SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.20 issue1The influence of partner's trust in deciding to use condomsStress on truck drivers and traffic behaviour author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

  • Have no similar articlesSimilars in SciELO

Share


Psicologia, Saúde & Doenças

Print version ISSN 1645-0086

Psic., Saúde & Doenças vol.20 no.1 Lisboa Mar. 2019

https://doi.org/10.15309/19psd200119 

Partner phubbing (pphubbing): validação portuguesa

Partner phubbing: portuguese validation partner phubbing

Joana Água1 , Matheus G. Lourenço2, Ivone Patrão3, & Isabel Leal1

1 William James Center for Research (WJCR), ISPA-IU, Lisboa, Portugal, jagua@ispa.pt; ileal@ispa.pt

2 Department of Clinical Psychological Science, Faculty of Psychology and Neuroscience, Maastricht University, Universiteitssingel 40, 6229 ER Maastricht, The Netherlands (matheus.lourenco@maastrichtuniversity.nl)

3 Applied Psychology Research Center Capabilities and Inclusion (APPsyCI), ISPA-IU, Lisboa, Portugal, ivone_patrao@ispa.pt


 

RESUMO

O presente estudo tem como objetivo traduzir e validar a escala de Partner Phubbing para a população portuguesa. O Phubbing é definido como o comportamento ou a ação de ignorar o outro no contacto presencial para se focar nas suas comunicações através do smartphone. Este comportamento está cada vez mais presente nas relações socias, um estudo anterior indicou que 14% dos participantes apresentavam padrões de dependência ao smartphone. Através de questionários online foram recrutados 351 participantes com mais de 16 anos (M=32.8 SD=11.78). A escala Pphubbing mostrou ter uma fiabilidade adequada (α=.861), todos os itens apresentaram distribuição normal e através da análise fatorial confirmatória foi obtido um modelo com ajustamento adequado (x2/df=2.979, RMSEA= 0.081, NFI= 0.964, CFI= 0.976). Contudo o item 7 não contribuiu significativamente para a escala (-.016). O item 7, o único item criado na negativa precisa de ser reavaliado. Deste modo, em estudos futuros deverá ser usado na mesma direção que os restantes itens da escala ou deverá ser alterada a sua posição na mesma. Apesar desta limitação, a escala Pphubbing é um instrumento válido para ser utilizado na população portuguesa e para ser utilizado neste novo campo de investigação.

Palavras-Chave: phubbing, instrumento, validação, portuguesa, dependência ao smartphone


 

ABSTRACT

The present study aims to translate and validate the Partner Phubbing scale to Portuguese. Phubbing is defined as the action to ignore face-to-face contact in order to focus on online social networking. This behaviour is a growing concern to the Portuguese population, with a previous study indicating addictive smartphone patterns in over 14% of participants. Online questionnaires gathered 351 participants over 16 years old (M=32.8 SD=11.78). reliability analysis proved to be adequate (α=.92), all items revealed a normal distribution and confirmatory factor analysis was carried out. Model fit results (x2/df=2.979, RMSEA= 0.081, NFI= 0.964, CFI= 0.976) indicated acceptable results, though item 7 did not significantly contribute to de scale (-.04). The item 7, the only item inversely created, needs to be reassessed. The item was not deleted, as its issues are restricted to its inverse wording or position in the scale. Future studies should either: rewrite the item in order to be in the same direction as all the other items; or change its placement in the order of items. Despite this limitation, the Pphubbing scale is valid for use with the Portuguese population and proves to be a valuable tool in a newly formed field of research.

Keywords: phubbing, measurement, validation, portuguese, smartphone addiction


 

Atualmente o smartphone é o dispositivo mais utilizado para aceder à internet (e.g. Davey et al., 2018; González-Rivera, Abreu, & Urbistondo-Rodríguez, 2018; Kelly, Miller-Ott, & Duran, 2017; Roberts & David, 2016), através dele e à distância de um clique consegue-se obter informações de que se necessita, telefonar, enviar mensagens, aceder às redes sociais, encontrar o caminho para algum local, entre tantas outras possibilidades. O facto de estar tudo facilitado por um só dispositivo torna quase impossível viver o dia-a-dia sem ele (Patrão, 2017). Contudo, a utilização excessiva deste dispositivo, acarreta vários riscos para os seus utilizadores; físicos, psicológicos e interpessoais (Akin, Altundag, Turan & Akin, 2014; Davey & Davey, 2014; Haug et al., 2015; Jonsson, Jhonson, Hagberg & Foreman, 2011; Kim, Lee, Lee, Nam & Chung, 2014; Kwon, Kim, Cho, & Yang, 2013; Lee, Kang & Shin, 2015; Kim et al., 2016; Lin et al., 2015). Destes riscos, é importante destacar a dependência ao smartphone, dependência à Internet, nomofobia (medo relacionado com a perda de acesso ao smartphone e da capacidade de estar conectado (Yildrim & Correia, 2015), adição às redes sociais e aplicações como o WhatsApp (Davey et al., 2018).

A maioria das pessoas revela uma preferência notória por comunicar através de mensagens do que em encontros face-a-face, acabando muitas vezes, por ignorar as pessoas ao seu lado para olhar para o smartphone (Davey et al., 2018; Roberts & David, 2016). Perante este comportamento, surgiu a expressão Phubbing que resulta da junção de dois termos ingleses, telefone - phone e o ato de ignorar - snubbing (Ugur & Koc, 2015). O Phubbing pode ser descrito como o comportamento de ignorar o outro por haver uma utilização ininterrupta do smartphone; enviar SMS, atender chamadas, verificar a existência de novas mensagens, emails e/ou notificações (Ugur & Koc, 2015; Roberts & David, 2016), são algumas tarefas que fazem com que isto aconteça. O phubbing é um comportamento que envolve muitas dependências, tendo por isso uma estrutura multi-dimensional, i.e., dependência ao smartphone, dependência à internet, dependência das redes sociais e a dependência do jogo (gaming) (Davey et al., 2018; Karadag et al., 2015).

O Phubbing manifesta-se em comportamentos de desrespeito às pessoas com quem se mantém um relacionamento face a face, estando insistentemente com o smartphone na mão (Karadag et al., 2015). Outras manifestações do Phubbing incluem ter o smartphone ao lado do prato durante as refeições, interrupções de diálogos presenciais (devido ao smartphone) e a utilização do smartphone durante a noite, ignorando o parceiro (Haigh, 2015; Roberts & David, 2016). Alguns sujeitos que manifestam comportamentos de phubbing não consideram estes sejam negativos ou prejudiciais ao seu relacionamento, por vezes não se apercebem desse comportamento ou dos efeitos negativos que trazem ao outro (Haigh, 2015).

Em todas as relações interpessoais o phubbing poderá ter consequências negativas. No entanto, é de destacar as consequências negativas que poderá trazer para as relações amorosas (Roberts & David, 2016), em que se pressupõe que ambos os parceiros estão disponíveis e presentes um para o outro (Legget & Rossouw, 2014). A presença do parceiro faz com que se sintam ligados ao outro e seguros (Siegel, 2010). Contudo, quando aumentam as distrações provocadas pelos smartphones este sentimento poderá desvanecer e podem surgir alguns conflitos (e.g. Legget & Rossouw, 2014;

McDaniel & Coyne, 2014; Roberts & David, 2016). Quando os comportamentos de phubbing ocorrem numa relação amorosa, designa-se este comportamento por partner phubbing (Roberts & David, 2016). Este comportamento poderá trazer para a relação amorosa questões como a inibição interpessoal e problemas no desenvolvimento de confiança (Prybylski & Weinstein, 2012), este facto, poderá influenciar a relação entre parceiros, a satisfação com a relação e o sentimento de bem-estar pessoal (Roberts & David, 2016).

O tempo despendido com tecnologias, nomeadamente no smartphone pode reduzir as interações significativas entre parceiros, não estando tão presentes nas conversas nem a partilhar o seu tempo um com o outro devido ao mesmo. Assim, acabam por haver menores níveis de satisfação com a relação amorosa, podendo resultar na rutura da mesma (Roberts & David, 2016).

Atualmente é possível observar phubbers (aqueles que fazem phubbing) e comportamentos de phubbing em diferentes contextos e circunstâncias do quotidiano (Haigh, 2015). No que diz respeito a este fenómeno, ignorar o outro por causa do smartphone poderá provocar uma reciprocidade, ou seja, o ignorado terá também a tendência a praticar o mesmo comportamento, e por este motivo este será um comportamento considerado aceitável e normativo (Chotpitayasunondu & Douglas, 2016).

Na população portuguesa este comportamento está cada vez mais presente, sendo que em estudos anteriores foi possível constatar que mais de 14% da amostra é dependente deste dispositivo (Água, Patrão, Leal, 2017). Quanto maior for a dependência ao smartphone maior serão os comportamentos de phubbing (Davey et al., 2018; Chotpitayasunondu & Douglas, 2016). Posto isto, torna-se cada vez mais pertinente perceber de que forma é que o phubbing poderá influenciar a forma como estão a ser vividas as relações amorosas. Desta forma, este estudo teve como principal objetivo a validação da escala de Partner Phubbing (Pphubbing) para a população Portuguesa.

Método

Participantes

A amostra deste estudo é composta por 351 participantes, dos quais 84.0% são do género feminino, sendo que as idades variam entre 16 e 76 anos (M=32.79), 66.0% da amostra coabita, 53% da amostra tem estado civil de casado e a média de tempo na relação é de 13 anos.

Material

Questionário Sócio-Demográfico

Este questionário tem como objetivo caracterizar a amostra em relação ao seu género; idade; estado relacional, duração da relação amorosa e se coabitam.

Partner Phubbing - Pphubbing (Roberts & David, 2016)

A escala Pphubbing avalia a distração específica provocada pelo telefone na relação com o parceiro amoroso (Roberts & David, 2016). Esta é uma escala muito breve composta por 9 itens que são respondidos através de uma escala de likert de 5 pontos, variando de 1 - “Nunca” a 5 - ”Sempre”. Esta é uma escala unidimensional de autorresposta.

Na validação original (Roberts & David, 2016), foram obtidos bons valores de validade fatorial numa Análise Fatorial Confirmatória ( = 80.02; df=27, RMSEA= 0.08, NFI= 0.96, CFI= 0.97), e um elevado valor de consistência interna α=0.93.

Procedimento

Dado o crescimento deste comportamento em Portugal, considerou-se importante validar uma escala para a população portuguesa que permitisse avaliar o Phubbing nas relações amorosas. Após a escolha da escala, contactaram-se os autores para autorização da validação da mesma. De seguida, traduziu-se a escala de inglês para português. Foram realizadas duas versões por uma investigadora de psicologia e por uma especialista em Dependências online. Posteriormente, foi realizada uma reunião para discussão dos itens, em que se conseguiu uma versão final da escala. Posteriormente a escala foi retraduzida de inglês para português por uma psicóloga bilingue comprovando-se o sentido e significado das frases. O protocolo final foi colocado online através dos questionários Google. O método de amostragem utilizado foi a Amostragem de Propagação Geométrica (Snowball), i.e., foi selecionado um grupo com interesse, no caso deste estudo utilizadores de internet e smartphone, que por sua vez foram recomendando a outros o questionário, fazendo com que aumentasse a dimensão da amostra geometricamente (Maroco, 2014). Depois de atingido o objetivo de participantes, foi testada a validade desta escala através do programa IBM SPSS - IBM Analitycs versão 22 e IBM AMOS - IBM Analitycs versão 22.

Resultados

A análise das propriedades psicométricas recaiu principalmente na validade e na fiabilidade da escala Pphubbing.

No que diz respeito à análise da sensibilidade dos itens desta escala, observa-se que todos revelam boa capacidade de discriminação dos sujeitos nos vários valores de resposta. É possível concluir, a partir da análise dos valores de curtose e de assimetria, que todos os itens têm distribuição normal (Sk<3; Ku<7).

Dado o bom suporte teórico existente em relação à estrutura da escala de Partner Phubbing (Roberts & David, 2016), foi realizada uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para testar a validade fatorial da mesma. Com esta análise, foi possível verificar um bom ajustamento do modelo, e por isso, pode-se afirmar que esta escala tem uma boa validade fatorial (x2/df=2.369, RMSEA= 0.063, NFI= 0.955, CFI= 0.976; GFI=0.964). Para melhorar a qualidade do ajustamento do modelo, foi necessário relacionar os resíduos dos itens 2 e 3, estes têm uma correlação forte entre eles (r=0.31) que se pode dever ao conteúdo dos itens.

 

 

No que diz respeito à fiabilidade da escala, esta foi estudada através do cálculo do alpha de cronbach, medida de consistência interna. Deste modo, a escala apresenta uma consistência interna elevada com um α=0.861.

Discussão

O tempo que se passa com os smartphones pode afetar de forma negativa a forma como as pessoas se relacionam com os seus parceiros amorosos (e.g. Roberts & David, 2016). Os smartphones, estão constantemente a vibrar e a tocar de cada vez que recebem notificações, desta forma, torna-se cada vez mais recorrente interromper um diálogo para ver alguma notificação, ou ter o smartphone na mão à espera de ver as novidades das redes sociais. O que faz com que muitas vezes se esqueça o outro. Assim, é cada vez mais importante avaliar de que forma é que o Phubbing poderá afetar as relações sociais, principalmente as relações amorosas.

Tendo isto em conta, este estudo teve como principal objetivo a validação da escala Pphubbing para a população portuguesa. A escala Pphubbing é constituída por 9 itens e é uma escala que mede especificamente a perceção que o sujeito tem do comportamento de phubbing do seu parceiro amoroso. No estudo, foi feita a análise fatorial confirmatória para perceber como a escala funciona e poder-se confirmar a sua validade confirmatória nesta amostra. Dado os bons valores de ajustamento do modelo, podemos concluir que a estrutura da escala original é confirmada e que há uma boa validade fatorial, ou seja, os itens da escala medem o que realmente é pretendido (Maroco, 2014). Neste caso específico os itens da Pphubbing medem o phubbing do parceiro do participante.

Apesar destes bons resultados o item 7 teve um peso fatorial estandardizado inferior a 0.5. Este aspeto pode ser explicado pela forma como o item está construído, uma vez que, é o único item da escala que está escrito na negativa (“O meu/minha parceiro/a não usa o seu telemóvel quando estamos a falar.”). Desta forma, o participante poderá não ter percebido a mudança repentina de direção do item. Em estudos futuros, será importante ver como funciona o item na positiva ou mudá-lo de posição na escala de forma a ser mais percetível a sua mudança de direção.

Em relação à fiabilidade da escala foi obtido um bom valor de consistência interna (0.861) pelo que podemos afirmar que a escala de Pphubbing mede o phubbing do parceiro de forma consistente e poderá ser um instrumento utilizado na população Portuguesa.

 

REFERÊNCIAS

Água, J., Patrão, I., & Leal, I. (2017). SAS-SV: Estudo da validação da escala de dependência do smartphone numa amostra da população portuguesa. (pp. 100-111). Atas do II congresso ibérico de psicologia clínica e da saúde. Lisboa: ISPA-Instituto Universitário.

Akin, A., Altundag, Y., Turan, M., & Akin, U. (2014). The validity and reliability of the turkich version of the smart phone addiction scale-short from for adolescente. Social and Behavioral Sciences, 152, 74-77. doi: 10.1016/j.sbspro.2014.09.157.         [ Links ]

Chotpitayasunondh, V., & Douglas, K.M. (2016). How “phubbing” becomes the norm: The antecedents and consequences of snubbing via smartphone. Computers in Human Behavior, 63(1), 9-18. doi: 10.1016/j.chb.2016.05.018.         [ Links ]

Davey, S. & Davey, A. (2014). Assessment of smartphone addiction in indian adolescentes: a mixed method study by sistematic-review and meta-analysis approach. International Journal of Preventive Medicine, 5(12), 1500-1511.         [ Links ]

Davey, S., Davey, A., Raghav, S., Singh, J., Singh, N., Blachnio, A., & Przepiórkaa, A. (2018). Predictors and consequences os “phubbing” among adolescents and youth in India: An impact evaluation study. Journal of Family and Community Medicine, 25, 35-42. doi: 10.4103/jfcm.JFCM_71_17.         [ Links ]

González-Rivera, J., Segura-Abreu, L., & Urbistondo-Rodríguez, V. (2018). Phubbing in romantic relationships: Cell phone use, couple satisfaction, psychological well-being and mental health. Interacciones, 4(2), 81-91. doi: 10.24016/2018.v4n2.117.         [ Links ]

Haigh, A. (2015). Stop phubbing. Disponível em: http://stopphubbing.com        [ Links ]

Haug, S., Castro, R., Kwon, M., Filler, A., Kowatsch, T., & Schaub, M. (2015). Smartphone use and smartphone addiction among young people in Switzerland. Journal of Behavioral Addictions, 4(4), 299-307. doi: 10.1556/2006.4.2015.037.         [ Links ]

Jonson, P., Johnson, P., Hadberg, M., & Forsman, M. (2011). Thumb joint movement and muscular activity during mobile phone texting. Journal of Electromyography and Kinesiologgy, 21, 363- 370. doi: 10.1016/j.jelekin.2010.10.007.         [ Links ]

Karadag, E., Tosuntaş, S.B., Erzen, E., Duru, P., Bostan, E., Şahin, B.M., ... & Babadağ, B. (2015). Determinants of phubbing, which is the sum of many virtual addictions: A structural equation model. Journal of Behavioral Addictions, 4(2), 90-74. doi: 10.1556/2006.4.2015.005.

Kelly, L., Miller-Ott, A., & Duran, R. (2017). Sports scores and intimate moments: An expentacy violations theory approach to partner cell phone behaviours in adult romantic relationships. Western Journal of Communication, 81(5), 619-640. doi: 10.1080/10570314.2017.1299206.         [ Links ]

Kim, D., Lee, Y., Lee, J., Nam, J., & Chung, Y. (2014). Development of korean smartphone addiction proneness scale for youth. Plos One. doi: 10.1371/jornal.phone.0097920.         [ Links ]

Kim, Y., Jeong, J.E., Cho, H. Jung, D.J., Kwak, M., Rho, M. J., ... & Choi, I.Y. (2016). Personality factors predicting smartphone addiction predisposition: Behavioral inhibition and activation systems, impulsivity, and self-control. Plos One, 11(8). doi: 10.1371/journal.pone.0159788.

Kwon, M., Kim, D.J., Cho, H., & Yang, S. (2013). The smartphone addiction scale: Development and validation of a short version for adolescents. Plos One, 8(12). doi: 10.1371/journal.pone.0083558.         [ Links ]

Lee, S., Kang, H., & Shin, G. (2015). Head flexion angle while using a smartphone. Ergonomics, 58(2), 220-226. doi: 10.1080/00140139.2014.967311.         [ Links ]

Legget, C., & Rossouw, P. J. (2014). The impact of technology use on couple relationships: A neuropsychological perspective. International Journal of Neuropsychotherapy, 2(1), 44-99. doi: 10.12744/ijnpt.2014.0044-0099.         [ Links ]

Lin, Y.H., Lin, Y.C., Lee, Y.H., Lin, P.H., Lin, S.H., Chang, L.R., ... & Kuo, T.B. (2015). Time distortion associated with smartphone addiction: Identifying smartphone addiction via mobile application (App). Journal of Psychiatric, 65, 139-145. doi: 10.1016/j.jpsychires.2015.04.003.         [ Links ]

Maroco, J. (2014). Variáveis, populações e amostras. In J. Marôco, Análise estatística com o pasw statistics (6ªed.) (pp.21-29). Pêro Pinheiro: ReportNumber.         [ Links ]

McDaniel, B. T., & Coyne, S. M. (2014). "Technoference": The interference of technology in couple relationships and implications for women's personal and relational well-being. Psychology of Popular Media Culture. doi: 10.1037/ppm0000065.         [ Links ]

Roberts, J., & David, M. (2016). My life becomes a major distraction from my cell phone: Partner phubbing and relationship satisfaction among romantic partners. Computers in Human Behavior, 54, 134-141. doi: 10.1016/j.chb.2015.07.058.         [ Links ]

Patrão, I. (2017). #Geração cordão. Lisboa: Pactor         [ Links ]

Przybylski, A. K., & Weinstein, N. (2012). Can you connect with me now? How the presence of mobile communication technology influences face-to-face conversation quality. Journal of Social and Personal Relationships, 30(3), 237-246. doi: 10.1177/0265407512453827.         [ Links ]

Ugur, N., & Koc, T. (2015). Time for Digital Detox: Misuse of Mobile Techonology and phubbing. Social and Behavioral Sciences, 195, 1022-1031. doi: 10.1016/j.sbspro.2015.06.491.         [ Links ]

Yildirim, C. & Correia, A.P. (2015). Exploring the dimensions of nomophobia: Development and validation of a self-reported questionnaire. Computers in Human Behavior, 49(2015), 130-137. doi: 10.1016/j.chb.2015.02.059.         [ Links ]

 

Anexo

 

 

Recebido em 03 de Janeiro de 2018/ Aceite em 29 de Março de 2019

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License