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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.25  supl.2 Porto dez. 2016

 

RESUMO DOS POSTERS

 

PO16_15

Anafilaxia alimentar – admissão em Cuidados Intensivos Pediátricos

 

 

Cristiana Ferreira1; Sara Gonçalves2; Sandra Rocha2; Paula Ferreira2

1 Serviço de Imunoalergologia do Centro Hospitalar Vila Nova Gaia/ Espinho
2 Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos do Centro Materno Infantil do Norte

 

 

Introdução: A anafilaxia é uma patologia potencialmente fatal, que se encontra frequentemente subdiagnosticada e mal orientada, havendo o risco de progressão para insuficiência respiratória aguda com edema da glote e colapso cardiovascular, incluindo o choque. A alergia alimentar é a principal causa de anafilaxia em idade pediátrica, sendo os alergénios mais frequentemente implicados (90%): o leite, o ovo, o amendoim e outros frutos secos, o peixe, os crustáceos, a soja, o pêssego e o sésamo.

Caso clínico 1: Criança do sexo masculino, 3 anos e 7 meses, com antecedentes de síndrome de enteropatia induzida por proteína alimentar e alergia a proteínas do leite de vaca (teste de provocação oral positivo e sob dieta de evicção), admitida no serviço de urgência (SU) por quadro de vómitos, prostração e hipotensão. História de ingestão de sumo Sunquick (contém leite) 2 horas antes. Administradas adrenalina IM, corticoterapia EV, anti-histamínico EV e fluidoterapia. Por manutenção da instabilidade cardiorespiratória foi transferido para Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos (SCIP). Teve uma boa evolução clínica, com alta após vigilância de 36 horas.

Caso clínico 2: Criança do sexo masculino, 9 anos de idade, com antecedentes de asma brônquica. Após ingestão de rissol de camarão deu entrada no SU por choque anafilático com urticária generalizada e insuficiência respiratória aguda com necessidade de entubação, volemização com soros, administração de adrenalina EV, corticoterapia EV e anti-histamínico EV. Foi transferido para SCIP, com boa evo- lução e alta após vigilância de 48 horas.

Discussão: Os casos apresentados enfatizam a importância do diagnóstico precoce e rápida intervenção na anafilaxia em Pediatria. A prevenção é essencial e baseia-se na evicção do alergénio, muitas vezes difícil pela existência de alergénios ocultos. Após a suspeita de anafilaxia alimentar deve ser prescrito um dispositivo de autoadministração de adrenalina e a criança deve ser orientada para a Consulta de Imunoalergologia, de modo a garantir uma adequada intervenção diagnóstica e terapêutica.

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