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Revista Portuguesa de Ciências do Desporto

versão impressa ISSN 1645-0523

Rev. Port. Cien. Desp. v.9 n.2 Porto nov. 2009

 

NOTA EDITORIAL

António Serôdio

Presidente da Comissão Organizadora

 

A Associação Portuguesa de Gestão do Desporto (APOGESD), após doze anos de existência, realizou o seu congresso anual, para o qual pretendeu dar um passo mais na sua implantação, junto de todos aqueles que de alguma maneira trabalham dentro da área da Gestão do Desporto.

Por isso, pela primeira vez, procurou a internacionalização, pelo que o presente congresso foi o nono nacional e o primeiro internacional.

Como o seu fundador, Gustavo Pires, disse “O desenvolvimento integrado do desporto em Portugal exige um enorme esforço de planeamento e definição de uma estratégia de desenvolvimento que ultrapasse um certo improviso e um excessivo enfoque em questões administrativo-jurídicas em que tem estado envolto. Impõe-se uma “nova perspectiva de governação do desporto nacional, onde o papel do Estado/Governo é primacial, mas que exige deste uma nova filosofia de intervenção e regulação capaz de articular os grandes princípios estratégicos de desenvolvimento do desporto, em partenariado com a generalidade dos agentes mais ou menos formais que intervêm no mundo do desporto, articulando o desporto nas suas diferentes implicações sociais, envolvendo múltiplos departamentos governamentais que têm de trabalhar conjugadamente (educação, saúde, juventude e desporto, por exemplo) – originando uma indispensável “interdepartamentalidade do desporto”.

Por outro lado, as Políticas Públicas Desportivas de que o país desportivo carece implicam um grande trabalho de levantamento, análise e concepção baseado em estudos detalhados da situação desportiva em todo o território nacional, onde se evidenciem clara e inequivocamente as principais fragilidades do sistema e se fundamentem as correspondentes e consequentes opções de política concreta de desenvolvimento do nível desportivo do país.

Para que o desenvolvimento do desporto se concretize com um destino e um planeamento que dê origem a equilíbrios territoriais e, numa perspectiva de equidade, à inclusão dos mais diversos estratos populacionais, as Políticas Públicas têm de decorrer de conhecimento sistemático das realidades, única forma de sobre as mesmas actuar de forma racionalizada e projectada.

Ora, é neste fio condutor da intervenção pública no desenvolvimento do desporto que deve enquadrar-se a missão e as correspondentes funções e trabalho efectivo

Por isso o presente congresso teve como temática de referência o “Desenvolvimento do Desporto” porque foi intenção da organização contribuir para a definição do que devem ser os passos correctos nesta área da Gestão do Desporto, que de alguma forma ultrapassa aquilo que normalmente é trabalhado no dia-a-dia dos profissionais que se dedicam a esta profissão.

Sendo importantes todas as áreas a que a Gestão do Desporto está ligada, desde a concepção e gestão das instalações, à gestão de recursos humanos, até à gestão financeira de clubes, pareceu-nos fundamental reflectir sobre os modelos de desenvolvimento que se pretendem para o futuro.

Para isso foi possível reunir uma vasta plateia de técnicos, quer ligados ao meio académico, quer ligados à iniciativa privada ou pública, que durante dois dias tiveram a possibilidade de debater os diversos problemas que enfrentam, todos os dias nos seus locais de trabalho, assim como trocar opiniões com académicos que se debruçam sobre a temática de uma forma sistemática.

Ao mesmo tempo, pela primeira vez, foi possível alargar esta discussão a congressistas internacionais, nomeadamente de Espanha e do Brasil que vieram contribuir para o enriquecimento do congresso ao transmitirem realidades diferentes das nacionais.

Foi preocupação da organização juntar à discussão especialistas reconhecidos internacionalmente na área do Desenvolvimento do Desporto, pelo que foi possível debater outras realidades, nomeadamente a Inglesa pela voz de Barrie Houllian e a Australiana por Mick Green.

Para a realização deste congresso muitos foram os associados que contribuíram de uma forma voluntária, o que permitiu o seu êxito, e a quem a organização pretende aqui, publicamente, agradecer.

Igualmente pretendemos agradecer à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro a contribuição na cedência das suas instalações assim como à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, pela possibilidade de publicar as actas deste congresso na Revista Portuguesa de Ciências do Desporto.