SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número52Demografía, actividad y emplego: contribución para una demografia del trabajo índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Sociologia, Problemas e Práticas

versión impresa ISSN 0873-6529

Sociologia, Problemas e Práticas  n.52 Oeiras  2006

 

É com grande satisfação que Sociologia, Problemas e Práticas apresenta mais um número aos seus leitores. Podem ser encontrados neste volume interessantes contribuições que irão enriquecer o espólio de conhecimento das ciências sociais e animar o debate interdisciplinar entre investigadores de diferentes campos, interessados no estudo de problemáticas afins. Beneficiando de uma cada vez maior divulgação através da Internet, das bases de indexação em que está referenciada e, em particular, da sua inserção, pioneira a nível de Portugal, na Scielo — Scientific Electronic Library Online, este debate vai sendo também alargado a comunidades científicas longínquas que por esta via encurtam distâncias, aproximam fronteiras e confrontam perspectivas.

Vários dos artigos aqui publicados centram-se nas problemáticas do trabalho e do emprego. No primeiro deles Mário Leston Bandeira começa por reconhecer a importância do trabalho enquanto elemento estruturante das sociedades humanas, justificando assim o interesse que tem merecido por parte das diversas ciências sociais e a análise que desenvolve, do lugar da demografia, numa dupla vertente, teórica e metodológica. Ilona Kovács discute as novas formas de organização do trabalho e a autonomia no trabalho, no quadro actual da economia globalizada. No seu texto põe em causa abordagens que defendem a ‘generalização do trabalho inteligente’, procurando evidenciar que uma pluralidade de factores contribui para a coexistência, no tempo presente, de condições e conteúdos de trabalho bastante diferenciados. Foca ainda, na análise que faz, a perda de importância de formas inovadoras de organização do trabalho centradas no factor humano, a favor de práticas centradas na eficiência e rendibilidade de curto prazo. É igualmente nas formas de organização do trabalho que incide o artigo de Maria João Santos e Ana Paula Marques. As autoras estudaram os call-centers e encontram nestes locais de trabalho, característicos do modo de produção informacionalista, na expressão de Castells, processos de trabalho tributários do sistema taylorista. A pesquisa realizada dá ainda a conhecer as atitudes e o grau de satisfação dos trabalhadores dos call-centers face a diferentes dimensões do exercício da sua actividade profissional.

Do lugar dos negros na imagem de Lisboa fala-nos Francisco Avelino Carvalho. A uma imagem turística da cidade contrapõe a existência de imagens plurais, pretendendo, nesta pluralidade, analisar o modo como os negros são representados, em particular na ‘Lisboa africana’ e na ‘Lisboa da diversidade’.

A alegoria da imagem, desta vez cinematográfica, serve também de pretexto a Myriam Moraes Lins de Barros para nos conduzir pela trajectória dos estudos antropológicos brasileiros sobre a velhice. Sintetizando e contextualizando quatro décadas de pesquisas, a velhice é discutida pela autora em torno de um conjunto de problemáticas comuns a diversas ciências sociais, que vão elegendo para objectos de investigação situações e problemas relacionados com esta categoria geracional.

Por fim, este número encerra com mais um contributo sul-americano, de Nélida Archenti e Niki Johnson, que desenvolvem uma análise comparativa sobre o efeito do sistema de quotas na assembleia legislativa argentina, por contraponto com a sua ausência no Uruguai. As autoras concluem que além do aumento significativo do número de deputadas argentinas, em boa parte por sua influência, assistiu-se a uma reconfiguração da agenda legislativa do respectivo parlamento.

 

Maria das Dores Guerreiro

 

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons