SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número47EditorialEmpresa y reproducción social ampliada: los contributos del análisis societal índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Sociologia, Problemas e Práticas

versión impresa ISSN 0873-6529

Sociologia, Problemas e Práticas  n.47 Oeiras ene. 2005

 

Identidades Ideológicas e Partidárias na Europa:

Portugal, Espanha e Grécia em perspectiva comparativa

André Freire *

 

Resumo

Identidades ideológicas e partidárias na Europa: Portugal, Espanha e Grécia em perspectiva comparativa

Este artigo compara de forma sistemática a extensão e a evolução das identidades ideológicas e partidárias dos eleitores nas novas democracias do sul da Europa (Portugal, Espanha e Grécia) com as dos eleitores de outros oito regimes democráticos do velho continente, 1976-2002. Tendo em conta os interregnos ditatoriais na Europa do sul, as condições para a formação de identidades ideológicas, sobretudo em termos de orientações esquerda-direita, e partidárias eram bastante reduzidas. Por isso, pretende-se aferir, primeiro, se as identidades ideológicas e partidárias estão menos difundidas entre as populações das novas democracias; segundo, se apresentam tendências de crescimento eventualmente a contrario das democracias mais antigas.

Palavras-chave Esquerda-direita, identidades ideológicas, identidades partidárias, Europa.

 

Abstract

Ideological and party-political identities in Europe: a comparative approach to Portugal, Spain and Greece

This article undertakes a systematic comparison of the extent and development of ideological and party-political identities among the electorate in the new democracies of Southern Europe (Portugal, Spain and Greece) with those of electorates in eight other democratic countries of the Old Continent from 1976 to 2002. Bearing in mind the intervening periods when dictatorships ruled in Southern Europe, the conditions for forming party-political and ideological identities, particularly in terms of left and right were not favourable. For this reason the article seeks to establish in the first instance whether party-political and ideological identity is less well disseminated among the people of the new democracies; and secondly, it demonstrates growth trends which may go counter to those in the older democracies.

Key-words Left-Right, ideological identity, party-political identity, Europe.

 

Résumé

Identités idéologiques et partisanes de l’Europe: approche comparative du Portugal, de l’Espagne et de la Grèce

Cet article compare de façon systématique l’étendue et l’évolution des identités idéologiques et partisanes des électeurs dans les nouvelles démocraties du sud de l’Europe (Portugal, Espagne et Grèce) avec celles des électeurs de huit autres régimes démocratiques du vieux continent, 1976-2002. Sous les régimes dictatoriaux de l’Europe du sud, les conditions propices à la formation d’identités idéologiques — surtout en termes d’orientations gauche-droite — et partisanes étaient particulièrement réduites. Il s’agit donc de démontrer, tout d’abord, si les identités idéologiques et partisanes sont moins répandues parmi les populations des nouvelles démocraties, puis de savoir si elles présentent des tendances de croissance éventuellement a contrario des démocraties plus anciennes.

Mots-clés Gauche-droite, identités idéologiques, identités partisanes, Europe.

 

Resumen

Identidades ideológicas y partidarias en la Europa: Portugal, España y Grecia en perspectiva comparativa.

Este artículo compara de forma sistemática la extensión y la evolución de las identidades ideológicas y partidarias de los electores en las nuevas democracias del Sur de Europa (Portugal, España y Grecia) con las de los electores de otros ocho regímenes democráticos del Viejo Continente, 1976-2002. Teniendo en cuenta los interregnos dictatoriales en la Europa del Sur, las condiciones para la formación de identidades ideológicas, sobre todo en términos de orientaciones izquierda-derecha, y partidarias eran bastante reducidas. Por eso, se pretende comprobar, primero, si las identidades ideológicas y partidarias están menos difundidas entre las poblaciones de las nuevas democracias; segundo, si presentan tendencias de crecimiento eventualmente a contrario de las democracias más antiguas.

Palabras-clave Izquierda-derecha, identidades ideológicas, identidades partidarias, Europa.

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

Referências bibliográficas

Bacalhau, Mário (s. d.), Eanes, a Solução? Inquérito à Situação Política, Lisboa, Heptágono.         [ Links ]

Bacalhau, Mário (1994), Atitudes, Opiniões e Comportamentos Políticos dos Portugueses, 1993, Lisboa, editores Mário Bacalhau e Tom Bruneau.

Barnes, Samuel H. (2002), “Left and right in old and new democracies”, Central European Political Science Review, 3 (7), pp. 6-15.

Barnes, Samuel H., Peter McDonough, e António L. Pina (1985), “The development of partisanship in new democracies: the case of Spain”, American Journal of Political Science, 29, pp. 695-720.

Barroso, José Durão, e Jonas Condomines (1985), “A dimensão esquerda-direita e a competição partidária na Europa do Sul (Portugal, Espanha, Grécia)”, Revista de Ciência Política, 1, pp. 35-60.

Bell, Daniel (1960, 2000), The End of Ideology: On the Exhaustion of Political Ideas in the Fifties, Harvard, Harvard University Press.

Bobbio, Norberto (1994, 1995), Direita e Esquerda, Lisboa, Presença.

Budge, Ian, e Hans-Dieter Klingemann (2001), “Finally! Comparative over-time mapping of party policy movement”, em Ian Budge e outros (orgs.), Mapping Policy Preferences: Estimates for Parties, Electors and Governments, 1945-1998, Oxford, Oxford University Press, pp. 19-50.

Campbell, Angus, e outros (1960, 1980), The American Voter, Chicago, Chicago University Press.

Converse, Philip (1964), “The nature of belief systems in mass publics”, em David E. Apter (org.), Ideology and Discontent, Nova Iorque, Free Press, 206-261.

Converse, Philip (1969), “Of time and partisan stability”, Comparative Political Studies, 2, pp. 139-171.

Dalton, Russell J. (2000), “The decline of party identifications”, em Russell J. Dalton e Martin P. Wattenberg (orgs.), op. cit., pp. 19-36.

Dalton, Russell J., e Martin P. Wattenberg (orgs.) (2000), Parties without Partisans: Political Change in Advanced Industrial Democracies, Oxford, Oxford University Press.

Eatwell, Roger (1999, 2003), “Introduction: what are political ideologies”, “Conclusion: the ‘end of ideology’”, em Roger Eatwell e Anthony Wright, Contemporary Political Ideologies, Londres, Continuum, pp. 1-22 e 279-290.

Franklin, Mark, e outros (orgs.) (1992), Electoral Change: Responses to Evolving Social and Attitudinal Structures in Western Countries, Cambridge, Cambridge University Press.

Freire, André (2001), Modelos do Comportamento Eleitoral: Uma Breve Introdução Crítica, Oeiras, Celta Editora.

Freire, André (2003), “Pós-materialismo e comportamentos políticos: o caso português em perspectiva comparada”, em Jorge Vala, Manuel Villaverde Cabral e Alice Ramos (orgs.), Valores Sociais: Mudanças e Contrastes em Portugal e na Europa, Lisboa, ICS/Imprensa de Ciências Sociais, pp. 295-362.

Freire, André (2004a), “Voto por temas: orientações perante as políticas públicas, desempenho do governo e decisão eleitoral”, em André Freire, Marina C. Lobo e Pedro C. Magalhães (orgs.), Portugal a Votos: As Eleições Legislativas de 2002, Lisboa, ICS/Imprensa de Ciências Sociais.

Freire, André (2004b), O Significado da Divisão entre Esquerda e Direita: Portugal, Espanha e Grécia em Perspectiva Comparativa, Lisboa, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, dissertação de doutoramento (policopiado).

Fuchs, Dieter, e Hans-Dieter Klingemann (1990), “The Left-Right Schema”, em M. Kent Jennings e outros, Continuities in Political Action, Berlim, deGruyter, pp. 203-234.

Fukuyama, Francis (1989), “The end of history”, The National Interest, 16.

Giddens, Anthony (1994, 1996), Más Allá de la Izquierda y la Derecha, Madrid, Ediciones Cátedra.

Giddens, Anthony (1998, 1999), Para Uma Terceira Via, Lisboa, Editorial Presença.

Giddens, Anthony (2000), The Third Way and its Critics, Cambridge, Polity Press.

Gunther, Richard, e Larry Diamond (2003), “Species of political parties: a new tipology”, Party Politics, 9 (2), pp. 167-199.

Gunther, Richard, e José R. Montero (2001), “ The anchors of partisanship: a comparative analysis of voting behaviour in four southern European countries”, em Nikiforos Diamandouros e Richard Gunther (orgs.), Parties, Politics, and Democracy in New Southern Europe, Baltimore, The John Hopkin University Press, pp. 83-152.

Heywood, Andrew (1992, 2003), Political Ideologies: An Introduction, Basingstoke, Palgrave Macmillan.

Inglehart, Ronald, e Hans-Dieter Klingemann (1976), “Party identification, ideological preference and the left-right dimension among western mass publics”, em Ian Budge e outros (orgs.), Party Identification and Beyond: Representations of Voting and Party Competition, Londres, John Wiley & Sons, pp. 243-276.

Klingemann, Hans-Dieter, e Dieter Fuchs (orgs.) (1995, 1998), Citizens and the State, Oxford, Oxford University Press.

Laponce, J. A. (1981), Left and Right: The Topography of Political Perceptions, Toronto, University of Toronto Press.

Lipset, Seymour M. (1981, 1987), “¿El fin de toda ideología?” e “Un concepto y su historia: el fin de la ideología”, em Seymour M. Lipset, El Hombre Político: Las Bases Sociales de la Política, Madrid, Editorial Tecnos, pp. 357-372 e 420-448.

Lobo, Marina C., e Pedro C. Magalhães (2001), “From ‘third wave’ to ‘third way’: Europe and the Portuguese socialists (1975-1999)”, Journal of Southern Europe and the Balkans, 3 (1), pp. 25-35.

Luhmann, Niklas (1982), The Differentiation of Society, Nova Iorque, Columbia University Press.

Mair, Peter (1997, 1998), Party System Change: Approaches and Interpretations, Oxford, Oxford University Press.

Niemi, Richard G., e outros (1985), “Testing the converse partisanship model with new electorates”, Comparative Political Studies, 18, pp. 300-322.

Pasquino, Gianfranco (2002), “Third way in Europe”, Central European Political Science Review, 3 (7), pp. 16-30.

Sani, Giacomo, e José R. Montero (1986), “El espectro político: izquierda, derecha y centro”, em Juan Linz e José R. Montero (orgs.), Crisis y Cambio: Electores y Partidos en la España de los Años Ochenta, Madrid, Centro de Estudios Constitucionales, pp. 155-200.

Schmitt, Hermann, e Sören Holmberg (1995, 1998), “Political parties in decline?”, em Hans-Dieter Klingemann e Dieter Fuchs (orgs.), op. cit., pp. 95-133.

 

*André Freire. ISCTE, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e CIES. E-mail: andre.freire@iscte.pt

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons