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Psicologia, Saúde & Doenças

Print version ISSN 1645-0086

Psic., Saúde & Doenças vol.21 no.1 Lisboa Apr. 2020

https://doi.org/10.15309/20psd210112 

Esperança e suporte proximal e distal em homens idosos minoritários portugueses

Hope and proximal and distal support in older portuguese sexual minority men

José Alberto Ribeiro-Gonçalves1, Pedro Alexandre Costa1, & Isabel Leal1

1William James Center for Research, ISPA - Instituto Universitário, jgoncalves@ispa.pt


 

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar como os indicadores de suporte, ligação à comunidade LGBT, suporte social e satisfação relacional, predizem os níveis de esperança nos idosos gays e bissexuais portugueses, recorrendo ao Modelo de Stress Minoritário. Método: Efetuou-se um estudo transversal, utilizando questionários em formato digital; 110 idosos gays e bissexuais portugueses (idade média = 63,5 anos) completaram as versões em português da Escala Revista de Ajustamento Diádico, a Escala de Ligação à Comunidade LGBT e a Escala de Esperança de Herth. Resultados: Foi desenvolvido um modelo de equações estruturais. A idade não foi um preditor dos níveis de esperança; a satisfação relacional foi o principal preditor de esperança. Níveis mais elevados de satisfação relacional, suporte social e ligação à comunidade LGBT foram preditores significativos de esperança. A esperança apresenta-se como uma variável positiva importante na gestão do estigma do contexto social. Discussão: Estes resultados são importantes para fundamentar futuras intervenções psicossociais e para a saúde nos idosos minoritários, reduzindo em simultâneo a acentuada escassez de investigação nesta área.

Palavras-chave: Suporte social, Esperança, Envelhecimento, Identidade sexual, Comunidade LGBT.


 

ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate how the indicators of support, LGBT community connectedness, social support and relationship satisfaction, predict the levels of hope in the Portuguese gay and bisexual older adults, using the Minority Stress Model. Method: A cross-sectional study was performed using questionnaires in digital format; 110 Portuguese gay and bisexual older adults (mean age = 63.5 years) completed the Portuguese versions of the Dyadic Adjustment Review Scale, LGBT Community Connectedness Scale and Herth's Hope Scale. Results: A structural equation model was developed. Age was not a predictor of hope levels; relationship satisfaction was the main predictor of hope. Higher levels of relationship satisfaction, social support and LGBT community connectedness were significant predictors of hope. Hope is an important positive variable in managing the stigma of the social context. Discussion: These findings are important to underpin future health and psychosocial interventions in minority older adults, while reducing the acute shortage of research in this area.

Keywords: Social support, Hope, Aging, Sexual identity, LGBT community.


 

Portugal estará entre os cinco países mais envelhecidos do mundo em 2050 (UN, 2015). Esta realidade determina a necessidade de promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida dos Portugueses idosos (WHO, 2015). Contudo, os idosos que pertencem a minorias sexuais (e.g., gays, bissexuais) parecem apresentar níveis inferiores de saúde física e mental aos idosos heterossexuais devido à gestão de stress associado ao seu estatuto minoritário (Gonçalves, Costa, & Leal, 2019; Lick, Durso, & Johnson, 2013; Meyer, 2003). Em Portugal, os idosos de estatuto minoritário, além de estarem sujeitos ao estigma associado à idade, têm sido expostos a experiências de estigma/discriminação sexual ao longo do ciclo de vida (e.g., vivência de décadas de ditadura/opressão: 1932-1974, e estigma associado ao VIH-SIDA: 1980-1990; Pereira et al., 2017; Pereira et al., 2019). Assim, a escassa literatura existente no contexto português sobre esta população tem-se focado maioritariamente no estudo de variáveis de saúde negativas, tal como a depressão (Pereira et al., 2019), distress psicológico (Ribeiro-Gonçalves, Costa, & Leal, 2019) e solidão (Pereira et al., 2019), não primando pelo estudo de variáveis promotoras ou preditoras de saúde, tal como a esperança (Pereira et al., 2017).

A esperança é a perceção generalizada de que os objetivos pessoais podem e serão concretizados (Snyder, 2000). Carateriza-se por ser indutora de emoções positivas e uma das principais fontes de bem-estar nos indivíduos (Snyder, Irving, & Anderson, 1991). Apesar de ser pouco conhecido o papel da esperança nos idosos de estatuto minoritário, sabe-se que este construto é essencial para integrar o percurso de vida passado e direcionar novos objetivos e expectativas para o futuro, e que se associa diretamente a uma melhor qualidade de vida e a níveis objetivos de saúde mais elevados (Oliver, Tomás, & Montoro-Rodriguez, 2017; Snyder et al., 1991). Com o aumento da idade, a esperança parece ser uma variável essencial na satisfação com a vida dos idosos (Adams & Jackson, 2000). De igual forma, indicadores de suporte distais, como uma maior participação e ligação à comunidade e elevados níveis de suporte social geral, e indicadores de suporte proximais, como uma maior satisfação relacional com os parceiros, parecem também estar associados a níveis de esperança mais elevados nos idosos, contribuindo para sentimentos de pertença, segurança e bem-estar (Frost & Meyer, 2012; Gonçalves et al., 2019; Harvey, Wenzel, & Sprecher, 2008; Zorn, 1997).

Além de existir uma vasta escassez de estudos sobre os idosos de estatuto minoritário em Portugal e em outros países, particularmente com variáveis não negativas, a investigação nesta área é essencial para informar empiricamente futuras intervenções psicossociais de promoção da saúde nestes idosos (Pereira et al., 2017; Ribeiro-Gonçalves et al., 2019). Assim, pretende-se avaliar de que forma os indicadores de suporte social, ligação à comunidade LGBT, e satisfação relacional, contribuem para a esperança nos idosos gays e bissexuais portugueses.

Método

Participantes

Foi solicitado o preenchimento de um protocolo de investigação online aos participantes através de sites e aplicações de encontro, e hospedado na plataforma Qualtrics. O processo de amostragem foi intencional e não aleatório. Foi solicitado o consentimento informado, resguardando os princípios do anonimato e confidencialidade. O estudo respeitou os princípios éticos previstos pela declaração de Helsinki 1964. Os critérios de inclusão foram: (1) ter pelo menos 60 anos (critério utilizado pelas nações unidas para idade avançada; UN, 2015), (2) identificar-se com homem, e (3) ter uma orientação sexual não heterossexual (gay, bissexual). A amostra final consistiu em 110 homens gays (81,8%) e bissexuais (18,2%). A idade média foi de 63,5 anos (SD = 3,41), 54,5% estavam empregados e 65,4% eram habitantes em zonas urbanas. Destes, 40% reportaram viver sozinhos, 36,4% ser solteiros e 40% estar casados, 52,8% detendo um grau universitário, 43,1% com filhos e 28,4% com netos.

Material

O protocolo de investigação foi composto pelos seguintes instrumentos: A dimensão Satisfação da Escala Revista de Ajustamento Diádico (RDAS; Costa, Pereira, & Leal, 2011), constituída por 4 itens (α = ,75), medida através de uma escala tipo likert de 6 pontos, para avaliar a satisfação relacional. Um item único (“De uma forma geral, sente que você e a sua família têm o apoio e suporte que necessitam? (emocional, social, etc)”), medido através de uma escala de likert de 5 pontos, para avaliar a satisfação com o Suporte Social. A Escala de Ligação à Comunidade LGBT (Frost & Meyer, 2012), constituída por 8 itens (α = ,91), medida através de uma escala tipo likert de 4 pontos, para avaliar a Ligação à Comunidade LGBT. A Escala de Esperança de Herth (Sartore & Grossi, 2008), constituída por 12 itens (α = ,81), medida através de uma escala tipo likert de 4 pontos, para avaliar a Esperança. Para todas as medidas, resultados elevados refletem níveis elevados dos respetivos construtos.

Procedimento

Os dados foram analisados através de estatística descritiva, correlações bivariadas, e um Modelo de Equações Estruturais (SEM), através dos programas SPSS Statistics (v. 25, SPSS an IBM company, Chicago, IL) e Analysis of Moment Structures (v. 25, AMOS an IBM company, Chicago, IL). O modelo de equações estruturais foi desenvolvido de modo a avaliar como as variáveis independentes, ligação à comunidade LGBT, suporte social e satisfação relacional, predizem os níveis de esperança (variável dependente) nos idosos de estatuto minoritário. O ajustamento do modelo foi avaliado através do teste de Qui Quadrado (χ2), o Comparative Fit Index (CFI), o Goodness of Fit Index (GFI) e o Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA; Bentler, 1990). Consideraram-se como aceitáveis para o ajustamento do modelo valores superiores a ,90 para o CFI e o GFI e valores inferiores a ,10 para o RMSEA; consideraram-se valores superiores a ,95 para o CFI e o GFI e valores inferiores a ,05 para o RMSEA como indicadores de um bom ajustamento do modelo (Hair, Black, Babin, Anderson, & Tatham, 2006). Todas as variáveis foram avaliadas como variáveis observadas e foi sempre usado o valor de ,05 para determinar a significância estatística.

Resultados

Efetuaram-se correlações bivariadas entre todas as variáveis em estudo, tendo-se verificado correlações significativas e elevadas entre todos os pares de variáveis. Todas as variáveis independentes, exceto a idade, obtiveram correlações positivas e significativas com a esperança, com especial destaque para a sua associação elevada com o indicador de suporte proximal - satisfação relacional (Quadro 1).

 

 

Modelo de Equações Estruturais para a Esperança

De modo a avaliar o impacto de variáveis indicadoras de suporte, ligação à comunidade LGBT, suporte social e satisfação relacional, nos níveis de esperança, desenvolveu-se um modelo de análise de equações estruturais com a esperança como variável resultado e as restantes como variáveis preditoras. O modelo inicial não evidenciou um ajustamento adequado, χ2 (3) = 15,449, p = ,004, CFI = ,863, GFI = ,948, RMSEA = ,162 90% CI [,082, ,251]. Não se verificou evidência de violações à normalidade multivariada. A idade foi a única variável independente que não denotou um efeito significativo sobre a esperança. Assim, a trajetória da variável idade foi fixada a 0 e o modelo foi reajustado. Após estas mudanças, o modelo demonstrou um ajustamento adequado, χ2 (3) = 10,538, p = ,061, CFI = ,934, GFI = ,965, RMSEA = ,101 90% CI [,000, ,187]. O desvio do RMSEA para valores ligeiramente superiores aos esperados pode dever-se ao facto deste indicador ser particularmente sensível ao número de erros (o modelo apenas possui um) e ao facto de todas as variáveis serem observáveis (Hair et al., 2006; Figura 1).

 

 

Os indicadores de suporte distais - ligação à comunidade LGBT e suporte social - evidenciaram efeitos significativos nos níveis de esperança dos idosos de estatuto minoritário; tal como o indicador de suporte proximal - a satisfação relacional - sendo esta a variável que evidenciou o efeito mais relevante sobre a esperança neste modelo.

Discussão

O principal objetivo deste estudo foi avaliar como os indicadores de suporte social e relacional influenciam a esperança dos idosos de estatuto minoritário portugueses. Estes idosos têm manifestado sentimentos de estigmatização e evidenciam acentuados níveis de stress, ansiedade e depressão (Pereira et al., 2017; Ribeiro-Gonçalves et al., 2019). Assim, este estudo representa a procura de recursos/variáveis que possam ser abordadas em intervenções psicossociais de promoção da saúde e do bem-estar. A esperança é uma das principais fontes de qualidade de vida nos idosos e está associada a diversos outcomes de saúde como o bem-estar emocional, uma melhor gestão das doenças crónicas e menores taxas de mortalidade (Snyder et al., 1991).

A idade não mostrou ser um preditor significativo da esperança e isto poderá dever-se à pouca variabilidade da idade nesta amostra. Contudo, encontram-se resultados contraditórios na literatura, na qual alguns estudos afirmam a associação - positiva ou negativa - da esperança com o envelhecimento (e.g., Zorn, 1997), mas outros não (e.g., Oliver et al., 2017). A satisfação relacional foi a variável mais importante na predição dos níveis de esperança, resultado em linha com a literatura atual, que acentua a satisfação com o parceiro como um dos recursos mais importantes contra a gestão da discriminação e do estigma, aumentando os sentimentos de bem-estar nos idosos de estatuto minoritário (Gonçalves et al., 2019).

Não obstante, os indicadores de suporte distal - ligação à comunidade LGBT e suporte social - evidenciaram também um efeito significativo sobre os níveis de esperança, embora menos robusto do que o efeito da satisfação relacional na esperança. Os efeitos dos indicadores de suporte distal estão em concordância com a literatura, que associa o suporte social e comunitário a um aumento do bem-estar geral, sentido de pertença, sentimentos de proteção perante o estigma sexual, diminuição de distress e, ainda, o aumento de esperança (Frost & Meyer, 2012; Wilson, Kortes-Miller, & Stinchcombe, 2018). Contudo, este resultado pode estar a evidenciar a necessidade de investimentos em políticas sociais que promovam um maior apoio comunitário às minorias sexuais idosas. Tal como evidenciado em estudos anteriores, são muito parcos os recursos de apoio social e comunitário para os idosos minoritários, que ainda se sentem altamente estigmatizados (Ribeiro-Gonçalves et al., 2019). Este facto pode direcionar os idosos, tal como verificamos neste estudo, a recorrerem significativamente ao apoio dos companheiros/parceiros, evidenciando que os idosos sem companheiros acabam por ficar ainda mais esquecidos, vulneráveis e desprovidos de recursos (Pereira et al., 2017; Pereira et al., 2019).

Verificou-se também que o suporte social geral evidenciou um efeito mais forte do que o suporte comunitário específico LGBT sobre a esperança. Este resultado pode dever-se a que o suporte social inclui o apoio de amigos e outras relações próximas, para além dos parceiros, que muitas vezes se afiguram como fontes seguras de partilha e de intimidade (Frost & Meyer, 2012; Wilson et al., 2018). Ademais, apesar da comunidade LGBT estar mais empoderada e dispor de mais direitos em Portugal - o que fundamenta a importância da ligação à comunidade LGBT neste estudo - as recentes alterações legislativas e sociais relativas à população minoritária não têm sido direcionadas para os idosos, podendo não ter implicações comunitárias para esta população (Pereira & Monteiro, 2016).

Importa salientar que, considerando a singular exposição a fatores de stress minoritários ao longo do ciclo de vida dos idosos de estatuto minoritário portugueses, a esperança evidencia-se como um importante recurso para futuras intervenções psicossociais e de promoção da saúde. Particularmente, este construto pode ser um meio positivo importante para a estimulação dos traços resilientes destes idosos perante o estigma do contexto social (Pereira et al., 2017; Snyder, Rand, & Sigmon, 2002).

Este estudo apresentou várias limitações. A dimensão da amostra foi pequena e o método de amostragem não foi aleatório. O facto de o estudo ter sido conduzido online pode ter limitado a participação de pessoas com menor literacia informática e com mais idade, restringindo a generalização destes resultados à população. Ainda, o suporte social foi medido através de um item único que não contempla o construto de forma pormenorizada. Contudo, este estudo é pioneiro na avaliação e análise da esperança nos idosos de estatuto minoritário portugueses e apresenta-se como um marco para o estudo das variáveis de suporte e das variáveis positivas nesta população que tem sido negligenciado no contexto nacional. Representa também um importante contributo para a melhoria da saúde dos idosos de estatuto minoritário, particularmente como ferramenta para informar intervenções psicossociais que contribuam para o bem-estar desta população. Perante a acentuada escassez de investigação nesta área sugere-se que estudos futuros avaliem o papel do suporte familiar na saúde e bem-estar dos idosos de estatuto minoritário portugueses de forma mais compreensiva. Estudos com mulheres de estatuto minoritário (lésbicas, bissexuais) idosas também seriam de grande relevância para a investigação nacional e internacional, estas têm sido subrepresentadas na literatura na área.

 

REFERÊNCIAS

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Recebido em 15 de Novembro de 2019

Aceite em 29 de Janeiro de 2020

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