SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.7 número3A transferência do conhecimento das ETN para as subsidiárias: Um estudo de caso aplicado ao contexto moçambicano índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa

versão impressa ISSN 1645-4464

Rev. Portuguesa e Brasileira de Gestão v.7 n.3 Lisboa jul. 2008

 

Fomentar o empreendedorismo através do capital de risco e da incubação de empresas: Um estudo empírico em Portugal

Fernando Gaspar*

 

RESUMO: Este artigo estuda a influência de dois instrumentos – o capital de risco e a incubação de empresas – no empreendedorismo. Mais concretamente, estuda a sua influência na decisão de criar novas empresas e no seu êxito, ou seja, na sobrevivência das jovens empresas. Para o efeito, reuniu-se uma amostra de empresas participadas por empresas de capital de risco e/ou criadas em centros de incubação de empresas e realizou-se uma análise regressiva para confirmar as hipóteses formuladas com base na literatura publicada. Foram usados três grupos de variáveis independentes que procuravam caracterizar três realidades separadas: o envolvimento do capital de risco ou do centro de incubação no processo de criação e lançamento da jovem empresa; o perfil do empreendedor; e o tipo de oportunidade que esteve na base da jovem empresa. As variáveis dependentes foram a decisão de criar a nova empresa e o desempenho da mesma e os resultados confirmaram a maioria das hipóteses formuladas, ou seja, o capital de risco e a incubação de empresas contribuem para a decisão de criar uma nova empresa e para a sua sobrevivência. Já em relação ao perfil do empreendedor e ao tipo de oportunidade perseguida, o estudo empírico não forneceu suporte significativo para a hipótese de que influenciam as variáveis dependentes. Este trabalho permitiu concluir que a aposta numa indústria de capital de risco forte e numa boa rede de incubadoras de empresas são políticas eficazes para o incremento do empreendedorismo e para uma mais alta taxa de sobrevivência das jovens empresas.

Palavras-chave: Empreendedorismo, Capital de Risco, Incubação de Empresas, Mortalidade das Start-ups

 

 

TITLE: Can entrepreneurship be increased through the use of venture capital and business incubation? An empirical study of the impact of both in the creation of start-ups and their performance

ABSTRACT: This paper studies the influence of two instruments - venture capital and business incubation - in entrepreneurship. It studies their influence on the decision to create new companies and in their success, that is, in the survival of the start-ups. For this study, a sample of companies created by venture capital firms and/or in incubation centers was assembled and a regressive analysis was performed to test the hypothesis formulated upon the published literature. Three groups of independent variables were used to characterize three separate realities: the evolvement of venture capital companies or business incubation centers in the process of creation and launching of the start-ups; the profile of entrepreneur; the type of business opportunity that generated the start-up. The dependent variables were the creation of a start-up and its performance. The results confirmed the majority of the formulated hypotheses, providing evidence of a positive influence of venture capital and business incubation on the creation of start-ups and on their survival. Entrepreneur’s traits and the opportunities characteristics didn’t show relevant influence on the dependent variables. This work allows the conclusion that betting in a strong venture capital industry and in a good net of business incubators is an efficient policy to develop entrepreneurship and to improve the survival of the start-ups.

Key words: Entrepreneurship, Venture Capital, Business Incubation, Start-up Mortality

 

 

TITULO: Fomento del espiritu empresarial através de capital de riesgo y la incubación de empresas: Un estudio empírico en Portugal

RESUMEN: Este artículo estudia la influencia de dos instrumentos - El capital riesgo y la incubación de empresas - en el empreendedorismo. Más concretamente, se examina su influencia en la decisión de crear nuevas empresas y su éxito, es decir, la supervivencia de nuevas empresas. Con este fin, se reunió en una muestra de empresas participadas por entidades de capital de riesgo y / o creada en centros de incubación de empresas y hubo un análisis regresivo para confirmar las hipótesis formuladas en la base de la literatura publicada. Se utilizaron tres grupos de variables independientes que caracterizan tres realidades separadas: la participación del capital de riesgo o el centro de incubación en el proceso de creación y puesta en marcha de la nueva empresa, el perfil el empresario, y el tipo de oportunidad que dio lugar a la nueva empresa. Las variables dependientes fueron la decisión de crear la nueva empresa y su desempeño y los resultados confirmaron la mayoría de las hipótesis formuladas, o sea, el capital de riesgo y la incubación de las empresas contribuyen en la decisión de crear una nueva empresa y su supervivencia. Ya en relación con el perfil de empresario y el tipo de oportunidad perseguida, el estudio empírico no proporcionó un gran apoyo para la hipótesis de que influyen en las variables dependientes. Con este trabajo se ha llegado a la conclusión de que una apuesta en una industria de capital de riesgo y una buena red de incubadoras, son políticas eficaces para aumentar el empreendedorismo y un mayor porcentaje en la supervivencia de las nuevas empresas.

Palabras-clave: Espiritu Empresarial, Venture Capital, Incubación de Empresas, La Mortalidad en las Start-ups

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

Referências bibliográficas

ALLEN, David N. e WEINBERG, Mark L. (1988), State Investment in Business Incubators. PAQ, pp. 196-215.        [ Links ]

ARDICHVILI, Alexander; CARDOZO, Richard e RAY, Sourav (2003), «A theory of entrepreneurial opportunity identification and development». Journal of Business Venturing, 18, 1, pp. 105-123.

AREND, Richard J. (1999), «Emergence of entrepreneurs following exogenous technological change». Strategic Management Journal, 20, pp. 31-47.

AUDRETSCH, David B. e FRITSCH, Michael (2003), «Linking entrepreneurship to growth: the case of West Germany». Industry and Innovation, 10, 1, pp. 65-73.

BARRETT, Hilton; BALLOUN, Joseph L. e WEINSTEIN, Art (2000), «Marketing mix factors as moderators of the corporate entrepreneurship: business performance relationship - a multistage, multivariate analysis». Journal of Marketing Theory and Practice, pp. 50-62.

BAUMOL, William J. (1990), «Entrepreneurship: productive, unproductive, and destructive». Journal of Political Economy, 98, 5, pp. 893-921.

BRÜDERL, Josef; PREISENDÖRFER, Peter e ZIEGLER, Rolf (1992), «Survival chances of newly founded business organizations». American Sociological Review, 57, 2, pp. 227-242.

CARROLL, Richard R. (1986), «The small business incubator as a regional economic development tool: concept and practice». Northeast Journal of Business & Economics, 12, 2, pp. 24-43.

DAVIDSSON, Per e WIKLUND, Johan (1997), «Values, beliefs and regional variations in new firm formation rates». Journal of Economic Psychology, 18, pp. 179-199.

DOMÍNGUEZ, Francisco J. (2002), «El empreendedor: una propuesta de modelo explicativo de comportamiento». Proceedings das XII Jornadas Luso-Espanholas de Gestão Científica, Covilhã, pp. 1-7.

DRUCKER, Peter F. (1985), «The discipline of innovation». Harvard Business Review, pp. 67-72.

GARTNER, William B. (1989), «Who is an entrepreneur? Is the wrong question». Entrepreneurship Theory and Practice, 13, 4, pp. 47-68.

HAMEL, Gary e PRAHALAD, C. K. (1991), «Corporate imagination and expeditionary marketing». Harvard Business Review, pp. 81-92.

HENDERSON, Jason (2002), «Building the rural economy with high-growth entrepreneurs». Economic Review – Federal Reserve Bank of Kansas City, 87, 3, pp. 45-70.

LILLO, Francisco G. e LAJARA, Bartolomé M. (2002), «The human capital approach and its applicability to entrepreneurship research: an empirical examination». Proceedings das XII Jornadas Luso-Espanholas de Gestão Científica, Covilhã, pp. 1-8.

OCDE (1999), Business Incubation – International Case Studies. OCDE.

PALICH, Leslie E. e BAGBY, D. Ray (1995), «Using cognitive theory to explain entrepreneurial risk-taking: challenging conventional wisdom». Journal of Business Venturing, 10, 6, pp. 425-438.

REYNOLDS, P.; STOREY, D. J. e WESTHEAD, Paul (1994), «Cross-national comparisons of the variation in new firm formation rates». Regional Studies, 28, pp. 443-456.

REYNOLDS, Paul D.; BYGRAVE, William D. e AUTIO, Erkko (2002), GEM 2002 Executive Report. Kauffman Foundation, Londres.

REYNOLDS, Paul; CAMP, S. Michael e BYGRAVE, William D. (2001), GEM 2001 Executive Report. Kauffman Foundation, Londres.

REYNOLDS, P. D. e MAKI, W. (1991), «Regional characteristics affecting business growth: assessing strategies for promoting regional economic well-being». Project report submitted to Rural Poverty and Resource Program, Grant 900-013.

REYNOLDS, Paul (1994), «Autonomous firm dynamics and economic growth in the United States, 1986-1990». Regional Studies, 28, 4, pp. 429-442.

SCHUMPETER, Joseph A. (1942), Capitalism, Socialism and Democracy. George Allen and Uniwn, Londres.

SHERMAN, Hugh D. (1999), Assessing the intervention effectiveness of business incubation programs on new business start-ups». Journal of Developmental Entrepreneurship, 4, 2, pp. 117-133.

SOCIEDADE PORTUGUESA DE INOVAÇÃO (2001), «The fostering of entrepreneurship in Portugal: through the establishment of collaborations with the United States in entrepreneurial training opportunities and innovative business incubator processes». Disponível na Web em: http://www.spi.pt/incubators.

ZACHARAKIS, Andrew L.; MEYER, G. Dale e DECASTRO, Julio (1999), «Differing perceptions of new venture failure: a matched exploratory study of venture capitalists and entrepreneurs». Journal of Small Business Management. Milwaukee: Julho. Vol. 37, Iss. 3; p. 1.

 

*Fernando António da Costa Gaspar fernando.gaspar@esg.ipsantarem.pt

Doutor em Gestão (Univ. Lusíada de Lisboa). Docente na Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Santarém, Portugal. Membro fundador do AUDAX (ISCTE) e foi Presidente da Delegação em Santarém da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários). Formou, adquiriu, vendeu, fundiu e cindiu empresas e associações de vários sectores de actividade económica e social.

PhD in Management (Univ. Lusiada of Lisbon). Lecturer in the Polytechnic Institute of Santarem, Portugal. Charter member of AUDAX (ISCTE) and was President of Santarem’s Delegation of ANJE (National Association of Young Entrepreneurs). Has created, acquired, sold, merged, and broken down companies and associations in several business and social areas.

Doctor en Management (Univ. Lusíada Lisboa). Profesor en la Escuela Gestión del Instituto Politécnico de Santarem. Miembro fundador de Audax (ISCTE) y fue Presidente de la Delegación de ANJE en Santarém. Ha formado, comprado, vendido, fusionado y ha dividido varias empresas y asociaciones en los sectores de la actividad económica y social.

 

Recebido em Abril de 2008 e aceite em Setembro de 2008.

Received in April 2008 and accepted in September 2008.

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons