SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.12 número1Outros nomes, histórias cruzadas: apresentando o debateOs nomes de família em Portugal: uma breve perspectiva histórica índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Etnográfica

versão impressa ISSN 0873-6561

Etnográfica v.12 n.1 Lisboa maio 2008

 

Práticas de nomeação em Portugal durante a Época Moderna: ensaio de aproximação

 

Robert Rowland *

 

Este artigo constitui uma primeira abordagem das práticas de nomeação em Portugal na Época Moderna, procurando, com base em diferentes tipos de fontes (processos da Inquisição de Lisboa, róis de confessados e listas das companhias de ordenanças), reconstituir a emergência, a partir do século XVI, de um modelo baseado na combinação de nomes próprios (pessoais) e de nomes de família, ou apelidos, transmissíveis de geração em geração. Este processo, que é situado numa perspectiva temporal mais longa (desde a época romana),  parece sugerir alguma especificidade dos modelos ibéricos no contexto europeu.

Palavras-chave: nome, família, linhagem, Portugal, Época Moderna.

 

 

Naming practices in early modern Portugal: a preliminary approach

This article is a first attempt at reconstructing naming practices in early modern Portugal. Different kinds of sources (Inquisition records and local census materials, both ecclesiastical and military) are used to trace the emergence, in the Sixteenth Century, of a model based on the combination of personal names and family names, transmissible from one generation to the next. This process is analyzed  within a broader time-frame (from the Roman period), and appears to indicate the specificity of Iberian models within the European context.

Keywords: name, family, lineage, Portugal, early modern period.

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

BIBLIOGRAFIA

AMORIM, Norberta, 1983, “Identificação de pessoas em duas paróquias do Norte de Portugal (l580-1820)”, Boletim de Trabalhos Históricos, XXXIV, Guimarães, pp. 214--278.        [ Links ]

BLOCH, Marc, 1932, “Noms de personne et histoire sociale”, Annales d’Histoire Economique et Sociale, 4, pp. 67-69.

BOZON, Michel, 1987, “Histoire et sociologie d’un bien symbolique, le prénom”, Population, XLII / 1, pp. 83-98.

BURGUIÈRE, André, 1984, “Prénoms et parenté”, em Dupâquier, Bideau e Ducreux, pp. 29-36.

—, 1980, “Un nom pour soi”, L’Homme, XX / 4, pp. 25-42.

CARVALHO, J. R., e E. Brambilla, 2006, “Religion and Citizenship from the Ancien Regime to the French Revolution”, em Steven G. Ellis, Guðmundur Hálfdanarson e Ann Katherine Isaacs (orgs.), Citizenship in Historical Perspective. Pisa, Edizioni Plus – Pisa University Press, pp. 35-60.

COLLOMP, Alain, 1980, “Le nom gardé”, L’Homme, XX / 4, pp. 43-61.

DUPÂQUIER, J., A. Bideau, e M.-E. Ducreux (orgs.), 1984, Le Prénom. Mode et Histoire. Paris, École des Hautes Études en Sciences Sociales.

FEIJÓ, Rui Graça, 1987, “Um exercício sobre nomes”, Boletín de la Asociación de Demografía Histórica, V / 1, pp. 50-63.

HERLIHY, D., e C. Klapisch, 1978, Les Toscans et Leurs Familles. Paris, Fondation Nationale de Sciences Politiques / Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales.

Il Sacro Concilio di Trento, con le notizie più precise riguardanti la sua intimazione a ciascuna delle sessioni, 1785. Veneza, Eredi Baglioni.

KLAPISCH-ZUBER, C., 1984, “Constitution et variations temporelles des stocks de prénoms”, em Dupâquier, Bideau e Ducreux, op. cit., pp. 37-47.

MARCÍLIO, Maria Luíza, 1974, “Anthroponymie au Brésil”, em Louis Henry (dir.), Noms et Prénoms. Liège, Ordina.

Rituale Romanum Pauli Quinti iussu editum, 1627. Veneza, Nicola Messerino.

ROWLAND, Robert, 1999, “Être juif au Portugal au temps de l’Inquisition: nouveaux chrétiens, marranes, juifs”, Ethnologie Française, XXIX / 2, pp. 191-203.

SANTOS, Maria Leonor Ferraz de Oliveira Silva, (2003), “A onomástica, o indivíduo e o grupo”, Arquipélago – História, 2.ª série, VII, pp. 229-242.

SILVA, Francisco Vaz da, 1989, “Aspectos do compadrio”, em AAVV, Estudos de Homenagem a Ernesto Veiga de Oliveira, Lisboa, Instituto Nacional de Investigação Científica, pp. 861-898.

VASCONCELLOS, J. Leite de, 1928, Antroponímia Portuguesa. Tratado comparativo da origem, significação, classificação e vida do conjunto dos nomes próprios, sobrenomes, e apelidos, usados por nós desde a Idade-Média até hoje, Lisboa, Imprensa Nacional.

WILSON, Stephen, 1998, The Means of Naming. A social and cultural history of personal naming in Western Europe, Londres, UCL Press.

WINCHESTER, Ian, 1973, “On referring to ordinary historical persons”, em E. A. Wrigley (ed.), Identifying People in the Past, Londres, Arnold, pp. 17-40.

ZONABEND, Françoise, 1984, “Prénom et identité”, em Dupâquier, Bideau e Ducreux, op. cit., pp. 23-28.

—, 1980, “Le nom de personne”, L’Homme, XX / 4, pp. 7-23.

—, 1977, “Pourquoi nommer?”, em Claude Lévi-Strauss (org.), L’Identité. Paris, Presses Universitaires de France, pp. 257-279.

 

* Departamento de Antropologia – ISCTE / CEAS / CRIA - robert.rowland@iscte.pt

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons