SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.5 número2Variação sazonal na actividade física e nas práticas de lazer de adolescentes portuguesesCo-activação dos músculos flexores e extensores da articulação do joelho em condições isocinéticas índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Ciências do Desporto

versão impressa ISSN 1645-0523

Rev. Port. Cien. Desp. v.5 n.2 Porto maio 2005

 

Nível de atividade física, condições de saúde e características sócio-demográficas de mulheres idosas brasileiras.

 

G Z Mazo1*

J Mota2

LHT Gonçalves3

MG Matos4

 

1Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Educação Física, Fisioterapia e Desportos, Florianópolis, Brasil.

2Universidade do Porto, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Portugal.

3Universidade Federal de Santa Catarina, Faculdade de Enfermagem, Florianópolis, Brasil.

4 Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana, Portugal.

 

 

RESUMO

O objetivo deste estudo foi verificar o nível de atividade física e a sua relação com as características sócio-demográficas e as condições de saúde de mulheres idosas. A amostra foi composta por 198 mulheres idosas com 65 anos ou mais de idade (M=73.6 anos; DP=5.9), que participam de Grupos de Convivência de Idosos na cidade de Florianópolis, SC, Brasil. A recolha de dados se deu em forma de entrevista individual aplicando-se: i) Formulário de identificação com dados das variáveis sócio-demográficas e de condições de saúde; ii) Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão 8, forma longa e semana normal; iii) Questionário de Critério de Classificação Econômica do Brasil. Os dados foram analisados através da estatística descritiva e de testes não-paramétricos. Entre os resultados observou-se que 66% das idosas classifica-se no nível de atividade física mais ativo. Entre as atividades físicas exercidas, destacam-se as atividades domésticas (40%) e de lazer (35%). Verificou-se que há diferença significativa (p<0.05) entre os níveis de atividade física (menos e mais ativos) e as variáveis sócio-demográficas e de condições de saúde. Conclui-se que há a necessidade ainda de reforçar a intervenção nesta realidade, incentivando as idosas que são menos ativas a tornarem-se mais ativas, e as mais ativas a manterem-se nesta condição.

 

Palavras-chave: atividade física, idosas, características sócio-demográficas, condições de saúde.

 

ABSTRACT

Physical activity levels, health conditions and socio-demographic characteristics of Brazilian elderly women.

The aim of this study was to verify the level of physical activity and the relationship between  socio-demographic characteristics and health conditions of elderly women. Sample size comprises 198 elderly women aged 65 years and older (M=73.6 years; DP=5.9), that participated in a special program in Florianópolis city, SC, Brazil. Data was collected by individual interview, and the information obtained relates to: 1) Identification form with socio-demographic and health conditions data; 2) International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), version 8, extended form and normal week; 3) Questionnaire of  Economic Classification Criteria of Brazil. Data was analyzed through the descriptive statistics and non-parametric tests. Results showed that 66% of the elderly women were classified in the most active level of physical activity, and the most practiced physical activities, according to the research, were housework (40%) and leisure activities (35%). It was verified that there is a significant difference (p<0.05) between physical activity levels (more and less active) and the socio-demographic and health condition variables. Finally, it can be concluded that there is still a necessity to reinforce the intervention in this reality, stimulating the less active elderly to become more active, and the most active ones to remain in this condition.

 

Key Words: physical activity, elderly women, socio-demographic characteristics, health conditions.

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS

 

1. ACSM - American College of Sports Medicine (2000). ACSM´s guidelines for exercise testing and prescription. 6ª ed. Philadelphia: Lippincott Willians & Wikins.        [ Links ]

2. Adams, K.; O´Shea, P.; O´Shea, K.L. (1999). Aging: its effects on strength, power, flexibility, and bone density. Natl. Strength Cond. Assoc. J. 21, 65-77.        [ Links ]

3. Ainsworth, B. (2000). Issues in the assessment of physical activity in woman. Res. Q. Exerc. Spor. 71 (2)37-42.         [ Links ]

4. Allsen, P.E.; Harrison, J.H.; e Vance, B. (2001). Exercício e qualidade de vida: uma abordagem personalizada. São Paulo: Manole.        [ Links ]

5. Anderson, M.I.P.; Assis, M.; Pacheco, L.C.; Menezes, I.S.; Silva, E.A.; Duarte, T.; Storino, F.; Motta, L. (1998). Saúde e qualidade de vida na terceira idade. Equipe de Saúde  da UnATI/Núcleo de Atenção ao Idoso - NAI. [On-line]: www.unati.uerj.br.        [ Links ]

6. ANEP - Associação Nacional de Empresas de Pesquisa (1997). Critério de Classificação Econômica - Brasil. [On-line]: www.anep.org.br/mural/anep.         [ Links ]

7. Benedetti, T.B (2004). Atividade física: uma perspectiva de promoção de saúde do idoso no município de Florianópolis. Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciência de Saúde, Doutorado em Enfermagem  (Tese de Doutorado).         [ Links ]

8. Boffetta, P.; Barone, J.;  Wynder, E. (1990). Leisure time physical activity in a Hospital-Based population. J. Clin. Epidem. 43 (6)569-577.         [ Links ]

9. Brill, P.; Macera, C.; Davis, D.; Blair, S.; Gordon, N. (2000). Muscular strength and physical function. Med. Sci. Sports Exerc. 32, 412-416.         [ Links ]

10. Conte, E.M.T. (2004). Indicadores de qualidade de vida em mulheres idosas. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos (Dissertação de Mestrado).         [ Links ]

11. Faria, J.C.G. (2001). Caracterização da actividade fisica habitual da população portuguesa. Lisboa, Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana (Dissertação de Mestrado).         [ Links ]

12. Feskanich, D.; Willett, W.; Colditz, G. (2002). Walking and leisure-time activity and risk of hip fracture in postmenopausal women. JAMA 288 (18) 2300-2306.        [ Links ]

13. Fiatarone, M.; O'Neill, E.; Doyle, N.; Clements, K.; Roberts, S.; Kehayias, J.; Lipsitz, L.; Evans, W. (1994). Exercise training and supplementation for physical frailty in very elderly people. N. Engl. J. Med. 330, 1769-1775.         [ Links ]

14. Fung, T.T.; Frank, B.H.; Ji Hu; Nain-Feng Chu; Spielgelman, D.; Tofleer, G.H.; Willett, W.C.; Rimm, E.B. (2000). Leisure-time physical activity, television watching, and plasma biomarkers of obesity and cardiovascular disease risk. Am. J. Epidem. 152, 1171-1178.         [ Links ]

15. Heikkinen, E.; Heikkinen, RL.; Kauppinen, M.; Laukkanen, P.; Ruoppila, I.; Suutama, T. (1990). General issues regarding ageing and technology. [On-line]: www.stakes.fi/include/index.html.        [ Links ]

16. Hallal, P.C.; Victora, C.G.; Wells, J.C.K.; Lima, R.C. (2003). Physical inactivity: prevalence and associated variables in Brazilian adults. Med.Sci.Sports Exerc. 35 (11)1894-1900.        [ Links ]

17. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1998). Pesquisa sobre Padrões de Vida. Brasília. [On-line]: www.ibge.gov.br/imprensa/noticias/ppv11.html.         [ Links ]

18. King, A.C.; Oman, R.E.M.; Brassington, G.S.; Bliwise, D.L.; Haskell, W.L.. (1998). Moderate-intensity exercise and self-related quality of sleep in older adults. JAMA v. 277: 1, 32-37.         [ Links ]

19. Lee, I.; Paffenbarger R.S. (2000). Associations of light, moderate, and vigorous intensity physical activity with longevity. Am. J. Epidem. 151, 293-299.         [ Links ]

20. Lee, I.; Rexrode, K.; Cook, N.; Manson, J.; Buring, J. (2001). Physical activity and coronary heart disease in women. Is no pain, no gain passé?. JAMA 285, 1447-1454.         [ Links ]

21. Marshall, A.; Bauman, A. (2001). The International Physical Activity Questionnaire: Summary Report of the reliability & validity studies. Summary, march.        [ Links ]

22. Mazo, G.Z.; Lopes, M.A.; Benedetti, T.B. (2001). Atividade física e o idoso: concepção gerontológica. Porto Alegre: Sulina.        [ Links ]

23. McArdle, W.D.; Katch, F.I.; Katch V.L. (1998). Fisiologia do Exercício, Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.        [ Links ]

24. Montoye, H.J.; Kemper, H.C.G.; Saris, W.H.M.; Washburn, R.A. (1996). Measuring Physical Activity and Energy Expenditure. Champaign, Illinois: Human Kinetics.         [ Links ]

25. Morris, J.N.; Hardman, A. (1997). Walking to Health. Sports Med. 23 (5)306-332.        [ Links ]

26. OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde (1998). La salud em las Américas (V.1). Washington: OPAS.        [ Links ]

27. Paffenbarger, R.S..; Lee, I. (1996). Physical activity and fitness for health and longevity. Res. Q. Exerc. Sport 67, 11-28.        [ Links ]

28. Pate, R.R.; Pratt M.; Blair, S.N.; Haskell, W.L.; Macera, C.A.; Bouchard, C.; Buchner, D.; Ettinger, W.; Heath, G.W.; King, A.C.; Kriska, A.; Leon, A.S.; Marcus, B.H.; Morris, J.; Paffenbarger, R.S.; Patrick, K.; Pollock, M.L.; Rippe, J.M.; Sallis, J.; Wilmore, L.L.I (1995). Physical activity and public health: A recommendation from the Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. JAMA 273, 402-407.         [ Links ]

29. Rowland, T. (1998). The Biological Basis of Physical Activity. Med. Sci. Sports Exerc. 30 (3)392-399.         [ Links ]

30. Sallis, L.F.; Hovell, M.F; Hofsletter, C.R.; Faucher P.; Elder, P.; Blanchard L.; Caspersen, C.L.; Powell K.E.; Christenson, G.M. (1989). A multivariate study of determinants of vigorous exercise in a community sample. Prev. Med. 18, 20-34.         [ Links ]

31. Santiago, L. V. (1999). Os Valores Orientadores das Práticas Desportivas em Grupos Emergentes da Terceira Idade: um estudo sobre suas construções simbólicas. Porto, Faculdade de Ciências de Desporto e de Educação Física da Universidade de Porto (Tese de Doutorado).        [ Links ]

32. Shephard, R.J. (1995). Physical activity, fitness and health: the current consensus. QUEST 47, 288-303.         [ Links ]

33. Shephard, R.J. (2002). Gender, Physical Activity and Aging. Boca Raton, Florida: CRC Press.        [ Links ]

34. Sihvonen, S.; Rantanen, T.; Heikkinen, E. (1998). Physical activity and survival in elderly people: a five-year follow-up study. J. Aging Phys. Act. 6,  133-140.         [ Links ]

35. Souza, A.I. (2001). A visão das mulheres idosas em relação à atenção à saúde e o apoio social em uma localidade de baixa renda do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz, Saúde da Mulher e da Criança (Tese de Doutorado).        [ Links ]

36. Spirduso, W.W.; Gilliam-MacRae, P. (1991). Physical Activity and Quality of Life in the Frail Elderly. In: Birren, J.E.; Lubben, J.; Rowe, J.C.; Deutchman, D.E. (Eds.). The concept and measurement of quality of life in the frail elderly. San Diego, California: Academic Press, 226-255.         [ Links ]

37. Stewart, A.L.; Hays, R.D.; Wells, K.; Rogers, W.H.; Greenfield, S. (1994). Long-term functioning and well-being outcomes associated with physical activity and exercise in-patients with chronic conditions in the Medical Outcomes Study. J. Clin. Epidem. 47, 719-730.        [ Links ]

38. USDHHS - U.S. Department of Health and Human Services (1996). Physical Activity and Health: a Report of the Surgeon General. Atlanta: U.S. Departament of Health and Human Servives, Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion.         [ Links ]

39. WHO - World Health Organization (1997). Declaración de Yakarta. In: P.M. Buss (Ed.) Promoção da Saúde e Saúde Pública. Rio de Janeiro: ENSP, 174-178.        [ Links ]

40. Wilcox, S.; Tudor-Locke, C.E.; Ainsworth, B.E. (2002). Physical Activity Patterns, Assessment, and Motivation in Older Adults. In: R.J. Shephard (Ed.) Gender, Physical Activity, and Aging. Florida: CRC Press LLC, 13-39.        [ Links ]

41. Yusuf, H.; Croft, J.; Giles, W.; Anda, R.; Casper, M.; Caspersen, C.; Jones, D. (1996). Leisure-time physical activity among older adults. Arch. Internal Med. 156 (12)1321-1326.         [ Links ]

 

 

CORRESPONDÊNCIA

*Giovana Zarpellon Mazo

Rua Procópio Manoel Pires nº 153 aptº 105

Bairro: Trindade

88036-090  Florianópolis, SC,

Brasil

d2gzm@udesc.br