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Psicologia, Saúde & Doenças

Print version ISSN 1645-0086

Psic., Saúde & Doenças vol.19 no.2 Lisboa Aug. 2018

https://doi.org/10.15309/18psd190210 

Prevalência de comportamento de risco em uma população de universitários brasileiros

Risk behavior prevalence in a brazilian university of population

Celina Aparecida Gonçalves Lima1, Maria de Fátima de Matos Maia1,2, Tathiana Maia Tolentino2,3, Maria Fernanda Santos Figueiredo Brito4, Lucineia de Pinho4, Marise Fagundes Silveira4

1Universidade Estadual de Montes Claros, UNIMONTES. Montes Claros, Brasil;

2Grupo Integrado de Pesquisa em Psicologia do Esporte, Exercício e Saúde, Saúde Ocupacional e Mídia, GIPESOM.

3Faculdades Santo Agostinho. Sete Lagoas, Brasil;

4Departamento de Medicina Saúde Mental e Saúde Coletiva. Universidade Estadual de Montes Claros, UNIMONTES. Montes Claros, Brasil.


 

RESUMO

Este estudo objetivou-se estimar a prevalência de comportamentos de risco à saúde de universitários de uma instituição pública no norte de Minas Gerais. Estudo transversal, com amostragem probabilística por conglomerado em dois estágios. Utilizou-se o questionário Youth Risk Behavior Survey (YRBS) para avaliar comportamentos de risco à saúde relacionados à: segurança pessoal, intenção de suicídio, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, comportamento sexual, alimentação e atividade física. As variáveis analisadas foram quantificadas por frequências absolutas e relativas, com correção pelo efeito do desenho (deff). Os comportamentos de risco à saúde foram descritos para cada gênero. A amostra foi de 902 acadêmicos, sendo a maioria do gênero feminino e idade até 21 anos. Os comportamentos de risco que apresentaram as maiores prevalências foram: não uso de cinto de segurança (34,7%), consumo de bebida alcoólica social (45,7%), abusivo (29,2%), ou associado ao uso de automóvel (39,6%), abstenção de preservativo nas relações sexuais no último mês (63,1%), ou na última relação sexual (42,3%), baixo consumo de frutas (87,7%) e consumo de embutidos (47,9%). Concluímos que os jovens apresentaram comportamentos que colocam em risco a sua saúde, destacando-se a alimentação inadequada, com baixo consumo de frutas e consumo de embutidos, o não uso de preservativo em relações sexuais e o consumo de bebida alcoólica, além da exposição simultânea a dois ou mais comportamentos de risco. Sugere-se trabalhos de intervenção e ações educativas no ambiente acadêmico, para minimizar os riscos aos quais os universitários estão expostos.

Palavras-chave: comportamento de risco, universitários, prevalência


 

ABSTRACT

This study aimed to estimate the prevalence of health risk behaviors of university students in a public institution in the north of Minas Gerais. Cross-sectional study with a random cluster sampling in two stages. It was used the questionnaire Youth Risk Behavior Survey (YRBS) to check the health risk behaviors related to: personal safety, suicide intent, smoking, alcohol consumption and illicit drug use, sexual behavior, nutrition and physical activity. The variables analyzed were quantified by absolute and relative frequencies, with correction for the design effect (deff). The health risk behaviors were described for each gender. The sample consisted of 902 students, mostly female and aged up to 21 years. The risk behaviors that presented highest prevalence were: no use of seat belts (34.7%), social alcohol consumption (45.7%), abusive (29.2%), or associated with automobile use (39.6%), no use of preservative during sexual intercourse in the last month (63.1%), or at the last sexual intercourse (42.3%), low consumption of fruits (87.7%) and embedded consumption ( 47.9%). It was concluded that young people showed behaviors put their health in risk, especially poor diet, low fruit consumption and the high consumption of embedded, the absence of preservatives during sexual intercourses and alcohol consumption, as well as the simultaneous exposure of two or more risk behaviors. It is suggested intervention work and educational activities in the academic environment, to minimize the risks which the students are exposed.

Keywords: risk behavior, university, prevalence


 

Os comportamentos de risco à saúde (CRS) são condutas ou participação em atividades que comprometem a saúde física e mental, trazendo graves consequências, a nível individual, familiar e social (Feijó & Oliveira, 2001). Pesquisas recentes indicam os principais CRS exibidos por jovens brasileiros, destacando o consumo abusivo de bebidas alcoólicas, tabagismo, hábitos alimentares inadequados, níveis insuficientes de atividade física, consumo de drogas ilícitas, envolvimento em situações de violência e comportamentos sexuais imprudentes (Junior et al., 2009).

Comportamentos de risco dos jovens podem ser associados a vários problemas sociais, assim como à incidência de doenças crônicas não transmissíveis, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e câncer, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e gravidez precoce além de mortes por causas violentas e por acidentes de veículo a motor (Junior et al., 2009; Malta, 2010).

Para monitorar os comportamentos de risco que contribuem para o desenvolvimento de problemas sociais, morbidade e mortalidade entre os jovens norte-americanos, o Center for Disease Control and Prevention (CDC) criou na década de 1980, o programa de vigilância, Youth Risk Behavior Survellance System (YRBSS) (Guedes & Lopes, 2010). Os dados levantados pelo programa são obtidos mediante aplicação do questionário auto administrado Youth Risk Behavior Survey (YRBS). As questões do YRBS compreendem seis categorias de comportamentos: a) lesões não-intencionais e violência; b) uso de tabaco; c) consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas; d) comportamento sexual voltado à gravidez indesejada e às doenças sexualmente transmissíveis; e) hábitos alimentares; e f) prática de atividade física. Esse instrumento tem sido adotado no Brasil e em outros países, como Portugal, China, Estados Unidos e México, para avaliar os comportamentos de risco à saúde de jovens (Eaton et al., 2012; Junior, 2010; Rasmussen, San Martin, Cruz, & Espinoza, 2011; Wang et al., 2012).

As pesquisas sobre CRS de adolescentes e jovens brasileiros ainda são escassas e baseadas em populações isoladas, de modo que não há uma avaliação global desses comportamentos no país (Junior et al., 2009). Essa é uma lacuna importante a ser preenchida visto que, de acordo com o Censo da Educação Superior em 2013, a população de jovens universitários brasileiros tem crescido rapidamente. Daí a importância de se conhecer os CRS desses jovens adultos que, à medida que ganham mais liberdade e independência ao ingressarem no ambiente universitário, ficam também mais expostos e vulneráveis a comportamentos de risco (Gasparotto, 2012).

Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de CRS de universitários de uma instituição pública no norte de Minas Gerais.

MÉTODO

Participantes

A pesquisa realizada é um recorte do projeto “Comportamentos de risco para a saúde de acadêmicos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)”, realizado pelo GIPESOM (Grupo Integrado de Pesquisa em Psicologia do Esporte, Exercício e Saúde, Saúde Ocupacional e Mídia), grupo de pesquisa vinculado à instituição.

O estudo teve natureza transversal. A população-alvo era constituída por 12.015 universitários matriculados em 2013 nos cursos de graduação em Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas e Tecnológicas, Ciências Humanas e Ciências Biológicas e da Saúde, oferecidos no campus principal da Unimontes, em Montes Claros e nos outros 12 campi nos municípios de Almenara, Bocaiúva, Brasília de Minas, Espinosa, Janaúba, Januária, Joaíma, Paracatu, Pirapora, Salinas, São Francisco e Unaí. A Unimontes é uma instituição pública que concentra estudantes de Montes Claros e também de outros municípios da região do norte de Minas Gerais.

O tamanho amostral foi determinado em função dos múltiplos comportamentos de risco investigados na pesquisa. Considerou-se uma prevalência máxima esperada de 50%, com nível de confiança de 95% e margem erro de 5%. Após a correção pelo efeito do desenho deff igual a 2 e acréscimo de 20% para taxa de não-resposta, determinou-se uma amostra mínima necessária de 960 indivíduos.

Os participantes foram selecionados por amostragem probabilística por conglomerado em dois estágios. No 1º estágio, foram selecionados, por amostragem aleatória simples (AAS), 50% dos matriculados nos cursos de cada área de conhecimento da Unimontes (Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas e Tecnológicas, Ciências Humanas e Ciências Biológicas e da Saúde). No 2º estágio, sorteou-se também por AAS, 25% dos alunos das turmas de cada curso selecionado. Os alunos dessas turmas que estavam presentes no momento da aplicação do questionário foram convidados a participar da pesquisa.

Foram incluídos no estudo 902 questionários (taxa de resposta de 94,0%), dos quais 605 (67,1%) eram estudantes do gênero feminino e 297 (32,9%) estudantes do gênero masculino. A maioria dos respondentes (56,2%) tinha idade menor ou igual a 21 anos e pertencentes à classe econômica C e D (82,2%). Outras informações sobre a população estudada são apresentadas no Quadro 1.

 

 

Material

  A versão em português do questionário YRBS que foi aplicada aos estudantes corresponde a uma tradução adaptada tranculturalmente (Teixiera, 2009). Esse instrumento reuniu informações referentes aos CRS, além de características sociodemográficas (gênero, faixa etária, cor de pele, estado civil, trabalho e classe econômica), acadêmicas (área de graduação, campus, turno e período). A classe econômica foi definida pelo Critério de Classificação Econômica Brasil da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa ABEP (CCEB, 2013). Os CRS considerados foram relacionados à: segurança pessoal, intenção de suicídio, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, consumo de drogas ilícitas, comportamento sexual, alimentação e atividade física, conforme detalhado no Quadro 2.

 

 

Procedimento

 Antes de responder os questionários, os estudantes foram informados sobre os objetivos da pesquisa e preservação do anonimato. Os questionários foram aplicados nas salas de aula, por equipe treinada e sob a supervisão dos pesquisadores responsáveis pelo projeto. Os estudantes depositaram os questionários preenchidos em um envelope sem identificação. Aqueles que não estavam presentes no momento da coleta, não foram contatados posteriormente e, portanto, excluídos do estudo.

As variáveis analisadas foram descritas por frequências absolutas e relativas, corrigidas pelo efeito do desenho (deff). Os CRS foram descritos por gênero e as prevalências com estimativas pontuais e intervalares (intervalo de 95% de confiança). Foi também investigado a exposição simultânea dos CRS mais prevalentes. Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa Predictive Analytics Software (PASW)® versão 19.0 para Windows®.

 Aspectos éticos

 O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros (Parecer nº 30679/2012) e todos os universitários que concordaram em participar do mesmo assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

RESULTADOS

Os CRS mais prevalentes foram: baixo consumo de frutas (87,7%), não uso de preservativo nas relações sexuais no último mês (63,1%), consumo de embutidos (47,9%), consumo de bebida alcoólica (45,7%), não uso de preservativo na última relação sexual (42,3%), bebida associada ao uso de veículo (39,6), não uso de cinto de segurança (34,7%) e consumo abusivo de bebida alcoólica (29,2%). Os CRS menos prevalentes foram: tabagismo diário (1,7%) e baixo consumo de saladas (1,6%) (Quadro 3).

 

 

Com relação à distribuição dos CRS, segundo o gênero dos participantes, foi observado que o gênero feminino apresentou maiores prevalências em baixo consumo de frutas (88,1%), não uso de preservativo nas relações sexuais no último mês (65,4%), consumo de embutidos (48,1%), não uso de preservativo na última relação sexual (46,9%) e consumo de bebida alcoólica (42,1%). Já entre os homens, os mais frequentes foram baixo consumo de frutas (86,9%), não uso de preservativo nas relações sexuais no último mês (58,8%), consumo de bebida alcoólica (52,9%), consumo de embutidos (47,5%) e bebida associada ao uso de veículo (43,1%). Quanto aos comportamentos de risco relacionados à atividade física, os resultados mostraram altas prevalências quando observou as atividades isoladas (exercício aeróbio, alongamento, resistência e caminhada), mas considerando que o jovem tenha realizado pelo menos uma dessas atividades, a prevalência foi menor (7,9%). As demais prevalências dos CRS, segundo o gênero, estão apresentadas no Quadro 3.

Além da identificação da prevalência dos CRS, os resultados mostraram a ocorrência simultânea dos comportamentos mais prevalentes: baixo consumo de frutas, não uso de preservativo nas relações sexuais no último mês, consumo de embutidos, consumo de bebida alcoólica, não uso de preservativo na última relação sexual, bebida associada ao uso de veículo, não uso de cinto de segurança e consumo abusivo de bebida alcoólica. Menos de 10% dos acadêmicos apresentaram nenhum ou um CRS; aproximadamente um em cada 10 (11,7%) apresentaram dois CRS e 81,83% apresentaram três ou mais (Figura 1). Essas frequências foram semelhantes entre os gêneros. O percentual de exposição a um maior número de CRS de forma combinada foi mais elevado nas mulheres (82,9%) do que nos homens (79,9%).

 

 

DISCUSSÃO

O presente estudo avaliou vários comportamentos de risco à saúde (CRS) em uma amostra de universitários do norte de Minas Gerais. Os universitários eram, na sua maioria, jovens, do gênero feminino, cor não branca, não tinham companheiro, e pertenciam às classes econômicas C e D. Corroborando dados do INEP (2014), que indicam que a educação superior brasileira é predominantemente feminina, a maioria dos universitários, selecionados por procedimentos aleatórios, eram mulheres. Dentre os CRS considerados, os mais frequentes na população de universitários estudada estavam associados à alimentação, hábitos sexuais e consumo de álcool.

A alimentação inadequada foi o CRS mais frequente para homens e mulheres, particularmente no que diz respeito à falta de consumo de frutas seguido do alto consumo de embutidos. Embora um estudo com universitários de Brasília tenha indicado consumo adequado de frutas (Faria, Gandolfi, & Moura, 2014), uma pesquisa com universitários de Santa Catarina também apontou baixo consumo de frutas e alto consumo de embutidos, o que os autores justificam pelo ritmo da vida cotidiana que favorece a prática do consumo de alimentos de preparo fácil e rápido, com altos teores de gorduras saturadas e trans, açúcar e sódio, onde o consumo de lanches vem substituindo as refeições tradicionais (Teo, Sá, Dall'Agnol, & Welter, 2014). Esse é um resultado preocupante uma vez que a prevenção das doenças crônicas não transmissíveis se dá através de uma alimentação saudável, onde se inclui o consumo de frutas e verduras, os quais são ricos em vitaminas, minerais e fibras (MS, 2014). Isso pode ser corrigido com medidas de incentivo às mudanças de práticas alimentares. Os universitários não reportaram baixo consumo de saladas e hortaliças ou consumo excessivo de doces, o que é um ponto positivo.

Outro CRS que prevaleceu foi o não uso de preservativo por 63,1% dos jovens que tinham vida sexual ativa (nos últimos 30 dias), especialmente entre mulheres. Em pesquisa no do Rio Grande do Norte, Oliveira et al., (2013) descrevem que 71% dos universitários estudados haviam relatado a prática de relação sexual sem preservativo. Atualmente os jovens iniciam sua atividade sexual precocemente e de forma desordenada, face à nova concepção liberal, não se preocupando com os riscos (Junior et al., 2007). Isso os coloca em situação de vulnerabilidade, especialmente quando se abstém do uso do preservativo que é importante para a prevenção do vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus), das DST e da gravidez indesejada. De qualquer forma, os resultados encontrados são importantes e requerem investigação mais profunda dos motivos que levam ao não uso do preservativo. Ainda em relação ao comportamento sexual, embora com baixa prevalência, detectou-se que 3,5% dos estudantes relataram ter sofrido relação sexual forçada, principalmente as mulheres (4,0%). O impacto da violência sexual é complexo e variado, e envolve consequências físicas, psicobiológicas, psicológicas e sociais (Espindola & Batista, 2013). As vítimas necessitam de apoio em saúde mental, pois podem desenvolver sequelas de longa duração (Facuri, Fernandes, Oliveira, Andrade, & Azevedo, 2013).

Um último CRS que apresentou alta prevalência foi o consumo de bebidas alcoólicas por homens e mulheres e, principalmente entre homens, esse consumo atingiu níveis abusivos. Esses dados corroboram achados para universitários de Fortaleza (Feijão et al., 2012) e Brasília (Faria et al., 2014). Influências socioambientais podem favorecer o consumo de álcool pelos universitários (Peuker, Fogaça, & Bizarro, 2006), uma vez que o acesso à bebida alcoólica é livre em todos os ambientes, especialmente bares situados nas proximidades das universidades. Também é comum a divulgação de festas nas universidades e até mesmo o patrocínio de eventos com bebidas alcoólicas (Júnior & Gaya, 2015). Agravando essa situação, o presente estudo mostrou que cerca de 49% dos universitários estudados vivenciaram experiência de consumo de álcool associado ao uso de automóvel. Esse índice foi maior em homens, possivelmente porque eles são mais ativos no trânsito além de comumente exibirem características como audácia, imaturidade, sensação de invulnerabilidade e inexperiência na condução (Bacchieri & Barros, 2011).

O consumo de bebida alcoólica é um dos comportamentos de risco à saúde que mais prejudica os jovens e a sociedade em geral. Apesar de ser considerado um hábito normal, o seu consumo em excesso pode provocar problemas como violência, acidentes de trânsito, dependência química, desnutrição, doenças hepáticas, gastrointestinais, cardiovasculares, respiratórias, neurológicas, do sistema reprodutivo e mentais (Feijão et al., 2012; Heckmann & Silveira, 2009). A ingestão do álcool provoca efeitos que vão desde a euforia até a falta de controle e sono, e quando o consumo é exagerado pode provocar o estado de coma. A dependência do álcool é condição frequente e atinge cerca de 10% da população adulta brasileira (CEBRID, 2010).

Embora os outros CRS tenham apresentado menor frequência, eles podem afetar significativamente a vida dos jovens estudados e devem ser considerados. Comumente associado ao consumo de álcool, o tabagismo na população estudada mostrou-se baixo, especialmente comparado a outros estudos (Beckert, Moysés, Gutoski, & Scrinci, 2016). Isso leva a crer que as campanhas de conscientização sobre os agravos que o fumo provoca à saúde têm sido positivas. Já o uso de drogas ilícitas foi mais alto, sendo observado em 8,9% do total da amostra e atingindo quase 15% da população masculina. Prevalências na ordem de 23% de usuários de drogas ilícitas foram registradas entre universitários da região do Alto Paranaíba, MG (Júnior & Gaya, 2015), e para população de homens universitários usuários de maconha no Espírito Santo (Teixeira, Souza, Buaiz, & Siqueira, 2010). O uso de drogas vem aumentando entre os jovens universitários, que eventualmente se encontram em uma fase de conflitos cognitivos e afetivos (Zeferino et al., 2015) e no meio universitário, se deparam com um ambiente propício para isso (Fachini, 2013). O uso de drogas causa danos à saúde, que podem levar à morbidade e à mortalidade (Chaves, O'Brien, & Pilon, 2005). As drogas alteram o nível de consciência, levando o jovem a se envolver em situações de violência, sexo sem preservativo, compartilhamento de seringas que podem transmitir doenças como o vírus HIV e hepatite, além de causar problemas familiares e de dependência (Giacomozzi, Itokasu, Luzardo, Figueiredo, & Vieira, 2012).

Em termos de segurança pessoal, chama a atenção os resultados relativos ao não uso do cinto de segurança além de, como discutido anteriormente, consumo de bebida alcoólica associada ao uso de veículo. O não uso de capacete e participação em brigas não chegou a 6,5% de prevalência. A falta de uso do cinto foi alta, especialmente quando comparado a índices na ordem de 20,4% a 20,8% de uma pesquisa de base populacional, PNS 2013 (Malta et al., 2016).

Apesar de negligenciado, o uso do cinto de segurança é obrigatório e pode prevenir significativamente lesões e mortes por acidentes de trânsito. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2013), no Brasil 20,6% das pessoas de 18 anos ou mais não usam cinto de segurança quando se sentam no banco da frente do automóvel. Além disso, a mortalidade de jovens por acidentes de trânsito é expressiva, sendo que dos 46.051 óbitos registrados em 2012, 15.362 corresponderam a jovens de 15 a 29 anos (Waiselfisz, 2014).

Em se tratando de tentativa de suicídio, as mulheres apresentaram maior prevalência que os homens, embora esse valor tenha sido menor que o reportado para universitários de Brasília (Faria et al., 2014). Ainda assim, é preocupante que quase 10% dos estudantes tenham pensado em suicídio, e que 4% das mulheres tenham chegado a tentar suicídio. O suicídio não é um episódio isolado, acontece sob influência de um comportamento impulsivo e da interação dos vários fatores de cunho pessoal, social, psicológico, cultural, biológico e ambiental (WHO, 2014).

Com relação à atividade física, os resultados mostraram que apenas 7,9% da população era inativa (realizou pelo menos uma atividade física), sendo maior entre os homens (10,1%). Resultado diferente foi encontrado dentre universitários com baixa atividade física em Sergipe, onde mulheres (16,3%) predominavam sobre os homens (5,8%) (Silva, 2011). De qualquer forma, os universitários estudados se mostraram preocupados em praticar atividade física e ter um estilo de vida saudável, visto que as prevalências de baixa atividade foram bem inferiores a estudantes paranaenses cuja prevalência de baixa atividade física atingiu 30% da população (Souza, Bonfante, Junior, & Lopes, 2015). Talvez essa diferença seja explicada pela constante atuação do curso de Educação Física da instituição do presente estudo, que frequentemente promove eventos de valorização da prática esportiva e de atividade física.

A atividade física melhora a qualidade de vida e ajuda na prevenção de doenças cardíacas e outras como hipertensão, osteoporose e depressão. O aumento do número de academias de ginástica e a publicidade em torno de um corpo saudável têm contribuído para essa mudança de hábito entre os jovens. A universidade, por sua vez, pode auxiliar os acadêmicos oferecendo atividades extracurriculares que incentivem a adoção do comportamento ativo, disponibilizando locais seguros de prática e estimulando a participação coletiva da comunidade acadêmica.

Outro aspecto a ser considerado é a exposição simultânea dos universitários a diferentes CRS. Considerando os comportamentos mais prevalentes, a maioria dos universitários estudados apresentou três ou mais CRS, sendo a prevalência maior entre o gênero feminino, entretanto até dois CRS a prevalência foi semelhante entre homens e mulheres. Esses resultados foram observados em estudo prévio realizado entre universitários catarinenses (Júnior & Lopes, 2004). Observa-se, neste estudo, prevalência elevada para dois ou mais CRS e reforça a vulnerabilidade dessa população a comportamentos de risco.

As limitações do estudo incluem o desenho transversal, que inviabilizou relações de causalidade e os desvios de interpretação por utilizar questionários com questões autorreferidas. Além disso, não foram coletados os dados de alunos que não estavam em sala de aula no dia da coleta. Finalmente, mesmo que o questionário tenha sido anônimo, não se pode descartar a possibilidade de viés de informação em relação a consumo abusivo de bebidas alcoólicas, tabagismo, drogas e utilização irregular de preservativos nas relações sexuais, sendo possível que tais prevalências tenham sido subestimadas no presente estudo.

Os jovens universitários estudados no norte de Minas Gerais apresentaram comportamentos que colocam em risco a sua saúde, destacando-se entre eles, a alimentação inadequada, com baixo consumo de frutas e o consumo de embutidos, o não uso de preservativo em relações sexuais e o consumo de bebida alcoólica. Além disso, eles geralmente estão expostos, simultaneamente, a dois ou mais comportamentos de risco, pois geralmente um comportamento negativo acaba levando a outro.

Objetivando melhorar o estilo de vida dessa população, sugere-se que trabalhos de intervenção e ações educativas, como campanhas de esclarecimento e conscientização sejam realizados no ambiente acadêmico, para minimizar os riscos aos quais os universitários estão expostos. Os achados desse estudo poderão contribuir para traçar um panorama dos riscos de saúde para os universitários brasileiros.

 

REFERÊNCIAS

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Recebido em 26 de Agosto de 2016/ Aceite em 19 de Abril de 2018

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