SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.13 issue5Primary cysts and tumors of the mediastinumSurgical treatment of bronchiectasis author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

  • Have no similar articlesSimilars in SciELO

Share


Revista Portuguesa de Pneumologia

Print version ISSN 0873-2159

Rev Port Pneumol vol.13 no.5 Lisboa Sept. 2007

 

Exacerbações na asma persistente grave – Impacto do controlo dos factores de risco

Exacerbations in severe persistent asthma – Impact of risk factors control

 

Diva Ferreira1

Raquel Duarte2

Aurora Carvalho3

 

Resumo

Nos países desenvolvidos, 1 a 2% do total dos custos em cuidados de saúde são gastos no controlo da asma. Ahistória natural e as causas da asma grave não estão ainda bem definidas. A asma persistente grave é uma situação menos comum, representando 5% do total de doentes asmáticos. Apesar de constituir um pequeno número de doentes, este grupo é responsável por elevados custos na asma. Como consequência, o controlo dos factores de risco pode levar a ganhos socioeconómicos e também na saúde. O objectivo deste trabalho foi analisar os factores de risco de exacerbações na asma persistente rave num grupo de doentes asmáticos. Consistiu num estudo retrospectivo de doentes com asma persistente grave em vigilância em consulta hospitalar de asma entre 1984 e 2005, baseando-se na revisão de processos clínicos. Foram incluídos 27 doentes, idade média=50,64±12,7 anos, 81,5% do sexo feminino. Analisaram-se os principais factores de risco de exacerbações: atopia, infecções respiratórias, asma pré-menstrual, sintomas nasais, refluxo gastroesofágico, psicológicos e obesidade. A correcção destes factores permitiu um melhor controlo da doença. O impacto mais significativo foi conseguido através da polipectomia e contracepção oral numa adolescente Em conclusão, a correcta identificação de todos os factores de risco de exacerbação da asma, a selecção dos factores que podem ser controlados e a sua correcção podem melhorar o controlo da doença.

Palavras-chave: Asma persistente grave, factores de risco, controlo.

 

Abstract

It is estimated that in developed countries between 1% and 2% of total healthcare expenditure goes on asthma treatment. The natural progression and causes of severe asthma are still not well defined. Severe persistent asthma is a less common situation, accounting for 5% of total asthma patients. Despite representing a small percentage of total patients, this group is largely responsible for the high health costs of asthma. Consequently, the improvement of risk factors can lead to both socioeconomic and health gains. The aim of this study was to examine risk factors for exacerbations in a group of patients with severe persistent asthma. It was a retrospective study, based on patient case histories that included subjects with severe persistent asthma with follow-up in an allergy unit between 1984 and 2005. A total 27 patients were included (mean age=50.64±12.7 years), 81.5% female. Main risk factors for exacerbations analysed were atopy, respiratory infections, premenstrual asthma, nasal symptoms, gastroesophageal reflux disease (GERD), psychological factors and obesity. Correction of these risk factors improved asthma control. The most significant impact was achieved with polypectomy and oral contraceptives in a teenager. In conclusion, correct identification of all risk factors for exacerbation in asthma, selection of those that can be controlled and their correction can improve asthma control.

 

Key-words: Severe persistent asthma, risk factors, control.

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

Bibliografia / Bibliography

1. Williams AE, Rabe KF. Cost of scheduled and unscheduled asthma management in seven European Union countries. Eur Respir Rev 2006; 15:Rev. 98, 4-9.        [ Links ]

2. Bateman ED. The economic burden of uncontrolled asthma across Europe and the Asia-Pacific region; can we afford to not control asthma? Eur Respir Rev 2006; 15:Rev. 98, 1-3.

3. Reddel HK, Barnes DJ. Pharmacological strategies for self-management of asthma exacerbations. Eur Respir Rev 2006; 28:182-99.

4. Brinke A, Bel EH. Risk factors of frequent exacerbations in difficult-to-treat asthma. Eur Respir Rev 2005; 26:812-8.

5. Morgan WJ, Mitchell H. Results of a home-based environmental intervention among urban children with asthma. N Eng J Med 2004; 351:1068-1080

6. Higgins PS, Cloutier MM. Risk factors for asthma and asthma severity in nonurban children in Connecticut. Chest 2005; 128:3846-3.

7. Wenzel SE. Severe asthma in adults. Am J Respir Crit Care Med 2005; 172:149-60.

8. Wenzel SE, Szefler SJ. Proceedings of the ATS Workshop on Refactory Asthma: current understanding, recommendations and unanswered questions. Am J Respir Crit Care Med 2000; 162:2341-51.

9. European Network for Understanding Mechanisms of Severe Asthma. The ENFUMOSA cross-sectional European multicentre study of the clinical phenotype of chronic severe asthma. Eur Respir J 2003; 22:470-7.

10. ten Brinke A, Bel EH. Psychopathology in patients with severe asthma is associated with increased health care utilization. Am J Respir Crit Care Med 2001; 163: 1093-6.

11. Marco R, Janson C. Prognostic factors of asthma severity: A 9-year international prospective cohort study. Journal of Allergy and Clinical Immunology 2006; 117(6):1249-56.

1Interna Complementar de Pneumologia / Pulmonology Resident

2Assistente Hospitalar de Pneumologia / Pulmonology Consultant

3Assistente Graduada de Pneumologia / Specialist Consultant in Pulmonology

Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia

 

Correspondência / Correspondence to:

Diva de Fátima Gonçalves Ferreira

Serviço de Pneumologia

Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia

Rua Conceição Fernandes

4434-502 Vila Nova de Gaia

email: divafferreira@sapo.pt

 

Recebido para publicação/received for publication: 06.09.27

Aceite para publicação/accepted for publication: 07.04.27