SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.8 número1Estudo de variáveis especificadoras da tomada de decisão, na organização do ataque, em voleibol femininoO esporte no cinema de Portugal índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Ciências do Desporto

versão impressa ISSN 1645-0523

Rev. Port. Cien. Desp. v.8 n.1 Porto abr. 2008

 

A estrutura e a tendência evolutiva da carga externa em paralelas assimétricas. Análise das rotações em exercícios de competição

 

José Ferreirinha1,2

António Silva1,2

António Marques3

 

1Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2Centro de Estudos em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano

3Faculdade de Desporto, Universidade do Porto

 

 

 

RESUMO

Embora a Ginástica Artística seja muitas vezes referida como uma modalidade associada a grandes volumes e intensidades de treino são escassos os dados recolhidos da literatura objectivamente mensurados, que fundamentem tais referências. Com este estudo procurámos caracterizar e avaliar as tendências da carga externa de um exercício de paralelas assimétricas de alto rendimento, com base na análise das rotações sobre o eixo transversal e longitudinal. Recorrendo às técnicas da metodologia observacional, elaborámos e validámos uma categoria de observação constituída por treze variáveis indicadoras da carga externa em paralelas assimétricas, ao nível das rotações. Analisámos 83 exercícios das ginastas finalistas de paralelas assimétricas, em campeonatos do mundo e jogos olímpicos entre 1989 e 2004. Como principais resultados observámos aumentos significativos nas rotações transversais à frente e atrás em apoio, nas rotações longitudinais em apoio, rotações directas de 360º e nos elementos “in bar” com rotação longitudinal. Com base nos resultados concluímos que: a) as rotações no eixo transversal atrás em apoio e em fase aérea superam largamente as de sentido inverso; b) o volume de rotações no eixo longitudinal em apoio evoluiu significativamente, significando um aumento na complexidade dos movimentos; c) actualmente as ginastas não apresentam rotações longitudinais em suspensão.

Palavras-chave: ginástica artística feminina, paralelas assimétricas, carga externa, rotações, tendências

 

 

ABSTRACT

Structure and evolution trends of the external load in uneven bars. Analysis of the rotations in competition routines

Although the Artistic Gymnastics is referred as a sport associated to high volumes and intensities of training, there are few objective studies to support these conclusions. Purpose of the present study was to characterize and evaluate external load trends in high level uneven bars routine, based on the rotations analysis. Through the observational methodology, we constructed and validated an observation category comprising thirteen variables considered as indicators of the external load in uneven bars. We observed 83 uneven bars routines from world championships and Olympic games finals between 1989 and 2004. As main results we observed significant increases in forward and backward rotations in support, in longitudinal rotations in support, direct rotations of 360º and in “in bar” elements with longitudinal rotation. We may conclude that: a) gymnasts executed much more backward than forward rotations on the transversal axis in support and in aerial phase; b) volume of the rotations on the longitudinal axis in support position presented a big evolution, increasing the complexity of the movements; d) In the present gymnasts don’t execute any longitudinal rotation in hang position.

Key-words: women’s artistic gymnastics, uneven bars, external load, rotations, trends

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

BIBLIOGRAFIA

1.  Anguera MT, Blanco A, Losada JL, Hernández Mendo A (2000). La metodologia observacional en el deporte: conceptos básicos. Efdeportes, 5 (24). [on line]: http://www.efdeportes.com/efd24b/obs.htm        [ Links ]

2.  Antoine A, Baguelin X, Bourbon J, Ganzin M, Mahé J, Mansard G, Mermet P (1993). Trampoline et Saut de Cheval. Gym Technic (4). Paris: Fédération Française de Gymnastique, 10-15.

3.  Arkaev LI, Suchilin NG (2004). How to Create Champions – The Theory and Methodology of Training Top-Class Gymnasts. Oxford: Meyer&Meyer Sport.

4.  Caine D, DiFiori J, Maffulli N (2006). Physeal injuries in children’s and youth sports: reasons for concern? British Journal of Sports Medicine, 40: 749-760.

5.  Carrasco R (2004). Gymnastique aux agrès. La formation dês jeunes talents – Une approche prospective du haut niveau. Toulouse: Savoir gagner.

6.  Casella E (1994). Utlizzazione del trampolino elástico per l’insegnamento del Tkatschev alle parallele asimmetriche. Gymnica (10). Roma: Federazione Ginnastica D’italia, 17-19.

7.  Daly RM, Bass SL, Finch CF (2001). Balancing the risk of injury to gymnasts: how effective are the counter measures? British Journal of Sports Medicine, 35 : 8-19.

8.  Féderation Francaise de Gymnastique (1997). Memento 97 des Activités Gymniques – GAF – GAM –GRS – AÉROBIC – GYM FORME LOISIR (Tome 1). F.F.G.

9.  Fédération Internationale de Gymnastique (1994). Caractéristiques du dévelopemment en gymnastique artistique feminine aux Championnats du Monde 1994 à Brisbane - Australie. Suisse.

10.Fédération Internationale de Gymnastique (1997). Age Group Development Program – CD-ROM. Suisse. F.I.G.

11.Fédération Internationale de Gymnastique (1997a). The Status of World Development in Women’s Artistic Gymnastics (WAG). 1997 World Championships – Lausanne, SUI. Suisse.

12.Fédération Internationale de Gymnastique (1999). The Status of World Development in Women’s Artistic Gymnastics (WAG). 1999 World Championships – Tianjin, CHN. Suisse.

13.Fédération Internationale de Gymnastique (2000). The Status of World Development in Women’s Artistic Gymnastics (WAG). 2000 Olympic Games – Sydney, AUS. Suisse : F.I.G.

14.Fédération Internationale de Gymnastique (2006). Code de Pointage – Gymnastique Artistic Féminine. Suisse: F.I.G.

15.Ferreirinha J (2007). O Modelo de Carga Externa em Ginástica Artística Feminina de Alto Rendimento. A estrutura e as tendências evolutivas dos exercícios de competição em Paralelas Assimétricas. Tese de Doutoramento. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

16.Gaverdovsky (1978). Fundamentos generales de la técnica de los ejercicios gimnásticos. In: Ukran, M. L. (ed.). Gimnasia deportiva. Zaragosa: Editorial Acribia, 161-195.

17.Hadjiev N (1991). Gymnastics Chronic Trauma: Methodological Aspects. In F.I.G. Scientific/Medical Symposium. Indianápolis: USGF Publishing.

18.Hernández Mendo A, Macias M (2002). Como usar la observación en la psicologia del deporte: princípios metodológicos. Lecturas: Educación Física y Deporte, 8 (49). [online]: http://www.efdeportes.com/efd49/obs. htm

19.Hofmann D (1999). The Use of Methodical Training Equipment (“Aids”) for the Development of the Prerequisites (Flexibility, Strenght, Basic Skills) and the Limitation of the Loads on the Support – and Motor System. In Medico Technical Symposium – Apparatus and Injuries. Tianjin: Fédération Internationale de Gymnastique, 89-92.

20.Irwin G, Hanton S, Kerwin D (2005). The conceptual process of shill progression development in artistic gymnastics. Journal of Sports Sciences, 23(10): 1089-1099.

21.James S (1987). Périodisation de l’entrainement de musculation pour les gymnasts féminines. In Gymnastique Artistique et GRS - communications scientifiques et techniques d’experts étrangers. Paris : Insep – Publications 1994, 41-48.

22.Jemni M, Friemel F, Delamarche P (2002). Les Aptitudes Physiques Necessaires pour la Gymnastique. 3èmes Journées Internationales d’Etude de l’AFRAGA – Recherches en Activités Gymniques et Acrobatiques. Lille.

23.Kaneko A (1986). Problémes de la genese des formes en gymnastique artistique. In Meridiens de Gymnastique. Suisse : Editions F.I.G., 42-54

24.Marchetti C. (1988). Le rotazioni in volo: aspetti metodologici. Gymnica (1) 1988. Roma: Federazione Ginnastica D’italia, 24-28.

25.Mikulas S (1980). Évaluation du niveau de l’état fonctionnel de l’analyseur vestibulaire en gymnastique sportive (garçons). In Gymnastique Artistique et GRS communications scientifiques et techniques d’experts étrangers. Paris: Insep – Publications 1994, 179-186.

26.Pavlov T, Wooton J (1993). The Biomechanics of Landing – A mechanical analysis of the factors affecting landing techniques. Grasp Vol. 10 (2). BAGA, 54-58.

27.Pestana MH, Gageiro JN (2005). Análise de Dados para Ciências Sociais – A Complementaridade do SPSS (4ª Edição). Lisboa. Edições Sílabo.

28.Platonov VN (2001). Teoria General del Entrenamiento Deportivo Olímpico. Barcelona, Editorial Paidotribo.

29.Radoulov (1986). Sur le chemin des etoiles. In Meridiens de Gymnastique. Suisse : Editions F.I.G., 87-97.

30.Rousseu C, Asseman F, Cremieux J (2002). Appreciation de L’orientation Spatiale chez des Experts en Gymnastique. 3èmes Journées Internationales d’Etude de l’AFRAGA – Recherches en Activités Gymniques et Acrobatiques. Lille.

31.Sands WA, Caine DJ, Borms J (2003). Scientific Aspects of Women’s Gymnastics. Basel: S. Karger A.G.

32.Siff MC, Verkhoshansky Y (2000). Super Entrenamiento. Barcelona, Editorial Paidotribo.

33.Smolevsky V (1978). L’entrainement en gymnastique artistique de haut niveau: un processus directif de longue durée. In Gymnastique Artistique et GRS communications scientifiques et techniques d’experts étrangers. Paris : Insep – Publications 1994, 21-28.

34.Smolevsky V, Gaverdovsky I (1996). Tratado General de Gimnasia Artística Deportiva. Barcelona: Editorial Paidotribo.

35.Streskova E (1979). Préparation préalable dês enfants à la gymnastique sportive. Gymnastique artistique et G.R.S. - Communications scientifiques et techniques d’experts étrangers. Paris : Insep – Publications 1994, 55-62.

36.Takei Y, Nohara H, Kaminura M (1992). Techniques Used by Elite Gymnasts in the 1992 Olympic Compulsory Dismount from the Horizontal Bar. International Journal of Sport Biomechanics, 8 : 207-232.

37.Touricheva L (1986). La gymnastique de haute perfomance et ses principales orientatios. In Meridiens de Gymnastique. Suisse : Editions F.I.G., 10-21.

 

 

CORRESPONDÊNCIA    

José Ferreirinha

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Departamento de Ciências do Desporto, CIFOP

Rua Dr. Manuel Cardona

5000 Vila Real

e-mail: jferreiri@utad.pt