EDITORIAL

Editorial

Carlos Manuel Gonçalves

O número XXXIX da revista Sociologia: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, de junho de 2020 apresenta inicialmente o artigo de Giuliana Casanova, Idalina Machado e Sara Melo sobre o papel profissional do que denominam de gerontólogos e particularmente da necessidade de assumirem posicionamentos contrários ás conceções vulgares e discriminantes sobre a idade e o envelhecimento. Em suma, desconstruir o idadismo na qualidade intrínseca dum artefacto de leitura das sociedades contemporâneas ocidentais com fortes impactos sociais e culturais.

Por sua vez, Pedro Menezes aborda, numa leitura extensa, o campo cultural latino- americano, tomando como referência histórico-geográfica, o período da ditadura militar brasileira (1964-1985). O autor avança com dois eixos de análise. A dependência que aquele campo teve face ao Estado e ao mercado, duas das instituições sociais estruturantes das dinâmicas sociais. A convivência “espinhosa” entre a tradição e a modernidade constitutivas da cultura. Não mais do que uma relação entre o Estado-artistas-mercado.

Os direitos das crianças numa região transfronteiriça, entre Argentina, Brasil e Paraguai, é o objeto do artigo de Cecilia Zsögön. Especificamente aborda as políticas sociais desenvolvidas, as suas insuficiências face às realidades sociais específicas, com um cunho vincadamente assistencialista, que conduz à impossibilidade das crianças ultrapassarem a sua situação de vulnerabilidade social.

Paulo Castro Seixas, Ricardo Cunha Dias e Diogo Guedes Vidal apresentam uma escala para a identificação de tipologia ambientalistas. Tal instrumento baseia-se numa análise sobre as diversas leituras teóricas sobre o ambientalismo. Por sua vez, a testagem da escala foi realizada numa população de alunos do ensino superior. Os resultados obtidos com a sua aplicação devem possibilitar as condições para a implementação de metodologias de intervenção.

Boa leitura