SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número55Estrategias políticas y rehabilitación urbana del centro de Oporto: notas exploratorias de pesquisa índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Sociologia, Problemas e Práticas

versión impresa ISSN 0873-6529

Sociologia, Problemas e Práticas  n.55 Oeiras sep. 2007

 

O lugar dos grupos de auto-ajuda na configuração do estado-providência

Tiago Correia *

 

Resumo

Com base na discussão sobre as características, processos e dinâmicas do estado em Portugal, este artigo procura levantar algumas pistas de debate sobre a limitação da resposta institucional à prestação de cuidados de saúde no Serviço Nacional de Saúde, para que, em última análise, seja possível identificar os contornos do funcionamento do modelo do estado social na realidade portuguesa. Articulando dimensões habitualmente presentes no domínio do planeamento, como, por exemplo, a governância, o empowerment ou o partenariado, pretende-se constituir a base de uma discussão sobre a sustentabilidade dos grupos de auto-ajuda, enquanto eventual elemento de resposta a problemas situados ao nível da prestação pública de cuidados de saúde.

Palavras-chave estado-providência, Serviço Nacional de Saúde, grupos de auto-ajuda.

 

Abstract

The place of the self-help groups in the configuration of the Welfare State

The aim of this article is to propose a debate about the overcome of the Portuguese National Health Service limitations, supported by a discussion about the State characteristics, processes and dynamics. In addition, is demanded a clarification of the existence and functioning of the social State model in Portuguese reality. Linking dimensions commonly presented in the planning sphere, such as governance, empowerment or partnership, this article pretends to discuss the self-help groups sustainability, while part of public health care production.

Key-words Welfare State, National Health Service, self-help groups.

 

Résumé

La place des groupes d’entraide dans la configuration de l’État-providence

En partant du débat sur les caractéristiques, les processus et les dynamiques de l’état au Portugal, cet article pose quelques pistes pour le débat sur les limites de la réponse institutionnelle concernant la prestation de soins de santé par le Service National de Santé portugais, afin de pouvoir, en dernière analyse, identifier les contours du fonctionnement du modèle de l’état social dans la réalité portugaise. En articulant des dimensions habituellement présentes dans le domaine de la planification, telles que la gouvernance, l’empowerment ou le partenariat, cet article entend constituer la base d’un débat sur la soutenabilité des groupes d’entraide, en tant qu’élément éventuel de réponse à des problèmes situés au niveau de la prestation publique de soins de santé.

Mots-clés état-providence, Service National de Santé, groupes d’entraide.

 

Resumen

El lugar de los grupos de auto-ayuda en la configuración del “estado-providencia”

Basándose en la discusión sobre las características, procesos y dinámicas del estado en Portugal, este artículo busca levantar algunos temas de debate sobre la limitación de la respuesta institucional a la prestación de cuidados de salud en el Servicio Nacional de Salud, para que, en último análisis, sea posible identificar los contornos del funcionamiento del modelo del estado social en la realidad portuguesa. Articulando dimensiones habitualmente presentes en el dominio del planeamiento, como por ejemplo, la gobernanza, el empowerment, o el partenariado, se pretende constituir la base de una discusión sobre la sustentabilidad de los grupos de auto-ayuda, eventualmente, como elemento de respuesta a problemas situados a nivel de la prestación pública de cuidados de salud.

Palabras-llave estado-providencia, Servicio Nacional de Salud, grupos de auto-ayuda.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format

 

Referências bibliográficas

Campos, A. Correia de (1991), “Estado-providência: perspectivas e financiamento: o caso da saúde”, Sociologia, Problemas e Práticas, 9, pp. 9-26.        [ Links ]

Carapinheiro, Graça, e Margarida Gameiro Pinto (1987), “Políticas de saúde num país em mudança: Portugal nos anos 70 e 80”, Sociologia, Problemas e Práticas, 3, pp. 73-109.

Carapinheiro, Graça, e Paula Page (2001), “As determinantes globais do sistema de saúde português”, em Graça Carapinheiro e Pedro Hespanha (orgs.), Risco Social e Incerteza: Pode o Estado Social Recuar Mais? (vol. 3), Porto, Afrontamento, pp. 81-122.

Dabscheck, Braham (1993), “Industrial relations and theories of interest group regulation”, em Roy Adams e Noah Meltz (orgs.), Industrial Relations Theory: Its Nature, Scope and Pedagogy, Londres, Institute of Management and Labour Relations, pp. 227-254.

Direcção-Geral de Saúde (org.) (2004), Elementos Estatísticos: Informação Geral: Saúde 2001, Lisboa, DGS.

Esping-Andersen, Gøsta (1990), The Three Worlds of Welfare Capitalism, Cambridge, Polity Press.

Ferrera, Maurizio (2000), “A reconstrução do Estado social na Europa Meridional”, Análise Social, 151-152, pp. 457-475.

Guerra, Isabel Carvalho (2002a), Fundamentos e Processos de Uma Sociologia de Acção: O Planeamento em Ciências Sociais, Cascais, Principia.

Guerra, Isabel Carvalho (2002b), “O território como espaço de acção colectiva: paradoxos e possibilidades do jogo estratégico de actores no planejamento territorial em Portugal”, em Boaventura de Sousa Santos (org.), Democratizar a Democracia, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, pp. 341-372.

Higgs, Paul, e Ian Rees Jones (2001), “Finite resources and infinite demand: public participation in health care rationing”, em Graham Scambler (org.), Habermas, Critical Theory and Health, Londres, Routledge, pp. 143-162.

Kelleher, David (2001), “New social movements in the heath domain”, em Graham Scambler (org.), Habermas, Critical Theory and Health, Londres, Routledge, pp. 119-142.

Misrha, Ramesh (1995), O estado-providência na Sociedade Capitalista: Estudo Comparativo das Políticas Públicas na Europa, América do Norte e Austrália, Oeiras, Celta Editora.

Mendes, José, e Ana Seixas (2005), “Acção colectiva, protesto e cidadania”, Revista Crítica de Ciências Sociais, 72, pp. 3-6.

Mozzicafreddo, Juan (1992), “O estado-providência em Portugal: estratégias contraditórias”, Sociologia, Problemas e Práticas, 12, pp. 57-89.

Mozzicafreddo, Juan (1994), “O estado-providência em transição”, Sociologia, Problemas e Práticas, 16, pp. 11-40.

Mozzicafreddo, Juan (2002), Estado-Providência e Cidadania em Portugal, Oeiras, Celta.

Santos, Boaventura de Sousa (1987), “O Estado, a sociedade e as políticas sociais: o caso das políticas de saúde”, Revista Crítica de Ciências Sociais, 23, pp. 13-74.

Santos, Boaventura de Sousa (1992), O Estado e a Sociedade em Portugal (1974-1988), Porto, Edições Afrontamento.

Santos, Boaventura de Sousa, e Sílvia Ferreira (1998), “Para um reforma solidária da Segurança Social”, Sociedade e Trabalho, número especial de Segurança Social, pp. 50-58.

Santos, Boaventura de Sousa, e Sílvia Ferreira (2001), “A reforma do Estado-Providência entre a globalizações conflituantes”, em Graça Carapinheiro e Pedro Hespanha (orgs.), Risco Social e Incerteza: Pode o Estado Social Recuar Mais?, Porto, Afrontamento (vol. 3), pp. 177-226.

Silva, Pedro Adão e (2002), “O modelo de welfare da Europa do Sul: reflexões sobre a utilidade do conceito”, Sociologia, Problemas e Práticas, 38, pp. 25-59.

Simões, Jorge (2004), Retrato Político da Saúde: Dependência do Percurso e Inovação em Saúde: da Ideologia ao Desempenho, Coimbra, Almedina.

Tejerina, Benjamín (2005), “Movimientos sociales, espacio público y ciudadanía”, Revista Crítica de Ciências Sociais, 72, pp. 67-97.

 

* Bolseiro de doutoramento, FCT. E-mail: tiago.correia@iscte.pt

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons