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Sociologia, Problemas e Práticas

versão impressa ISSN 0873-6529

Sociologia, Problemas e Práticas  n.44 Oeiras jan. 2004

 

GÉNERO E ENFERMAGEM

Um estudo sobre a minoria masculina

Joaquim Simões* e Lígia Amâncio**

 

Resumo

Género e enfermagem: um estudo sobre a minoria masculina

Centrado nos homens enfermeiros, como grupo minoritário, este artigo visa mostrar que a sua condição minoritária não se reflecte numa posição profissional desfavorável. Para fundamentar este argumento apresentamos alguns resultados de uma investigação que partiu do modelo da assimetria simbólica nas representações sobre as categorias de sexo. Os nossos resultados mostram, com efeito, que a percepção de cuidados prestados por enfermeiros, por parte dos utentes, não assenta em conteúdos específicos do seu sexo de pertença, mas sim em conteúdos universais que se aplicam aos profissionais em geral. Esta investigação contribui, deste modo, para salientar a pertinência da abordagem do género, enquanto ideologia, na análise da construção social da enfermagem como profissão feminina.

Palavras-chave Género, enfermagem, assimetria simbólica, minoria numérica.

 

Abstract

Gender and nursing: a study of the male minority

Focusing on men as a minority group in nursing, the main argument of this article is that their minority situation does not imply a disadvantaged position in the profession. Our argument is based on results emerging from research work that departed from the model of symbolic asymmetry in gender representations. As shown by our results, patients’ perceptions of the care provided by male nurses is not based on specific considerations of their sex, but rather on universal dimensions that apply to professionals in general. This research thus contributes to enhancing the relevance of approaching gender ideology when analyzing the social construction of nursing as a female profession.

Key-words Gender, nursing, symbolic asymmetry, numerical minority.

 

Résumé

Genre et profession d'infirmier/ère: une étude sur la minorité masculine

Centré sur les hommes infirmiers en tant que minorité dans la profession, cet article tend à démontrer que leur condition de groupe minoritaire ne se traduit pas par une position professionnelle défavorable. Cet argument repose sur certains résultats d’une recherche qui est partie du modèle de l’asymétrie symbolique dans les représentations des catégories de sexe. Nos résultats montrent, en effet, que la perception que les malades ont des soins dispensés par des infirmiers hommes ne repose pas sur les contenus spécifiques à leur sexe, mais plutôt sur les dimensions universelles qui s’appliquent aux professionnels en général. Notre recherche peut ainsi contribuer à souligner la pertinence de l’approche du genre, en tant qu’idéologie, pour l’analyse de la construction sociale de la profession d’infirmier/ère en tant que profession féminine.

Mots-clefs Genre, infirmier/ères, asymétrie symbolique, minorité numérique.

 

Resumen

Género y asistencia técnica sanitaria: estudio sobre la minoría masculina

Centrándose en los hombres enfermeros, como grupo minoritario, este artículo pretende mostrar que su condición minoritaria no se refleja en una posición profesional desfavorable. Para fundamentar este argumento se presentan algunos resultados de una investigación que parte del modelo de la asimetría simbólica en las representaciones sobre las categorías de sexo. Los resultados demuestran que la percepción de los cuidados prestados por enfermeros, por parte de los enfermos, no se asienta en contenidos específicos del sexo al que se pertenezca, sino en los contenidos universales que se aplican a los profesionales en general. Esta investigación contribuye de este modo a destacar la pertinencia del abordaje de género, en tanto que ideología, en el análisis de la construcción social de la enfermería como profesión femenina.

Palabras-clave Género, enfermería, asimetría simbólica, minoría numérica.

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

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* Joaquim Simões. Enfermeiro e mestre em Estudos Sobre as Mulheres, docente da Escola Superior de Enfermagem de Santarém. E-mail: jagsimoes@sapo.pt.

** Lígia Amâncio. Psicóloga social, docente do Departamento de Psicologia Social e das Organizações e investigadora no Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE. E-mail: ligia.amancio@iscte.pt.

 

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