SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.6 número3Análise comparativa entre o jogador libero e os recebedores prioritários na organização ofensiva, a partir da recepção ao serviço, em voleibolRespostas cardiorespiratórias em exercícios de hidroginástica executados com e sem o uso de equipamento resistivo índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Ciências do Desporto

versão impressa ISSN 1645-0523

Rev. Port. Cien. Desp. v.6 n.3 Porto out. 2006

 

Perfil fisiológico de canoístas do sexo feminino de alto nível competitivo

 

Fábio Yuzo Nakamura1,2

Thiago Oliveira Borges1,2

Fabrício Azevedo Voltarelli3

Luis Alberto Gobbo1,2

Alvaro Acco Koslowiski1,4

Maria Alice Rostom Mello3

1 Grupo de Estudo das Adaptações Fisiológicas ao Treinamento (GEAFIT), Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR.

2 Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR.

3 Instituto de Biociências, Departamento de Educação Física, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro/SP.

4 Centro Nacional de Treinamento Canoagem Velocidade, Confederação Brasileira de Canoagem.

 

RESUMO

O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil fisiológico de atletas de canoagem do sexo feminino de alto nível competitivo. Para isso, as atletas passaram por protocolos de testes para determinação: (1) da velocidade crítica (VCrit) e capacidade anaeróbia da canoagem (CACanoagem); (2) do limiar de lactato mínimo (LACmin) e; (3) do pico de lactato após esforços máximos de 130 e 500 m. Os resultados mostraram que os valores de VCrit (3,01-3,04 m/s) foram significantemente maiores que os de LACmin (2,75 ± 0,04 m/s). Já a CACanoagemvariou entre 94-105 m. Não foram encontradas diferenças entre os valores de pico de lactato no sangue após os esforços de 130 m (10,5 ± 1,2 mM >) e 500 m (10,2 ± 0,8 mM). A conclusão foi que as atletas estudadas apresentaram altos níveis específicos de capacidade aeróbia e lática, quando comparadas com amostras de outros estudos na literatura.

Palavras-chave: canoagem, capacidade aeróbia, capacidade e potência lática.

 

ABSTRACT

Physiological profile of high competitive level female kayakists

The aim of this study was to characterize the physiological profile of kayaking female athletes with high competitive level. For this, the athletes underwent testing protocols to determination of: (1) critical velocity (VCrit) and anaerobic kayaking capacity CACanoagem ; (2) lactate minimum threshold (LACmin) and; (3) peak blood lactate after maximal efforts comprising the 130 and 500 m distances. The results showed that the VCrit values (3,01-3,04 m/s) were significantly greater than the LACmin values (2,75 ± 0,04 m/s ). The CACanoagem ranged between 94-105 m. There were not found differences in the peak blood lactate after the efforts in 130 m (10,5 ± 1,2 mM ) compared to the 500 m (10,2 ± 0,8 mM). The conclusion was that the athletes here investigated presented high levels of specific aerobic and lactic capacity, when compared to samples of other studies in the literature.

Key-words: kayaking, aerobic capacity, lactic capacity and power.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

REFERÊNCIAS

1. Bishop D (2000). Physiological predictors of flat-water kayak performance in women. Eur J Appl Physiol 82:91-97.        [ Links ]

2. Bunc V, Heller J, Leso J, Sprynarová S, Zdanowicz R (1987). Ventilatory threshold in various groups of highly trained athletes. Int J Sports Med 8: 275-280.

3. Chatagnon M, Pouilly J-P, Thomas V, Busso T (2005). Comparison between maximal power in the power-endurance relationship and maximal instantaneous power. Eur J Appl Physiol 94:711-7.

4. Engels RC, Jones JB (1978). Causes and elimination of erratic blanc in enzymatic metabolic assays involving the use of NAD in alkaline hydrazine buffers: improved conditions for assay of L-glutamate, L-lactate and other metabolites. Anal Biochem 88: 475-484.

5. Fontes EB, Nakamura FY, Gobbo LA, Altimari LR, Melo JC, Carvalho FO, Okano AH, Borges TO, Silva SG, Cyrino ES (2005). Does critical velocity represent maximal steady state lactate in canoe/kayak flatwater? The FIEP Bulletin 75:427-30.

6. Fry RW, Morton AR (1991). Physiological and kinanthropometric attributes of elite flatwater kayakists. Med Sci Sports Exerc 23:1297-1301.

7. Guglielmo LGA, Denadai BS (2001). Validade do ergômetro de braço para a determinação do limiar anaeróbio e da performance aeróbia de nadadores. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto 1:7-13.

8. Hautier CA, Wouassi D, Arsac LM, Bitanga E, Thiriet P, Lacour JR. (1994). Relationship between postcompetittion blood lactate concentration and average running velocity over 100-m and 200-m races. Eur J Appl Physiol 68: 508-513.

9. Hill DW (1993). The critical power concept: A review. Sports Med 16: 237-254.

10. Jacobs I (1986). Blood lactate: Implications for training and sports performance. Sports Med 3:10-25.

11. Liow DK, Hopkins WG (2003). Velocity specificity of weight training for kayak sprint performance. Med Sci Sports Exerc 35:1232-1237.

12. MacIntosh BR, Esaú S, Svedahl K (2002). The lactate minimum test for cycling: Estimation of the maximal lactate steady state. Can J Appl Physiol 27: 232-249.

13. Monod H, Scherrer J (1965). The work capacity of a synergic muscular group. Ergonomics 8:329-338.

14. Moritani T, Nagata A, DeVries HA, Muro M (1981).Critical power as ameasure of physical work capacity and anaerobic threshold. Ergonomics 24:339-350.

15. Nakamura FY, Borges TO, Sales OR, Cyrino ES, Kokubun E (2004). Estimativa do custo energético e contribuição das diferentes vias metabólicas na canoagem de velocidade. Rev Bras Med Esporte 10:70-77

16. Nakamura FY, Borges TO, Brunetto AF, Franchini E (2005). Correlação entre os parâmetros do modelo de potência crítica no cicloergômetro de membros superiores e no caiaque. Rev Bras Ci Mov 13:41-48.

17. Nakamura FY, Borges TO, de-Oliveira FR, Caldeira LFS, Bertuzzi RCM, Matsushigue KA (2006). Predição do desempenho aeróbio na canoagem a partir da aplicação de diferentes modelos matemáticos de velocidade crítica. Rev Bras Med Esporte 12: in press.

18. de-Oliveira FR, Lima-Silva AE, Nakamura FY, Kiss MAPDM, Gevaerd MS (2005). Testes de pista para avaliação da capacidade lática de corredores velocistas de alto nível. Rev Bras Med Esporte 11: in press.

19. Simões HG, Denadai BS, Baldissera V, Hill DW, Campbell CSG (2005). Relationship and significance of lactate minimum, critical velocity, heart rate deflection and 3000 m track-tests for running. J Sports Med Phys Fitness 45: in press.

20. Tegtbur U, Busse MW, Braumann KM (1993). Estimation of an individual equilibrium between lactate production and catabolism during exercise. Med Sci Sports Exerc 25: 620-627.

21. van Someren KA, Phillips GR, Palmer GS (2000). Comparison of physiological responses to open water kayaking and kayak ergometry. Int J Sports Med 21: 200-204.

22. van Someren KA, Palmer GS (2003). Prediction of 200-m sprint kayaking performance. Can J Appl Physiol 28:505-517.

 

CORRESPONDÊNCIA

Fábio Yuzo Nakamura

Grupo de Estudo das Adaptações Fisiológicas ao Treinamento

Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Estadual de Londrina

Rod. Celso Garcia Cid, km 380, Campus Universitário

CEP 86051-990 - Londrina, PR – Brasil

E-mail: fabioy_nakamura@yahoo.com.br