SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.8 número3Mobilidade funcional em indivíduos com paralisia cerebral espástica de acordo com o tipo e a idadePercursos alternativos - o Parkour enquanto fenómeno (sub)cultural índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Ciências do Desporto

versão impressa ISSN 1645-0523

Rev. Port. Cien. Desp. v.8 n.3 Porto dez. 2008

 

Actividade física e qualidade de vida de mulheres idosas da cidade de Florianópolis, Brasil

 

Giovana Z Mazo1

Jorge Mota2

Lúcia H.T. Gonçalves3

Margarida G. Matos4

Joana Carvalho2

 

1Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Florianópolis, Brasil.

2Universidade do Porto, Faculdade de Desporto, Portugal

3Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Enfermagem, Florianópolis, Brasil

4Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Portugal

 

 

RESUMO

O objectivo deste estudo foi analisar os níveis de actividade física (AF) e a sua relação com a qualidade de vida (QV) de mulheres idosas. A amostra foi composta por 198 mulheres idosas (73,6±5,9 anos), participantes de grupos de convivência para idosos, na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Os instrumentos de recolha de dados foram: Formulário com dados de identificação; Questionário Internacional de Actividade Física (IPAQ); Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-brev). Inicialmente, a amostra foi classificada de acordo com os níveis de AF em: menos activo (<150 min/sem) e mais activo (≥150 min/sem). Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva, do Teste de Mann-Whitney e da análise de regressão logística binária, adoptando-se um nível de significância de 5%. Os resultados indicaram que as idosas mais activas foram as que apresentaram médias mais elevadas nos domínios psicológicos e físicos de QV, demonstrando melhor QV nesses domínios. Também as idosas que apresentaram um pior resultado no domínio físico da QV têm um risco três vezes maior de serem menos activas fisicamente. Deste modo, estes resultados sugerem que a AF desempenha um papel importante na QV das mulheres idosas.

Palavras-chave: qualidade de vida, actividade física, mulheres idosas

 

 

ABSTRACT

Physical activity and quality of life of Brazilian elderly women from Florianópolis city, Brazil

The purpose of this study was to analyze the levels of physical activity (PA) and its relationship with the quality of life (QOL) of elderly women. Sample was composed by 198 elderly women (73.6±5.9 years) participants of coexistence groups for old aged in the city of Florianopolis, Santa Catarina, Brazil. The data collection instruments were the follow: Form with identification data; International Questionnarie of Physical Activity (IQPA); and the Quality of Life Questionnaire of the World Health Organization (WHOQOL-bref). Initially, sample was classified according to the PA levels in: less active (<150 min. per week) and most active (≥150 min. per week). Data were analyzed through descriptive statistics, Mann-Whitney Test and the analysis of binary logistic regression, adopting a level of significance of 5%. The results indicated that the most active elderly were the ones that presented higher averages in the psychological and physical domains of QOL, showing better QOL in these domains. Also the aged women that showed a worse outcome in the physical domain of QOL have a risk three times greater to be less physically active. Thus, these results suggest that AF plays an important role in the quality of life of the elderly women.

Key-words: quality of life, physical activity, elderly women

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS

1. Allsen PE, Harrison JH, Vance B (2001). Exercício e qualidade de vida: uma abordagem personalizada. São Paulo: Manole.        [ Links ]

2. American College of Sports Medicine (2006) Guidelines for exercise testing and prescription, 7° Edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A.

3. Aragão JCB (2002). Efeitos da resistência muscular localizada visando a autonomia funcional e a qualidade de vida. Rio de Janeiro: Universidade Castelo Branco, Ciência de Movimento Humano. (Dissertação de Mestrado).

4. Barbeta PA (1999). Estatística aplicada a Ciências Sociais. Florianópolis: Editora da UFSC.

5. Benedetti TB, Mazo GZ, Barros MVG (2004). Aplicação do Questionário Internacional de Atividades Física para avaliação do nível de atividades físicas de mulheres idosas: validade concorrente e reprodutibilidade teste-reteste. Rev Bras Cien e Mov 12 (1): 25-33.

6. Berger BG (1989). The role of physical activity in the life quality of older adults. Am Acad Phys 22: 42-54.

7. Berger BG, McInman A (1983). Exercise and the quality of life. In: Singer R., Murphey M, Ternnant L (eds.). Handbook as research on sport, psychology. New York: Macmillan Publishing Company, 729-760.

8. Berger L, Mailloux-Poirier D (1995). Pessoa Idosa: uma abordagem global. Lisboa: Lusodidática.

9. Biddle S, Faulkner G (2002). Psychological and social benefits of physical activity. In: Chan KM, Chodzko-Zajko W, Frontera W, Parker A (orgs.). Active Aging. Philadelphia: Lippincott Williams e Wilkins, 30-84.

10. Blair SN (2002). Physical Inactivity: the major public health problem of the new millennium the evidence and strategies for change. In: Caderno de Resumo do Congresso Desporto, Actividade Física e Saúde: o contributo da ciência e o papel da escola. Porto: FCDEF, 2-4.

11. Bouchard C, Shephard RJ (1993). Physical activity, fitness and health: the model and key concepts. In: Bouchard C, Shephard RJ, Stephens T (orgs.). Physical activity, fitness and health: consensus statement. Champaign, Illinois: Human Kinetics.

12. Brown WJ, Mishra G, Lee C, Bauman A (2000). Leisure time physical activity in Australian women: relationship with well-being and symptoms. Res Q Exerc Sport, 71 (3): 206-216.

13. Camargos MCS, Perpétuo IHO, Machado CJ (2005). Expectativa de vida com incapacidade funcional em idosos em São Paulo, Brasil. Rev Panam Salud Publica 17(5/6): 379-386.

14. Caspersen CJ, Powell K, Merrit RK (1994). Mensurement of Health Status and Well-being. Physical Activity, Fitness and Health: International Proceedings and Consensus Statement. Champaign: Illinois: Human Kinetics, 180-203.

15. Comte EMT (2004). Indicadores de qualidade de vida em mulheres idosas. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-Graduação em Educação Física (dissertação de mestrado), p.123.

16. Daley M, Spinks W (2000). Exercise, mobility and aging. Sports Med 29: 1-12.

17. Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, Pinzon V (2000). Aplicação da versão em português do instrumento WHOQOL-bref. Rev Saude Publica 34(2):178-83.

18. Fox KR (1997). The physical self and processes in self-esteem development. In: Fox KR (ed.). The physical self - from motivation to well-being. Champaign, Illinois: Human Kinetics, 111-139.

19. Hallinan CJ, Schuler PB (1993).  Body shape perceptions of elderly women exercisers and no exercisers.  Perceptual and Motor Skills 77: 451-456.

20. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2001). Síntese de Indicadores Social, 2000. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

21. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2006). Indicadores Sociodemográficos - Prospectivos para o Brasil 1991-2030. Disponível em:< www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/publicacao_UNFPA.pdf> [2007 abr 20]

22. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-IPEA (2008). Terceira idade e esperança de vida: o Brasil no cenário internacional. Comunicado da Presidência n.8. Brasília: IPEA.

23. Koltyn KF (2001). The association between physical activity and quality of life in older women. Womens Health Issues 11: 471-480.

24. Lee C, Russell A (2003). Effects of physical activity on emotional well-being among older Australian women. Cross-sectional and longitudinal analyses. J Psychosom Res 54: 155-160.

25. Lee I, Paffenbarger RS (2000). Associations of light, moderate, and vigorous intensity physical activity with longevity. Am J Epidem 151: 293-299.

26. Maeda K, Ohta T, Haga H, Ishikawa K, Osada H (2002). The effects of the daily physical activity in QOL in the elderly. Nippon Koshu Eisei Zasshi 49: 497-506.

27. Marshall A, Bauman A (2001). The Internacional Physical Activity Questionnaire: Summary Report of the reliability & validity studies. Summary, march.

28. Matsudo SMM (2001). Envelhecimento & Atividade Física. Londrina: Midiograf.

29. McAuley E, Rudolph D (1995). Physical activity, aging and psychological well-being. J Aging Phys Act 3: 67-96.

30. Mota J (2002). Envelhecimento e exercício - actividade física e qualidade de vida na população idosa. In: Barbanti VJ, Bento JO, Marques AT, Amandio AC (orgs). Esporte e Actividade Física: interação entre rendimento e qualidade de vida. São Paulo: Manole, 183-194

31. Mota J, Ribeiro JL, Carvalho J, Matos MG (2006). Atividade física e qualidade de vida associada à saúde em idosos participantes e não participantes em programas regulares de atividade física. Rev Bras Edu Fis Esporte 20: 219-225.

32. Nelson ME, Rejeski WJ, Blair SN, Duncan PW, Judge JO, King AC, Macera CA, Castanedasceppa C (2007). Physical Activity and Public Health in Older Adults: Recommendation from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Circulation 28:1-12.

33. Owen NE, Lislie E, Salmon J, Fotheringham MJ (2000). Environmental determinants of physical activity and sedentary behavior. Exerc Sport Sci Rev 28: 153-158.

34. Pate RR, Pratt M, Blair SN, Haskell WL, Macera CA, Bouchard C, Buchner D., Ettinger W, Heath GW, King AC, Kriska A, Leon AS, Marcus BH, Morris J, Paffenbarger RS, Patrick K, Pollock M.L, Rippe JM, Sallis J, Wilmore llI (1995). Physical activity and public health: A recommendation from the Centers for Disease ControI and Prevention and the American College of Sports Medicine. JAMA 273: 402-407.

35. Paterson DH, Stathokostas L (2002). Physical activity, fitness and gender in relation to morbidity, survival, quality of life and independence in older age. In: Shephard RJ (org.). Gender, Physical Activity and Aging. Boca Raton, Florida: CRC Press, 99-120.

36. Patla A, Shumway-Cook A (1999). Dimensions of mobility: defining the complexity and difficulty associated with community mobility. J Aging Phys Act 7: 7-19.

37. Pérez VR (2001). Aspectos didácticos de los programas de actividad física en mayores y su reción con al calidad de vida. In: Camiña FF, Santos JMM (ed.). Anais do II Congreso de Actividad Física y Deportes para Personas Mayores e I Encuentro Deportivo Internacional de Personas Mayores. Santiago de Compostela: Verde Ediciones.

38. Rejeski WJ, Brawley LR, Shumaker SA (1996). Physical activity and health-related quality of life. Exerc Sport Sci Rev (24):71-108.

39. Rowland T (1998). The Biological Basis of Physical Activity. Med Sci Sports Exerc 30: 392-399.

40. Sallis JF, Owen N (1999). Physical Activity e Behavioural Medicine. California: Sage Publications.

41. Shephard RJ (2002). Gender, Physical Activity and Aging. Boca Raton, Florida: CRC Press.

42. Silva DK (2002). Atividade física e qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres com doenças vascular periférica. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Mestrado em Educação Física (Dissertação de Mestrado).

43. Spirduso WW (1995). Physical dimensions of aging. Champaign, Illinois: Human Kinetics.

44. Spirduso WW, Cronin DL (2001). Exercise dose-response effects on quality of life and independent living in older adults. Med Sci Sports Exerc 33: 598-608.

45. Stahl T, Rütten D, Nutbeam D, Bauman A, Kannas L, Abel T, Lüschen G, Rodriguez DJA, Vinck J, Zee JVD (2001). The importance of the social environment for physically active lifestyle- results from an international study. Social Sci. Med 52: 1-10

46. Stephens T (1987). Secular Trends in Adult Physical Activity: Exercise Boom or Bust? Res Q Exerc Sport 58: 94-105.

47. Stewart AL; Hays RD; Wells K; Rogers WH, Greenfield S (1994). Long-term functioning and well-being outcomes associated with physical activity and exercise in-patients with chronic conditions in the Medical Outcomes Study. J Clin Epidem 47: 719-730.

48. The WHOQOL Group (1994). The development of the World Health Organization quality of life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W, editors. Quality of life assessment: international perspectives. Heidelberg: Springer Verlag, p. 41-60.

49. Toscana JJO (2005). Atividade física e qualidade de vida relacionada à saúde de idosos do sexo feminino. Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE, Mestrado em Ciências da Saúde (Dissertação de mestrado).

50. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico- VIGITEL (2007). Estimativas sobre freqüência e distribuição sóciodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2006. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa.

51. Visser M, Pluijim SM, Stel VS, Bosscher RJ, Deeg DJ (2002). Physical activity as a determinant of change in mobility performance: the longitudinal Aging Study Amsterdam. J Am Geriatr Soc 50: 1774-1781.

 

 

CORRESPONDÊNCIA

Giovana Zarpellon Mazo

Rua Procópio Manoel Pires nº 153 aptº 105

Bairro: Trindade - CEP: 88036-090

Florianópolis, SC, Brasil

E-mail: gzmazo@gmail.com