SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.8 número3Análise de padrões de coordenação interpessoal no umcontra-um no FutebolAs relações de género no espaço da educação física - a percepção de alunos e alunas índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Ciências do Desporto

versão impressa ISSN 1645-0523

Rev. Port. Cien. Desp. v.8 n.3 Porto dez. 2008

 

Termos e características associadas à competência. Estudo comparativo de profissionais do desporto que exercem a sua actividade profissional em diferentes contextos de prática desportiva.

 

Paula M. Batista

Amândio Graça

Zélia Matos

Universidade do Porto, Faculdade de Desporto, Portugal

 

RESUMO

Actualmente novos contextos de exercício profissional ganham espaço e significado para o profissional do desporto. A profissão complexifica-se requerendo profissionais competentes capazes de responder às novas exigências. A falta de consenso em torno do conceito de competência adquire maior visibilidade, impelindo a procura de elementos que contribuam para a (re)construção de um conceito de competência aplicável ao renovado campo de intervenção do profissional do desporto. Este estudo tem como principal propósito contribuir para a identificação do campo nocional que rodeia o conceito de competência em quatro áreas de intervenção do profissional do desporto – Educação Física, Treino Desportivo, Fitness e Actividade Física Adaptada. Foram entrevistados 120 profissionais (30 de cada área ocupacional) sobre os termos e características que associam à competência. Na análise dos dados recorreu-se aos procedimentos de análise de conteúdo. Os resultados indicam a existência de uma grande diversidade de termos e características associadas à noção de competência, sendo que a dimensão ética ocupa um lugar proeminente e o conhecimento se assume como elemento nuclear em todas as áreas ocupacionais.

Palavras-chave: conceito de competência, competência profissional, conhecimento, profissões do desporto

 

 

ABSTRACT

Terms and characteristics associated with competence. Comparative study among sport’s professionals who work in different contexts of sport

Nowadays new contexts of professional intervention are gaining space and meaning for sports professionals. The profession is growing in complexity, requiring competent professionals able to answer to these new requirements. The lack of consensus around the concept of competence acquires greater visibility and urges the search for the elements that can contribute to the (re)construction of a valid and useful concept of competence, with potential to renovate professional field of sport. The main purpose of this study was to inspect the concept of competence ruling in four professional sports areas: Physical Education, Fitness, Coach training, and Adapted Physical Activity. A hundred and twenty sport professionals (30 by occupational area) were interviewed about the terms and characteristics they associate to competence. Content analysis procedures were used in data analysis. The results show a wide variety of terms and characteristics associated with the notion of competence, revealing the prominent place of ethical dimension and knowledge as a core component in all occupational areas.

Key-words: concept of competence, professional competence, knowledge, sport occupational areas

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS

1. Ashworth P, Saxton J (1990). On "competence". Journal of Further and Higher Education 14:3-25.         [ Links ]

2. Barnett R (1994) The limits of competence: knowledge, higher education and society. Bucckingham, UK: SRHE & Open University Press.

3. Batista P, Graça A, Matos Z (2005). Exploração do conceito de competência aplicado ao campo profissional do pedagogo do desporto. In: Resumos das Comunicações do Congresso Internacional Educação e Trabalho – Representações Sociais, Competências e Trajectórias Profissionais. In A. M. Martins; C. Prado de Sousa e L. A. Pardal (Orgs.).Universidade de Aveiro.

4. Berliner DC (1994). Teacher expertise In: Bourne APJ (ed) Teaching and learning in the primary school. Routledge & Open University PressLondon, pp. 73-79.

5. Boak G (1991). Developing Managerial competences: The management learning contract approach. London: Pitman.

6. Boyatzis RE (1982). The competent manager: a model for effective performance. New york: Wiler.

7. Cheetham G, Chivers G (1996). Towards a holistic model of professional competence. Journal of European Industrial Training 20:20-30.

8. Cheetham G, Chivers G (1998). The reflective (and competent) practitioner: A model of professional competence which seeks to harmonise the reflective practitioner and competence-based approaches. Journal of European Industrial Training 22:267.

9. Chomsky N (1965). Aspects of a theory of syntax. Cambridge, MA: Harvard University Press.

10.Clark TG (2005). Defining a competency framework to shape the professional education of national security master strategists: A Web-based Delphi study. PhD Dissertation. Texas A&M University, p. 254.

11.Ecke P (1981). Undersuchungen Zum Pädagogischen Können. Berlin: Yolk und Wissen Volkseigener Verlag.

12.Flach H (ed) (1986). Zur Entwicklung des Pädagogischen Könnens in der Lehrerausbildung Volk und Wissen Volkseigener Verlag, Berlin.

13.Formosinho J (2001). A formação prática dos professores: da prática docente na instituição de formação à prática pedagógica nas escolas. Revista Portuguesa de Professores, pp. 37-54.

14.Gilbert P, Parlier M (1992). La compétence: du "mot-valise" au concept opératoire. Actualité de la formation permanente: 8-14.

15.Gonzi A, Hager P, Athanasou J (1993). The development of competency-based assessment strategies for the professions:national office of overseas skills recognition research article 8. Canberra: Australian Government Publishing Service.

16.Grossman P (ed) (1990). The Making of a Teacher. Teacher and teacher Education. Teachers College Press New York

17.Hill M, Hill A (2002). Investigação por Questionário. Lisboa: Edições Sílabo.

18.Holmes L (1992). Understanding professional competence: Beyond the limits of functional analysis. Relating Skill and Learning.

19.Keen K (1992). Competence: What is it and how can it be developed? In: Lowyck J, Potter P, Elen J (eds) Instructional design: implementation issues. IBM Education Center, Brussells, pp. 111-122.

20.Kirschner P, Van Vilsteren P, Hummel H, Wigman M (1997). The design of a study environment for acquiring academic and professional competence. Studies in Higher Education 22:151-171.

21.Kouwenhoven W (2003). Designing for competence in Mozambique. Toward a competence-based curriculum for the Faculty of Education of the Eduardo Maondlane University. In:University of Twentw, Enschede, p 450.

22.Le Boterf G (1994). De la compétence: essai sur un attracteur étranger. Les Éditions d'organisation.

23.Lees T, Mabey C, Liefooghe A (2005). In the name of capability’: a critical discursive evaluation of competency-based management development. Human Relations 58:1185-1222.

24.Luz T (2000). Competências que marcam a diferença. Dissertação de Doutoramento. Administração, CEPEAD/UFM, Belo Horizonte.

25.Marrelli A, Tondora J, Michael H (2005). Strategies for developing competency models. Administration and Policy in Mental Health Vol. 32:533-561.

26.Matos Z (1989). Para uma definição do conceito e dos pressupostos do desenvolvimento da competência pedagógica. In: Instituto Superior de Educação Física Universidade do Porto, Porto, p. 110.

27.McClelland D (1973). Testing for competence rather than for intellegence. American Psychological Science 9:331-339.

28.Meignant A (1999). A Gestão da Formação. Lisboa: Dom Quixote.

29.Mirabile RJ (1997). Everything you wanted to know about competency modeling. Trainning and Development:73-77.

30.Mish F (1995). In: Merriam-Webster's collegiate dictionary. Merrian-Webster, Inc., Springfield.

31.Mulder M, Weigel T, Collins K (2007). The concept of competence in the development of vocational education and training in selected EU member states: a critical analysis. Routledge.

32.Murray J (1933). Oxford English Dictionary. In: Murray JAH (ed)Clarendon Press, Oxford UK.

33.Parente C (2003). Construção social das competências profissionais: dois estudos de caso em empresas multinacionais do sector metalomecânico. Dissertação de Doutoramento. Faculdade de Letras, UP.

34.Parry S (1996). The quest for competences: competency studies can help you make HR decision, but the results are only as good as the study. Trainning 33:48-56.

35.Partridge E (1938). Macmillan’s modern dictionary. In: Partridge E (ed)Macmillan Co, New York.

36.Perrenoud P (1999). Construir compêtencias é virar as costas aos saberes? . Pátio - Revista Pedagógica 11:15-19.

37.Perrenoud P (1999). Dix nouvelles competènces pour enseigner. Invitation au Voyage. Paris: ESF.

38.Sandberg J (2000). Understanding Human Competence at Work: An Interpretative approach. Academy of Management Journal 43:9-25.

39.Sandberg J (2001). Understanding the basis for competence development In: Velde C (ed) International perspectives on competence in the workplace. Dordrecht: Kluwer Academic Press.

40.Schippmann J, Ash R, Batista M, Carr L, Eyde L, Hesketh B, Kehoe J, Pearlman K, Prien E (2000). The practice of competency modelling. Personnell Psychology 53:703-740.

41.Scott G (1952). Swan’s Anglo American dictionary. In: Scott GR (ed)Library Publishers, New York, NY.

42.Shulman L (1987). Assessment for teaching: an initiative for the profession. Phi Delta Kappan 69:38-44.

43.Spencer LSS (ed) (1993). Competence at Work: Models for superior performance. John Wiley & Sons, Inc., United States of America.

44.Spitzberg B (1983). Communication competence as knowledge, skill, and impression. In: Communication Education. pp. 323-329.

45.Stoof A (2005). Tools for the identification and description of competencies. In:Open Universiteit Nederland, Heerlen.

46.Stoof A, Martens RL, van Merriënboer JJ, Bastiaens TJ (2002). The Boundary Approach of Competence: A Constructivist Aid for Understanding and Using the Concept of Competence. Human Resource Development Review 1:345-365.

47.Tate W (1995). Developing Managerial Competence: A critical guide to methods and materials. London: Gower.

48.Velve C (1999). crossing borders: an alternative conception of competence and implications of professional practice in the workplace. . Journal of Vocational Education and Training 51:437-447.

49.Velve C (2000). An alternate conception of competence: implications for vocational education and practice. In: UTS research Centre Vocational Education & Trainning Working Knowledge: Productive learning at work. . p 1-11.University of Technology Sydney, New south Wales, Australia.

50.Weinert FE (2001). Concept of competence: a conceptual clarification. In: Rychen DS, Sagalnik LH (eds) Defining and selecting key competencies. Hogrefe & Huber, Göttingen, pp. 45-66.

51.Westera W (2001) Competences in education: a confusion of tongues. Journal of Curriculum Studies 33:75-88.

52.Wiemann J, Blacklund P (1980). Current theory and research in communicative competence. In: Review of Educational Research. pp. 185

199. 53.Willis S, Dubin S (1990). Maintaining professional competence. San Francisco: Jossey-Bass. 54.Winterton JW, R. (ed) (1999). Developing Managerial Competence. Routledge, London.

55.Woodruffe C (1991). Competent by any other name. Personnel Management:30-33.

 

CORRESPONDÊNCIA

Paula Maria Fazendeiro Batista

Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Gabinete de Pedagogia do Desporto – Estágio Pedagógico

Rua Dr. Plácido Costa, 91

4200-450 Porto

E-mail: paulabatista@fade.up.pt