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Tékhne - Revista de Estudos Politécnicos

Print version ISSN 1645-9911

Tékhne  no.7 Barcelos June 2007

 

Editorial

Maria José Fernandes

Tékhne – Revista de Estudos Politécnicos, publicação de carácter científico do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, criada em 2004 com o objectivo de difundir trabalhos científicos da comunidade académica nas diferentes áreas do conhecimento e do saber, conta já com a publicação de sete números que, de acordo com o definido nos seus estatutos, abarcam áreas e domínios científicos considerados na sua diversidade.

O presente número constitui, por decisão da Direcção da Revista Tékhne, uma edição temática nas áreas da Contabilidade, Auditoria e Fiscalidade, tendo sido com muita honra e sentido de responsabilidade que aceitamos o convite para, na qualidade de Presidente do Conselho Editorial, dirigir esta edição.

Congratulamo-nos com a escolha de uma temática que afirma e divulga o trabalho desenvolvido nesta área, quer através da investigação que tem vindo a ser realizada pelos docentes, quer dos licenciados e pós-graduados que anualmente a ESG forma nestas áreas.

Foi nossa intenção reunir, na mesma edição, três referências que, de alguma forma, se relacionam com a comunidade contabilística nacional, convidando três autores de renome nacional e internacional, nomeadamente o Professor Hernâni Carqueja, da Faculdade de Economia do Porto, a Professora Isabel Blanco Dópico da Universidade de Santiago de Compostela e o Professor Rowan Jones da Universidade de Birmingham que, com o seu contributo, enriqueceram e dignificaram esta edição, e a quem expressamos um muito especial e sincero agradecimento.

O Conselho Editorial dirige, igualmente, um agradecimento a todos os referees que têm vindo a colaborar com a Tékhne, em particular àqueles que aceitaram o convite de colaborar nesta edição temática, bem como a todos os autores que escolheram esta revista para a divulgação dos seus trabalhos.

Os artigos publicados, num total de sete, abrangem diversos temas no âmbito da Contabilidade, nomeadamente nas áreas da Contabilidade Pública, Contabilidade Financeira, Contabilidade de Gestão e Contabilidade Ambiental.

O artigo de Susana Jorge apresenta, numa perspectiva comparativa internacional com o Reino Unido, uma teoria indutiva para a contabilidade autárquica em Portugal, apontando, entre outras, razões históricas, a estrutura política do governo local e o seu processo orçamental, o sistema de financiamento predominante em cada país, como possíveis razões para as diferenças constatadas.

José Manuel Pereira, Miguel Á. Crespo Domínguez e José L. Sáez Ocejo efectuam uma comparação dos métodos previsão do fracasso empresarial que têm sido mais utilizados, desde os trabalhos pioneiros de Beaver e Altman, nomeadamente a análise discriminante, logit, probit, redes neuronais, indução de regras e árvores de decisão, algoritmos genéticos e conjuntos aproximados, analisando as suas principais vantagens e inconvenientes bem como a sua aplicabilidade para os potenciais utilizadores.

Kátia Matos Lemos e Lúcia Lima Rodrigues procedem a uma análise das demonstrações financeiras de todas as empresas cotadas na Euronext Lisbon durante os exercícios económicos de 2001 e de 2004, verificando o tipo de informação divulgada pelas empresas portuguesas em relação às operações levadas a cabo nos mercados de derivados.

Cláudia Araújo Mendes e Lúcia Lima Rodrigues analisam alguns dos factores que podem determinar a adopção de práticas de earnings management, em particular as características intrínsecas ao normativo contabilístico e as características do ambiente empresarial, salientando ainda a crescente divulgação de práticas de manipulação de contas e, por conseguinte, o surgimento de um grande interesse por esta temática no meio académico e na sociedade em geral.

João Carlos Romacho e Vânia Gaspar Cidrais aplicam a metodologia do estudo de acontecimentos, através do uso da medida Security Returns Variability, para testar a hipótese de eficiência do mercado de capitais português na forma semi-forte, seleccionando-se como informação relevante o anúncio dos resultados contabilísticos.

Sónia Maria da Silva Monteiro e Beatriz Aibar Guzmán fazem uma análise comparativa da regulamentação contabilística ambiental entre Portugal e Espanha, dois países de meio envolvente próximo, concluindo que, apesar de não se observarem diferenças significativas entre os normativos vigentes, regista-se algum atraso de Portugal ao nível da investigação em Contabilidade Ambiental, realçando igualmente o esforço de organismos de normalização contabilística, de âmbito nacional e internacional, em abordar as questões ambientais.

Por último, o artigo de Filomena Antunes discute a possibilidade do capital humano e/ou dos investimentos em capital humano satisfazerem a definição de activo e, por isso, serem reconhecidos no balanço, tal como tem sido proposto pela contabilidade do capital humano, focando as implicações que o seu tratamento contabilístico representa na relevância da informação contabilística.

Reuniram-se, assim, um conjunto de trabalhos caracterizados em variantes dentro de uma área comum, a Contabilidade, no que constituiu, estamos certos, um relevante contributo e um verdadeiro incentivo para uma reflexão permanente num domínio de crescente actualidade e em constante inovação.