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Relações Internacionais (R:I)

versão impressa ISSN 1645-9199

Relações Internacionais  n.19 Lisboa set. 2008

 

Os Estados Unidos no fim da Presidência Bush: Ainda a «nação indispensável»?

Teresa Botelho

 

Dez anos depois de Madeleine Albright ter resumido o papel dos Estados Unidos na cena internacional como a «nação indispensável», este artigo discute se os oito anos da Presidência Bush diminuíram significativamente essa capacidade diplomática.

Concentrando-se especialmente no segundo mandato e examinando as correcções introduzidas à gestão da agenda iraquiana bem como os processos negociais multilaterais em que os Estados Unidos se empenharam, nomeadamente na área da proliferação nuclear na Coreia do Norte e no Irão, o artigo concluí que o legado diplomático da corrente Administração é menos negativo do que é geralmente considerado.

Palavras-chave: George Bush; Política Externa Americana; Excepcionalismo Americano; Unilateralismo

 

 

The United States after the Bush presidency: Still the «Indispensable Nation»?

Ten years after Madeleine Albright summarised the role of the United States in the international scene as that of “the indispensable nation”, this paper discusses whether the eight years of the Bush presidency have significantly diminished this diplomatic capability. Concentrating especially on the second mandate, and examining the corrections introduced to the management of the Iraqi agenda, as well as the multilateral negotiating processes in which the United States has been involved, namely concerning nuclear proliferation in North Korea and Iran, it concludes that the diplomatic legacy of the current administration is less negative than what it is generally considered to be.

Keywords: George Bush; American Foreign Policy; American Exceptionalism; Unilateralism

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

NOTAS

1 RICE, Condoleezza – «Promoting the national interest». In Foreign Affairs. Vol. 79, N.º 1, 2000, p. 62.        [ Links ]

2 RICE, Condoleezza – «Rethinking the national interest: American realism for a new world». In Foreign Affairs. Vol. 87, N.º 4, 2008, p. 25.

3 MANDELBAUM, Michael – «Foreign policy as social work». In Foreign Affairs. Vol. 75, N.º 1, 1996, pp. 16-32.

4 Para o debate sobre a natureza da unipolaridade americana no início do século XXI sugere-se uma leitura comparada da visão triunfalista de KAGAN, Robert – «Power e weakness» (Policy Review. Junho/Julho de 2002, pp. 2-28) (ou na versão posterior publicada em livro como Paradise and Power: American and Europe in the New World Order (Londres: Atlantic Books, 2003) com a leitura mais complexa de Samuel Huntington, que descreve um sistema transitório uni/multipolar, a evoluir no sentido da multipolaridade em «The lonely superpower» (Foreign Affairs. Vol. 78, N.º 2, 2000, pp. 35-49), ou em «Rubust nationalism» (The National Interest. N.º 58, 2000, pp. 31-40), ou com a análise de Zbignew Brzezinski que já em 1997 em The Grand Chesssboard: American Primacy and Geostrategic Imperatives (Nova Iorque: Basic Books), tinha avançado que os Estados Unidos seriam o primeiro e o último hiperpoder global, e que o seu domínio sem rival não duraria mais do que uma geração. Por uma questão de elementar justiça, notese que Robert Kagan alterou a leitura de 2002, no recentemente publicado The Return of History and the End of Dreams (Londres: Atlantic Books, 2008).

5 RICE, Condoleezza. – «Promoting the national interest», p. 46.

6 ALBRIGHT, Madeleine K. – «The testing of American foreign policy. In Foreign Affairs. Vol. 77, N.º 6, 1998, pp. 50-63.

7 Ibidem, p. 62.

8 POSEN, Barry R. – «After Bush: The case for Restraint». In The National Interest. Vol. 8, 2, 2007, p. 13.

9 O termo é de Josef Joffe na resposta ao artigo de Posen (POSEN, Barry R. – «After Bush: The case for Restraint», p. 20).

10 ZAKARIA, Fareed – The Post-American World. Nova York: W. W. Norton, 2008.

11 O general David Petraeus, que tem um doutoramento em Relações Internacionais da Escola de Assuntos Públicos e Internacionais Woodrow Wilson, da Universidade de Princeton, é um reputado especialista em contra-insurreição.

12 Os cofres militares americanos pagam um salário de 300 dólares mensais a cada membro, uma soma considerável na conjuntura iraquiana.

13 Este aviso consta de uma declaração do comandante da Guarda Revolucionária, general Mohamad Al Jafari, à agência noticiosa iraniana Fars.

14 BOLTON, John R. – «Israel, Iran and the bomb. In The Wall Street Journal. 15 de Julho de 2008, p. A19.

15 Fareed Zakaria usa o feliz termo «porta‑fólio de poderes».

16 «Ainda somos indispensáveis». Entrevista de Madeleine Albright a Chico Mendez. In Veja, 5 de Abril de 2008, em http://arquivoetc.blogspot.com2008/04/veja-entrevistamadeleine-albright.html (adaptado para português europeu).