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Sociologia, Problemas e Práticas

Print version ISSN 0873-6529

Sociologia, Problemas e Práticas  no.54 Oeiras May 2007

 

Editorial

Sociologia, Problemas e Práticas integra no número 54 um conjunto de seis artigos e um registo, entre os quais se podem encontrar vários contributos internacionais.

O artigo de abertura é da autoria de Augusto Santos Silva. Nele o autor faz uma análise das políticas culturais autárquicas, defendendo que estas não são classificáveis pelos mesmos parâmetros por que já analisou as políticas culturais nacionais. Propõe por isso traçar um roteiro a partir de coordenadas espácio-temporais e explorar o lugar das políticas culturais no quadro das políticas municipais.

Margaret Archer apresenta, numa narrativa na primeira pessoa, a trajectória da sua abordagem morfogenética, a qual constituiu o tema da conferência que veio proferir, em Março do presente ano, no programa de doutoramento em sociologia, do Departamento de Sociologia do ISCTE. Nela procura explicitar o percurso teórico do trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo de perto de três décadas.

No artigo “Do fado ao tango” os autores analisam dinâmicas da imigração portuguesa na Região Platina, procurando contribuir para um maior conhecimento do seu impacto nos países daquela região. Neste texto fazem também uma interessante caracterização histórica e cultural da região do Rio da Prata, desde o período em que os descobridores espanhóis a ela chegaram, no século XVI, e mostram de que modo os portugueses então aí se foram estabelecendo, em diversos períodos, até à actualidade.

O artigo de Renato Carmo proporciona uma revisitação a Albernoa, aldeia constituída por Afonso de Barros em objecto de importante estudo monográfico do sistema latifundiário português e do processo da reforma agrária na segunda metade dos anos 70 do século XX. Neste texto o seu autor procura compreender as alterações entretanto ocorridas no tradicional sistema de géneros, desenvolvendo designadamente uma análise das formas diferenciadas de apropriação social dos espaços, por mulheres e por homens.

André Freitas centra-se no estudo do desenvolvimento da região da Madeira, propondo uma reflexão sobre o modo como o crescimento económico tem –- ou não –  a si associada a criação de uma cultura de sustentabilidade ambiental e esta se reflecte nas atitudes e nos comportamentos das populações.

Num último artigo, Pierpaolo Donati tece a análise crítica das políticas familiares que caracterizam o século XX, consoante os princípios a elas inerentes são liberais, social-democratas ou corporativos. Sustentando a tese de que a família deve ser considerada como um sujeito social, propõe uma abordagem relacional das políticas familiares do novo milénio assentes em princípios de subsidiariedade e cidadania complexos.

O leitor pode ainda encontrar neste número um registo de grande actualidade sobre o terrorismo jihadista, em que são examinados diversos contributos analíticos para a sua caracterização e para a da investigação de segurança, incluindo a situação em Portugal a este respeito.

Maria das Dores Guerreiro

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