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Sociologia

versão impressa ISSN 0872-3419

Sociologia vol.34  Porto dez. 2017

 

EDITORIAL

Editorial

Carlos Manuel Gonçalves

O presente número da Sociologia: Revista da Faculdade de Letras da Universidade incorpora artigos que, para além de terem como denominador comum um enfoque sociológico, matizado por abordagens teóricas diversas, apresentam resultados de investigações desenvolvidas no passado recente. Atributo este que valoriza o esforço contínuo e persistente de difusão do conhecimento sociológico.
Jordi Estivill conclui a sua análise sobre a economia social em Portugal, iniciada no número anterior da Revista, com uma particular atenção dirigida para a receção e importância da obra de Ramón de la Sagra no contexto da sociedade portuguesa dos meados do século XIX. Tomando por base os contributos daquele autor, Jordi Estivill possibilita-nos uma leitura sobre a emergência das preocupações, embora ainda limitadas, do pensamento social no nosso país.
Os dois artigos seguintes inscrevem-se na área do trabalho, em sentido geral, e em momentos históricos descoincidentes. José Nuno Matos centra-se na condição de jornalista, no período inicial de implantação do Estado Novo em Portugal. Recorrendo a artigos publicados noBoletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas e da Gazeta Literária, discute as diferentes posições sobre a profissão e, de modo mais lato, sobre o jornalismo. As relações entre a comunicação interna e o comprometimento organizacional dos inspetores da Autoridade para as Condições de Trabalho são o tema privilegiado no artigo de Cátia Filipa Neto e Sofia Alexandra Cruz. Entre outros aspetos, conclui-se que a comunicação interna tem um papel crucial na natureza e qualidade de inserção profissional e organizacional dos trabalhadores que foram objeto de estudo.
Três outros artigos se sucedem. A discussão sobre o conceito de secularização é o tema central do artigo de Jorge Botelho Moniz. Mais especificamente, é proposto a sua operacionalização por via da indicação das correspondentes camadas. Este exercício baseia-se numa análise comparativa da emergência e mobilização do conceito a partir dos anos 1960. Magda Nico e Nuno de Almeida Alves abordam um tema novo no campo da sociologia em Portugal – o bem-estar das crianças e dos jovens. Resultante de uma investigação empírica alicerçada em entrevistas individuais e de grupo, os autores concluem pela relevância da questão, não obstante a sua complexidade teórica e metodológica, mas igualmente pela importância da família, das amizades e do conforto económico para o equacionamento da questão em análise. Por último, a atividade da Biblioteca Sámi de Jokkmokk, na Suécia, é discutida no artigo de Paula Sequeiros. Baseado num estudo desta biblioteca indígena, confronta-se o passado colonial e o presente marcado por novas perspetivas sobre a língua e a gestão das próprias bibliotecas.
A Revista encerra com a recensão da obra de MOTA, Graça e TEIXEIRA LOPES, João (Orgs.), (2017) Crescer e tocar na Orquestra Geração, da responsabilidade de Irene Serafino.
Boa leitura!

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