SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.9 número1Sintomatologia depressiva e qualidade de vida na população geralPediatric oncology quality of life scale – POQOLS: adaptação de um instrumento para a população portuguesa índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Psicologia, Saúde & Doenças

versão impressa ISSN 1645-0086

Psic., Saúde & Doenças v.9 n.1 Lisboa  2008

 

Qualidade de vida em mulheres que procuram atendimento ginecológico

 

Luciana Balestrin Redivo, Blanca Susana Guevara Werlang*, & Marisa Campio Müller

Universidade Católica do Rio Grande do Sul-Porto Alegre-Brasil

 

RESUMO: Foi avaliada a qualidade de vida de mulheres que procuram atendimento ginecológico e se o motivo do atendimento estava relacionado à qualidade de vida. A amostra foi constituída por 100 mulheres do sistema público de saúde e 100 do sistema privado. Foi utilizada uma ficha de dados sócio-demográficos e o Questionário Genérico de Qualidade de Vida SF-36. As participantes do sistema público apresentaram valores mais baixos no SF-36 sinalizando menor qualidade de vida que as participantes do sistema privado. Observou-se maior quantidade de atendimentos por revisões ginecológicas no sistema privado predominando no sistema público o atendimento por sintomatologia e tratamento. Encontraram-se diferenças significativas entre o domínio da saúde geral (sistema público) que buscou atendimento por sintomatologia (p= 0,04) e entre o domínio físico (sistema privado) que consultou por revisão (p= 0,001).

Palavraschave: Qualidade de vida, Ginecologia, Sistema de saúde público e privado.

 

Life quality in women who seek gynecological health care

ABSTRACT: The life quality of women who seek gynecological health care was assessed investigating whether the motive to search for gynecological services is related to life quality. The sample was made up with 100 women in the public health system and 100 in the private system. A sociodemographical data form and the SF-36 Generic Life Quality Questionnaire were used. The participants in the public system showed lower values in the SF-36, signaling lower life quality than the participants in the private system. A higher amount of regular gynecological exam consultations was found in the private system, being the public system predominantly searched for symptomatology and treatment. Significant differences were found between the general health domain (public system) that called for symptomatology care (p= 0.04) and between the physical domain (private system) that consulted for regular exams (p= 0.001).

Key words: Life quality, Gynecology, Public and private health system.

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

REFERÊNCIAS

Bacchi, J., Salinas, P. & Gorayeb, R. (2003). Ser mulher dói: relato de um caso clínico de dor crônica vinculada à construção da identidade feminina. Revista latinoamericana Psicopatologia Fundamental, 6, (2), 26-35.         [ Links ]

Barreto, R. (2001). Corpo da mulher: a trajetória do desconhecido na Bahia do século XIX. História: Questões e debates, 34, 127-156.

Bradley, S., Rose, S., Lutgendorf, S., Costanzo, E. & Anderson, B. (2006). Quality of life and mental health in cervical and endometrial câncer survivors. Gynecologic Oncology, 100, 479-486.

Bowling, A. (1997). Measuring Health: a review of quality of life measurement scales. Buckingham: Open University Press.

Buss, P. M. (2000). Health promotion and quality of life. Ciência e saúde coletiva, 5 (1), 163-177.

Chaaya, M. M., Bogner H. R., Gallo, J. J. & Leaf, P. J. (2003). The association of gynecological symptoms with psychological distress in women of reprodoductive age: a survey from gynecology clinics in Beirut, Lebanon. Journal of psychosomatic obstetrics and gynecology, 14(3), 175.

Caixeta, M. (2005). Psicologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Ciconelli, R.Z., Ferraz, M. B., Santos, W., Meinão, I. & Quaresma, M.R. (1999). Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF36 (Brasil SF36). Revista Brasileira de Reumatologia, 39 (3), 143, 150.

Ciconelli, RM. (1997). Tradução para o português e validação do questionário genérico de qualidade de vida do Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (SF-36). Tese de Doutorado-Escola Paulista de Medicina-São Pualo: UNIFESP.

Fonseca, R. M. G. S. (1997). Espaço e gênero na compreensão do processo saúdedoença da mulher brasileira. Revista latino americana de enfermagem-Ribeirão Preto, 5(1), 5-13.

Glover, L., Novakovic, A. & Hunter, M. S. (2003). Women´s needs and preferences for psychological help and support in a gynaecological outpatient service. Journal of reproductive and infant psychology chichester, 21,(3), 195-206.

Gonçalves, R. A. (2002). Vivencias do climatério. Dissertação de mestrado. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Programa de Pós Graduação em Psicologia.

Green, J. & Hetherton, J. (2005) Psychological aspects of vulvar vestibulits syndrome. Journal of psychossomatic obstetrics and gynecology, 2 (26), 101-106.

Haidar, F. H., Oliveira, U. F. & Nascimento, L. F. C. (2001). Escolaridade materna: correlação com os indicadores obstétricos. Caderno de Saúde Pública, 17(4), 1025-1029.

Heinisch, L. M. M. (2003). Otimização da entrevista médica. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.

Kollner, V., Einsle, F., Haufe, K., Weidner, k., Distler, W. & Joraschky, P. (2003). Psychosomatic Complaints and utilization of psychosomatic consultation services in gynecology and obstetrics. Psychotherapie, Psychosomatik, medizinische Psychologie, 53, 485-493.

Leal, E. A. S., Junior, O. S. L., Guimarães, M. H., Vitoriano, M. N., Nascimento, T. L. & Costa, O. N. (2003). Lesões precursoras do colo do útero em mulheres adolescentes e adultas Jovens no Município de Rio Branco-Acre. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 25 (2), 81-86.

Lima, A.F.B.S. (2002). Qualidade de vida em pacientes do sexo masculino dependentes de álcool [dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Lobato, O. (1992). O problema da dor. In: J. M. Mello. A Psicossomática Hoje (pp. 165-178).Porto Alegre: Artes Médicas Sul,

Manda, E. N. T. & Silva, G. B. da (2000). Recursos e estratégias em saude: saberes e praticas de mulheres nos segmentos populares. Revista Latinoamericana de Enfermagem,8(4), 15-21.

Matta, A. Z. (2005). Aspectos psicológicos de Mulheres com endometriose. Dissertação de mestrado. Pós Graduação em Psicologia PUCRS.

Minayo, M. C. S., Hartz, Z. M. A. & Buss, P. M. (2005). Quality of life and health: a necessary debate. Ciência e saúde coletiva, 5 (1), 7-18.

Morgado, A. F. & Coutinho, E. S. F. (1985). Dados de Epidemiologia descritiva de transtornos mentais em grupos populacionais do Brasil. Cadernos de Saúde Publica, 1(3), 327-347.

Moscucci, O. (1996) The science of woman: gynecology and gender in England (1800-1929). Cambridge: Cambridge University Press.

Nunes, S.O.B., Onishi, L.O., Hashimoto, S.M., Kikuchi, R., Toledo, L.G.M., Koike, A. (1999). A historia familiar e a prevalência de dependência de álcool e tabaco em área metropolitana na região Sul do Brasil. Revista Psiquiatria Clínica, 26(3) 84-89.

Ozkan, S., Alatas, E. S., Zencir, M. (2005). Women’s quality of life in the premenopausal and postmenopausal periods. Quality of life research, 14, 1795-1801.

Pedro, A. O., PintoNeto, A. M., Paiva, L. C., Osis, M. J. & Hardy, E. (2002). Procura de serviço médico por mulheres climatéricas brasileiras. Revista de Saúde Pública, 36(4), 484-90.

Pilkington, F. B. & Mitchell, G. J. (2004). Quality os life for women living with gynecologic câncer. Nursing Science Quarterly, 17(2), 147-155.

Rohden, F. (2002) Ginecologia, gênero e sexualidade na ciência do século XIX. Horizontes Antropológicos, 17(8), 101-125.

Schroll, M. (2003). Physical activity in an ageing population. Scandinavian Journal od Medicine and Science in Sports, 13, 63-69.

Seidl, E.M.F. & Zannon, C. M. L. C. (2004). Qualidade de Vida e Saúde: Aspectos Conceituais e Metodológicos. Cadernos de Saúde Pública, 20 (2), 580-588.

Seixas, L. C. (2005). Humanização da Assistência à Saúde. Boletim do Instituto de Saúde, 36, 45.

Souza, S. R. & Venâncio, S. I. (2005). Humanização do parto e do nascimento no Estado de São Paulo. Boletim do Instituto de Saúde, 36, 25-26.

Uskul, A. K. & Ahmad, F. (2003). Psysicianpatient interaction: a gynecology clinic in Turkey. Social Science & Medicine, 57, 205-215.

Vitorino, D. F. M., Martins, F. L. M., Souza, A. C., Galdino, D. & Prado, G. F. (2004). Utilização do SF36 em ensaios clínicos envolvendo pacientes fibromiálgicos: determinação de critérios mínimos de melhora clínica. Revista Neurociências,12 (3), 147-151.

Werlang, B., Fensterseifer, L & Borges, V. R (2006). Dor psicológica e suicídio: aproximações teóricas. In: B. Werlang & M. F. Oliveira (Edt) Temas em Psicologia Clínica(pp.67-76), São Paulo: Casa do Psicólogo,.

WHOQOL Group (1995). The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Social Science and Medicine 41(10), 403-409.

Wonjar, M., Drozdz, W., Araszkiewics, A., Szymanski, W., NawackaPawlaczyk, D., Urbanski, R. & Hegedus, A. M.(2003).Assessment and prevalence of depression in women 45-55 years of age visiting gynecological clinics in Poland. Archives of Women’s Mental Health,6, 193-201.

 

Recebido em 7 de Outubro de 2007 / aceite em 15 de Fevereiro de 2008

 

* Contactar para Email: bwerlang@pucrs.br