maia, Maia, Portugal,

2 - Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Porto, Portugal.

E-mail: lvieira@ismai.pt

 

Introdução: O objectivo principal do presente estudo situa-se na procura dos melhores procedimentos para o desenvolvimento funcional da musculatura abdominal. Assim, pretendemos indagar se a utilização de electroestimulação poderá ser um factor de optimização do processo de treino, isto é, se os resultados são acrescidos quando ao treino convencional dos músculos abdominais se incluem contracções musculares induzidas electricamente. Objectivo: avaliar o efeito da electroestimulação testes de avaliação das diferentes expressões de força. Metodologia: a amostra foi constituída por 28 alunos de Educação Física do ISMAI que foram distribuídos por 3 grupos: o grupo experimental 1 (GE1) que foi submetido a um programa de treino “convencional”, o grupo experimental 2 (GE2), que realizou um programa combinado de treino “convencional” e electroestimulação e o grupo de controlo (GC) que apenas realizou os testes de avaliação iniciais e finais. O trabalho experimental decorreu durante 6 semanas com 2 UT semanais. Cada uma das sessões durava cerca de 90 minutos com uma parte de activação geral e um segmento principal realizado sob a forma de circuito em que ambos os grupos experimentais trabalhavam diferentes grupos musculares, mas com predominância dos músculos abdominais. Todos os elementos da amostra foram submetidos às medições do peso e altura e a testes de avaliação das diferentes expressões de força: (1) Sit-up “convencional”, (2) Sit-up oblíquos, (3) Partial Curl-up e (4) Bent-knee Curl-up para avaliarmos a força resistência abdominal. Resultados: pela análise dos resultados constatou-se que, de uma maneira geral, existiram melhorias significativas na resistência localizada dos músculos abdominais do 1º para o 2º momento, nos diferentes testes dos grupos experimentais (tabela 1), mas tal não se verificou em relação ao grupo de controlo. Concretamente, em relação ao Sit-up “convencional” os ganhos foram de 3% GC, 25% GE1 e 9,1% GE2. Relativamente ao Sit-up para os músculos oblíquos, os ganhos foram de -4,3% GC, 11,8% GE1 e 9,3% GE2. Nestes dois testes, só no GE1 esses ganhos foram estatisticamente significativos.

Tabela 1: Resultados dos testes [média, desvio padrão (DP), alterações absolutas (Abs.) e percentuais (Δ %) e valores do t-test] nos três grupos.

 

 

Pré-teste

Pós-teste

Alterações

T-Test

Média

± DP

Média

± DP

Abs.

Δ %

t

p

 

Sit-up

“Conventional”

CG

33

6

34

4

1

3,03

-0,638

0,547

GE1

36

11

45

8

9

25,00

-3,522

0,005

GE2

44

5

48

9

4

9,09

-1,834

0,104

 

Sit-up

Oblíquos

CG

47

7

48

6

-2

-4,26

1,982

0,095

GE1

51

10

57

8

6

11,76

-3,932

0,002

GE2

54

4

59

3

5

9,26

-2,213

0,058

 

Partial

Curl-up

CG

43

17

43

13

0

0,00

0,052

0,960

GE1

48

13

54

13

6

12,50

-2,493

0,030

GE2

53

6

60

8

7

13,21

-2,897

0,020

 

Bent-knee

Curl-up

CG

62

20

62

24

0

0,00

0,318

0,761

GE1

71

17

82

14

11

15,49

-3,33

0,007

GE2

69

6

77

9

8

11,59

-4,014

0,004

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 1: Resultados das alterações entre o 1º e o 2º momento,
nos diferentes testes e entre grupos.

Nos testes de Partial Curl-up e Bent-knee Curl-up ambos os grupos experimentais evidenciaram alterações estatisticamente significativas. Objectivamente, de 12,5% GE1 versus 13,2% GE2 para o primeiro teste; no segundo, de 15,5% GE1 versus 11,6% GE2.

Discussão: para a análise comparativa entre grupos, em cada variável do presente estudo, recorrendo à Análise de Variância (ANOVA), verificou-se que, genericamente, há diferenças estatisticamente significativas entre o GC1 e o GC, mas não entre os grupos experimentais. Daqui podemos concluir que ambos os programas de treino e desenvolvimento da força abdominal induziram ganhos, mas que a utilização da electroestimulação não se confirmou como um acréscimo em relação ao treino abdominal “convencional”.

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