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Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher

versión impresa ISSN 0874-6885

Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher  no.35 Lisboa jun. 2016

 

TOPONÍMIA NO FEMININO

Braga, Toponímia no Feminino V **

Maria Ivone da Paz Soares *


 

FREGUESIA DE FRAIÃO

Como foi anteriormente afirmado, pertence à União das Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães.

Apesar de possuir um nome do tempo dos Godos, os primeiros documentos que nos falam de Fraião surgem em 904, quando, em 1089, o “Dominus” e sua mulher doam ao presbítero Andiário metade de uma vinha que possuíam. Em fevereiro de 1217, aparece pela primeira vez referida a paróquia de Santiago de Fraião. No século XV, esta freguesia estava anexada a Santa Cristina de Longos, situação que se manteve até 1525.

Referência desta freguesia é a Fonte das Águas Férreas, uma das primeiras obras do arquiteto Carlos Amarante, datada de 1773, espaço que terá acolhido ao longo dos séculos muito movimento no feminino.

Em termos administrativos, Fraião esteve anexada a Nogueira, tornando-se independente em 20 de fevereiro de 1903.

Na encosta da serra do Sameiro e pelo vale de Lamaçães, sofreu uma densa urbanização, principalmente a partir de 1991.

Já na Faces de Eva n.º 21, para esta dinâmica freguesia, foram apresentados quatro topónimos. Acrescentaremos:

Rua Ana Araújo e Sá. (Deliberação da Junta de Freguesia em 21-02-2006, aprovada pelo Executivo Municipal em 20-04-2006) – Testemunho cedido pela Dr.ª Salomé Sousa:

A querida “Tia Aninhas”, Ana de Jesus Araújo e Sá, continua a ser lembrada pelos seus herdeiros, por benemérito desta benfeitora. Neste momento em que é realizado o Loteamento de Domingos de Araújo e Sá (Maria Zélia da Cunha Ribas), na Quinta de Calvelo de Baixo, desta freguesia de Fraião, os herdeiros pretendem lembrar para sempre, a memória da “Tia Aninhas”, que lhes deixou esta quinta, onde cresceram e criaram os seus filhos.

Esperamos concertar o devido agradecimento, mediante esta dedicação, por tudo de bom feito em prol desta Freguesia de Fraião. Esta Quinta de Calvelo forneceu à freguesia de Fraião e freguesias vizinhas durante anos, com os seus produtos agrícolas, também todo o trabalho realizado durante estes anos, com o suor de lavrar as terras, de forma a manter verdes e férteis as terras desta quinta, para obter o seu sustento.

A “Tia Aninhas” foi solidária amiga para com várias instituições, por exemplo da Igreja Paroquial de Fraião; Seminário Conciliar de Braga; Colégio da Regeneração; Creche de Braga; Confraria do Santíssimo Sacramento de Fraião; Universidade Católica da freguesia de Fraião; O Padre Feliciano Peixoto, pároco desta freguesia durante muitos anos.

Tudo isto entre outras ofertas, não terá sido em vão, se for memorizado. Vemos várias personalidades a serem lembradas, pelo mérito e pelos seus feitos, assim também nos orgulhamos da nossa querida Ana de Jesus Araújo e Sá, que está merecendo igual distinção, para que possa ser sempre o nosso exemplo de caminhada, da sua família e sobrinhos que nunca esqueceu.

FREGUESIA DE LAMAÇÃES

Como foi anteriormente afirmado, pertence à União das Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães.

É no estudo realizado pelo pároco Dr. António Oliveira Gomes que colhemos as informações sobre estas freguesias. Lamaçães, freguesia irmã gémea de Fraião, é um topónimo de origem pré-romana ou talvez celta. Remonta o seu documento mais antigo ao ano de 899, e é relativo a uma pretensa doação de D. Afonso III (de Leão) no dia da Consagração da Catedral de Santiago de Compostela.

Lamaçães está igualmente ligada à Condessa D. Toda (mãe de Elvira, casada com o Rei D. Afonso V de Leão, que ficou a governar o Condado Portucalense), porque depois da sua morte, ao dividirem os seus bens, em 1207, as herdades de Lamaçães tocaram à filha do Conde Mendo Gonçalves, a Condessa Ilduara Mendes e marido, o Conde Nuno Alvites, que os deram, por sua vez, em parte, aos encarregados de zelar pelos haveres de D. Toda em Lamaçães, como indemnização pelos prejuízos sofridos.

Conta-se que uma nobre e abastada dama, Toda Eitaz, que depois de ser raptada para a desonrarem, pelo feitor do Conde D. Henrique, chamado Ordonho, preferindo morrer a ser violada, encomendou-se à proteção de S. Geraldo e conseguiu, fingindo ir buscar água à fonte, esconder-se no bosque, sendo salva por intermédio do Arcebispo de Braga, S. Geraldo, a quem deixou todos os seus bens, alguns deste vale de Lamaçães (Herculano, 1958, p. 56; Ferreira, 1928, p. 115; Peres, 1992, p.  51).

Rua da Glória. (Deliberação da Junta de Freguesia em 29-03-1996, e aprovada pelo Executivo Municipal em 11-11-1996) – Nos registos da secção da toponímia da Câmara não se sabe “se é nome próprio ou nome comum”.

E dois hagiotopónimos:

Rua Senhora da Purificação. (Deliberação da Junta de Freguesia em 29-03-1995, aprovado pelo Executivo Municipal em 11-11-1996) e Praceta Senhora da Purificação (Deliberação da Junta de Freguesia em 14-102002, aprovado pelo Executivo Municipal em 04-12-2003) – Há várias denominações para a Virgem da Purificação, destacando-se Nossa Senhora da Candelária, das Candeias, da Luz e da Apresentação. As mulheres no século I eram encaradas impuras após o parto, não podendo conviver durante alguns dias, nem sequer ir a atividades religiosas. Passado o período do resguardo, tanto a mãe como a criança deveriam ir ao Templo. Ela submetia-se a ser “purificada” como a Lei determinava e a criança era apresentada ao Senhor.

FREGUESIA DE NOGUEIRÓ

A área onde está implantada, no cimo do Monte da Consolação, talvez seja povoada desde a Idade do Ferro e posteriormente romanizada. A povoação que hoje conhecemos é o resultado da junção das freguesias de São Romão de Dadim e São Salvador de Nogueiró, pedida pelos habitantes das duas, cerca de 1675, mas esta já existiria antes da fundação da nacionalidade portuguesa. Foi bastante pungente o sofrimento dos seus habitantes aquando das invasões francesas (Oliveira, 2010, pp. 21-49).

Em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, houve mais uma união, a das antigas freguesias de Nogueiró e Tenões, com sede em Nogueiró.

FREGUESIA DE TENÕES

Como vimos, está unida à freguesia de Nogueiró pela Lei 11-A/2013, conservando cada uma a sua história e identidade.

Os  habitantes  do  Castro  da  Consolação,  em  Nogueiró, estender-se-iam pelos terrenos desta freguesia. Atualmente, persiste o lugar do Castro. A mais antiga referência conhecida da freguesia de Sancta Eolália de Telones reporta-se a 899, quando a igreja foi doada ao bispo de Santiago de Compostela. Mais uma vez, a condessa D. Ilduarda surge numa carta de incuminação das herdades que o conde Savarigo lhe fez. Outro documento datado de 1220 refere o nome da padroeira, Sancta Ovaia de Tellonis. No século XV, o arcebispo de Braga, D. Fernando Guerra, menciona pertencer a freguesia ao deodato da Sé, anexando-lhe as freguesias de Espinho, Sobreposta, Pedralva e Lageosa ([Junta de Freguesia de Tenões], 2005, p. 3).

Rua Maria Cardosa. (Proposta pela Junta de Freguesia em 19-09-2004 e aprovada em reunião de Câmara, de 13-01-2005) – Maria da Luz Costa, natural de Tenões, ou Maria Cardosa (nome pelo qual era conhecida), senhora de grande paixão pela freguesia e sempre disposta a colaborar, nasceu a 20 de dezembro de 1905 e faleceu a 4 de janeiro de 1993. Salientam-se das suas iniciativas a condução da luz elétrica para a igreja, custeando todas as despesas e pagando ela própria o consumo durante muitos anos. Impulsionou igualmente a construção do salão paroquial, tendo custeado parte dos materiais. Era uma pessoa que gozava de prestígio e consideração do povo pelo bem que também praticava.

Rua Teresa Amélia Gonçalves. (Proposta pela Junta de Freguesia em 19-09-2004 e aprovada em reunião de Câmara de 13-01-2005) – Teresa Amélia Marques Pinto Ferreira Gonçalves foi Dama da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém (Ordem Honorífica Pontifícia), concedida pelo Papa João Paulo II; Secretária do Instituto Monsenhor Airosa; Presidente da Congregação Mariana e das Confrarias Vicentinas de S. Vicente de Paulo e ainda Membro dos Grupos Voluntários de Apoio da Cruz Vermelha.

FREGUESIA DE LOMAR

Lomar é uma freguesia semiurbana, embora a ruralidade de diversos locais e raízes a identifiquem como tal.

A referência histórica mais antiga reporta-se a um documento de 667. O antigo mosteiro de São Pedro de Lomar pertencia à ordem de São Bento e foi mandado fundar ou reedificar por Ameana de Selheris, mulher de D. Arias Carpinteiro, referido num documento de 1088, e continuando a albergar a comunidade religiosa em 1358. O título de divisão e demarcação da igreja da capela do mosteiro de S. Pedro de Lomar é feito nos anos 1590, pelo Abade André Vieira. “Este lugar foi coutado por D. Afonso Henriques.”

O topónimo Lomar deriva do nome próprio árabe “Al-Omar”, ou “Al-Amar” ou “Al-Hamar”, porém, também se atribui origem germânica a este antropotopónimo (Lima, 2012, p. 95). Na serra que demarca Lomar de Guisande, existem vários indícios de fortificações muito antigas.

No âmbito da reforma administrativa nacional de 2013, foi agregada à freguesia de Arcos, para formar uma nova entidade autárquica denominada União das Freguesias de Lomar e Arcos, da qual é a sede.

Poderá servir como exemplo para outras freguesias a criação de uma Comissão Toponímica para investigar a história e a toponímia, como foi desenvolvida em Lomar, com António Rolando Pimenta e Silva, Artur Azevedo Ferreira e Narciso da Costa Nogueira, que culminou no estudo dos lugares da freguesia e na aprovação de um projeto global com mais de uma centena de nomes de ruas de São Pedro de Lomar.

Os dados que partilhamos foram generosamente cedidos pelo presidente da União das Freguesias de Lomar e Arcos, Dr. António Rolando Silva.

Já na Faces de Eva, n.º 21, para esta diligente freguesia foi apresentado um topónimo que o Dr. Rolando Silva aprofundou, o que vai enriquecer os dados biográficos conhecidos.

Rua Madre Maria Rosa Flesh. . A venerável Madre Maria Rosa Flesh foi fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora dos Anjos. Nasceu em Schoenstatt, Alemanha, a 24 de fevereiro de 1826.

Esta Congregação de âmbito internacional procura servir os diferentes povos e culturas do mundo.

Na origem da sua fundação estão as necessidades e a miséria social, os doentes que necessitam de ajuda, especialmente os abandonados e sem recursos, os órfãos que ninguém quer aceitar.

Em 1906 faleceu Madre Maria Rosa Flesh. A Congregação contava na altura com 900 irmãs nas suas 75 filiais.

Em 1962, foi publicada a primeira biografia de Madre Maria Rosa Flesh, de autoria de uma religiosa beneditina, Maura Boeckeler.

Em Portugal surge a fundação da primeira casa filial daquela Congregação em 1995 na freguesia de Lomar e no Lugar da Estrada com três irmãs. Estas estiveram ao serviço da assistência social no Centro de Bem-Estar “A Canção” de Lomar da APPACDM e no Centro Social da Paroquia de S. Pedro de Lomar. Destacaram-se ainda pelo empenho e colaboração em diversas atividades de natureza humanitária, social e cultural.

Rua Isaura Pereira. . (Deliberação pelo executivo municipal em 09-011997) – Isaura da Silva Pereira é a maior benfeitora da paróquia de Lomar.

Mas, em 19 de junho de 2005, Deus chamou a Si, depois de longo tempo no leito, D. Isaura da Silva Pereira, da Rua do Ventoso.

Todos a conhecemos entusiasmada pelas coisas da igreja. Era limpar, assear, tratar e oferecer toalhas, paramentos e as mais diversas alfaias do culto. Era participar em todas as cerimónias e trabalhos apostólicos que podia.

Foi, para ela, uma grande alegria a construção da nova igreja paroquial (inaugurada em 1982). Prometeu, com o marido, ajudar em tudo o que pudesse. E fê-lo mais e melhor que todos. Foram os dois órgãos, quase todos os sinos, a pintura interior da igreja, uma grande oferta para o revestimento exterior e a dádiva à paróquia do terreno para o belo parque do adro da igreja.

Mas, maior que tudo isto, foi o carinho com que o fez e a maneira como se revia em todos estes trabalhos graciosos.

Rua da Bouça das Mouras e Rua da Quinta das Mouras.. (Aprovadas pelo município de Braga em 9-01-1997) – “Estas novas designações surgem numa zona da freguesia circunscrita ao antigo Lugar das Mouras. Aqui, convém recordar que nas Memórias Paroquiais, e noutros documentos anteriores a 1758, o antigo Lugar das Mouras nunca foi referido. Provavelmente, estaria inserido num lugar com outra designação.”

Deste modo, podemos deduzir que “o antigo Lugar das Mouras foi designado após 1758. Seria necessário aprofundar a designação Mouras, e talvez, para não cair no esquecimento, as origens de Lomar, numa alusão às mulheres árabes, ao Al-Omar, nome próprio árabe.”

FREGUESIA DE ARCOS SÃO PAIO

Etimologicamente, Arcos provavelmente estará ligada à existência de uma antiga ponte com arcos, sobre o rio Arcos que a atravessa e que lhe dá o nome. Está situada no sopé da encosta do Monte de Santa Marta das Cortiças. Pode referir-se igualmente a Paio de Córdova, um santo do tempo da reconquista da Península Ibérica.

Atrativa pelo seu artesanato, onde se destaca o trabalho em arte sacra, encontra ainda motivos dignos de visita e apreciação na área da monumentalidade, sobressaindo a igreja matriz, o Cruzeiro e a Casa das Bouças que ostenta um brasão setecentista.

Esteve anexada à freguesia de Nogueira, tendo sido desanexada para efeitos administrativos a 7 de maio de 1871 e para efeitos judiciais e civis a 28 de dezembro de 1898. Como referenciámos, está agregada à União das Freguesias de Lomar e Arcos. Relativamente à toponímia, o Dr. António Rolando Silva confirmou apenas um hagiotopónimo.

Rua Santa Marta. . (Deliberação da Junta de Freguesia em 13-07-2007, aprovada pelo executivo municipal em 08-11-2007) e Travessa Santa Marta (Deliberação da Junta de Freguesia em 12-05-2009, aprovada pelo executivo municipal em 23-12-2010).

FREGUESIA DE MORREIRA

Data de 1029 o documento mais antigo onde vem mencionada a povoação, mas com o nome de Vila Cova. D. Afonso Henriques fez desta localidade uma “honra”. Cerca de duzentos anos depois, é referida como São Miguel de Vila Cova e cerca de 1290 aparece já como paróquia. Em 1749, torna-se conhecida como São Miguel Vila Cova de Morreira, chegando à atualidade apenas como Morreira.

“Segundo contam os antigos, aquando a reconstrução da igreja matriz da povoação, foi encontrada uma pedra triangular que se mantinha de pé e apresentava uma pequena cavidade no centro. Essa pedra suscitou estranheza e um certo fascínio às gentes locais”, tendo depois sido utilizada como vaso onde se colocava o azeite para “acender a lamparina do Santíssimo”. Há quem faça a relação com a designação da Igreja Vila Cova da Morreira. Porém, conta uma lenda que justifica o topónimo da povoação que ela estava situada entre dois morros, o que se coaduna com a realidade geográfica.

A denominação de Morreira mostra que é “um topónimo proveniente do substantivo morro. Também a existência de uma lenda endossa o sentido orográfico do nome aplicado à freguesia” (Lima, 2010, p. 64).

Igualmente extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, foi    agregada à freguesia de Trandeiras, para formar uma nova entidade autárquica denominada por União das Freguesias de Morreira e Trandeiras, da qual é sede.

Rua Olívia Vieira de Oliveira. . (Proposta pela Junta de Freguesia em 27-04-2005 e aprovada em 06-10-2005) – Denominada primeiro de Rua do Carregal, depois Rua Nova do Carregal e ainda de Calçado do Carregal. Alteração proposta pela Junta de Freguesia e aprovada pela Assembleia de Freguesia e por todos os moradores. Olívia Vieira de Oliveira era natural da freguesia da Morreira, muito amiga dos pobres, pois em tempos difíceis chegou a ter pessoas idosas na sua casa, tratando delas até ao seu último dia de vida. Foi por seu intermédio que se conseguiu terreno gratuito para se fazer a dita rua. Era amiga de criar sempre uma boa harmonia com todos os vizinhos, pois tinha um estabelecimento de mercearia que em 2004 completou 100 anos de porta aberta, e sempre nas mãos da mesma família.

FREGUESIA DE TRANDEIRAS

Como foi anteriormente afirmado, pertence à União das Freguesias de Morreira e Trandeiras, com a sede em Morreira.

O povoamento do território desta freguesia é anterior à nacionalidade, o que é confirmado pela existência do lugar de “Ruílhe”, possivelmente relacionado com o castro do Monte de Santa Marta e com o período da romanização. Este lugar corresponderia a uma “villa”, como aparece referenciada em “documentos da Sé bracarense do século XI, e teria sido propriedade de um rei visigodo da Península. Existem documentos comprovativos de que o território, hoje ocupado por Trandeiras, foi possessão do casal Eirigo Eitaz”, o qual fez a doação ao bispo D. Pedro, em 1072.

Existem referências a Trandeiras, durante a Idade Média, mais concretamente à nobreza que aí vivia, conhecida por “os de Trandeiras”, quer fosse por nascimento quer por possuírem o solar da família nesta localidade.

Em 1128, ficou pertença da coroa portuguesa, “como resultado de uma troca entre o infante D. Afonso Henriques e a Sé bracarense” (Ferreira, 2000, p. 122;).

Apenas a hagiotoponímia no feminino está presente.

Rua Santa Marta.. Deliberação da Junta de Freguesia em 28-10-1999, aprovada pelo executivo municipal em 09-03-2000.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ferreira, J. (dir.). (2002). A nossa terra: roteiro Braga. Braga: Socitrom, D. L. 2000.         [ Links ]

Ferreira, J. A. (1928). Fastos Episcopais da Igreja Primacial de Braga. Vol. I. Braga: Mitra Bracarense.

Herculano, A. (1958). Portugaliae Monumenta Historica, Scriptores. vol. I, fasc. I.

Lima, A.T. (2012). De Bracara Augusta a Braga: análise toponímica de um concelho português (Dissertação de pós-graduação, Universidade de São Paulo, Brasil). Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-01032013-125451/es.php

Oliveira, E. P. de. (2010). Nogueiró (Braga), Braga: Junta de Freguesia de Nogueiró         [ Links ].

Peres, D. (1992). Como nasceu Portugal, Porto: Ed. Vertente.         [ Links ]

Tenões... um lugar para todos.         [ Links ] (2005). Bracara Augusta, 48, 161. Braga: Junta de Freguesia de Tenões.

Livro de registo da câmara municipal de Braga. (1833/1834, fl. 5). Arquivo da Câmara Municipal, Braga.

 

NOTAS

* Licenciada em História pela Universidade de Coimbra, mestre em História das Instituições e Cultura Moderna e Contemporânea pela Universidade do Minho. Conjugou a lecionação com múltiplas ações de defesa, estudo e divulgação do Património Cultural, dedicando-se com mais incidência à difusão do livro e incremento do gosto pela leitura. Aposentada.

** Este texto é a continuação da Toponímia constante na Revista Faces de Eva nº 32, publicada em 2014.