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Sociologia

versão impressa ISSN 0872-3419

Sociologia vol.32  Porto dez. 2016

https://doi.org/10.21747/0872-3419/soc32edit 

EDITORIAL

 

Editorial

Carlos Manuel Gonçalves

 

O presente número da Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto expõe um grupo de artigos pautado pela diversidade temática consubstanciada, por sua vez, numa pluralidade teórica e metodológica.
Ricardo Bento, Graça Índias Cordeiro e Lígia Ferro possibilitam ao leitor, cientista social ou não, o confronto com os resultados de uma pesquisa etnográfica num dos espaços urbanos característicos (Bairro Alto) da cidade de Lisboa. Mais propriamente são abordadas as atividades dos músicos brasileiros, em contexto de trabalho, marcadas pela sociabilidade, valorizando-se analiticamente a conjugação entre a mobilidade social e a mobilidade espacial.
Trilhando um caminho não muito usual, em termos de problematização sociológica portuguesa, mas heuristicamente relevante, Isabel Silva Cruz desenvolve um questionamento sobre as posições que os governos constitucionais em Portugal, no período de 1976 a 2015, tiveram sobre o consumo responsável. Uma particular atenção é conferida às políticas públicas e às relações complexas com os diversos contextos políticos que se sucederam ao longo daquele arco temporal com uma especial nota para as dinâmicas económicas.
Vanessa Marcos confronta-nos com uma leitura sobre à gestão dos recursos humanos nas Organizações Não Governamentais de Cooperação para o Desenvolvimento. Tomando por referência um inquérito àquelas organizações a autora realiza por um lado um mapeamento dos seus assalariados e voluntários e, por outro, uma análise dos modos como são geridos, destacando as questões da profissionalização e da precariedade laboral.
O artigo de Cristina Cunha Mocetão incide na parentalidade social no âmbito das denominadas famílias recompostas. O estudo centra-se num conjunto de jovens dos 14 anos aos 18 anos, analisando as suas representações sociais sobre as figuras parentais. Uma das conclusões da autora aponta para a inexistência de diferenças por parte dos jovens quanto ao padrasto e à madrasta Mónica Santos apresenta uma análise sobre a inserção profissional dos licenciados em Direito diplomados por universidades públicas e privadas da região Norte. Discute-se, de modo fundamentado, os processos de integração num conjunto de profissões com especial ênfase na da advocacia, tendo por referência condicionantes estruturais e conjunturais em que pontificam as alterações do ensino superior e do mercado de trabalho. A formação de professores de Educação Física em contexto de prática supervisionada é o tema do texto de Inês Cardoso, Paula Batista e Amândio Graça. Os autores desenvolvem uma argumentação, sustentada numa investigação empírica, acerca da reconstrução da identidade profissional de três estagiários de Educação Física.

“A Ciência Biomédica e o Processo Civilizador” é o titulo do artigo de Bruna Farias e Mari Cleise Sandalowski. Alicerçado no contributo de Norbert Elias desenvolve-se um texto argumentativo sobre a dicotomia entre fato e valor e como está presente nas práticas conduzidas pela medicina brasileira em termos do que as autoras designam de intervencionismo social.

Por último, Carolina Pimentel Corrêa discorre, num registo de recensão, com uma notório cunho pedagógico, acerca da obra FREIRE, André (Org.), (2015), O Futuro da Representação Política Democrática, Lisboa, Nova Vega.

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