SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.19 número1-2Teste empírico de um modelo sobre as relações entre os sistemas de valores e as atitudesPromover a divulgação científica da psicologia: Os encontros com a psicologia na livararia Barata índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Psicologia

versão impressa ISSN 0874-2049

Psicologia v.19 n.1-2 Lisboa  2005

 

As redes sociais no processo de difusão da informação: Do modelo de Granovetter ao de Flache‑Macy

 

Luis Soczka[1]

 

Resumo: Em qualquer dos campos da actividade humana coloca­‑se sempre o problema dos canais de difusão de informação e de adopção de inovações. Ora, a questão da difusão de inovações liga­‑se de perto ao tema do sistema de ciência, e não só na vertente de difusão de produtos tecnológicos, já que as inovações não têm necessariamente de ser produtos materiais. Podem muito bem ser ideias, conceitos, hipóteses, modelos, teorias. Neste trabalho, o autor aborda o modelo da força das ligações fracas de Granovetter e da difusão em rede social das inovações de Flache­‑Macy, sustentando que as abordagens mais convincentes das dinâmicas de difusão se situam na encruzilhada da Psicologia Social com a Análise de Redes Sociais, já que tudo indica que a difusão opera através de redes sociais. O problema não está em ver os estudos de influência social como estratégicos para o estudo de redes sociais, mas justamente o contrário: encarar as redes sociais como uma arena estratégica para o estudo dos processos de influência social.

Palavras‑chave: redes sociais, processo de difusão da informação, modelo de Granovetter, modelo de Flache­‑Macy

 

Social networks in the process of diffusion of information: From Granovetter’s model to the model of Flache‑Macy

Abstract: In any facet of human activity the problem of the channels for innovation diffusion and information transmission must be dealed with. Innovation diffusion is a concept directly linked to the science system and not only to technological or market objects, since innovation objects may also be ideas, new models or theories. In this work the author analyze Granovetter’s “strength of weak ties” and Flache­‑Macy’s social network diffusion models, putting forward that diffusion operates through social networks and those must be seen as the strategic arena for the analysis of social influence studies in the science system.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

Referências

Bass, F. M. (1969). A new product growth model for consumer durables. Management Science, 15, 215­‑227.        [ Links ]

Borges, M. J. (1994). Mudança em perspectiva: Redes psico­‑sociológicas e efeito de propinquidade no Bairro da Liberdade. Monografia de licenciatura em Psicologia Social não publicada. Lisboa: ISPA

Burt, R. S. (1987). Social contagion and innovation: Cohesion versus structural equivalence. American Journal of Sociology, 92, 1287­‑1335.

Cartwrigth, D. (1965). Influence, leadership, control. In G. March (Ed.), Handbook of organizations (pp. 1­‑47). Chicago: RandMcNally.

Coleman, J. S., Menzel, H., & Katz, E. (1957). Medical innovation: A diffusion study. Nova Iorque: Bobbs Merrill.

Flache, A., & Macy, M. (1997). The weakness of strong ties: The collective action failure in a highly cohesive group. In P. Doreian & F. Stockman (Eds.), Evolution of social networks (pp. 19­‑44). Amesterdão: Gordon and Breach.

Friedkin, N. E., & Johnsen, E. C. (1990). Social influence and opinions. Journal of Mathematical Sociology, 15, 193­‑205.

Granovetter, M. (1973). The strength of weak ties. American Journal of Sociology, 78, 1360­‑1380.

Granovetter, M. (1982). The strength of weak ties: A network theory revisited. In P. V. Marsden & N. Lin (Eds.), Social structure and network analysis (pp. 105­‑130). Londres: Sage.

Homans, G. (1951). The human group. New York: Harcourt Brace.

Maier, F. H. (1995). Innovation diffusion models for decision support in strategic management. In T. Shimada & K. Saeed (Eds.), System dynamics (number 95, vol. 2). Tóquio: The System Dynamics Society.

Marsden. P. V., & Friedkin, N. H. (1994). Network studies of social influence. In S. Wasserman & J. Galaskiewicz (Eds.), Advances in social network analysis (pp. 3­‑25). Londres: Sage.

Nielsen, J. (1995). Bass curves for the diffusion of innovations. Nielsen­‑Norman Group, Alertbox, retirado da internet em www.useit.com.

Rogers, E. M., & Kincaid, D. L. (1981). Communication networks: A new paradigm for research. Nova Iorque: Free Press.

Soczka, L., Pereira, E, Machado, P., & Boavida, E. (1986). Children of Musgueira: A study on the social ecology of a shanty town. In D. Canter, J. Jesuino, L. Soczka, & G. Stephenson (Eds.), Environmental social psychology (NATO ASI Series). Amesterdão: Kluwer Academic Press.

Soczka, L. (1989). Para uma perspectiva ecológica em psicologia. Lisboa: LNEC.

Soczka, L. (2001). Modelos de análise de redes sociais e limitações do modelo de equilíbrio estrutural de Heider. Psicologia, XV (1), 147­‑175.

Soczka, L. (2004). Contextos territoriais e perspectiva ecológica em psicologia social. In J. Vala & M. B. Monteiro (Orgs.), Psicologia social. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Valente, T. (1995). Network models of the diffusion of innovations. Nova Jérsia: Hampton Press.

 

[1]  Professor Catedrático da Escola Superior de Altos Estudos, ISMT.