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Psicologia, Saúde & Doenças

Print version ISSN 1645-0086

Psic., Saúde & Doenças vol.20 no.1 Lisboa Mar. 2019

https://doi.org/10.15309/19psd200110 

Aspectos psicossociais em mulheres brasileiras com gestações de alto e baixo risco

Psychosocial aspects in brazilian women with high and low-risk pregnancies

Natália C. V. Soncini1 , Cassiana M. Oliveira1, Juliana C. Viviani2, & Ricardo Gorayeb3

1Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, ncvaz@hcrp.usp.br, cmorais@hcrp.usp.br

2Centro Universitário Unifafibe, Bebedouro, São Paulo, Brasil, jucaseiro@gmail.com

3Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, rgorayeb@fmrp.usp.br


 

RESUMO

A gestação é um período marcado por diversas transformações na vida da mulher e envolve aspectos sociais, biológicos, conjugais e psicológicos. A maneira como cada gestante reage é particular e varia de acordo com as circunstâncias em que ocorreu a gravidez. O objetivo deste estudo foi comparar a ocorrência de sintomatologia depressiva e ansiosa com níveis de estresse e suporte social de gestantes de alto e baixo risco em acompanhamento pré-natal em Serviços Públicos de Saúde no Brasil. Participaram da pesquisa 66 gestantes de alto risco e 60 gestantes de baixo risco, com idade entre 18 e 35 anos. Para a coleta dos dados foram utilizados um Roteiro de Entrevista Estruturada, Escala de Suporte Social - MOS (Medical Outcomes Study), Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HAD) e Escala de Estresse Percebido (EEP). Os resultados apontam maior frequência de sintomas de ansiedade e depressão em gestantes de alto risco (36,36%) do que em gestantes de baixo risco (25,93%). O nível de estresse, no entanto, foi mais elevado em gestantes de baixo risco (escore médio 34,66) do que nas de alto risco (escore médio 24,24) Na amostra, gestantes de alto risco apresentaram média de 79,81 e as gestantes de baixo risco média de 90,05 em relação à variável suporte social.

Palavras-chaves: gravidez, depressão, ansiedade, estresse e suporte social


 

ABSTRACT

Pregnancy is a period defined by several changes in women's lives and involves social, biological, marital and psychological facts. The way each woman reacts to pregnancy varies according to the circumstances in which the pregnancy occurred. The objective of this study was to compare the occurrence of depressive symptoms, anxiety, stress levels and social support for pregnant women, at high and low risk, dur- ing prenatal care, in the Brazilian public health system. Sixty-six high-risk pregnant women and 60 low-risk pregnant women, aged between 18 and 35, participated in the study. The Interview Roadmap, Social Outcomes Study (MOS), Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD) and Perceived Stress Scale (EEP) were used to assist in data collection. The results show higher frequency of symptoms of anxiety and depression in high-risk pregnancies (36.36%) than in low-risk pregnant women (25.93%), and higher level of stress in low-risk pregnant women - score 24.24 for high-risk pregnant women and 34.66 for low-risk pregnant women. In the sample, high-risk pregnant women had an average of 79,81 and low-risk pregnant women an average of 90,05 in relation to the social support variable.

Keywords: pregnancy, depression, anxiety, stress and social support


 

A gestação pode ser vista como um período de mudanças biopsicossociais, no qual há mudanças no corpo da mulher, em seu bem-estar, no seu psiquismo e em seu papel sociofamiliar (Klein & Guedes, 2008). Na gravidez, os aspectos psicológicos e sociais influenciam o funcionamento individual e relacional da gestante, e a maneira como a mulher experiencia essas mudanças se reflete na situação da maternidade e na relação mãe-bebê (Piccinini, Gomes, Nardi, & Lopes, 2008). Ao longo da história, a gravidez e a maternidade são consideradas fatores fundamentais de identidade da mulher. As diferentes culturas atribuem distintos níveis de importância à gravidez.

Em grande parte da sociedade ocidental, há estimulação à reprodução e ênfase na maternidade como valor instaurado para as mulheres (Pereira & Canavarro, 2008).

Segundo as autoras Pereira e Canavarro (2008), certos modelos teóricos vêm discutindo a gestação e o nascimento de um filho como sendo um importante marco desenvolvimental tanto na vida da mulher, como na vida da família, envolvendo inúmeras mudanças e diversas reorganizações, que implicam em adaptações.

Mais do que um fenômeno individual, a gravidez evidencia aspectos das relações familiares e reproduz valores sociais de uma forma ampla. Na sociedade ocidental moderna, também tem sido objeto de saberes médicos, do desenvolvimento de novas tecnologias e de políticas públicas (Rezende, 2011).

O período gestacional e do puerpério configuram-se como a fase de maior ocorrência de transtornos psíquicos na mulher, necessitando especial cuidado para o bem-estar da mãe e do bebê (Camacho et al., 2006). Um estudo realizado no Brasil por Silva, Ronzani e Furtado (2008) aponta que 37,7% das gestantes apresentaram algum tipo de desconforto emocional. A saúde mental comprometida da mãe pode afetar negativamente a relação mãe-bebê e o desenvolvimento da criança (Aliane et al., 2008).

Segundo o Ministério da Saúde (2010), gestação de alto risco é aquela em que a vida da mulher e/ou do bebê tem maior probabilidade de ser acometida do que a maioria das gestações.

Os fatores de risco já conhecidos na população geral, como Diabetes Melittus e Hipertensão Arterial, devem ser observados com cuidado em gestantes, e alertados para um maior cuidado diante de um fator complicador eventual, configurando-se como gestação de alto risco (Ministério da Saúde, 2010).

Define-se Diabetes Melittus (DM) Gestacional como qualquer nível de intolerância à glicose que é diagnostica durante a gestação (Miranda & Reis, 2008). DM é caracterizada como é um fator de risco e inicia seu desenvolvimento geralmente na segunda metade da gestação. Estima-se que a DM Gestacional acometa 18% das gestações (Associação Americana de Diabetes, 2012), e no Brasil, estima-se que a prevalência de diabetes gestacional em mulheres com mais de 20 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja de 7,6% (Ministério da Saúde, 2010).

A depressão é um dos transtornos que pode desenvolver-se durante a gestação, com sintomas que afetam o desempenho da gestante em relação ao seu autocuidado e adesão ao tratamento. O principal sintoma da depressão é o humor deprimido, associado com baixa frequência de alguns comportamentos e elevação de outros, irritabilidade, labilidade emocional, lentidão para responder estímulos diários, pedidos de ajuda e ideação suicida. Na gestação, os fatores associados contemplam o momento da maternidade, visto que a gestação e o parto são situações estressantes, além dos fatores hormonais relacionados (Baptista, Baptista, & Torres, 2006).

Pesquisa realizada por Santos (2005) demonstra que há prevalência de quadros depressivos em gestantes de alto risco devido a vivências anteriores, às privações que o quadro exige, à ameaça real e à culpa. Sobretudo, a autora discute a naturalidade de sintomatologias depressivas em gestantes de alto risco, afirmando que nem todas as gestantes que apresentam risco clínico irão necessariamente manifestar depressão, no entanto, quando isso ocorre, faz-se necessária a realização de um acompanhamento longitudinal na assistência especializada para diagnóstico precoce adequado.

Além da sintomatologia depressiva, os sintomas ansiosos aparecem frequentemente em todo ciclo gestacional e puerperal, seja em gestação de alto ou baixo risco (Conde & Figueiredo, 2003). Aliane et al (2008) observaram em um de seus estudos sobre Avaliação de Saúde Mental em Gestantes que os sintomas de ansiedade foram os mais frequentes dentre as variáveis estudadas, ressaltando a presença de 15,3% de gestantes com diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada, segundo entrevista diagnóstica estruturada do M.I.N.I. (Mini International Neuropsychiatric Interview - DSM-IV, Sheehan, et al., 1998).

Baptista, Baptista, e Torres (2006) averiguaram a correlação entre apoio emocional e sintomatologias depressivas e ansiosas no período gestacional. Afirmam que suporte social e familiar são fatores que podem impedir ou minimizar os fatores estressantes da gestação e puerpério, sendo capaz de diminuir as consequências das sintomatologias psicológicas/psiquiátricas na relação mãe-bebê.

Konradt et al. (2011) avaliaram o impacto da percepção de baixo suporte social durante a gestação como fator de risco para a depressão, e encontrou associações entre a percepção da gestante em relação à falta de suporte social durante a gravidez e o aparecimento do quadro de depressão em período pós-parto.

Sabe-se que a família é importante fator para o bem-estar biopsicossocial do indivíduo. A formação da família não se dá automaticamente com o nascimento do bebê, demanda convivência e adaptação de cada familiar ao seu novo papel, organização doméstica e uma reestruturação conjugal (Bortoletti, 2007).

Segundo Antunes e Fontaine (2005), o apoio ou suporte social é a formação de rede de relações sociais, estabelecidas com familiares, amigos, vizinhos e outros, que fornecem apoio emocional ao indivíduo, gerando sentimentos de amor, lealdade, compreensão, cuidado e segurança. Konradt et al. (2011) apontaram que intervenções precoces com gestantes, visando fortalecer o suporte social à mesma, podem gerar uma menor taxa de depressão pós-parto.

O trabalho de equipes multidisciplinares (psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, pedagogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e agentes comunitários) em cuidados pré-natal é uma importante maneira de prevenir, detectar e tratar transtornos afetivos de gestantes e, consequentemente, de seus filhos (Falcone, Mäder, Nascimento, Santos, & Nóbrega, 2005). Luis e Oliveira (1998) reforçam a importância da assistência conjunta, entre familiares e equipes de saúde, visando um vínculo que favoreça a comunicação das preocupações e sentimentos da gestante.

Devido ao alto índice de transtornos psiquiátricos e psicológicos no período gravídico-puerperal evidenciado na literatura, e ao importante impacto destes transtornos sobre a qualidade de vida da mulher e também sobre a relação de cuidado com o bebê, mostra-se relevante realizar estudos que busquem identificar estes sintomas. Produzir conhecimento acerca deste tema permite que estratégias de prevenção e tratamento dos distúrbios psicológicos em gestantes sejam planejadas e executadas.

Assim, o presente estudo tem por objetivo identificar sintomatologia depressiva, ansiosa, níveis de estresse e suporte social em gestantes brasileiras, comparando gestantes de alto e baixo risco.

Método

Tratou-se de um estudo quantitativo descritivo, de levantamento, de corte transversal.

Participantes

A amostra, de conveniência, foi composta por gestantes de baixo e alto risco atendidas em serviços de saúde do interior de São Paulo/Brasil. Participaram da pesquisa 126 gestantes, sendo distribuídas em 66 de alto risco e 60 de baixo risco, com idade entre 18 e 35 anos, em acompanhamento pré-natal em um hospital terciário e na rede básica de saúde do Serviço Público de Saúde, no interior de São Paulo, Brasil, no período de Fevereiro de 2012 a Dezembro de 2013.

Critérios de Inclusão:

- Gestantes diagnosticas com Diabetes Mellitus gestacional ou pré-gestacional, incluídas no grupo de alto risco;

- Gestantes sem intercorrência clínica pré-gestacional ou gestacional incluídas no grupo de baixo risco.

Critérios de Exclusão:

- Menores de 18 anos;

- Incapacidade de compreender os instrumentos e/ou respondê-los de forma verbal, clara e consistente.

A Quadro 1 descreve os dados sociodemográficos das participantes, tais como idade, escolaridade, estado civil, status ocupacional e renda mensal per capita.

 

 

Material

Entrevista Estruturada

Elaborada pelos autores para coleta de dados sociodemográficos e informações relativas ao quadro clínico da paciente, questões relacionadas a lazer e suporte social, antecedentes psicológicos e psiquiátricos, hábitos de vida e suporte social percebido, e relacionamento conjugal.

Escala de Suporte Social - MOS (Medical Outcomes Study)

Originalmente elaborado para o Medical Outcomes Study (MOS) por Sherbourne e Stewart (1991), foi traduzido, adaptado e validado para a população brasileira por Griep, Chor, Faerstein, e Lopes (2003). A escala é composta por 19 itens, compreendendo cinco dimensões funcionais de apoio social: material (provisão de recursos práticos e ajuda material); afetivo (demonstrações físicas de amor e afeto); emocional (expressões de afeto positivo, compreensão e sentimentos de confiança); interação social positiva (disponibilidade de pessoas para se divertirem ou relaxarem) e informação (disponibilidade de pessoas para obtenção de conselhos ou orientações).

Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HAD)

Elaborada por Zigmond e Snaith (1983), objetiva avaliar graus leves de transtornos de humor em ambientes não psiquiátricos e em situações de comorbidades física. Foi validada no Brasil por Botega et al, em 1995 para pacientes internados em enfermarias, e em 1998 para pacientes ambulatoriais (Botega, Pondé, Medeiros, Lima, & Guerreiro, 1998). A escala é composta por 14 questões, com 4 alternativas cada, indicativas de frequência, e é subdividida nas escalas de depressão e ansiedade, com sete itens cada. A resposta deve corresponder a como o indivíduo tem se sentido ao longo da última semana. A classificação de ausência (escore < 8) ou de presença (escore ≥ 8) de ansiedade e depressão foi feita segundo critério de Botega et al (1995) em seu estudo de validação.

Escala de Estresse Percebido (EEP)

Instrumento originalmente elaborado por Cohen, Kamarck, e Mermelstein (1983), traduzido, validado e adaptado por Luft, Sanches, Mazo, e Andrade (2007). A escala possui 14 questões com opções de resposta que variam de zero a quatro (0=nunca; 1=quase nunca; 2=às vezes; 3=quase sempre 4=sempre). As questões com conotação positiva (4, 5, 6, 7, 9, 10 e 13) têm sua pontuação somada invertida, da seguinte maneira, 0=4, 1=3, 2=2, 3=1 e 4=0. As demais questões são negativas e devem ser somadas diretamente. O total da escala é a soma das pontuações destas 14 questões e os escores variam de zero a 56.

Procedimento

O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da instituição. As gestantes participantes cumpriram os critérios de inclusão da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

As gestantes de baixo risco foram convidadas pessoalmente e/ou por ligação telefônica pela pesquisadora a participarem do estudo. Com as gestantes de alto risco, o convite era realizado no dia de atendimento médico da paciente no Ambulatório de Obstetrícia. Durante o contato eram descritos o objetivo da pesquisa, as atividades envolvidas e o caráter voluntário da mesma.

A entrevista e aplicação dos instrumentos foram realizadas individualmente e o tempo médio de duração foi de 30 minutos. Com as gestantes de alto risco foram realizadas em uma sala no próprio ambulatório; já com as gestantes de baixo risco foram utilizados espaços como a sala de atendimento nos serviços públicos de saúde e residência da própria gestante, conforme disponibilidade da voluntária.

Procedimentos de Análise

Com os dados obtidos a partir do roteiro de entrevista estruturada, foi realizada uma análise descritiva para caracterização da amostra. A análise de dados na avaliação das escalas de Suporte social (MOS), HAD e EEP, foi realizada de acordo com os critérios e recomendações propostas por Griep, Chor, Faerstein e Lopes (2003), Botega et al (1998) e Luft et al (2007) respectivamente e o índice de significância estatística foi estabelecido para p≤0,05.

As comparações estatística entre os dados sociodemográficos e da ocorrência de sintomas de ansiedade e depressão foram realizada através do Teste Qui-quadrado de Pearson ou, quando necessário, do Teste Exato de Fisher. Para testar eventuais diferenças nos escores de suporte social e estresse entre os grupos de gestantes, utilizou-se o Teste de Mann-Whitney. O índice de correlação entre os escores de suporte social e estresse percebido foi obtido por meio do teste de correlação de Spearman. Os resultados foram analisados com o auxílio do software SASR 9, através da PROC FREQ e PROC NPAR1WAY, e do software R.

Resultados

2.1 Ansiedade, Depressão e Estresse

Na Figura 1 são apresentados os dados referentes à presença de sintomas de ansiedade ou depressão, ambos os sintomas ou nenhum entre os grupos de participantes). Observou-se que 43,94% das gestantes de alto risco e 50,0% das de baixo risco apresentaram algum tipo de sintoma, seja ansiedade, depressão, ou ambos.

 

 

Nota-se que 28,78% das gestantes de alto risco e 20% das gestantes de baixo risco apresentam ambos os sintomas.

O escore médio de estresse foi percebido como maior pelas gestantes de baixo risco [M=33,82, desvio padrão (DP)=5,64, Mdn=33,00] do que pelas de alto risco [M=24,29, DP=10,75, Mdn=24,00; U=882,00, p<0,001].

2.2. Suporte Social

A percepção de suporte social foi avaliada através da Escala de Suporte Social (MOS), que possibilita a verificação da quantidade de suporte social percebido pelas gestantes e também de analisar os tipos de suporte disponíveis, que são: apoio material, apoio emocional e de informação, e interação positiva e apoio afetivo. Para realização de tais análises, foi utilizado o teste de U de Mann-Whitney.

Para gestantes de alto risco, o escore médio total foi de 79,81 (DP=15,64, Mdn=84,21), sendo que para as gestantes de baixo risco o escore foi de 90,05 (DP=13,42, Mdn=95,26; U=1014,50, p<0,001). Em todas as dimensões, as gestantes de baixo risco obtiveram escore médio maior em relação às gestantes de alto risco: material (Baixo risco: M=87,83, DP=17,16, Mdn=95,00 versuse Alto risco: M=79,17, DP=20,05, Mdn=85,00; U=1434,00, p=0,007), emocional (Baixo risco: M=89,17, DP=15,22, Mdn=96,25 versus Alto risco: M=76,70, DP=17,31, Mdn=80,00; U=1010,50, p<0,001), informação (Baixo risco: M= 89,17, DP=15,22, Mdn=96,25 versus Alto risco: M=76,70, DP=17,31, Mdn=80,00; U=1010,50, p<0,001) e afetivo (Baixo risco: M=92,33, DP=13,35, Mdn=97,14 versus Alto risco: M=83,72, DP=18,48, Mdn=91,43; U=1235,50, p<0,001). Isto significa que dentre todos os tipos de suporte recebidos, as gestantes de baixo risco percebem maior suporte social recebido em relação às gestantes de alto risco.

2.3 Associação entre Variáveis Psicológicas

A análise estatística será descrita a seguir, a fim de identificar associações entre variáveis psicológicas e sociais.

Ao analisar a relação do suporte social com as variáveis de presença de ansiedade e depressão, foi verificada relação estatisticamente significante no grupo de gestantes de alto risco tanto em relação à ansiedade como em relação à depressão. Neste grupo, as gestantes sem ansiedade obtiveram pontuação de suporte social superior às gestantes com ansiedade (U=239,00, p<0,001). Em relação à depressão, gestantes de alto risco sem depressão também obtiveram escore de suporte social superior às gestantes com depressão (U=193,00, p<0,001). Nas gestantes de baixo risco foi verificada relação estatística apenas em relação à depressão. As pacientes de baixo risco e sem depressão apresentaram um escore médio de suporte social maior do que as com depressão (U=198,50, p=0,010).

Quando comparadas as medidas de estresse e a presença de sintomas de ansiedade e depressão por meio do teste de U de Mann-Whitney, as gestantes de alto risco, as com sintomas de ansiedade apresentaram escore superior de estresse, em relação a gestantes sem ansiedade (U=79,50, p<0,001). Para depressão, gestantes com sintomas obtiveram escore de estresse superior ao escore de gestantes sem depressão (U=78,50, p<0,001). Não foram observadas diferenças significativas entre estas variáveis em gestantes de baixo risco (Ansiedade: U=356,50, p=0,201; Depressão: U=320,00, p=0,592).

Quando testada a correlação entre os escores de estresse e de suporte social, observou- se relação moderada e inversa entre as variáveis somente nas gestantes de alto risco, ou seja, neste grupo, quanto maior o suporte social, menor a medida de estresse (rô = -0,557, p<0,001).

 


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Discussão

A gestação é um período que necessita de especial atenção, uma vez que envolve diversas alterações na vida da mulher tais como, alterações físicas, hormonais, psíquicas e sociais que podem interferir na saúde mental desta e na relação mãe-bebê (Camacho et al, 2006 e Piccinini et al, 2008).

Não foram encontrados na literatura estudos que comparassem os aspectos psicológicos (ansiedade, depressão e estresse) e sociais entre gestantes de alto e baixo risco. Sendo assim, o presente trabalho contribui para ampliação do conhecimento, possibilitando novas reflexões em torno da pesquisa e assistência desta população.

Diante dos dados sociodemográficos, observa-se que as gestantes de alto risco possuem média de idade maior, menos anos de estudos e renda per capita menor comparada às gestantes de baixo risco. Pôde-se constatar uma diferença significativa da renda per capita entre os grupos de gestantes, sendo que a maioria das gestantes de alto risco recebia até R$622,00 por mês, o que na época da coleta de dados representava menos de um salário mínimo brasileiro. Tal fato pode influenciar a adesão da gestante de alto risco a seu tratamento, visto que esta deve despender mais recursos financeiros a fim de seguir uma dieta alimentar, visando o controle do nível glicêmico (Maganha, Vanni, Bernadini & Zugaib, 2003).

Segundo Mirabzadeh et al. (2013), fatores socioeconômicos estão diretamente ligados ao suporte social, ou seja, uma realidade financeira favorável possibilitaria um maior desfrute da vida social, que reduziria estressores psicológicos, havendo menor risco de desenvolver ansiedade, depressão e estresse, permitindo uma gestação mais bem sucedida. Tal afirmação vai de encontro aos achados do presente estudo, visto que o grupo com maior renda (gestantes de baixo risco) demonstrou maior percepção de suporte social do que o grupo renda inferior (gestantes de alto risco).

Apesar das diferenças metodológicas de estudos anteriores, estima-se que de 40% a 70% das mulheres apresentam algum sintoma de ansiedade durante a gestação (Batista, Batista & Torres, 2006; Faisal-Cury & Menezes, 2006) e de 9% a 25% das gestantes, algum quadro de depressão (Pereira & Lovisi, 2008, Marcus, 2009; Melville, Gavin, Guo, Fan, & Katon, 2010).

No presente estudo, em relação ao nível de ansiedade medido pela HAD, os dados das gestantes de baixo e alto risco mostraram-se inferiores aos citados na literatura (23,33% e 7,58% respectivamente). No entanto, as gestantes de baixo risco apresentaram médias de ansiedade maiores do que as de alto risco, corroborando o estudo de Rato (1998). Tal achado pode ser explicado pela idade inferior das gestantes de baixo risco em comparação às de alto risco, e sendo as gestantes mais novas, com menos experiências anteriores, poderiam apresentar mais sentimentos de ansiedade frente à gestação vivenciada.

Sobre o quadro de depressão medido pela HAD, ambos os grupos apresentaram níveis menores em relação aos achados em estudos anteriores. Esta diferença pode ser discutida ao pensarmos que estas gestantes foram atendidas em serviços de saúde especializados e de referência, por equipe multidisciplinar, o que possibilitaria sentimentos de segurança no período gestacional.

Quando analisada a presença concomitante de ambos os sintomas de ansiedade e depressão, as gestantes de alto risco apresentam médias maiores em relação às gestantes de baixo risco. Dado semelhante foi encontrado na correlação desses mesmos sintomas psicológicos (ansiedade e depressão) com a variável do estresse, onde se constatou relação significativa apenas com gestantes de alto risco, ou seja, gestantes com ansiedade e depressão apresentam maiores médias de estresse. Tais achados possibilitam a reflexão de que a patologia na gestação acarreta maiores custos emocionais às mulheres, ou seja, a ameaça de problemas para a saúde da mãe e do bebê bem como a necessidade de tratamentos específicos durante a gestação demandam da mulher estratégias de enfrentamento bem desenvolvidas e, nos casos em que tais estratégias não se encontram consolidadas, podem aparecer distúrbios psicológicos para os quais há necessidade de intervenção especializada.

Quando observados os dados referentes aos níveis de estresse através do EEP, verificou-se que as gestantes de baixo risco apresentam maiores níveis de estresse do que as gestantes de alto risco. Existem trabalhos na literatura que por meio de outros instrumentos mediram o nível de estresse e encontraram níveis elevados no período gestacional, assim como o presente estudo (Araújo, Albertini & Guimarães, 2010, Rodrigues & Schiavo, 2011 e Correia, Santos, Calheiros & Vieira, 2011). Vale ressaltar que não existe um instrumento específico para avaliação de estrese em gestantes, o que pode interferir na geração de dados tão precisos quanto o esperado (Coverdale, Mccullough, Chevernak & Bayer, 1996).

Ainda considerando a variável estresse, na comparação com a variável suporte social houve uma correlação moderada e inversa, ou seja, quanto maior o suporte social, menos estresse, entretanto não foi demonstrada diferença significativa entre os grupos de gestantes de alto e baixo risco. Porém, não foram encontrados achados na literatura nacional que analisem essa relação, o que aponta a necessidade de maiores estudos correlacionando essas variáveis.

As médias de suporte social obtidas pela escala de MOS em ambos os grupos foram elevadas, e também condizentes com os relatos das gestantes na entrevista. Neste estudo, as gestantes de baixo risco apresentam diferença significativa em sua média em relação às de alto risco, o que significa que estas se percebem mais apoiadas por familiares e/ou amigos na vivência gestacional. Os estudos de Baptista, Baptista e Torres (2006) e Mirabzadeh et al. (2013) confirmam que a percepção positiva de suporte social caracteriza-se como um fator de proteção durante o ciclo gravídico- puerperal e pontua-o como fator atenuante do estresse.

Observou-se que ao correlacionar a variável suporte social com a variável depressão, nos grupos de gestantes de alto e baixo risco revelou-se relação significativa, o que significa que pacientes que apresentam depressão, teriam menores médias de suporte social, corroborando os dados de Lancaster et al. (2010) e Mirabzadeh et al. (2013). Este dado pode justificar os índices de depressão das gestantes deste estudo serem menores que a média encontrada em outros achados, sendo que estas se percebem apoiadas.

Devido os comprometimentos que as patologias psicológicas na gestação podem causar, tanto na vida da mulher como no desenvolvimento do bebê, diversos estudos têm sido realizados nesse tema, a fim de ampliar o conhecimento em torno dos fatores de risco e permitir diagnóstico e tratamento de maneira precoce e mais efetiva. Faz-se necessário o investimento dos serviços de saúde no acompanhamento psicológico durante o período grávido-puerperal, para que estes profissionais possam auxiliar mulheres para que vivenciem a gestação de uma maneira saudável.

 

REFERÊNCIAS

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Recebido em 08 de Janeiro de 2016/ Aceite em 04 de Junho de 2018

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