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Sociologia, Problemas e Práticas

versión impresa ISSN 0873-6529

Sociologia, Problemas e Práticas  n.40 Oeiras sep. 2002

 

Editorial

Sociologia, Problemas e Práticas assinala o final do ano de 2002 com o seu n.º. 40. O facto de já ter atingido o quadragésimo volume evidencia o carácter de regularidade editorial em que a Direcção tem apostado, e também a existência de um crescente número de autores a apresentar propostas de publicação de artigos. Tem sido, assim, possível o cumprimento integral da periodicidade a que nos propusemos há algum tempo atrás, dando cada vez mais espaço à divulgação de trabalhos cujas autorias provêm de quadrantes científicos, institucionais e geográficos distintos, revelando também diversidade e actualidade no espectro de problemáticas e de domínios empíricos eleitos para análise.

Sociedade de risco e redes sociais constituem referentes conceptuais aplicáveis ao estudo de realidades contemporâneas e surgem inscritos nas problematizações de vários dos artigos presentes neste volume.

A abri-lo encontra-se precisamente um artigo de Juan Mozzicafreddo, centrado na análise do sistema administrativo público no quadro da moderna sociedade de risco, com base em conceitos como os de responsabilidade e de cidadania. Partindo dos processos de mudança e modernização da administração pública, o autor defende a necessidade de se considerar a responsabilidade a diferentes níveis, discutindo por isso as limitações do conceito de accountability.

O conceito de redes sociais atravessa também vários dos outros textos. No segundo artigo, sobre os recentes fluxos de imigrantes que chegam ao concelho de Loures, Luís Vicente Baptista e Graça Índias Cordeiro, para além de analisarem o fenómeno imigratório ocorrido na área metropolitana de Lisboa ao longo das últimas décadas, nos seus aspectos territoriais, identitários, de cidadania e de mediatização, apontam a importância das redes de apoios e recursos para acolherem e integrarem quem chega ao nosso país e naquele concelho procura um meio de vida.

As redes sociais são ainda suporte conceptual em vários outros artigos. No seu texto, Vera Borges analisa as carreiras dos artistas de teatro, a nível das suas trajectórias individuais e da respectiva actividade profissional, integrada num colectivo mas atravessada por incertezas.

No artigo de Inês Pereira, o conceito é pretexto para o estudo dos processos de construção identitária. A partir da análise de uma associação cultural pode ver-se como a constituição das identidades resulta de um complexo de elementos dispersos de pertenças sociais que, enquanto vectores identitários, se articulam em rede.

Stephen Castles equaciona o conceito de redes sociais à escala global. Reflectindo sobre o estudo das transformações globais que estão a ocorrer nas sociedades contemporâneas, o autor aponta a necessidade de emergência de novas abordagens das ciências sociais que procurem analisar o modo como as articulações transnacionais influenciam relações sociais a nível nacional, local e individual.

De risco cultivado no terceiro milénio fala-nos Susana Henriques. Numa reflexão em torno do consumo de novas drogas, a autora procura identificar contextos sociais e práticas de consumo por parte de alguns grupos de jovens, ao mesmo tempo que reconstitui o espectro de significados por estes atribuídos a tais consumos.

Num outro registo, refira-se ainda o artigo de João Manuel de Oliveira e Lígia Amâncio sobre as relações sociais de género. Nele são problematizados alguns conceitos centrais à psicologia social e à sociologia naquele domínio, ao mesmo tempo que apresentam resultados de uma investigação empírica relativa às representações das mulheres sobre si próprias e sobre a sua actividade profissional.


Maria das Dores Guerreiro

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